𝘿𝙄𝙂𝘼 𝙈𝙀𝙐 𝙉𝙊𝙈𝙀 ⚡︎...

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✦──𝘿𝙄𝙂𝘼 𝙈𝙀𝙐 𝙉𝙊𝙈𝙀࿐ ꒰𝙋𝘼𝙔𝙏𝙊𝙉 𝙈𝙊𝙊𝙍𝙈𝙀𝙄𝙀𝙍꒱✧ +|❝Você queria que eu te xingasse... Més

↳𝘿𝙄𝙂𝘼 𝙈𝙀𝙐 𝙉𝙊𝙈𝙀₊˚.༄
↳000 ⚡︎ epílogo
↳001 ⚡︎ babaca
↳002 ⚡︎ tentar
↳003 ⚡︎ mentira
↳004 ⚡︎ festa
↳005 ⚡︎ chapado
↳007 ⚡︎ ilusão
↳008 ⚡︎ guiar
↳009 ⚡︎ shopping
↳010 ⚡︎ luke
↳011 ⚡︎ jantar
↳012 ⚡︎ trabalho
↳013 ⚡︎ visita
↳014 ⚡︎ se masturber
↳015 ⚡︎ banheiro
↳016 ⚡︎ observar
↳017 ⚡︎ emily
↳018 ⚡︎ escola
↳019 ⚡︎ discussão
↳020 ⚡︎ trocador
↳021 ⚡︎ provocações
↳022 ⚡︎ quarto
↳023 ⚡︎ safada
↳024 ⚡︎ beije
↳025 ⚡︎ calcinha
↳026 ⚡︎ amigas
↳027 ⚡︎ grande babaca
↳028 ⚡︎ lugar secreto
↳029 ⚡︎ prazer
↳030 ⚡︎ olhar
↳031 ⚡︎ magoada
↳032 ⚡︎ convite
↳033 ⚡︎ josh
↳034 ⚡︎ festa
↳035 ⚡︎ bebada
↳036 ⚡︎ pronta
↳037 ⚡︎ diga
↳038 ⚡︎ pai
↳039 ⚡︎ apaixonada?
↳040 ⚡︎ conta
↳041 ⚡︎ ideia
↳042 ⚡︎ vestiário
↳043 ⚡︎ perguntas
↳044 ⚡︎ alguém
↳045 ⚡︎ contar
↳046 ⚡︎ visita
↳047 ⚡︎ mãe
↳ 048 ⚡︎ "suas putas"
↳ 049 ⚡︎ jogar
↳ 050 ⚡︎ ignorar
↳ 051 ⚡︎ chuva
↳ 052 ⚡︎ desculpas
↳ 053 ⚡︎ convite
↳ 054 ⚡︎ bryce
↳ 055 ⚡︎ briga
↳ 056 ⚡︎ bosque
↳ 057 ⚡︎ conta
↳ 058 ⚡︎ amizade
↳ 059 ⚡︎ soco
↳060 ⚡︎ professor
↳ 061 ⚡︎ apaixonado?
↳ 062 ⚡︎ ela
↳063 ⚡︎ aquário
↳064 ⚡︎ tenho você
↳065 ⚡︎ dívidas
↳ 066 ⚡︎ amigo verdadeiro
↳ 067 ⚡︎ lugar
↳ 068 ⚡︎ carro
↳ 069 ⚡︎ porta malas
↳ 070 ⚡︎ luke&clara
↳ 071 ⚡︎ amiga nova
↳ 072 ⚡︎ avani
↳ 073 ⚡︎ jantar de anunciação
↳ 074 ⚡︎ famílias
↳ 075 ⚡︎ aula
↳ 076 ⚡︎ quer desistir ?
↳ 077 ⚡︎ carta
↳ 079 ⚡︎ minha mãe
↳ 080 ⚡︎ pichação
↳ 081 ⚡︎ crise
↳ 082 ⚡︎ revelação
↳ 083 ⚡︎ diretoria
↳ 084 ⚡︎ contato
↳ 085 ⚡︎ colar
↳ 086 ⚡︎ pai para filho
↳ 087 ⚡︎ poema
↳ 088 ⚡︎ obrigado
↳ epílogo

↳ 078 ⚡︎ striptease

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𝘿𝙄𝙂𝘼 𝙈𝙀𝙐 𝙉𝙊𝙈𝙀 ⚡︎ payton moormeier;

⚡︎ ───𝙋𝘼𝙔𝙏𝙊𝙉 𝙈𝙊𝙊𝙍𝙈𝙀𝙄𝙀𝙍₊˚.༄

O dia hoje havia sido muito mais estressante do que eu tinha imaginado. A correria para descobrir quem está pichando as paredes continua, e o pichador, agora, mesmo durante a luz do dia, está escrevendo coisas com sentido. Talvez o tumulto tenha facilitado para ele fazer as suas artes durante o dia. Agora seu objetivo é falar mal das pessoas, na verdade, todas as pessoas citadas em suas pichações são mulheres. Meninas desta escola.

Não sei o que aconteceu com todo mundo
no final desse ano, mas parece que todo mundo enlouqueceu. Parece que a chance de fazer a vida dos outros mais miserável é agora, e é exatamente isso que aparentemente todo mundo está fazendo. Aproveitando a chance de estragar a vida
alheia.

Acho que essa escola precisa contratar
um psicólogo para atender os alunos dessa escola urgentemente.

Como ambos nossos pais acham que eu e
a clara estamos nos treinos para os jogos de final de ano, quando as aulas acabam, eu e ela temos algum tempo antes de ir parancasa.

A encontro no estacionamento da escola,
onde nós dois entramos no carro e partimos pela estrada sem rumo. Desta vez, ao invés de ir para o morro, eu literalmente parto pela estrada, que dá para outra cidade, mas não vou muito longe, já que quero ter mais tempo com a clara ao invés de ficar dirigindo.

Quando encontro uma das paisagens mais
bonitas da cidade, paro o carro um pouco
afastado da estrada, que está vazia a esta
hora, e abro os vidros. Desligo o carro e olho para frente, logo depois de olhar para o rosto confuso de clara.

- É literalmente o meio do nada- ela diz,
olhando para os lados.

- Não é belo?

- Por que você gosta tanto de lugares vazios, sem uma pessoa viva perto de você? As vezes eu tenho medo desse payton, não posso mentir- ela faz uma careta.

Estico as minhas mãos até o banco dela e
entrelaço meus dedos em seu cabelo.

- Esses lugares me fazem pensar, por isso
que gosto deles.

- E você não pode pensar onde tem outras
pessoas?

Faço que não com a cabeça.- Pensamentos demais juntos, não consigo.

- Mas você não vai ouvi o que elas estão
pensando.

- Mas eu vou escutar o que estes
pensamentos as mandaram fazer, e as vezes essas ordens são barulhentas e chatas.

Clara revira os olhos e encara o sol batendo nas folhas das árvores de leve, espelhando o brilho para nós.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas ouvindo as nossas respirações em
coro.

Ligo o rádio e procuro uma musica relaxante para aliviar meus ombros que estão tão tensos que quase chegam até as minhas orelhas. Isso é muito estranho. Ficar perto da clara ainda me deixa inquieto, como se eu fosse um garoto tímido no primeiro encontro com uma garota que é demais para mim.

- Vamos conversar de algo bom- ela diz,
logo depois que uma música instrumental
deprimente começa a tocar. Eu mudo a
estação de novo e encontro um jazz suave. Gosto da sensação que aquela música me transmite e deixo ela tocando.

- Essa musica é boa- comento.

Ela concorda com a cabeça e começa
a dançar lentamente, combinando
perfeitamente com o ritmo da música.

- Você gosta de jazz?- ela pergunta,
levantando um pouco da blusa até mostrar
seu sutiã de renda branco.

- Gos...- tento responder, mas na primeira
tentativa, a minha voz mais rouca que o
normal. Mas como poderia ficar normal
quando a clara está praticamente fazendo
uma striptease pra mim.- Agora eu gosto- corrijo, olhando fixamente para ela.

Ela sorri e balança a cabeça.

- Como você é clichê- dispara, aproximando seus lábios dos meus.

Eu a beijo suavemente e com gentileza,
como se seus lábios fossem feitos de
cristal. Mas a clara para de me beijar e olha nos meus olhos. Ela não apenas olha nos meus olhos, sinto como se estivesse
observando a minha alma. Me vejo
hipnotizado por ela, me encontro em transe.

- Algum dia você vai me contar sobre a sua
mãe?- ela pergunta, de repente.

- Nossa, era na minha mãe em quem você
estava pensando agora?- brinco, mas minha expressão logo fica séria.

Ela sabe que eu não gosto muito desse
assunto, por isso evita perguntar sobre isso. E para ser sincero, nunca me abri disso com ninguém, nem mesmo com meu pai, absolutamente ninguém além do meu reflexo no espelho.

Apenas de ouvir o nome mãe sinto meu
coração pesar. As últimas lembranças que
tenho dela não são boas, na verdade não é algo que eu queria ter experienciado, mas ela é a minha mãe, minha mãe.

Sinto meus pulmões se reduzirem e o ar fica curto. E de repente não encontro ar limpo em lugar nenhum. Uma vontade imensa de me despedaçar em um milhão de pedaços me invade, e tudo que eu vivi com ela, durante o tempo que eu estava lá, volta de uma vez, como um simples empurrão, mas que me faz bater a cabeça e o corpo no chão e me destrói por dentro.

Clara percebe como mudei desde que ela fez a sua pergunta e chega mais perto de mim, até me abraçar.

- Não precisa me dizer, eu não quis que você ficasse desse jeito- ela diz, passando as mãos pelas minhas costas.

- Eu, eu estou bem- respondo, tentando
me recompor e filtrar meus pensamentos.
Separar as lembranças dos sentimentos,
mesmo que os dois sempre estarão
interligados.- Quero te contar, você merece
saber isso, já está na hora. Eu mereço tirar
esse peso dos meus ombros.

Eu repito fundo e a clara fica calada. Ela se
afasta um pouco, mas continua perto de
mim, como se fosse me segurar caso eu
acabasse caindo.

- Não sei qual foi a história que te contaram quando eu me mudei- começo.- Mas eu fui morar com a minha mãe porque não a via fazia dois anos, desde que meus pais se separaram. Estava passando por algumas coisas aqui que não eram muito boas para mim, então resolvi passar as férias na casa dela, por mais que meu pai fosse extremamente contra aquilo, insisti ate que ele deixasse.

Olho para a paisagem e para clara, que nem pisca direito enquanto me ouve contar sobre a minha mãe.

- Aquelas férias foi a melhor coisa que
aconteceu comigo. Esqueci de quase tudo
que havia ficado aqui e me diverti muito lá.
Conheci minha mãe melhor - porque ela
foi embora tão cedo de casa que nem me
lembrava dela direito. E eu me lembrei de
como ela era incrível. Sempre sorridente e
positiva. Eu até resolvi me mudar para lá um pouco depois, porque naquela época, a vida lá era melhor da que eu vivia aqui. Por mais que eu sentia muita falta do meu pai e das pessoas daqui. Mas...- faço uma pausa, pois acabei de ser atingido por mais memórias ruins.- Mas eu... um tempo depois, vi o que a separação tinha feito com ela. Meu pai não era um bom marido, nenhum pouco. Aquilo fez a ir embora e nunca mais se recuperar. Descobri que aqueles dias maravilhosos tinham sido apenas encenação, e descobri que sempre que eu dormia, ela saía para se drogar e encher o corpo de bebida. Agora, Si, imagine o que era aquilo para um menino de treze anos. Eu era uma criança, Mas eu continuei lá, porque ela era a minha mãe- repito.- Ela tinha depressão, ela não
estava em um lugar bom naquele momento. Comecei a fumar no meu último ano lá, e acabei a entendendo. Aquelas coisas realmente melhoravam o que estávamos passando no momento, mas aquilo era momentâneo demais, não melhorava coisa nenhuma. Então eu... eu vi que não tinha mais nada a fazer a não ser mandá-la para um centro de reabilitação. Ela odiou por eu ter feito aquilo com ela, ela me odeia por isso, me odeia e já deixou isso claro. Ela falou na minha cara que se fosse para ter um filho que nem eu, preferiria ser torturada até a morte antes de ficar grávida, porque assim eu talvez sentiria um pouco de dor também. Mas, mas não era culpa dela, ela não estava falando aquilo, era a bebida.

Nesta hora eu não aguento mais, toda e
qualquer gota de lágrima de estava presa
dentro de mim acabara de ser jogada para
fora de mim brutalmente.

Tento continuar falando, mas acabo me engasgando com tudo o que está
acontecendo. Eu apenas deito no colo da
Clara e me derramo em lágrimas espessas e volumosas.

Alguns minutos depois, continuo falando.
Tenho que tirar isso de mim por completo,
só assim conseguirei seguir em frente.

- Depois disso- falo.- Depois disso eu fui
embora, sentia como se eu fosse morrer se continuasse naquele lugar, naquela casa. Então voltei para cá. Sei que ela já saiu da clínica, mas não sei se estou preparado para vê-la de novo, não sei se ela me perdoou por eu ter feito aquilo.

Não consigo falar mais nada, fico calado e
em silêncio. Mas não espero a clara falar
algo, já que não acho que existe muitas
palavras para serem faladas agora.

- Você fez a melhor coisa que poderia ter
feito, payton. Não se culpe por ser um filho
ruim, você não foi, você foi o melhor filho
que alguém gostaria de ter- ela diz, me
abraçando com toda a força que possui.

Eu balanço a cabeça em positivo, tentando
me convencer que ela estava certa.

- E eu te amo, e tudo vai ficar bem, nós
vamos fazer ficar bem.

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