Cicatrizes - Pjm + Jjk

By Kim_NamHye

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[CONCLUÍDA] Nossas vidas podem ser comparadas com o nosso próprio corpo, mesmo com os momentos bons que vivem... More

Introdução
🎵Playlist🎵
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Bônus: O (Re)Começo
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Fim - Cicatrizes 🩹

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By Kim_NamHye

#CriaturaParruda

🥊📷

É impossível alguém se apaixonar por mim, olha a merda que eu sou. Quem vai querer? Park Jimin só pode está desesperado ou doente, ou confundindo as coisas já que esse sentimento um dia foi existente.

Meu deus, o que eu faço agora? O cara se declarou pra mim praticamente, eu acho, que belo presente de aniversário, hein: a dúvida.

Eu que não vou perguntar, sou nem louco, tenho medo do rumo que essa conversa pode nos levar então a gente só caminha até a esquina e no puro silêncio, logo após deixar Jaemin na escola.

Que desespero, como eu vou me despedir dele? Ele sempre é espontâneo então geralmente me abraça ou rouba beijos da minha bochecha, mas agora parece tá pensativo e certeza que é sobre a "declaração".

Por essa nem ele esperava pelo jeito.

— Ok, a tarde quer sair? — ele me pergunta antes de virar a esquina, um pouco inquieto.

— Pra que? — pergunto desesperado e com certo medo, puta merda.

— Presente de aniversário. — não é a melhor explicação de todas mas ok, aceito de bom grado enquanto assinto com a cabeça levemente. Ele solta uma risada leve e se aproxima, segurando o meu rosto entre suas mãos pequenas e macias.  — Relaxa, pô. Não tem porque se comportar como um gatinho assustado.

Não tem? Ele me disse que gosta de mim praticamente e agora quer sair pra sabe deus onde, não acho que ele vai tentar alguma coisa mas ainda sim, fico um pé atrás em relação a isso.

Não tenho medo do Jimin, mas confesso que tenho medo do que posso está sentindo... Não é normal.

— Tá, ok. — balanço a cabeça para cima e para baixo novamente, um tanto perdido. — Até mais tarde, então.

— Até. — ele beija a minha bochecha como sempre e sai, apertando o meu coração de um jeito estrondosamente diferente.

Puta merda, uma hora eu morro de ataque cardíaco por culpa desse cara.

Suspiro fundo e vou para o meu treino, sempre chegando cedo e tendo o espaço inteiro para mim, agora o que eu faço é ficar pensando que nem um mané sobre o Park.

Ele amou um cara e, hoje em dia, está voltando a sentir esse carinho, não pode ser eu, pode? Não há qualidade alguma em mim, ele está fazendo uma ilusão em sua cabeça onde provoca essas coisas loucas.

Isso se for eu, vai que não é, posso está confundindo as coisas.

E se eu estiver? Traria alívio? Porque, sinceramente, imaginar que o cara possa ser eu me traz um certo alívio, o motivo eu ainda estou descobrindo, talvez seja o jeito como ele faz eu me sentir bem consigo mesmo ou aquele sorriso perfeito.

Mas é de tanto ficar pensando que me atrapalho todo no treino e recebo um belo soco no queixo pelo filho da puta de um dos meus colegas, nem sei o nome do desgraçado.

— Fica moscando que leva mais um, Jeon. — e ele provoca ainda, tá se achando só porque tirou um pingo de sangue de mim depois de tanto tempo que ninguém consegue ao menos me tocar.

Tá se achando o rei da porra toda.

— Filho da... — soco a sua cara com mais força ainda, acabo o desnorteando e provocando a sua queda no chão, quem sabe assim deixa de ser babaca.

O treinador apita e vai até o cara, o ajudando a se levantar enquanto pergunta se está tudo bem e pede para que eu fosse descansar um pouco já que pareço alterado.

Ah vai a merda, onde é que eu estou alterado nessa porra?

Eu até ponho minhas mãos cobertas pelas luva sobre a cintura com uma cara incrédula, reviro os olhos e me viro para sair do ringue.

Fico o resto das duas horas batendo em um saco de pancadas enquanto cuidam do manézão que levou só um soquinho e já tá fazendo drama, eu também levei e estou bem aqui, com os lábios cortados porém tudo bem, quem mandou pensar de mais no Jimin.

Me xingo internamente enquanto espanco o saco, saber disso realmente está me afetando e eu não sei se é de uma maneira positiva ou negativa, até porque eu nem tive a confirmação real, é só uma especulação. Vai que meu cérebro está sendo mentiroso, é que realmente não dá pra acreditar que alguém possa gostar de mim, eu sou um monstro.

Ao fim do treino, eu tenho mais um aviso sobre o campeonato do fim de semana e uma conversa sobre autocontrole, nem é a primeira vez que conversamos e com certeza não será a última já que a probabilidade de eu ganhar e depois arrebentar o cara é de 99,99%, mas eu ouço e concordo antes de tomar uma ducha e pegar minhas coisas no armário para ir embora.

Cansado que só um desgraçado e exausto psicologicamente, eu vou caminhando sem muita pressa até a escola do pirralho enquanto seguro meu chaveiro de coala entre os dedos, me lembrando daquela época da minha versão mais pura e verdadeira ao lado de Jimin.

Já gastamos dez moedas nesse brinquedo, Jimin. E não pegamos nadinha de nada. — eu digo frustrado e quase chorando, sentado ao lado da máquina de bichinhos, tendo em mãos a minha última moeda e ele também.

Eu vou pegar algo pra você nem que para isso eu tenha que entrar nessa máquina. — Jimin se levanta determinado e põe a sua moeda, a garrinha começa a se movimentar e ele tenta pegar qualquer bichinho aleatório mas não consegue, a garra pega e o larga no meio do caminho. — Desgraça! — ele grita irritado.

Aproveita que você é todo compacto e entra nessa máquina, talvez assim seja mais fácil de pegar alguma coisa. — eu sempre amei irrita-lo ao lembrar o quanto ele é baixinho pela idade, até porque nessa época nós tinhamos uns dezesseis e dezessete anos e a diferença de tamanho era horrenda, hoje é só alguns centímetros.

Ridículo. — é o que ele sempre dizia, com um falso revirar de impaciência enquanto pega a moeda de minha mão e tenta mais uma vez, no fundo ele se divertia com as provocações. — Se eu conseguir, você me deve um beijo na boca.

Ele sempre foi assim de soltar alguma coisa, na época eu achava que era só o jeito brincalhão dele mas não, ele estava amarradão em mim e o que eu fiz foi só concordar ironicamente. Depois que ele pegou o chaveiro de coala, a gente pulou que nem dois retardados depois de ter gastado vinte e dois mil wons nessa máquina e o beijinho foi cobrado, mas lógico que eu neguei e falei pra ele parar de ser idiota.

Que sonso que eu era, puta que pariu.

Mas, mesmo indignado, eu consigo sorri que nem bobo ao lembrar de todo o esforço que ele teve por mim só para pegar algum bichinho que levo até hoje comigo. Esse chaveiro sempre foi especial mas eu tinha esquecido o porquê, hoje eu lembro e fico com uma tremenda vontade de chorar por causa do sentimento puro que invade, igualzinho aquele Jungkook que já fui.

Acho que a maioria das minhas melhores lembranças o Jimin faz parte, espero que elas consigam voltar para o meu cérebro e aquecer o meu coração empedrado, ele deve está uns cem graus negativo depois de tantos machucados.

— Jungkook hyung, você demorou. — Jaemin acusa ao abraçar minhas pernas, eu tinha percebido que já estava em frente a escola e a maioria das crianças já estão a caminho de sua casa, resultando apenas no Jimin e no Jae me esperando. — Como está... Meu deus, o que aconteceu com sua boca? — ele diz espantado ao olhar para cima e vê a mesma roxa.

— Se meteu em uma briga? Meu deus! — agora é o Park quem fala, se aproximando e passando o polegar mas eu afasto rapidamente por conta da ardência.

— Eu faço pancrácio¹, é normal. — explico brevemente ao pegar o meu filho no colo.

— Não é a primeira vez que vejo Jungkook hyung com algum machucado, mas eu nunca gostei de vê... — o pirralho confessa entristecido, enquanto fica analisando o machucado com o olhar.

— É o único jeito de sustentar nós três, pirralho. Então você vai ter que acostumar, ok? — sou sincero, e difícil alguém aceita um ex presidiário, a maioria tem medo.

Eu posso ter conseguido provar que sou inocente depois de um ano que passei na prisão, mas as pessoas ficam um pé atrás, vai que eu enganei advogados e juízes, né? Até os em cana achou que eu menti e ficaram até o último momento tentando me matar, achando que se a justiça não está sendo feita, eles farão. Abusar de mulher é uma coisa que nem eles aceitam.

Mas ela foi feita, eu nunca abusei daquela mulher e era eu o maltratado de toda a situação, mas ninguém acredita que um cara pode também se abusado psicologicamente e fisicamente por alguém durante muito tempo, pois a natureza dita que homens são mais fortes.

Vai a merda natureza, eu posso ser mais forte do que ela fisicamente mas o terror psicológico que ela implantava em mim nunca foi levado a tona, né? Eu era só um moleque que achava que estava sendo amado já que ela gostava tanto de me beijar e dizia coisas bonitas após uma briga. E outra, eu não sou nenhum babacão pra bater em mulher, não importa o quanto ela merecia até mais de um soco, se eu fiz aquilo foi por puro medo. Só de pensar já sinto raiva.

Ficamos o caminho todo em silêncio, na verdade fui eu que fiquei quieto o tempo todo enquanto Jaemin e Jimin ficaram falando pra caralho. Ao chegar em casa, o pirralho corre até a minha mãe para contar como foi o seu dia enquanto eu subo as escadas para tomar outro banho, mas Jimin me chama no meio do caminho.

— Lembrando que mais tarde vamos sair, ok? Já conversei com o Jae e ele achou tudo bem ser apenas nós dois.

— Só nós, por que o pirralho não pode ir também? — pergunto desconfiado, debruçado ao corrimão.

— Lá é muito ingrime para uma criança, ao chegar você vai entender. — é sua resposta, retraída porém sincera. — Nos vemos as quatro e meia.

Eu só afirmo com a cabeça e ele vai até a cozinha junto com minha família enquanto eu vou tomar meu banho, ao terminar é que eu desço e sou recebido por um bolo festivo e alguns docinhos de arroz com pasta de feijão.

Mesmo que no fundo eu ache meio bobo, é carinhoso e fofo essa atenção toda por alguém que nem merece, eles cantam parabéns e até me obrigam a assoprar as velinhas, logo partimos o bolo que Jae fez questão de perguntar se é sem lactose antes de comer, tadinho, ainda bem que a minha mãe sempre pensa nele e o fez sem o bendito leite, coisa que não sei o que ela fez pra ficar uma delícia.

A tarde passa tranquilamente, assistimos Como Treinar seu Dragão e Shrek, não é os filmes que gostaria de passar o meu aniversário assistindo mas Jae insistiu e eu não consigo negar nada a esse pirralho. Ao terminar já é quase quatro e meia, eu estava sentado no chão enquanto Jae mantinha a sua cabeça em minha perna mas meu olhar subiu para o Jimin que estava sentado no sofá e parece que, através do olhar, ele percebeu que eu estava dizendo que deu a hora, pois ele assentiu e nisso nos levantamos.

— Já já eu volto, pirralho. Se comporta. — aviso enquanto ele se mantém deitado no chão.

— Seu filho é um anjinho, Jungkook. Não tem porque se preocupar. — minha mãe diz com carinho ao se levantar da poltrona e me abraçar. — Mas não demorem, já já começarei a fazer os nachos e preciso de ajuda.

— Só eu não basta, vovó? — Jaemin perguntou, um tento decepcionado.

— Não é isso, querido. Mas você não pode mexer com faca, então preciso do Jimin ou do seu pai para esse trabalho.

— Relaxa que antes das sete estamos de volta. — Jimin vai ao meu lado enquanto ajeita a camisa e a franja que cobria seus olhos. — Vai assim mesmo ou quer se trocar? Não recomendo ir de bermuda.

E por que não, que merda de lugar é esse que ele vai me levar?

Mesmo com essas dúvidas eu não pergunto, só concordo com a cabeça e subo para o meu quarto, colocando uma calça jeans larga e troco a parte de cima, ponho uma camisa vermelha sem estampa no lugar da regata, também calço minha bota preta e desço as escadas rapidamente, então nós saímos de casa em direção a um ponto de ônibus onde só deus sabe qual será a próxima parada.

No ponto de ônibus foi um completo silêncio entre nós, eu estou um pouco assustado ainda até porque não sei se os sentimentos são positivos ou negativos, no momento são confusos até eu ter a certeza saindo de seus lábios e não uma especulação, passa dois ônibus e é no terceiro que ele pede para entrarmos, as passagens são pagas por ele e o caminho foi novamente movido por silêncio.

Ficamos meia hora nesse ônibus, fomos parar no ponto final que nos deixava perto de uma pequena colina onde eu sei que conheço muito bem, até deixo um sorriso nostálgico brotar em meus lábios. Subimos o morro com cuidado, é bem ingrime como o próprio Jimin havia comentado, quase caio mas ele não deixa pois segura a minha mão e me ajuda no restante do percurso.

E é ao chegar em uma área mais plana é que eu percebo a cidade de Busan inteiramente visível com o pôr do sol radiante, eu e o Jimin vivíamos aqui quando queríamos fugir de todos o estresse do dia-a-dia e problemas também.

— Legal, né? Igualzinho há quando tínhamos éramos mais novos. — ele pergunta ao se sentar na ponta do penhasco, pelo jeito ele não tem tanto medo quanto tinha.

— É... — eu sorrio meio nostálgico ao me sentar ao seu lado, admirando a beleza dos tons laranja e vermelho junto com a bola de fogo que estava semi-escondida por detrás dos prédios. — Lembro que conheci esse lugar por sua culpa, era a lugar que você mais vinha quando fugia do orfanato.

— Ninguém nunca me encontrava, só depois e porque eu deixava ao andar por aí... — ele diz com um ar também nostálgico ao apoiar os braços atrás do corpo. — Sinto saudade da minha mãe então eu precisava e muito vim aqui, mas queria te trazer junto para trazer alguma leveza em meio a toda confusão que passa...

Eu balanço com a cabeça, percebendo o azulado se misturar com as cores quentes e a lua minguante melhor visualizada, sou sincero ao soltar em um sussurro: — E funcionou...

As dores de todos esses anos não passam mas uma gaveta cheia de boas lembranças é aberta, a tranquilidade se torna um breve curativo para todos esses machucados e o sorriso aparece entre meus lábios enquanto eu fecho os olhos e sinto a brisa.

Melhor presente do que esse só Jaemin me chamando de pai.

— Sabia que iria gostar... — Jimin diz, eu abro os meus olhos e percebo o seu sorriso enquanto ele abraça uma de suas pernas. — Podemos vim aqui mais vezes, que nem a gente vinha antes.

— Podemos... — eu concordo levemente com a cabeça, sentindo um aquecer em meu peito ao vê esse sorriso crescer mais um pouquinho.

Por que você me provoca isso, Jimin? Por que?

— Jungkook... — ele me chama baixinho, pega a minha mão e dá um beijo cuidadoso sobre a palma. — Sobre o que eu disse de manhã, você realmente não está preparado para ouvir diretamente mas é exatamente isso que você está pensando, mas pode ficar tranquilo pois nem sou doido de tentar forçar alguma coisa, sei que isso tudo te dá medo então é questão de tempo e muita paciência.

Então...

Jimin já me amou e hoje gosta de mim novamente... Ok, o que você acha disso, coração? Parece que está sofrendo uma enorme sobrecarga de tanto que aquece e que pode parar de vez a qualquer momento, não me deixa na mão assim, paralisado.

Caraí, ele gosta de mim. Ele gosta de mim!

O que eu tenho que faz ele gostar de mim? Nem sou tão bonito assim, seria o meu corpo?

Não, Jimin nunca ligou para aparência física então não seria agora que começaria a ligar, né? Por que então ele gosta de mim?

E por que saber disso está me fazendo tão... bem?

Ele gosta de mim e isso me faz bem, por que me faz bem? Vai a merda, por que caralhos eu tinha que ser uma confusão ambulante?

— Que porra! — digo irritado comigo mesmo, mas acho que Jimin não notou isso pois seu olhar ficou morto e sua cara parecia arrependida, mas sou rápido em tentar reverter a situação. — Relaxa, o problema é eu, minha cabeça tá uma bagunça agora.

— E por que está uma bagunça? — Jimin pergunta imediatamente, dá para perceber ao passar a língua entre seus lábios e pelos olhos brilhosos a ansiedade pela minha resposta que é dita sem pensar.

— Porque eu estou bem por saber disso.

Seus lábios formam uma linha reta, se abrem e o sorrindo onde mostra seus dentes tortos e os olhinhos fecham é revelado, ele não resiste e se joga para cima de mim, me abraçando pra caralho enquanto enche minha bochecha de beijos, eufórico.

— Aí meu deus, dessa vez eu tenho uma chance! — ele me aperta ainda mais enquanto eu seguro a sua cintura e tento o tirar em cima de mim já que estamos deitado nesse chão coberto de pedra e areia, sinto até uma cutucar minhas costas.

— Antes de tudo, saia de cima de mim. — eu peço em meio a uma risada por conta de vê-lo assim, mesmo que as palavras tenham sido mal colocadas.

— Ok, desculpa. Te machuquei? — ele pergunta enquanto eu me levanto e limpo a minha camisa com as mãos, ele até me ajuda ao dá leves tapas.

— Um pouquinho. — passo a mão em minha coluna, mas é nada grave.

— Dou beijinho pra sarar.

— Precisa não, doidão. Relaxa. — eu tiro um pequeno galho que prendeu em seu cabelo ruivo e jogo para o lado, passo a mão em sua bochecha e dou um leve aperto antes de prosseguir com cuidado. — É isso, me sinto bem de saber mas não sei o motivo ainda então não se empolga, não quero te machucar como sempre faço com todo mundo.

— Por isso eu só serei direto se um dia você estiver pronto, o que eu acredito que fique já que não está me afastando.

— Mas eu não entendo... Por que sente isso por mim? Sou um babaca e já me comportei várias vezes como um idiota pra você. — pergunto verdadeiramente sem acreditar que isso seja real.

— Talvez porque já houve vezes que você foi um amor comigo, todo carinhoso mesmo com esse jeito ogro que você tem. Além das suas qualidades que fazem eu te admirar e os defeitos existem também mas ninguém é perfeito, pelo menos eles não estão gritantes como eram antes e você se esforça ao máximo, como não ter isso por você?

— Você é doido. — concluo no fim, recebendo um soco fraco no braço mas um beijo no local também.

— Por você. — clichê, mas confesso que gostei disso. — Vamos pra casa, tenho que ajudar sua mãe e Jae com certeza quer passar as últimas horas com o pai dele, já já não será mais seu aniversário.

— Ótimo, terei uma vida normal novamente. — ergo os braços como se tivesse agradecendo aos céus e isso provoca uma risada escandalosa de Jimin, ele até se joga pra trás.

— Você me faz rir também, é por isso que sinto isso por você. — ele confessa enquanto se levanta do chão e bate em sua própria bunda para limpa-la.

Eu não digo nada, só suspiro sofrego com a palavra isso sendo utilizada para o sentimento que eu ainda não estou pronto mesmo para ouvir, se já estou assim com isso quem dirá com gostar.

Eu morro eternamente, e eu não posso, tenho o pirralho pra cuidar.

Limpo a minha bunda também e descemos a ladeira cuidadosamente, o fim dela é no ponto de ônibus mas como esse é a parada definitiva dele, a gente acaba tendo que atravessar a pista e andar uns cem metros para chegar no ponto de ônibus que nos levara para avenida de casa.

— Confesso que faz tempo que não ando de ônibus. — Jimin diz ao se sentar no banco ao meu lado, divertido. — Sabe como é, minha mãe insistia em me levar pra faculdade de carro e eu dirijo também, pra que ônibus?

— Fica xiu que sei que você tem motorista particular, burguês. Já fui pra sua casa. — reviro os olhos em falsa impaciência, mas que é verdade que lembro muito bem de ter um motorista em nossa cola é.

— Isso quando eu não dirigia, agora eu posso. Esqueceu que sou de maior? — ele dá um tapa em meu ombro, com um tom irritado mas sei que é falso.

— Lógico, seu tamanho não condiz com sua idade. — provoco enquanto um sentimento nostálgico e gostoso bate em meu peito novamente, causando-me um choque quando eu sinto outro tapa só que em meu peito.

Jimin ri lindo como sempre, apoia sua cabeça em meu ombro e assim ficamos até chegar na avenida de casa, eu até me aproveito para ficar com a cabeça apoiada na sua e tirar um breve cochilo no caminho por conta do cansaço.

Ao chegarmos em casa, sou recepcionado por Jaemin que me dá um abraço gostoso ao deixar os seus brinquedos de lado. Minha mãe se levanta da poltrona e divide o seu olhar entre mim e o Jimin, acho que contente por vê que a gente está voltando a amizade.

E talvez um pouquinho mais do que isso, mas isso ela não irá saber tão cedo, ou nunca. Depende.

— Vamos, Jimin. Temos que fazer os nachos agora. — ela a chama enquanto vai em direção pra cozinha.

— Ok, tia. Só deixa eu abraçar esse garotão. — Jimin ergue os braços para o pirralho que se desprende de mim para abraçar o Park que estava ajoelhado em sua frente para que assim ficasse próximo do seu tamanho. — Você vai nos ajudar também, né?

— Aham, quero que Jungkook hyung coma os melhores nachos feito por nós! — ele diz todo animado, estava até pulando descontroladamente e Jimin, carinhoso como é, começou a distribuir vários beijos em sua bochecha gorda e avermelhada.

Ele seria um ótimo pai, sem sombra de dúvidas melhor do que eu. As vezes eu acho que não merecia um filho como Jaemin, ele é quase um anjo, Jimin que o merecia se um dia chegar a ter filhos.

Mas eu posso até não merecer, porém estou tentando poder um dia merecer sim, eu vou melhorar de toda essa desordem psicológica, um dia eu não estarei mais chorando todas as noites como ainda faço, nem me remoendo a toda a tortura que passei enquanto vivia com aquela mulher e vivia em uma prisão.

Um dia eu serei o Jeon Jungkook que Jimin já amou uma vez.

Continua...

¹ Pancrácio: Arte marcial da Grécia antiga e esporte gladiatório, o pancrácio era uma fusão de técnicas de luta, que incluíam a luta grega, boxe, estrangulamento, chutes, golpes e técnicas de travamento das articulações.

Fonte: www.educacaofisica.seed.pr.gov.br

Curiosidade: Para quem não sabe, eu fiz dois anos de luta então quando eu comecei a descrever a luta do Jungkook eu imaginava algo entre o que eu aprendi (luta olímpica) e boxe, nisso eu pesquisei e descobri sobre esse. As técnicas como estrangulamento, chutes e técnicas de travamento das articulações não é utilizado na fanfic, só golpes que envolve socos ou quedas, não sei se dá para chamar essa modalidade que eu "criei" de Pancrácio mas é o que eu encontrei.

Momento Divulgação: AnyeLulih está publicando uma fanfic, ela é Taeyoonseok e vamos lá dá uma chance sim, assim como vcs deram para mim :3

Enfim, como vcs estão bbs? Nossos bbs estão bem hihi

Daqui em diante é jikook boiola atrás de jikook boiola, não criem expectativas sobre eles se beijarem por agr, hein. Como eu já disse em capítulos atrás, só ano que vem que teremos esse momento de acordo com a minha contagem.

Enfim, espero que tenham gostado :3 amo vê o feedback de vcs e desse eu estou ainda mais aaaaa em saber, o casal está desenrolando ent eu fico sempre meio tensa, me contem oq estão achando, ok?? E vamos levantar a #CriaturaParruda, eu conto com vcs.

Bom, obgda por todo amor, carinho e suporte que estão dando, fico até sem palavras, o meu coração aquece tanto quanto o de Jungkook todo confuso (vamos chamar desse jeito por enquanto) pelo Jimin. Amo dms vcs, viu?

Enfim, até lá nenês!!

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