A Secretária Da Máfia (Conclu...

By brunaSam

452K 23.3K 2.3K

CONTEÚDO HOT. Marina Valentini, mais conhecida como Mari, a secretária da Máfia Italiana, e Henrico Moretti... More

AVISO
PRÓLOGO
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19.1
CAPÍTULO 19.2
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38 (FINAL)

CAPÍTULO 01

30.2K 1.4K 354
By brunaSam

Revisado por: VitoriaCrazy

Hoje é o grande dia, em que Henrico enfim assumirá a máfia oficialmente, estou tão feliz por ele, mas seu falecido papà, Giuseppe, fará falta, era uma pessoa incrível, um ótimo papà, muito diferente de sua desagradável esposa, Laura, uma verdadeira cobra, honestamente, eu a detesto, e sei que sou correspondida com a mesma força e intensidade por ela, desconheço a razão.

Laura parece me odiar gratuitamente ainda mais depois que completei dezoito anos, está sempre tramando sorrateiramente para inutilmente afastar seu filho de mim. Agora, preciso me arrumar para a festa, motivo pelo qual afasto todos os pensamentos sobre essa cretina arrombada.

Em meu corpo escultural, extremamente gostoso por sinal, estou utilizando um maravilhoso vestido longo portando duas fendas enormes, bastante generosas, tão altas que quase, mas quase, é possível visualizar a calcinha, existe também um profundo decote V azul marinho, que realça meus seios naturalmente fartos, saltos pretos adornam meus adoráveis pezinhos, em meu rosto optei por fazer uma maquiagem básica, desprovida de qualquer extravagância, admirei com aprovação durante intermináveis segundos meu reflexo no imenso espelho, contudo, logo afastei-me, não quero, acidentalmente, começar a me vangloriar de como sou fisicamente perfeita.

Henrico, gentil e solícito como sempre, aceitando ser meu uber, comunicou que se encarregaria de vir me buscar às 20:00, é, ele larga todos os seus compromissos para vir atrás de mim me mimar. Já são 19:37, visto que a pontualidade é algo que meu amigo preza bastante, preciso me adiantar. Nos conhecemos há décadas, eu nasci e já era sua melhor amiga do coração, Henri jura que assim que me conheceu soube que eu fazia parte de sua família e seria sua maior fraqueza. Uma gracinha, nem parece que mata geral.

Henrico sempre foi bem amável e protetor comigo, principalmente depois de meus 15 anos, quando foi meu príncipe na festança chique, sua possessividade triplicou e adoro isso, não sou cega e lerda, sei o que todo o cuidado exagerado do Capo comigo significa, o conheço há anos, sei quando está bem e mal, decifrando cada emoção sua. Desde pequena percebi os sinais, seus sorrisos especiais e olhares diferente de amor e desejo nada discretos, entendi cedo que não é só amorzinho fraternal que nutre por mim, ele me ama loucamente como mulher, porém, não assume por bobagem, esconde seus sentimentos de mim e do mundo inteiro por medo de me perder por conta da crueldade da máfia.

Quando, na intensão de causar tretas, lhe apresentei meu primeiro namorado adolescente, na tentativa de fazê-lo se abrir, se libertar das correntes e confessar que me quer toda para si, a reação máxima de Henrico, para minha infelicidade, foi ficar putinho de ciúmes, querendo ardentemente meter um tiro no meio da testa do pobre garoto, minha isca. Eu esperava mais e me decepcionei feio, quanto mais eu provocava simulando inocência, mais ele fugia e fingia não perceber que a atração irresistível é mútua e minhas pernas estavam completamente abertas, a nossa química é inegável e não suporto mais esperar uma atitude séria do Capo, chega de enrolação.

Tenho ciência que deveria ir para cima atacar, porém, minha mãe me ensinou a ser dona de mim e não correr atrás de macho bonitinho nenhum, se Henrico realmente me quer, terá que vir rastejando aos meus pés, não será ao contrário, fico bem plena e serena aguardando a tão sonhada hora da revelação, caprichando nas provocações, sou mestre em usar o meu charme e sedução ao meu favor para manipular os homens e consigo direitinho deixar todos loucos pela minha beleza impressionante, enquanto o Capo não se decide continuo vivendo tranquilamente minha vida, trepando muito em outros paus, ficar na fossa, sofrendo por um só não faz o meu estilo.

Em determinado tempo, Henrico adotou um estilo de vida libertino, que pouco me agrada, começou a sair por aí para me esquecer comendo incontáveis mulheres, que obviamente estavam unicamente interessadas em sua posição prestigiada e não deixei o meu incômodo transparecer, retribui na mesma moeda dando para vários, aproveitando bastante os prazeres carnais, jamais ficaria me privando de curtir, adoro me divertir, claro que sem deixar de ocupar o papel de "dama descente", maior piada de todas.

Nunca me rebaixei a sentir inveja tola das marmitas que Henrico usava e descartava, matei quase todas, é, é isso aí, eu odeio concorrência e não tolero ninguém tocar o que é meu, precisei matá-las porque as idiotas sonhavam alto demais e vinham com ousadia mexer comigo, querendo roubar o meu lugar de ouro, definitivamente não aceito ter meu posto de biscateira ameaçado, gosto de ser a pistoleira exclusiva da história, há cada duas que o cafajeste pegava, eu devolvia dando para uns dez mafiosos por aí, eu sou mais eu, ninguém se compara a mim, a maior beldade magnifica, privilegiada por possuir o amor eterno do Capo.

Sempre gostei do Capo e não é novidade, não pretendo desistir desta paixão, vou investir com tudo, ainda mais agora que ele se tornará o chefe, certamente terá que se casar e é aí que o meu golpe lendário entra, farei o máximo para ser a escolhida, apesar de que não terei que me esforçar tanto, Henrico é super cadela minha, já ganhei o jogo, ninguém me roubará o meu cachorro e o título de primeira-dama, eu nasci para ser a patroa e mandar no mundo, não importa se ele é mais velho, foda-se, 4 anos não é nada, só um número de merda, uma diferença de idade patética e insignificante não me impedirá de alcançar a plena felicidade.

Henrico olha para mim como mulher e me deixa louca de luxúria acumulada, ele finge não se importar, deixando claro para o público que somos só amigos para manter a pose de durão e me afastar dos inimigos, todavia, acabou a palhaçada, não ficarei apodrecendo nesta maldita zona da amizade forçada, é tudo ou nada, não estou disposta a perder.

E por causa do meu atual processo de raciocínio, tomo um leve susto quando uma confiante, segura e suave batida recém depositada na porta arranha meus preciosos tímpanos.

— Posso entrar? — sou acometida por graves arrepios ao reconhecer que esta voz grossa, grave e rouca, tão deliciosa, que sempre possui a incrível capacidade de me excitar ao extremo, pertence a Henrico. Que merda fodida, deveria ser universalmente proibido ser tão gostoso assim, cacete.

— Não, e se for algum tarado? — indago, rindo baixinho para conter a ansiedade idiota e o tsunami que formou-se em minha calcinha.

— Pare de graça, caralho. — Henrico ordena, abrindo a porta e adentrando o cômodo sem receber convite, dispensando formalidades idiotas.

Faço pose sedutora e quando seus belos olhos intensos, tão sedutores e misteriosos, que sempre querem possuir minha alma, recaiem em minha figura, tanto eu, quanto Henrico subitamente paralisamos, incapazes de nos movermos, ele fica hipnotizado e entra em um transe profundo, escaneando com máximo admiração e atenção cada mínimo centímetro de meu corpo.

Mio Dio, eu quase desmaio de emoção, ao ver um desejo cru, ardente, queimar bastante explícito em sua expressão, caralho, eu sorrio diabólica perante suas pupilas dilatadas, que me elogiam silenciosamente com toneladas de putarias profanas e obscenas.

Cravei sensualmente o dente no lábio inferior, nenhum pouco constrangida pelos pensamentos lascivos e pecaminosos que passam a penetrar minha mente louca ou por estar sendo submetida à sua indispensável análise minuciosa que dura uma eternidade.

— O que foi? Está ruim? Estou feia? Desembuche logo! — falei segura e confiante, disfarçando o nervosismo interno.

É perceptível o quanto está sendo dolorosamente difícil para ele desgrudar os olhos de meu corpo e concentrar a atenção em meu rosto e meu sorriso de pura malícia se amplia. Vá seduzindo até ele não aguentar mais.

Eu quero, eu posso, eu consigo.

— Não, você está linda, terei trabalho com os homens presentes naquela festa. — ele diz, finalmente, após um longo período em silêncio, me comendo com os olhos, embora quisesse que fosse com o pau.

— Sugiro que tire uma foto, querido, terá uma duração mais prolongada. — provoquei cínica na maior santidade.

— Engraçadinha você, não é mesmo, Mari? — questiona divertido, fingindo estar bravo, quando é evidente que não está. — Para destacar ainda mais sua beleza, te trouxe de presente uma humilde joia exclusiva da nova coleção que será lançada em breve, eu mesmo desenhei para você.

Ele se aproxima sorrindo galanteador estendendo uma luxuosa caixa marrom de veludo, que aceito graciosa e ao abrir o mimo vejo uma caríssima gargantilha de diamante, que me desperta um amplo sorriso satisfeito.

Amo coisas caras.

— Porra, que linda, amei, Henri. Obrigada, todos vão babar em mim, serei o centro das atenções. — saltitei no ar e visando beijar sua bochecha em agradecimento, lhe abraço, só que Henrico é mais ardiloso virando maliciosamente o rosto, roçando nossas bocas em um rápido selinho por uma fração de segundos.

Apenas mais um cumprimento normal de amigos.

— Opa, adorei o agradecimento, bell'angelo. — debochou registrando o segundo.

— Você me constrange de propósito, idiota sacana da porra. — culpei brincalhona, relevando.

— Juro que aconteceu sem querer, mas, valeu mais do que um beijo de língua, ganhei a minha noite. — fingiu mais. — Deixe-me colocar em você. — se adianta, posicionando a peça de milhões em meu pescoço e nossa proximidade íntima me desarma total, instalando um nervosismo instintivo em meu ser. — Pronto, agora ficou muito mais maravilhosa do que já é. — elogia sorridente.

— O que fiz para merecer um agrado tão bom assim? — exibi um biquinho de menininha boazinha, exalando um ar angelical falso.

— Eu tenho mesmo que dizer? É evidente, mio angelo, você me faz feliz demais da conta, amo a amizade especial que temos e amo você, minha preciosa. — Henrico é o pior mafioso que conheço, mas, também é o melhor homem que já passou por minha vida, sua cafona lábia romântica me emociona e seduz.

— Seu sentimentalismo brega é fofinho. — aperto suas bochechas, rindo. — Eu amo seu lado romântico, Henri, me conquista mais e mais todos os dias. — detalhei honesta.

— Me diga como foi seu dia de principessa, estou curioso para saber quais merdas aprontou em minha ausência. — troca de assunto.

— Como hoje é feriado de celebração de sua posse de chefe, obviamente não trabalhei, só me dediquei a me transformar na Barbie. — caçoei, dando uma voltinha sensual, desfilando ao redor feito modelo e Henrico aplaude sarcástico, me girando em seus braços e terminamos gargalhando em nossa infantilidade.

— Mais perfeita impossível, minha moreninha linda. — me venera mais uma vez.

— E o quão ruim foi o seu dia na sede? Estava com saudades de você, ultimamente quase não nos vemos muito por causa de suas viagens preparatórias para o exterior. — reclamo.

Como oficialmente não sou a Consigliere, não estou autorizada a acompanhar Henrico para as viagens de serviço ao estrangeiro, normalmente é meu pai, o primeiro conselheiro em atuação, é quem o segue, eu permaneço em terra firme resolvendo o que me cabe.

— Basicamente foi terrível, tem sido trabalhoso colocar a casa em ordem nestes três meses de luto, senti sua falta o tempo todo, contava os segundos para estar de volta e encher minha princesinha de carinho. — sorri fofo e quase me derreto de paixão.

— Vamos parar de grude, temos que ir logo, antes que eu me esqueça, ajude-me a fechar o zíper? — peço maldosa e ele rapidamente se prontifica a ajudar, caindo facinho na armadilha.

No instante em que Henrico se aproxima, posicionando-se atrás de mim, para fechar o zíper filho da puta que se localiza nas costas e não queria se fechar nem por um decreto, seu perfume másculo inebriante me deixa embriagada, suspirando como uma tola apaixonada, ao sentir seu toque delicado em minha pele macia e cheirosa, uma onda elétrica passa pelo meu corpo, estremeço inteiramente arrepiada, mas ignoro e me mantenho firme. Pare com esse fogo no cu, Mari, ele ainda é só seu amigo, nada mais que isso.

Sua respiração quente, pesada e levemente alterada chicoteia meu ombro, engulo em seco devido a todo calor que emana de nós.

— Uma perdição tão cheirosa e gostosa. — seu comentário tarado faz minhas estruturas tremerem. — Eu te deixo nervosa, Mari? — reconheço seu jogo de sedução e sei direitinho quais cartas mostrar para ganhar a liderança.

— Excitada é a palavra que se encaixa melhor. — seduzo traiçoeira e ouço a pequena risada sensual de Henrico.

— Então, você se excita comigo, que interessante. — cantarola irônico. — E quais outros sentimentos lhe causo? — busca saber, calculista.

Sinto todo o seu desejo crescer, ele já fechou o zíper, entretanto, por algum motivo permanece atrás de mim e suas mãos passeiam devagarinho por minhas costas desnudas.

— Tesão. — confesso descaradamente, sem um pingo de vergonha, ofegando sem ousar mover um músculo.

De repente, ele agarra firmemente minha cintura, colando totalmente meu corpo no seu, pressionando em minha bunda a protuberância em sua calça social do smoking, que constato ser seu pau terrivelmente duro, inevitavelmente suspirei para conter o gemido de tesão ao sentir Henrico cheirando meu pescoço exalando meu perfume e raspando a ponta do nariz por minha pele.

— Não esperava por uma resposta direta tão surpreendente. — dissimula presunçoso e minha boceta pisca. — É bom saber que me corresponde.

De modo automático e espontâneo curvei o pescoço para o lado, deixando-o mais exposto, Henrico não hesitou em depositar um beijo na região, meu gemido involuntário serve de incentivo para que ele prossiga depositando inúmeros beijos, acompanhados de lambidas e mordidas em meu pescoço, suas mãos inquietas vão para meus ombros e deslizam pelos meus braços e uma se direciona para meus seios, massageando-os por cima do tecido do vestido, e a outra desliza por meu corpo, descendo até a virilha, gemi de prazer mordendo o lábio inferior e rebolei em seu pau, enquanto sua boca chupa meu lóbulo.

— Henri. — sussurrei. — O que estamos fazendo? — questionei.

Como o que é bom sempre dura pouco, a bolha de prazer logo estourou, Henrico se afastou bruscamente aparentando estar amargamente arrependido e constrangido, tentou recompor a postura, balançou a cabeça, cruzou os braços e me encarou muito sério, com seu semblante fechado, como se a tensão sexual de minutos atrás nunca tivesse existido.

— Mari, per favore, perdonami! Não me interprete mal, jamais faria algo sem que houvesse seu consentimento, eu só... — ele se interrompeu imerso na culpa, passando as mãos nos cabelos, querendo morrer, sumir de tanta vergonha e dos problemas que acabou de desencadear.

— Ei, eu sei, eu sei! Não se torture assim, não fizemos nada demais aqui, eu quis tanto quanto você e, se me permite ser sincera, amei para caralho, devíamos fazer mais vezes. — tentei acalmá-lo e aliviar a tensão.

Meu coração martela fortemente no peito, no fundo estou pulando de alegria por ter acertado na abordagem.

— É verdade mesmo que me vê como muito mais do que só um simples amigo, Marina? — questiona interessado, me testando.

— Claro, você é um homem lindo, Henrico, como não poderia te enxergar com outros olhos? — segui andando calmamente em sua direção e o empurrei para que se sentasse em minha cama, posteriormente me acomodei em seu colo, esfregando a boceta em seu pau. — Sinto uma atração forte por você desde novinha, afinal, sou humana, uma mulher adulta com desejos, é impossível resistir aos seus galanteios e encantos e não criar outros sentimentos. — explico travessa, sem rodeios, alisando sua barba com as mãos e beijando seu pescoço.

Cazzo. — xinga agarrando minha cintura. — Também sou loucamente atraído por você, Mari, vivemos tantas experiências magnificas juntos, como poderia não me apaixonar? — respira impactado, se expondo pela primeira vez.

— Eu sei o quanto é difícil para você estar admitindo isso, Henri, porque existe várias diferenças entre nós, só que façamos o combinado de não termos pressa, só deixemos rolar sem compromisso. — manipulo mais mansamente e ousada.

— Eu não quero somente uma aventura curta de uma noite com você, Marina, eu quero algo mais sério para a vida toda, não tenho mais idade para ficar só de curtição por aí, agora que serei o Capo, as coisas mudaram, almejo me estabilizar sentimentalmente e construir uma família com uma mulher digna e honrada, e a única que conheço é justamente você. — demonstra sério, segurando minha face e grudando nossos olhares necessitados.

— Calma, ainda é cedo para discutirmos isso, temos uma longa cerimônia pela frente e não pode perder mais tempo, Henrico. — abandonei seu colo, me afastando ajustando o vestido, seguindo atuando, agora que finalmente consegui o que sempre quis não posso me entregar logo de uma vez tão facilmente, devo resistir e esnobar mais.

— Você não gostaria de ter um relacionamento sério, Mari? — segue além em suas perguntas.

— Gostaria em outra hora. — interpreto o papel de puta difícil para valorizar o esquema. — "Deixa acontecer naturalmente, eu não quero ver você chorar, deixa que o amor encontre a gente e o nosso caso vai eternizar". — cantei a música brasileira, eu amo músicas brasileiras, principalmente as mais antigas e por minha causa Henrico acabou gostando também, tendo seus cantores favoritos.

— Já que estamos no 'The Voice', deixe eu cantar uma música clássica que eu amo por me lembrar tanto você: "Você é minha doce amada, minha alegria. Meu conto de fada, minha fantasia. A paz que eu preciso para sobreviver. E eu sou o seu apaixonado de alma transparente. Um louco alucinado, meio inconsequente. Um caso complicado de se entender. É o amor. Que mexe com minha cabeça e me deixa assim. Que faz eu pensar em você e esquecer de mim. Que faz eu esquecer que a vida é feita para viver". cantarola de volta outro sucesso do Brasil.

"É o amor. Que veio como um tiro certo no meu coração. Que derrubou a base forte da minha paixão. Que fez eu entender que a vida é nada sem você". — completei e sorrimos.

O silêncio denso reina no ambiente, enquanto nos olhamos com paixão óbvia, fiquei calada, bem boazinha em minha posição de garotinha angelical, processando toda a baixaria que acabou de acontecer, até que ele se pronunciou:

— Em que tanto pensa? — em te fazer de cavalinho e cavalgar seu pau a noite toda.

— Nada que valha a pena ser mencionado, esqueça, só estou ansiosa para me divertir na festa. — minto rápido, convincente. — Vamos logo, Capo.

— Pare com isso. — repreende. — Depois desta festa, prometi que nada mudará, você continuará me tratando como sempre, nada de Capo, chefe e senhor, para você é só "amor" ou "vida", entendeu?

Sì, signore. — provoco e vejo sua carranca, todavia, sei que ama ser chamado assim por mim. — Brincadeirinha, baby, nada mudará, sempre irei tratá-lo como o idiota que é. — Henrico riu doce.

— Você não amadurece nunca, morena, impressionante. — exclamou.

— Falou o idoso, sequer assumiu a máfia e já virou um velhote rabugento. — ironizo, revirando os olhos, feliz por termos voltado ao normal.

— É melhor irmos, não irei discutir, apenas ande, criança. — orienta.

Nos retiramos de meu quarto e seguindo para sala principal, onde deparei-me com meus pais, conversando em um volume baixo algo inaudível, provavelmente especulando o que tanto fazíamos sozinhos.

— Ora, vejam só, finalmente os pombinhos saíram! Achei que iriam morar naquele quarto. — mamma, a maior planta da casa, comenta com humor, apesar de que não vejo um pingo de graça.

Bambini, eu já estava preocupado, pensando que vocês tinham morrido lá dentro. — mio padre alfineta e mamma concorda. Palhaços.

É estranho ver mio padre fazendo algum comentário humorístico, normalmente ele é frio igual um bloco de gelo, rígido e severo ao extremo, um estereótipo padrão de mafioso, raramente presencio este seu lado peculiar, não existem bons e ruins em minha família, existem apenas pessoas fodidas tentando sobreviver o mais tempo possível.

— Mereço esta merda! — bufei. — E ainda sou eu quem não amadureceu. — digo olhando para Henri, que assente desinteressado nesta conversa entediante.

— Vamos. E a propósito, comporte-se, não me faça matar nenhum figlio di puttana esta noite, principessa.papà avisa seriamente, superprotetor e insuportável como sempre.

— Você sabe que eu tenho 27 anos, não é, velhote? — refuto seca, odeio ser infantilizada.

— Mari não é mais criança, Dom, infelizmente nossa bebê cresceu e já dá, supere. — mamãe atiçou aos risos.

— Independentemente, sempre será a minha doce menininha de maria-chiquinha e bochechas gordas sujas de sorvete. — meu pai relembrou nostálgico, até parece que me ama tanto assim, se dependesse desse velho golpista eu já estaria casada desde que menstruei pela primeira vez, até hoje ele não se conforma que eu siga solteira.

— Eu lembro desta fase, em sua festa de nove anos você vomitou em mim após após se engasgar com o algodão-doce. — Henri recordou cômico.

— Foi culpa sua, você me fez rir muito ao se vestir de fantasma só para me alegrar. — contei divertida, sim, Capo Henrico Vittorio Moretti, metido a Coringa italiano, foi capaz de se humilhar assim, por mim, para me fazer feliz.

— Você jurou que não iria mais mencionar essa vergonha alheia, Marina. — o Capo articula espezinhando para não ter sua moral rebaixada: — Era uma festa temática, eu não iria desarrumado.

Todo mundo levou um susto ao vê-lo fantasiado de "Ghostface", de "Scream", um dos meus filmes favoritos de terror, todas as crianças mijaram e fugiram correndo da festa com medo, só eu fiquei lá, com senso de humor rindo da loucura e foi por isso que Henrico e eu nos demos bem logo de cara, pois nos identificamos por sermos ambos anormais.

Pego a mão forte e grande do meu homem, entrelaçando nossos dedos, enquanto saímos deixando meus pais chatos para trás. Por um segundo, imagino tudo o que essa mãozinha é capaz de fazer e como seria tê-la explorando sexualmente da maneira que desejar todo o meu corpo, totalmente desprovido de qualquer vestimenta.

◇◇◇



Continue Reading

You'll Also Like

887K 47K 53
Giulie Cameron e uma jovem mulher cheia de traumas. Ela sempre lidou com seus problemas sozinha,sem a ajuda de ninguém. Até que um dia ela não aguent...
313K 29.9K 46
ESSE LIVRO É UM DARK ROMANCE 🚨 Eu sou uma criminosa, uma... Assassina. De bailarina de primeira classe a pária social, toda uma vida pode mudar em m...
315K 4.1K 6
Chloe Delaving, filha de um dos cara mais importante do mundo.. vive em "fortaleza" que seu pai (presidente) construiu, sua alma canta pra sair voand...