Indecente • COMPLETO

By autoramillyferreira

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Não é permitido se apaixonar. Apenas é permitido sentir prazer. Jade West fugiu do convento. A fim de começa... More

Notas da autora
Epígrafe
um
dois
três
quatro
cinco
seis
sete
oito
nove
dez
onze
doze
treze
catorze
quinze
dezessete
dezoito
dezenove
vinte
vinte e um
vinte e dois
vinte e três
vinte e quatro
vinte e cinco
vinte e seis
vinte e sete
vinte e oito
vinte e nove
trinta
trinta e um
trinta e dois
trinta e três
trinta e quatro
trinta e cinco
trinta e seis
trinta e sete
trinta e oito
trinta e nove
quarenta
Epílogo
Epílogo 2
Bônus
Notas da autora
Livro novo

dezesseis

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By autoramillyferreira

Desacelero os passos no corredor, sentindo o meu coração dar um solavanco no peito. Mas existe um motivo específico para isso: Ryan Blossom está a poucos metros de mim, encostado confortavelmente na parede ao lado da porta da sala da minha próxima aula. 

Será que ele veio me ver? Esse pensamento faz borboletas voarem no meu estômago. 

Ele levanta o olhar e olha diretamente para mim. Aquela sombra de um sorriso surge no canto da sua boca — não é um sorriso de verdade, mas sei que está lá. 

Sua beleza chama a atenção pelo corredor. Todas as mulheres viram a cabeça para olhá-lo um pouco mais enquanto passam. Hoje ele está usando um jeans desbotado, camisa azul marinho de manga curta, revelando as tatuagens dos braços, e um boné que o deixa ainda mais sexy. 

Hesito. Devo me aproximar? Mas ele está parado ao lado da sala em que vou ter aula, então… 

Talvez ele não esteja ali esperando por mim. Talvez… esteja esperando um amigo. Ou outra garota. Essa última opção faz o meu estômago afundar. Tento expurgar esse incômodo irritante, mas ele continua presente. 

Aproximo-me. Vou apenas passar direto e… 

— Aonde pensa que vai? — aquela voz rouca chega aos meus ouvidos e sua mão forte rodeia o meu braço, me puxando para mais perto dele. 

Olho para ele e abro um sorriso sem graça. 

— Ryan… oi. 

Ele ergue a sobrancelha. 

— Está fugindo de mim? 

Encolho-me um pouco quando duas garotas passam do nosso lado e nos lançam um olhar curioso. Elas não se afastam muito antes de começar a cochichar. 

— Não, eu só… — coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Não sabia se devia… — minhas palavras pairam no ar, mas ele parece entender perfeitamente. 

— Falar comigo em público? — deduz, em um tom sarcástico. — Ao contrário da lenda popular, West, eu não mordo. — Seus olhos ficam mais estreitos, brilhando em malícia. — Bom, a menos que você queira. 

Ai, meu Deus, será que alguém ouviu isso? Olho para os lados, meio desconfiada, e percebo que estamos atraindo muita atenção. Todos conhecem Ryan e sabem sobre sua fama, e devem estar se perguntando o que o bad boy das redondezas está fazendo com uma garota sem graça do interior. 

— Ryan… — meu tom de aviso o faz sorrir de um modo tão descontraído que eu acabo me contagiando. 

Droga. Isso não é nada bom. 

— Não vou tomar muito do seu tempo — diz ele. — Só queria dizer que vou viajar amanhã a trabalho, e que provavelmente vou passar alguns dias fora. Só… queria me despedir. 

Primeiramente, sinto uma onda de decepção me atingir. Temos nos visto quase todos os dias nos últimos dias, então acho que acabei me apegando um pouco a essa rotina. 

Mas, por outro lado, sinto uma pitada de felicidade ao perceber que ele quis se despedir de mim antes de ir. 

— Espero que faça uma boa viagem — digo. 

— Não, você não entendeu — ele inclina a cabeça e seus lábios tocam a minha orelha. — Quero me despedir de você hoje à noite. 

Meu corpo todo incendeia. Mordo o lábio inferior, como se isso fosse diminuir o meu apetite sexual, e vejo seus olhos surgirem novamente, agora bem próximos a mim. Tão perto que posso sentir sua respiração bater contra o meu rosto. 

Sem forças para falar, apenas concordo com um movimento sutil de cabeça. Ele sorri. Seus dedos tocam o meu queixo e seu rosto chega mais perto. Prendo a respiração e penso que ele vai me beijar, mas apesar de estar muito perto, os lábios dele apenas tocam o canto da minha boca. 

E então ele vai embora, andando de um jeito relaxado e solto, como se nada na vida o preocupasse. E cabeças viram para o ver passar. E depois essas mesmas cabeças viram para olhar para mim. Vejo o choque das pessoas. Fico constrangida por receber tanta atenção. 

Lembro-me de Agnes dizendo que ninguém nunca viu Ryan andando por aí com uma namorada. Mas não sou a namorada dele. Não passo nem perto. 

Ryan mexe comigo. Não sei se é apenas a emoção de finalmente estar tão próxima e ser tocada por um homem, mas o meu peito sempre fica inflado quando ele está por perto.

Preciso ser cuidadosa, caso contrário, vou acabar me machucando. 

Está cada vez mais difícil esconder a verdade de Agnes. Vou ter que contar a ela sobre Ryan em algum momento. Ela me dá carona para casa todas as noites, mas agora, passando todo esse tempo com Ryan, estou tendo que recusar as caronas. Não tenho mais desculpas para dar a ela, e algo me diz que hoje foi a última vez que consegui enrolá-la. 

Entro no Mustang que está parado em frente à oficina, camuflado na escuridão da noite. O carro arranca assim que me acomodo. Não dizemos nada, apenas… aproveitamos a presença um do outro durante toda a viagem. O silêncio dele já não me incomoda tanto quanto antes, o que me deixa um pouco mais à vontade. O segredo sobre Ryan é não pressionar; apenas deixar rolar. 

— No que você trabalha, exatamente? — pergunto depois de entrarmos no seu apartamento. Agora estou dando uma olhada nos livros da estante. 

— Estou quase me formando em Engenharia Automotiva — diz ele, tirando a jaqueta, enquanto me observa dar alguns passos curiosos pelo apartamento. — Meu trabalho é planejar e projetar a manutenção e sistema dos carros. Basicamente é isso. 

— Humm. — É realmente interessante. Tiro um livro de fantasia da estante, observando a capa detalhista. — E o que pretende fazer com sua profissão? 

— Quero apenas vender ideias e ganhar dinheiro em cima disso. Não sou o tipo de cara que gosta de ficar preso, e isso se aplica à minha visão profissional também. 

Olho para ele, curiosa. 

— Você se sente preso? 

— Às vezes. — Ele não pensa antes de responder. 

Devolvo o livro para a estante e reparo em uma foto emoldurada em um porta-retratos antigo. Reconheço Jack logo de cara, o pai de Ryan. Também há uma mulher de longos cabelos castanhos e um garotinho de cabelo preto e olhos azuis. Só pode ser Ryan. 

— Essa é sua mãe? — mostro a foto a ele, e só então eu percebo a aura sombria que tomou conta do seu rosto. 

— É. — Responde secamente. 

— Ela é bonita. — E é mesmo. — Tem os seus olhos. 

Não há nenhuma expressão no rosto dele. 

— Ela morreu. 

Abro a boca, mas depois a fecho. Apesar da expressão impassível, seus olhos demonstram uma dor profunda. Meu coração dói. Dói por Ryan. 

— Sinto muito. — Não há mais nada que eu possa dizer além do velho clichê. 

— Não quero falar sobre isso. 

Concordo com a cabeça. 

— Tudo bem. — Vou respeitar o espaço dele. 

— Está com fome? — Ryan muda totalmente de assunto, indo para a cozinha. 

Eu vou atrás dele. 

— Na verdade, estou sim. 

— Vou preparar o nosso jantar — ele anuncia. 

— Você sabe cozinhar? — pergunto, surpresa. 

— Você não? — Responde com outra pergunta.

— Eu não precisava cozinhar no convento — confesso. 

— O que você fazia quando não estava orando? — Não há deboche na sua voz; apenas curiosidade. 

— Eu ajudava na enfermaria — eu conto. — Na igreja tem um centro de recuperação. A maioria das pessoas que não tem condições de pagar pelas despesas médicas ou são abandonadas pela família acabam indo para lá.

— Por isso escolheu Enfermagem? 

Concordo com a cabeça. 

— Mas e você? — Aproveito a oportunidade. — O que você faz quando não está mexendo em carros e… — transando com alguém por aí, completo mentalmente. 

Ele lança um olhar por cima do ombro enquanto mexe nos armários. 

— Transando — a voz dele soa brincalhona. — Pode falar em voz alta, West. Não é uma doença contagiosa. 

Enrubesço. 

— E respondendo a sua pergunta: quando não estou trabalhando ou transando, gosto de ver TV. Filmes e séries. Normalmente, eu costumo reprisar O Senhor dos Anéis. Eu assisto muito esse filme. 

Mais uma informação guardada: Ryan gosta de um filme chamado O Senhor dos Anéis. 

— É seu filme favorito? — pergunto, curiosa. 

— Sim — ele coloca os ingredientes da comida em cima da pequena ilha. — Gosto dos três filmes da franquia, mas o meu favorito é O Retorno do Rei, o último. 

— Eu nunca assisti — admito. 

— É, eu imaginei — diz ele, sem julgamento. — Teremos uma oportunidade. — Faz uma pausa e ergue o olhar para mim. — Como você quer as batatas? Fritas ou purê? 

Penso um pouco. 

— Humm… Acho que vou querer purê. Posso ajudar em alguma coisa? — ofereço-me. 

— Pode descascar as batatas — sugere. 

Lavo bem as mãos na pia da cozinha antes de me juntar à ele. Começamos a trabalhar lado a lado, sendo que Ryan ficou com o trabalho pesado. Ele é muito habilidoso na cozinha, e fico completamente fascinada com a forma que ele pica a cebola, tão rápido que meus olhos não conseguem acompanhar os movimentos, mas ainda assim, conseguem reparar nos seus músculos se movimentando junto com a faca. 

Foco, Jade… 

Nosso jantar fica pronto: purê, bife de carne, arroz, vagem e ervilhas. Ryan abre uma garrafa de vinho, mas eu dispenso. Claramente não tenho paixão por bebida alcoólica, então ele me serve um copo de suco de laranja. 

— Posso perguntar uma coisa? — finalmente tomo coragem. Isso está mesmo me incomodando. 

— Claro — ele responde tranquilamente. 

— Sobre nós… — Seus olhos se erguem para mim e eu enrubesço. — Sobre o que nós temos… sei que é só… sexo. Eu só… queria saber em que pé estamos. Tipo… eu posso falar com você em público e  essas coisas? Ou você prefere ficar no anonimato? 

— Você pode falar comigo sempre que quiser — diz ele. — Em público ou não. Não ligo para esse tipo de código idiota para sexo casual. 

Sexo casual… é isso o que nós temos. Então eu me dou conta do que isso significa e fico muito surpresa comigo mesma. Até alguns meses atrás, a Antiga Jade nunca faria esse tipo de coisa. 

— Mas você não se importa com o que as pessoas vão falar? — questiono, ainda incerta. 

— Não. — Parece sincero. — É a minha vida, e ninguém tem nada a ver com isso. Por mim podem falar, especular, fofocar, eu simplesmente não ligo. 

Sinto-me um pouco mais aliviada agora. Ele não se importa de ser visto com a garota sem graça do interior. 

— Certo. 

— Por quê? — indaga. — Isso te incomoda? 

— Não é incômodo, é só… — respiro fundo. — As pessoas ficam falando e especulando, e eu tenho medo do meu irmão ficar sabendo e… 

— Seu irmão acha que sou má influência. — Não é uma pergunta. 

Remexo-me na cadeira, desconfortável. 

— Ele só se preocupa comigo. 

— Não estou o julgando — mantém o tom de voz neutro. — Na verdade, está acontecendo justamente o contrário: ele está me julgando. Todos me julgam. Seu irmão e nenhuma dessas pessoas me conhece. 

Parece que levei um soco no estômago. 

— Sinto muito — digo. 

— Eu só quero que saiba que minhas intenções sempre foram bem claras — assegura ele. — Não estou aqui para brincar com os sentimentos de ninguém, então se você achar, de alguma forma, que eu estou te prejudicando…

— Não! — interrompo sua frase. — Você não está. Eu… gosto do que nós temos. E acredito em você; na sua sinceridade. 

Ele acena com a cabeça uma vez. O clima fica meio estranho depois dessa conversa. Não falamos mais nada durante o resto do jantar. 

Ajudo Ryan a lavar a louça; eu lavo e ele seca e depois guarda nos armários. 

— Tudo bem aí? — A voz rouca de Ryan chega aos meus ouvidos antes de eu sentir suas mãos na minha cintura e sua respiração no meu pescoço. Perco o fôlego. 

— Eu já terminei aqui — consigo dizer. 

— Ótimo… — seus lábios tocam minha nuca, distribuindo beijos. — Porque estamos prestes a começar algo bem mais interessante do que lavar louça. 

Viro-me, passo os braços ao redor do pescoço dele e cubro os seus lábios com os meus. O beijo não é suave: é forte e faminto. Ele me prensa contra a pia, pressionando cada centímetro do seu corpo no meu. 

— Eu não vou pegar leve com você hoje — avisa ele, olhando dentro dos meus olhos. — Tenho que desfrutar bastante dessa boceta, para não passar vontade durante o fim de semana.

Meu corpo incendeia. Já disse que gosto quando ele fala sacanagem? Parece proibido, mas de um jeito tão bom… 

— Eu também não quero passar vontade durante o fim de semana — reclamo. 

Ele sorri de canto. 

— Não vai, querida… vou cuidar muito bem de você. 

Então, mais uma vez, sua língua está dentro da minha boca; cheia de agilidade e malícia. Sua mão mergulha pelo meu cabelo, puxando os fios perto da nuca, fazendo minha cabeça pender para trás, liberando espaço no meu pescoço. Gosto quando ele puxa meu cabelo desse jeito. É… sexy. E me deixa excitada. 

Sua boca toca a pele do meu pescoço enquanto sua mão, grande e firme, desliza para dentro da minha calcinha. Sinto o seu sorriso contra a minha artéria pulsante quando seus dedos encontram a minha vagina em um estado crítico. 

— Você está pronta para mim — ele murmura. — Tão gostosa… seu gosto é divino. — Seus dedos me penetram. 

Arfo. 

— Ryan — choramingo. 

— Gosto quando você chama o meu nome — os dedos dele entram e saem em movimentos lentos e deliciosos, como se ele estivesse explorando o espaço. — Você é fodidamente quente. Quero comer você. 

Ele tira a mão da minha calcinha apenas para agarrar a minha nuca e me beijar com força. Esfrego os meus quadris contra os dele, sentindo sua ereção crescente entre nossos corpos. Quero desesperadamente tê-lo dentro de mim, como da última vez. 

— Vem cá — seu sussurro é pesado e sensual. Suas mãos agarram minhas coxas e ele me coloca montada nos seus quadris. Talvez esteja me levando para o quarto… mas me surpreendo quando ele me coloca deitada sobre a mesa. 

Estou usando vestido, então é muito fácil para ele arrancar minha calcinha. Ryan abre um pouco mais as minhas pernas e seu rosto desaparece lá embaixo. Não demora muito para eu sentir sua língua entrando em ação. Tento controlar meus instintos, mas não consigo ficar quieta, pois a sensação de prazer é ao mesmo tempo bem-vinda e agonizante. Mergulho os dedos no cabelo dele, sentindo sua língua pressionar a minha entrada. 

Os lábios dele voltam a dar atenção ao meu clitóris enquanto três dos seus dedos entram em mim. Oh, nossa… Isso é bom pra caralho. Ele consegue trabalhar de uma forma que me deixa em êxtase, com movimentos sincronizados. 

Não demora muito e eu gozo na boca dele. Ryan parece mesmo gostar do meu sabor, pois se lambuza todo. Ele lambe o líquido que escorre pelas minhas pernas e depois dá um tapa na minha vagina. Arqueio de surpresa e excitação. 

Caralho, isso foi… Só… caralho. 

— Tira isso — resmunga, puxando meu vestido. Eu o ajudo a remover a peça do meu corpo. — Desse jeito é bem melhor — sua satisfação ao me ver pelada em cima da mesa é evidente. 

Ryan tira a própria camisa antes de começar a beijar o meu corpo. Ele começa pelo meu ventre e continua subindo… meus peitos são seu próximo foco: ele lambe, chupa e mordisca os mamilos. Quando sua boca encontra a minha mais uma vez, estou ofegante e necessitada. 

Ele ri quando ergo os quadris e me esfrego nele, em busca de um contato maior. 

— Ah, baby, você já está pronta de novo? — sua provocação é evidente. — Quer esse pau dentro de você? — agora ele começa a se esfregar em mim, e o tecido grosseiro do jeans contra o meu clitóris me deixa ainda mais necessitada. 

— Ryan… por favor — minha voz está estranhamente rouca. 

— Eu poderia te torturar a noite toda — suas mãos vão até a calça, desabotoando-a. — Sorte a sua que não aguento mais esperar. 

Então os minutos seguintes parecem uma tortura — ele não tira a calca completamente, mas é suficiente para o seu pau saltar para fora de uma forma tão ereta que me faz querer chupá-lo. Oh, droga, o que está acontecendo comigo? Ele veste a camisinha e depois me puxa um pouco mais para baixo, se acomodando confortavelmente entre minhas pernas. 

— Então… — Ryan começa a esfregar a cabeça do seu pau no meu clitóris. — Como você quer que eu te coma hoje? 

— Com força — as palavras deixam a minha boca sem freio algum. 

Um sorriso torto surge no canto da sua boca. 

— Boa menina. 

Ele entra. Eu grito. O movimento é único, firme e forte, e eu o sinto até o talo. Preciso arquear um pouco as costas e absorver a sensação de queimação. Então se repete: sai e entra de novo, bem forte. Mais gemidos. E continua dessa forma até ele encontrar o ritmo certo, me penetrando de uma forma que faz a mesa ranger. 

Eu gozo com tanta violência que meu corpo todo estremece de uma forma que parece estar entrando em colapso. Mas ele não para: continua metendo até ele mesmo encontrar o próprio prazer. Seu rosto se retrai e depois relaxa, então tenho certeza que ele atingiu o clímax. 

Ryan segura as bordas da mesa e eu continuo deitada sobre ela; ambos tentando acalmar a respiração. Quando isso acontece, ele sai de dentro de mim com cuidado e depois beija a minha barriga. 

— Você está bem? — pergunta ele enquanto eu me sento devagar na ponta da mesa. 

— Sim — replico. 

— Ótimo — ele contorna os meus lábios com os dedos. — Pois estamos apenas começando. 

Raios de luz preenchem o quarto, trazendo consigo o calor de uma manhã ensolarada, que felizmente é abafado pela potência do ar-condicionado. Pisco diante da claridade, sentindo uma deliciosa preguiça que me mantém presa entre os lençóis. Quando minha visão finalmente se ajusta ao ambiente, percebo que a mala de Ryan não está mais no canto em que estava ontem à noite. 

Olho por cima do ombro e percebo que estou sozinha na cama. Meus dedos tocam o lençol amontoado do lado esquerdo, e acabam se deparando com algo curioso. Dou uma olhada e reparo em uma caixa vermelha com um laço dourado e um cartão em cima. 

Arrasto-me até a cabeceira e pego a caixa, colocando-a sobre o meu colo. Antes de mais nada, leio o cartão escrito com uma letra bem caprichada. 

"Para que você possa se divertir na minha ausência."

Intrigada, desfaço o laço e removo a tampa da caixa. Quando vejo o conteúdo lá dentro, meus olhos se arregalam. 

As pessoas podem até me taxar de inocente, mas não tanto a ponto de não saber que Ryan me deu um vibrador de presente. 

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