Beautiful Love • Jikook •

By jessie_kookie_

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[LIVRO FÍSICO: www.beautifullove.com.br] +14 3ª Edição Jungkook, agora aos 27 anos, abre seu diário de quand... More

Apresentação - 3.0
Prólogo - Quando tudo mudou
1.1 - Meu querido Jimin
2.1 - Novos ares
3.1 - Declarações
4.1 - Um dia após o outro
5.1 - O aluno novo
6.1 - Você não está sozinho
7.1 - Vou cuidar de você
8.1 - Estou aqui por você
9.1 - Amigos? Amigos.
10.1 - Você merece tudo isso
11.1 - As cores do meu amor
12.1 - Só por uma noite
13.1 - Estude comigo
14.1 - Uma viagem inesperada
15.1 - Um natal inesquecível
16.1 - Amizade e Amor
17.1 - Neve, estrelas e clima de romance
18.1 - O que mais importa
19.1 - Be my Valentine
20.1 - As regras do amor
21.1 - Meu tão doce, Jungkook
22.1 - O novo ano letivo
23.1 - A voz que não se cala
24.1 - O festival de Primavera
25.1 - Não fala comigo, estou chorando
26.1 - Eu sinto muito
27.1 - Cante para eu sorrir
28.1 - Um dia doce
29.1 - Cuida dele por mim
30.1 - Corações à distância [New]
[Epílogo]
[EXTRA] Tae x Hoseok | Parte 1
[EXTRA] Tae x Hoseok | Parte II
[EXTRA] Tae x Hoseok | Parte III
Livro físico - 1ª Temporada
SEGUNDA TEMPORADA - APRESENTAÇÃO
2ª TEMPORADA: 1.2 - DE VOLTA PRA CASA
2.2 - Pai e Filho
3.2 - 500 dias com ele
4.2 - O REENCONTRO
5.2 - Confronto
6.2 - A briga e a chuva
7.2 - A promessa
8.2 - Destravando memórias
9.2 - OPERAÇÃO CUPIDO
10.2 - Família
11.2 - Aprendendo a seduzir
12.2 - Encontro marcado
13.2 - Nosso precioso Jimin

31.1 - Eu te amo

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By jessie_kookie_

"Quando olho o pôr do Sol
Sinto tanto sua falta
Nos dias que o vento é bom
Eu, você, você, você
Quando eu ouço uma música boa
Eu sinto tanto sua falta."
I Miss You - Mamamoo

Duas semanas depois

Não houve uma única ligação do meu pai, ou mesmo um sinal de que estava arrependido. Aquilo doía todo dia, sempre como se fosse a primeira vez. Eu ainda assistia aos programas culinários e lembrava de quando víamos juntos. Nunca havia pensado que um dia o amor do meu pai seria substituído por desprezo, e por algo tão banal como amar outro garoto. Amor não deveria ter gênero. No meu braço ainda havia algumas das marcas que ele havia deixado quando me bateu. Marcas de um amor paterno que se partiu em milhares de cacos pelo chão e foi substituído por desprezo.

Mesmo que eu tenha procurado ficar bem, todas as noites eu chorava. De tristeza, angústia, medo. Por causa do amor que eu sentia por outro garoto, eu fui afastado de todas as outras pessoas que eu amava. Queria minha família, meus amigos, meu namorado, eu, todos juntos novamente. Eu amava todo mundo, não havia jeito errado de amar, o amor é sentido de várias formas. Tem o amor que eu sinto pelos meus pais, tem o amor que eu tenho pelos menos amigos — são vários tipos de amor. Ora, eu amava o Fluffy, mas se eu amasse outro garoto era errado. Mas por que era errado se só era outra forma de amar? Não conseguia entender, achava que amor era amor em qualquer lugar, com qualquer pessoa.

Busquei me conformar com o fato de estar longe de todos. Era um pouco difícil, mas estar na casa dos meus avós, sendo acolhido e muito amado, ajudava. Meu avô tomou conta da papelada da escola, me comprou roupas e um novo celular, já que o antigo meu pai havia espatifado no chão em meio ao seu acesso de fúria.

— Aqui, agora pode conversar com seus amigos e sua mãe. Ah, e com o seu namorado também, claro. Adolescentes precisam de um celular hoje em dia.

— Obrigado, vô. Parece que estou aqui há 1 ano.

— Muita saudade, não é?

— Muita. Sinto muita falta do Fluffy, o senhor deixaria ele ficar comigo? — pedi.

— Podemos providenciar. Tem muito espaço aqui pra ele brincar, o que acha?

— Jura? — Um sorriso apareceu em meu rosto levemente molhado pelas lágrimas que escorreram sem que eu percebesse. Já havia chorado tanto que minhas lágrimas criaram vida própria.

— Faço tudo pra ver você feliz. Inclusive, você deveria tomar banho, ficar cheiroso.

— Por quê?

— Uns amigos meus virão aqui, quero apresentar meu neto a eles. Vai logo.

— Seus amigos virão jogar Omok?

— Sim. Esteja aqui para jogarmos juntos. Ah e já falou com o seu namorado para vir no feriado?

— É, acho que a mãe não o deixou vir. — Dei um sorriso triste. Doía dizer aquilo. — Vou logo tomar banho, volto logo.

Ainda estava no banho quando ouvi a campainha tocando. "Bom, a visita não é minha, pode esperar", pensei, dando de ombros. Continuei tranquilamente com meu banho demorado de sempre.

Ao sair, vesti uma roupa que oscilava entre o "arrumado para ficar em casa" e "desarrumado demais para sair de casa".

Enquanto secava meu cabelo, ouvi uma batida na porta. Antes que eu pudesse dizer algo, o rangido da porta se abrindo tomou minha atenção e logo vi uma bola de pelos adentrar o quarto.

— FLUFFY! AI. MEU. DEUS! É VOCÊ!

Bati em minhas coxas, indicando para que ele subisse, e ele, sem demora, escalou minhas pernas e começou a me lamber desesperadamente enquanto abanava seu rabinho.

Mais uma batidinha na porta e dessa vez foi minha mãe. Seus olhos encheram d'água ao me ver. Coloquei o Fluffy no chão e corri para abraçá-la.

— MÃE! A SENHORA ESTÁ AQUI! NÃO ME ABANDONOU!

— Claro que estou aqui, meu amor, eu senti tanto a sua falta! — disse ela me apertava em seus braços e me enchia de beijinhos.

— Eu também, mãezinha. Por que a senhora não disse que viria?

— E estragar minha surpresa? Jamais. Você perdeu peso. Sabia que a casa dos avós serve para ganhar peso e não para diminuir?

— Não estava conseguindo comer direito, mãe. Sinto falta do Jimin. Como ele está?

— Estou cuidando dele. Me mudei pra junto dele, inclusive. Não por ele, embora ajude na missão de cuidar dele, mas por mim. Falei pro seu pai que não o perdoava pelo que ele fez com você, e resolvi me manter longe.

— Você não vai se divorciar por minha causa, não é? — perguntei, preocupado. Sentia as lágrimas vindo só de imaginar.

— Jungkook, não é por você, é pela pessoa que ele se mostrou. Eu já não aceitaria se fosse com o filho de outra pessoa, quem dirá com o nosso próprio — disse ela e havia fogo em seus olhos. — Existe uma coisa que deve sempre ser atrelada ao amor: princípios. Eu amo seu pai, mas não é porque o amo que irei aceitar tudo o que ele faz. Não se preocupe, certo? E sobre seu Jimin, ele está bem.

— Não está me enganando?

— Não estou. Tenho feito comida, o ajudo no que ele precisa, dou meu colo pra ele chorar quando a saudade aperta. Inclusive, o guarda-roupas dele está lotado de roupas suas e ele me fez comprar vários litros do amaciante que você gosta.

Comecei a chorar. Preferia mil vezes ficar triste a vê-lo triste. Jimin, apesar de tudo, raramente demonstrava tristeza, então se ele estava mostrando assim era porque estava muito triste, e isso cortava meu coração em milhões de pedaços. Eu queria meu amor feliz, queria voltar pra ele, desejava nossos corações batendo juntos de tanta felicidade por estarmos perto um do outro.

Percebendo o motivo do meu choro, minha mãe rapidamente me abraçou de novo, me ninando como se eu tivesse cinco anos de novo.

— Tenho outra surpresa para você — disse ela se afastando e limpando minhas lágrimas.

Então ela mexeu em sua bolsa e tirou um celular.

— Não está cem por cento, mas acho que você irá querer ver o que tem nele.

Peguei o celular, ainda em total estado de choque, e quase choro de novo quando olhei pra tela e vi a minha foto com o Jimin no Lotte ainda lá. Abri o Kakao e vi que havia mensagens de todos os meus amigos. Minhas mãos tremiam e comecei a ficar choroso, mas uma conversa em específico estava implorando pra ser lida. Jimin me havia enviado muitas mensagens.

Meu Amor

┃Como assim você foi embora??? Jungkook, você não pode ir embora! Você não pode me deixar...

┃Meu bebê, fala comigo, me diz que está bem

┃Então é verdade que vou dormir sem ver seus emojis de coração?

┃Bebê, você está longe de mim agora, mas saiba que estou pensando em você

┃Sua mãe veio me fazer companhia. Ela diz que estou muito abalado. Mal sabe ela que eu estou destruído

┃Bebê, aprendi a fazer aquela sopa de legumes que você me ensinou. E ficou boa!

┃Tua mãe está me fazendo companhia. Ela trouxe o Fluffy com ela. Ele está se sentindo em casa, parece o dono dele. Folgado!

┃Hoseok e Taehyung estão aqui. Estamos falando mal de você :p

┃💕❤💞💘💓💖💟💗💕🌌💞💘♥💓💖💟💗😍😘😘😘😍💌💕💞💓💗💖💝💘💟❤💛💚💙💜♥

┃ Foi o Fluffy! Eu juro!

┃Por que tiveram que te tirar de perto de mim? Você era a única pessoa no mundo que eu não queria perder. A única que eu implorei tanto pra não ter que ficar longe

┃Eu preciso do teu abraço, do teu cheiro, do teu beijo. Eu preciso do som da tua risada no meu ouvido, preciso de você me falando sobre super-heróis e me salvando dessa solidão insuportável!

┃O que eu faço com tanta saudade?

┃Garoto, você só me ensinou a te amar, não me ensinou a ficar sem você. Teu príncipe precisa da rosa dele

┃Jungkook, eu preciso te chamar de amor. Por favor, me ouve... meu coração é só teu e ele precisa de você

┃Eu sei que você não está lendo, e eu pareço um louco te mandando esse monte de mensagens sem resposta. Mas eu estou com tanta saudade de você, meu bebê... saudade do teu dengo, do teu cheiro, das tuas piadas... eu sinto falta de tudo em você, não acredito que estou sem você

Travei o celular antes de continuar lendo e chorei até minha mãe achar que eu estava prestes a morrer sem ar.

— Jungkook? O que houve? Filho, vou pegar uma água pra você...

— Não! Mãe, eu quero voltar pra casa. Eu quero ver os meus amigos e o meu namorado o mais rápido possível.

Quando finalmente o choro cessou, voltei a ler uma a uma até que cheguei no final.

Meu Amor

┃Eu só queria poder te dizer isso pessoalmente. Você ficaria feliz, não é? Ficaria sorrindo com esse sorriso lindo de coelhinho e teus olhos redondinhos iriam brilhar ainda mais, eu sei disso. E iria me fazer repetir quantas vezes fossem necessárias até que você me envolvesse com todo o teu amor e eu te envolveria com o meu. Porque é isso o que eu sinto por você. Amor por você. Você é o meu amor, Jungkook 💕

Coloquei as mãos no rosto e comecei a chorar sem controle. Eu sentia tanto a fal ta dele que era uma dor física, onde cada pedacinho de mim implorava por ele. Jimin era a única cura possível.

Minha mãe me abraçou e pude sentir o quanto ela também sentia minha dor.

— Jungkook, vem aqui. Vamos tomar um ar, ok? Você precisa respirar. — Ela se afastou devagar e tirou o celular das minhas mãos.

— Mãe, eu quero ver o Jimin. Eu preciso vê-lo! Ele... ele me ama! Onde ele está?

— Em Incheon, filho. Mas desce comigo, tenho mais uma surpresa para você — ela disse e passou os polegares nas minhas bochechas, limpando as lágrimas que ainda teimavam em cair.

— Outra surpresa? — perguntei. — Quantas a senhora trouxe pra mim?

Ao invés de responder, minha mãe me pegou pela mão e descemos. Se antes meu coração estava acelerado de tanto choro, agora ele tinha parado. No fim da escada estavam Hoseok e Tae parados, me esperando.

— SURPRESA! — Os dois pularam em cima de mim, me acordando do transe. Aquilo não era um sonho!

— WHOA! Eu senti tanta saudade de vocês dois! Eu amo tanto vocês. O QUE VOCÊS FAZEM AQUI?

— Viemos te visitar, óbvio! Achou mesmo que iria se ver livre da gente? — Taehyung me abraçou apertado enquanto bagunçava meu cabelo.

— E da gente você não sentiu falta, né? Só te observo, garoto ingrato. — Ouvi uma voz feminina vinda da cozinha e, quando olhei, era a Yeri junto com o Yugyeom.

— Yeri! Yugyeom! — Corri para abraçá-los.

Peguei Yeri e a levantei, girando com ela pela sala.

— Jungkook! PARA, GAROTO! EU ESTOU DE SAIA, MEUS FUNDOS ESTÃO APARECENDO, SEU PORRA! ME PÕE NO CHÃO SENÃO EU SOCO ESSA TUA FUÇA!!!!

Parei e a coloquei no chão de volta, ao que ela ficou na ponta dos pés e me abraçou novamente. Ela me abraçou forte e logo começou a chorar e a me bater.

— Seu porra! Sabe quantos cupcakes de coelhinho eu fiz só pensando em você? Cretino! Eu senti tanto a sua falta, seu... seu... lindo, ordinário, desgraçado...

— Ai, Yeri! Isso dói.

— A saudade também dói! Safado! Vim até Busan só pra dar na sua cara.

— Olha, eu quero todos os centavos de volta por você ter me feito voar até aqui — Yugyeom falou, afastando Yeri para me abraçar também.— Só você pra me fazer pegar o primeiro vôo pra cá, Bunny!

— Eu achava que nunca mais fosse te ver!

— Acha mesmo? Prometi que não deixaria você definitivamente. Eu estava na China, mas quando me falaram que viriam te ver, corri pra cá. Não perderia por nada.

— Vocês são os melhores amigos que alguém poderia ter. Eu juro!

O abracei novamente e me dei conta que ele estava juntinho da Yeri.

— Por acaso vocês dois... — Gesticulei, juntando as mãos.

— Eu e o Yugyeom? Ah, não! Ele é esportista, eu não aguentaria tanta fã dando em cima — disse Yeri descartando a ideia com a mão.

— Isso significa que eu teria chance se não fosse isso, ruiva?

— Talvez. Você não é de todo ruim, gato.

Os dois ficaram de flerte e eu comecei a rir, empolgado.

Taehyung me puxou pelo braço e falou:

— Jungkook, você não acha que está faltando alguém?

— Claro que está, Tae! Está faltando o meu amor, mas minha mãe disse que ele está em Incheon e...

Tae me virou na direção das escadas e apontou. E lá estava ele. Jimin, o meu amor.

— Jungkook! — Ele desceu as escadas correndo e eu fui ao encontro dele. Não sei dizer se durou um segundo ou uma eternidade até chegarmos um ao outro.

Nos abraçamos e não poderia dizer qual dos dois chorava mais. Além de chorar de felicidade por estar com ele, eu chorava por ele estar chorando. Ou seja, foi muito choro.

— Eu achava que nunca mais ia te ver, meu bebê! Eu estava desesperado.

— Eu quase morri de tanta saudade!

— Eu também, meu amor.

Meu corpo inteiro paralisou ao ouvir aquelas duas últimas palavras. Elas soaram doces demais aos meus ouvidos para ter sido real. Alucinei, ouvi errado, tenho certeza.

— Jimin, o que você disse? D-do que você me chamou?

Ele ficou com as bochechas coradas e sorriu.

— Te chamei de meu amor. Quando a gente passa a encontrar a pessoa dentro da gente, mais do que nós mesmos, mesmo quando ela está longe, é amor. Não é? Eu... eu te amo, Jungkook.

— Eu também te amo, meu amor. Eu te amo demais!

O puxei e o beijei. O suspendi e o segurei nos meus braços. Meu mundo todo nos meus braços, e sem nenhum medo de cair. Antes ele tinha medo de que o derrubasse toda vez que eu fazia isso, mas dessa vez apenas continuou me beijando e confiando em mim. Assim como ele estava confiando a mim o seu coração, o seu amor.

O beijei cheio de saudade, carinho, paixão, admiração, afeto e amor, muito amor. Não importava quem estava ali presente, não importava se estavam meus avós, minha mãe, amigos, cachorro... diante de uma declaração dele, nada mais me importava.

Os limites dos meus sentimentos foram rompidos e me senti inundado por esse amor. O amor do amor da minha vida.

Se eu sabia que esse amor me marcaria pela vida inteira? Ah, eu sabia sim. Sempre soube que esse amor nos marcaria para sempre.

[Continua...]

Livro Físico disponível até 08/12 em: [www.beautifullove.com.br]

Instagram da Jessie: palavrasdajessie

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