𝐴 𝑃𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐷�...

By Srta_Lokidottir

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Morgan Russell, é uma jovem de dezoito anos que vive na pequena cidade Derry Mayne, a cidade assombrada. Seu... More

Personagens
Prólogo
1 - Losers Club
2 - Outra Vez Biblioteca
3 - Primeira Aparição
4 - Não Irrite A Coisa!
5 - Pânico
6 - Poupando A Vida
7 - Vinte Minutos De "Liberdade" .
8 - Pesadelo Sem Fim
9 - Jejum
10 - Floresta
11 - Ilusões E Cookies
12 - Trégua
13 - Revolta Por Poucos Minutos
14 - Obsessão..?
15 - Sonho Perigoso
16 - Grande Surpresa
17 - Happy Birthday To...
18 - Como Tudo Aconteceu.
19 - Momentos Inesperados
20 - Punição
22 - Positivo
23 - Flutuar...
24 - Sinais Nada Bons
25 - Filha Igual O Pai
26 - Coisas Estranhas Acontecem
27 - Amar
28 - Fazendo Amigos
29 - "Ajuda"
30 - "Estado De Pânico"
31 - Tartaruga
32 - Vestido De Noiva?
33 - Cinco Dias
34 - Distrair
35 - Último Dia
36 - Não Está Morto...
37 - Um Pedido De Ajuda
38 - "Ele Não Tem Culpa"
39 - 1.460 Dias
40 - Ele Voltou
NÃO É CAPÍTULO
JÁ DISPONÍVEL
Happy New Year!

21 - Tentando Uma Chance

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By Srta_Lokidottir

(Autora: Eu juro que tentei não demorar muito! Sorry! Boa Leitura!)

Desde pequena, sempre tive o sonho em estar ao lado dos meus pais —mesmo não conhecendo papai, mas mamãe já me mostrou uma foto deles — com eles juntos. Já até imaginei eles se casando de novo! Mamãe com um belo vestido branco de noiva, e papai estando com um terno bem caro preto. Sempre imaginei ganhando presentes dos dois. Não só presentes, mas o carinho dos mesmos.

Mamãe me contou a história do dia que Wise atacou papai, me contou depois de muito eu pedir e até chorar.
Quando eu era criança, minha mãe estava passando por uma fase difícil na vida. Depressão. Ela até bebia. E fiquei feliz por ela ter parado.

Várias vezes, tive que ser só eu, eu mesma, para tentar sobreviver com arroz e ovo quando ela foi mandada embora do trabalho e não queria fazer mais nada em casa.

Quantas vezes vinha um envelope com dinheiro para nós duas, vindo de papai, e ela recusava em usar?

Agora que o conheci, ele foi tirado de mim. Não sei se mamãe já sabe, com certeza os losers já tenham falado para ela.

Suspirei pesado enquanto estava deitada na cama. Havia acabado de acordar. Pennywise havia ficado no quarto desta vez, pouco me importei com sua presença ali.

Me levantei e fui no banheiro fazer minhas necessidades, e por fim, saí do quarto enquanto o palhaço ainda estava na cama. Acredito que agora que ele está saciado ele não vá fazer muita coisa. Espero que ele fique dormindo por três dias!

- Isso não vai acontecer. - Sua voz soou bem próxima do meu ouvido. Apertei os punhos e contei até dez mentalmente, tentando me controlar.

- Trágico.    - Murmurei e caminhei indo para a cozinha e dessa vez, a mesa estava limpa. Olhei para o palhaço com tédio e apontei para a mesa, Wise deu um sorrisinho folgado e se sentou no sofá e não fez nada.

Com raiva, caminhei até ele e cruzei os braços.

- Pennywise.

- Não era só.. Wise?

- Está chateado por eu não ter te chamado pelo apelido? Para sua informação, isso foi antes de você.. Matar meu pai. - Sua resposta foi uma de suas risadas irritantes. E eu fiz o que faço de melhor, o ignorar.

Percebendo que terei que me virar sozinha, voltei para a cozinha e abri todos os armários e comecei a arrumar a mesa com pães e bolachas - alimentos que apareciam magicamente -.

Me servi e por fim, tomei um café digno além de ser só cereal à cada dia. Assim que acabei, tive que guardar tudo e lavar minha pequena louça.

Eu fiquei na cozinha, não queria ficar no mesmo lugar que ele; a raiva por ele é algo que estou ainda controlando para não falar mil e umas coisas na cara dele.

O dia passou lento, e ele não se aproximou, fez alguma gracinha, ou me dirigiu a palavra. Não estranhei, só fiquei tranquila na minha. Às vezes ele desaparecia, e só quando eu notava que ele desapareceu, ele voltava. Talvez pelo motivo de eu tentar fugir; não é que eu não esteja planejando fazer isso. Sim, estou.

Meu plano poderia dar mil vezes errado. Mas eu irei tentar. Irei tentar até de alguma forma, sair daqui. Viva ou morta.

Estava desenhando em um pequeno caderno que veio junto com os livros; estava tudo numa certa paz, estava tudo ótimo! Até ele aparecer com um olhar de poucos amigos, e se sentou ao meu lado na cama.

- Você calada.. É um saco...  

Não o respondi.

- Vai continuar com isso até quando?

Até você sair daqui. Eu rezei por dois segundos para que ele escute, e ele riu.

- Sendo assim, eu não...   - Ele parou com a fala. Estranhei desta vez e o olhei de canto -  Fica aqui, e não me desobedeça.   - Então ele desapareceu.

- Hum...

Alguma criança, eu suponho. Eu ri. É estranho eu ainda estar aqui ao lado de um canibal de criancinhas inocentes. Se eu tivesse coragem... Eu iria conseguir pegar alguma faca ou sei lá e... Acabar com tudo.

Eu saí do quarto ao sentir sede, na sala ouvi um grito fino. Respirei fundo, e para piorar, escutei a criança implorar.

Fiquei presa ao chão. Eu senti uma imensa vontade de chorar, até que ele apareceu atrás de mim e me permiti derramar as lágrimas.

- O matou?

- Não.

Então o fez flutuar.

- Sim.   - Respondeu -  Deve ter ouvido os gritos.

- Por quê?... Por que continua fazendo isso? Eu pensei que já estaria satisfeito...

- Não me alimentei de carne desta vez, Morgan.

- Mas você continua!   - Digo alto batendo o pé -   Continua as sequestrando e as fazendo flutuar, continua devorando as almas delas!   - Gritei -  São só crianças.. Inocentes!  - Choro enquanto tentava secar inutilmente as lágrimas.

- Nem tudo há uma explicação, Morgan.

Eu não rebati mais. Antes de eu desabar ao chão, ele me segurou e me ergueu.

- Me solta...    - Pedi chorando.

Wise não me respondeu, eu só.. Adormeci.

(Quebra de Tempo)

Assim que acordei, me deparei com a cabeça de Pennywise deitada em minha barriga com um olhar descontente e longe.

- Wise..

- Eu já pensei em comer carne normal.. Digo.. Essas que humanos comem.   - Me interrompe sem mesmo me olhar -  Mas.. Percebi que essa carne, não tem gosto de nada quando eu a comi. E só aí percebi a diferença. - Ele deu uma pausa -  Eu já fui um palhaço de circo. Mas não um de verdade, assim que apareci nessa cidade. Eu tentei fazer o circo como meu santuário. Mas... As crianças ficam com seus pais.   - Deu um rosnando baixinho -  Foi um erro. Havia esquecido disso. Então.. Enquanto estava lá, pensei que.. Poderia me alimentar com as risadas delas, ao invés do medo. Mas não consegui. É como a carne. A diferença entre os gostos. E a diferença da sensação que me alimenta.   - Novamente um curto silêncio -  Todos os seres deste mundo, tem suas formas de se alimentar e sobreviver, Morgan.   - Ele finalmente me olhou, e me senti como se fosse a primeira vez que trocamos olhares. E ficamos ali, novamente no silêncio.

- Não pense que sua história de vida seja um meio para que eu o perdoe.   - Digo séria. Pennywise continua me encarando e dá de ombros.

- Eu sei. Não estou pedindo seu perdão, garota. Que fraqueza minha seria isso.    - Deu uma breve risada e mudou a direção do olhar.

- Então.. Por que me disse isso?

- Por quê..?    - Ele procurou por uma resposta -   Eu não sei.   - Diz dando uma nova risada baixinho -   Eu sempre conto essa mesma história. O tempo todo quando estou.. Sozinho.   - Dá um sorriso sem graça.

- Então... Você se sente sozinho... Isso é novo.

- Não é.. Novo. Quando não sinto fome..

- O que é raro.   - Digo baixo o atrapalhando. Ele respira fundo.

- Eu fico sozinho por muito tempo.

- E aí vem a loucura.   - Comento.

- Okay, chega.   - Ele sai e se senta na cama cruzando os braços, e me olhando com cara de poucos amigos. Dei um sorriso amarelo.

- Que foi?  - O olhei curiosa.

- Você é irritante!   - Reclama.

- Obrigada!    - Digo dando um sorriso torto. Minha resposta foi ele bufar e revirar os olhos.

- Isso significa.. Que chegamos em uma trégua?   - Ele franze a testa.

- Não, Wise. Pois ainda estou com raiva de tudo que aconteceu.

- Não dá pra esquecer disso?

- Não. E nem tente fazer algo para eu esquecer!  - Me apressei.

- Então.. Você ainda vai tentar fugir.   - Não era uma pergunta.

- Você já sabe de tudo.. Não é?

- Hunf.   - Isso foi com certeza um “sim”.

- Talvez.

- Não me enrole, garota.

- Tá bom. Sim. Mesmo você já sabendo a resposta.

- Tanto faz... Você sabe que pode acabar morrendo desse jeito, certo?

- Claro! Você que irá ser meu assassino!    - Ironizei mesmo que lá no fundo, é verdade.

- E você ainda se arrisca?!

- Se eu não tentar, quem vai?

- RÁ! Você quer mesmo morrer.

- Só quero parar de sofrer.    - Meus pensamentos falaram alto desta vez. Um silêncio surgiu. Olhei para Pennywise, este estava com o olhar longe.

- Wise?    - Ele me olhou e vi um de seus raros sorrisos sem crueldade, estampar ali. Acredito que foi por causa da volta do apelido.

- Sim? 

-... Nada.   - Não iria começar a se importar com ele. Ele nem se importa comigo!

- Você pensa muito mal de mim.   - Diz ele de repente.

- Estou errada?

- Não.   - Responde curto do seu jeito bravinho.

Voltamos a ficar quietos, pelo menos o ar ficou menos tenso. Assim que voltei a desenhar, não pude deixar de sentir os olhos de Wise bem próximos à mim. Pelo canto do olho, o notei com um olhar bem curioso, assim que ele notou que eu o olhava, prontamente desviou o olhar, não aguentei e ri o puxando novamente a atenção.

Assim que terminei o desenho guardei o pequeno caderno entre os livros na escrivaninha. Indo ao banheiro, fiz minhas necessidades e assim que voltei, Pennywise estava tentando decifrar meu desenho. Imaginei que ele faria tal ato.

Lendo meus pensamentos — o que já é óbvio — ele me olhou e continuou com o pequeno caderno em mãos.

- É abstrato.    - Digo chegando perto -  Mas.. É uma pessoa.   - Me sentei um pouco afastada dele, e comecei a apontar o desenho falando onde estava uma das partes do corpo -  Ela não tem um gênero certo.   - Explicou por fim.

O palhaço começou a observar melhor o meu desenho com um olhar totalmente sério e focado. Eu achei graça nessa cena. Ele rodava o caderno, talvez tentando entender a posição da tal pessoa.



(Quebra de Tempo)

Minha raiva por ele tinha acalmado aos poucos. Mas estava longe de o perdoar. O que ele fez.. É imperdoável. Ele sabe que não irei mudar de ideia.

Falando nele... Wise puxava várias vezes alguma conversa quando estava nós dois quietos, nem que seja uma das mais aleatórias possíveis. Não só odiava, como ele detestava o silêncio.

E sim, ele tentou se aproximar tentando passar da faixa de “só conversas”. Estava indo tão bem até ele começar com isso de novo. Algo que nem era para ter dado início.

Ele reclamava, resmungava, e ficava de cara fechada toda vez que neguei. Ele parecia um animal no cio!  — Sim, eu sabia das decisões que ele queria tomar caso eu me aproxima-se — E isso estava começando à me irritar deste o dia que tivemos um momento estranho e.. — não sei bem dizer —na cama.

- Por quê não?! Pensei que fosse esquecer disso!     - Reclamou ele certa vez, assim que neguei um dos beijos e suas carícias. Dei uma breve risada pelo nariz.

- Não ache que seja tão fácil, Pennywise. Já disse, não há perdão pelo que fez. Agora, me deixe ler em paz.  - Digo desviando o olhar dele.

Eu o ouvi rosnar várias vezes, xingar, reclamar, até ele não estar mais lá. Depois daquela noite, Wise estava se comportando estranho. Então eu percebi que, ele estava tentando se aproximar novamente, só que.. Calado. Por enquanto, foi uma série de vários filmes, até que me fez relaxar um pouco. Os dois calados, comendo pipoca enquanto passava qualquer coisa na Tv.

Tinha horas que ele até me fazia rir! Eu sei que ele é um palhaço, palhaços fazem palhaçadas para ver os outros sorrirem.. Mas.. Tem vezes que tem quê ter.. Limites. Ele me fazia rir e já achava que já estava perdoado.

- Uma risada.. Não significa que está perdoado, Pennywise.   - Digo assim que ele quase deu um piti. Sua resposta foi um resmungo, e por fim, ele cruzou as pernas e o braço, e ficou com a sua melhor cara de emburrado. Falhei em não dar risada. Ele estava se comportando como uma criança. Até achei fofo... Fofo... O Wise.. Fofo?!

Arregalei os olhos e olho para ele, o mesmo me olhava pasmo. Claro! Ele está lendo meus pensamentos! Eu senti meu rosto corar, desviei o olhar e abracei minhas pernas, o que faço quando estou.. Envergonhada. Culpa dos pensamentos.

Então.. Ele ri.

- É um saco tentar não ouvi-los.   - Disse ele acabando com o silêncio constrangedor -  E eu não sou essa coisa que você imaginou. Sério?! Garota, você conhece a minha história e me chama disso... Você é louca mesmo. 

Foi a minha vez de fechar a cara e ficar emburrada, por último, pensei que o soco em seu ombro iria doer nele, mas doeu minha mão. Ele é feito de pedra ou o quê?!

- Você que é fraca.    - Diz e reviro os olhos.

- Okay! Chega de ler meus pensamentos!  - Digo descendo da cama e indo para a cozinha jantar ou comer algo.

Meu pedido foi uma pizza, o que apareceu em minha frente, é, ele voltou com isso. A primeira fatia me deu enjôo. Pensando que não era nada, continuei. Até chegar o terceiro pedaço, e der tempo de eu correr para o banheiro e mandar tudo pra fora. Que ótimo.

Olhei para o lado ofegante, e vi Wise me olhando com uma cara enojada. Levantei-me e lavei a boca na pia, e assim que terminei, me virei para ele o olhando ameaçador.

- Se você colocou alguma merda na pizza..

- Você não está mais sendo punida, Morgan.   - Respondeu sério, sem brincadeiras. Ficamos nos encarando brevemente.

- Espero que seja verdade.

- Não confia mais no palhaço, Morgie?

- Eu parei de confiar quando você quase me transformou em uma canibal!   - Ele riu.

- Tudo parte da punição.   - Explicou o óbvio -  E também, foi engraçado.

- Para você!   - Rebati irritada.

- Sim!    - Gargalhou.

Parei de dar atenção para ele. Minha barriga estava estranha, e eu ainda me sentia enjoada, até eu sentir minha visão ficando turva.

- Ah.. Não...

- Morgan?    - Foi tudo que ouvi assim que... Apaguei.







































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