𝐴 𝑃𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐷�...

By Srta_Lokidottir

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Morgan Russell, é uma jovem de dezoito anos que vive na pequena cidade Derry Mayne, a cidade assombrada. Seu... More

Personagens
Prólogo
1 - Losers Club
2 - Outra Vez Biblioteca
3 - Primeira Aparição
4 - Não Irrite A Coisa!
5 - Pânico
6 - Poupando A Vida
7 - Vinte Minutos De "Liberdade" .
8 - Pesadelo Sem Fim
9 - Jejum
10 - Floresta
11 - Ilusões E Cookies
12 - Trégua
13 - Revolta Por Poucos Minutos
14 - Obsessão..?
16 - Grande Surpresa
17 - Happy Birthday To...
18 - Como Tudo Aconteceu.
19 - Momentos Inesperados
20 - Punição
21 - Tentando Uma Chance
22 - Positivo
23 - Flutuar...
24 - Sinais Nada Bons
25 - Filha Igual O Pai
26 - Coisas Estranhas Acontecem
27 - Amar
28 - Fazendo Amigos
29 - "Ajuda"
30 - "Estado De Pânico"
31 - Tartaruga
32 - Vestido De Noiva?
33 - Cinco Dias
34 - Distrair
35 - Último Dia
36 - Não Está Morto...
37 - Um Pedido De Ajuda
38 - "Ele Não Tem Culpa"
39 - 1.460 Dias
40 - Ele Voltou
NÃO É CAPÍTULO
JÁ DISPONÍVEL
Happy New Year!

15 - Sonho Perigoso

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By Srta_Lokidottir

Não me mate... Não me mate... Por favor... Por favor!   - Acordo no espanto, e repito para mim mesma:  - Foi só um sonho... Foi só.. Um pesadelo.

Recebi o olhar sério e totalmente curioso de Wise, que está com a cabeça apoiada em meu colo.

- Por que eu iria te matar?  - Perguntou. 

- O quê?  - Murmurei sem realmente entender o que ele disse.

Ele arqueia as sobrancelhas esperando por uma resposta mais descente. Bati a cabeça no travesseiro e bufei.

- Pensei que você visse meus sonhos.

- Esse nem deu tempo de ver. Foi uma pena.  - Usou seu sarcasmo -   Mas então, por que eu iria te matar?

- Não era.. Você que queria me matar, Pennywise.

- Morgan, você tem inimigos, além de mim? Que interessante.   - Disse dando um de seus sorrisos ridículos.

-... Então é provável que eu seja minha própria inimiga?  Sussurrei para mim mesma.

Então ele me fitou sério.

- Como?    - Queria que eu repetisse, mas não o fiz. Só escondi meu rosto em minhas mãos. Mau pressentimento. Com este sonho, e com o dia que irá de vir.

-  Ah que ótimo! Dois maus pressentimentos! Que maravilha!   - Digo alto com bastante ironia. 

Eu senti sua enorme aproximação, e senti um peso enorme em meu colo. Senti as luvas brancas, tocarem-me as mãos e as afastarem de meu rosto, me fazendo o olhar pasma.

Ah! Agora ele vai sentar em cima de mim?!

- Por que tanta raiva e tanto sarcasmo, Morgie? Alguém acordou com o pé direito, pelo visto. Ainda mais hoje!

- O que tem de tão especial hoje, Wise?

- Quer mesmo saber?    - Vem com um sorriso todo malicioso.

- Se eu não quisesse saber, eu não teria perguntado, certo?

- Justo! Mas também, temos que melhorar essa sua língua afiada! Acho que ontem... Não dei um bom comportamento para ela quando lhe beijei.

Senti minhas bochechas queimarem, além de só esquentar um pouco. Acho que ficaram até rubras, mas além do constrangimento que senti, senti raiva, o que fez meu sangue arder novamente.

- Oras seu filho da..

- Quer receber as boas maneiras agora ou depois, Morgan? Você decide.   - Disse e esse olhar desafiador que me tirava do sério, e me fazia se calar para que eu não faça uma besteira. Então a minha resposta, foi ficar calada -   Boa menina. Mas... Bem que eu queria mesmo sentir aquela sensação de ontem, bem aqui.

- Você.. Não vai tentar nada comigo!    - Digo com voz autoritária, e ele gargalha.

- Se não, o quê? Vai me chutar de novo, Morgan?

- Não. Mas se você for fazer isso sem que eu queira, será um abuso sexual; e eu não vou permitir que isso aconteça, pois... Meu corpo. Minhas regras.  - Digo firme e totalmente séria.

E também, eu não quero voltar para o passado e viver novamente os pesadelos ao lado de Will. Wise tem que entender, por bem ou por mal.

Quando dei por mim, ele estava longe e distante só pelo o olhar, até que se afastou e ficou ali, sentado de costas para mim.

- Eu sei a metade sobre o seu passado, garota.   - Diz como se acabasse de ler meus pensamentos.

- Espero que compreenda isso.  - Digo seria sem sentir pena alguma.

- Tá, tá.    - Resmungou entediado e desapareceu dali.

Eu me senti um pouco mais aliviada. Consegui ir tomar um banho que faça eu esquecer o que aconteceu aos poucos, me fazendo relaxar.

Coloquei uma roupa de frio, logo logo já vai começar o inverno, e esse mês já tá se preparando pelo visto. Fiquei com a minha calça jeans, e com uma blusa de mangas longas da cor caramelo. Me acostumei a ficar de tênis nessa casa, não tem um chinelo aqui, e a madeira é gelada que acaba atacando minha alergia. Alegria!


...



O dia foi tranquilo, tirando o pesadelo que tive, e o acontecimento de hoje mais cedo. O palhaço passou o dia fora. Acabei vendo isso como uma injustiça nesse meio tempo. Pennywise é um palhaço assassino que fica solto por Derry para matar quem bem entender.

E eu sou só a prisioneira da coisa, mas sou humana e acho que a metade da população de Derry, já até esqueceu quem sou. E também, o povo de Derry sempre acaba se esquecendo dos desaparecidos mais antigos. Uma hora eu vou virar um deles, e não vão mais lembrar de mim. Só minha mãe, os losers, e papai...

Papai... Será que ele ainda se lembra da filhinha dele? Será que ainda sou a princesa dele? Será que... Ele vai pensar em mim quando chegar meu aniversário, que é daqui à seis dias? — já que estamos no final de semana —.

Seria bom se eu sentise minha orelha queimar toda vez que ele pensar em mim. Dei um sorriso fino, franzindo os lábios.

Pela tarde, Estava tão desligada do mundo, que nem percebi quando ouvi um som de uma madeira solta no chão.

Olhei assustada para o lado, vendo a entrada da sala. Me assustei com Wise lá. Me olhando sério, seus olhos amarelo estavam brilhando na sombra.

- Penny?   

Ele ficou calado. Eu só faltava ouvir sua respiração pesada. Penny estava encostado no batente da entrada, de braços cruzados, me olhando seriamente. Franzi o cenho, desviei o olhar rápido para a Tv que estava chiando no canal que saiu do ar, e para ele.

Ele ia ficar ali o tempo todo? Sem fazer.. Nada? Só.. Me admirando?

De repente ele desaparece dali, e senti sua presença ao meu lado. Não me importei nem por um segundo por ele estar ali.

- O que você tem?   - Sua voz rouca e arrastada me fez prender a respiração por alguns segundos.

- Nada.    - Digo tentando entender o motivo dele estar preocupado.

Senti ele se movendo ao meu lado, e acabei me virando para ele, olhando para seus olhos que permaneciam amarelos, os quais olhavam para mim com seriedade.

- Que é?   - Fiz a pergunta dessa vez.

-.. Nada.   - Deu de ombros.

Franzi a testa tentando entender o que se passava. Até eu sentir sua aproximação, tentei empurrá-lo, mas foi inútil. Penny prende minha atenção em seus olhos já azuis. Ele se aproximava mais, e mais.

Senti seus lábios nos meus, me fazendo arregalar os olhos. Eu senti sua mão coberta pela luva, em meu rosto. Ele o acariciou e eu já não sabia mais de nada, como se eu estivesse hipnotizada, aceitei aquele beijo fechando os olhos e deixando acontecer.

Mas que merda eu estava fazendo? Eu não sei. Não tenho mais respostas para minhas perguntas confusas.

O beijo foi se intensificando. Wise fazia o beijo ficar feroz. Sua mão que antes estava em meu rosto, estava acima de minha nuca. Sua língua explorava minha boca. É.. Bizarro. Estranho... Não é normal.

Eu me afastei com muito esforço por causa do ar. Wise me olha atento enquanto me via ofegante e sem alguma reação.

- Você aceitou.  - Disse em um tom confuso e em um sussurro que quase nem ouvi.

- Nem eu consigo acreditar.  - Digo dando um sorriso amarelo e torto. Wise deu um malicioso. Impulsionou o corpo para frente, fazendo eu sentir o calor de seu corpo.

Wise pressionou novamente seus lábios nos meus. Eu senti sua mão em minha cintura, já imaginei o que ele pretendia, e não vou deixar.

Me afastei de novo com sorte, Pennywise me olhou com desdém, e fiquei séria.

- Está me deixando com raiva.   - Disse com olhar sombrio.

- Eu sei. Mas... Não vai passar disso. Você quer que.. Eu coopere. Eu sei. E estou cooperando! Mas.. Do meu jeito.

Penny me olhou como se eu tivesse dito uma idiotice. É, pra ele deve ter soado assim, e não me importo.

Então ele bufou e se afastou ainda virado para mim, sentado com as pernas cruzadas juntamente os braços, com uma cara de poucos amigos. Não era para eu ter achado graça, mas acabei rindo.

- Do que está rindo?!    - Havia raiva em sua voz, mas não me importei.

- Você!  - Continuei rindo.

- O quê?!

- Você, seu idiota!

Então ele avançou e prendeu minha boca com sua mão. Fiquei assustada e fiquei poucos segundos sem alguma reação, até ficar puxando sua mão dali.

- Fala logo! Onde está a graça?

- Hmmm!   - Reclamo apontando para sua mão. Ele retira sua mão dali -  Eu ri porque... Por causa.. Da sua cara!

- Anh?!

- O seu olhar de agora. Parecia mais de uma criança fazendo birra do que.. Um palhaço alienígena que você é! Pronto!   - Fui sincera.

Então ele ergue uma de suas sobrancelhas finas e se afasta com uma perna para fora do sofá.

- Eu estava com.. Raiva.

Estava? Significa que não está ma..

- Estou!   - Corrigiu rápido me interrompendo. Reviro os olhos em resposta.

Agora é a minha vez de cruzar os braços.

- Bem.. Isso não é problema meu.

Ele me olhou e bufou, até que ele fez uma nova expressão de dúvida.

- Você não disse com o que sonhou hoje.

-... É. Eu não disse.

- Você estava falando enquanto dormia. Quem estava quase te matando, se não era eu?

Eu não queria ter este assunto. Este sonho, foi um dos que mexeu comigo.

- Eu não.. Consegui ver o rosto direito.  - Menti tentando sair daquele assunto e olhei para a TV que ainda não funcionava direito.

- Por que sinto que está mentindo?

- Não estou.

- Está sim.

- Não.  - Rebati ainda sem o olhar -  Não estou.

- RÁ! Você é péssima em mentir! Ainda mais para mim! Que sei tudo o que acontece contigo! E sei quando fala a verdade, ou não. Agora não tem para onde escapar, Morgie.

Ainda me perguntava porquê ele me chama assim. Parece meu pai. Ele é o único que sabia sobre este apelido, pois ele que me deu este apelido.

- É. Você venceu. Eu não vi você. Eu vi...  - Respiro fundo treinando dizer em voz alta -  Eu.

- Hum... Interessante. Então você se suicidou?  - Olhou-me curioso.

- Não. Bem.. Acho que foi isso... - Perco o olhar para o chão - É que.. Eu estava.. Diferente. Sei lá! Estava diferente!

- Hum.

- Mas deixando isso pra lá...   - Bocejo sentindo já o cansaço -  Boa noite, Wise.

-... Boa noite.    - Murmurou baixo. Dei um sorriso estranho e indo em direção ao quarto.

Me deito na cama, me enrolo, e fico lembrando sobre o maldito sonho que tive. Só queria não ter sonhos daqui pra frente...


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~


Eu estava no poço, e como sempre, estava escuro. Senti um ar frio subir.

- Penny?   - O chamo e não escuto nada -  Pennywise!?

- Ele não está aqui. Não por enquanto.   - Essa voz... Me viro e me assusto com o meu Eu ali. Estava tão.. Diferente. Ela.. Eu.. Estava com a aparência normal mas.. Algo estava errado. Olho para suas mãos, seus pulsos estavam.. Cortados. E havia uma faca em sua mão. Dei um passo para trás -   Medo, Morgan?  - Ela parecia ter arrastado a voz, e ter parecido com a do Wise, se aproximava.

- O que vai fazer?

Ela se aproxima com um sorriso que me assustou. Um sorriso que eu nunca ousaria dar.

Então ela se aproximou com aquilo na mão. Ela tentou enfiar a faca em mim, e me afastei caindo no chão.

- Não por favor.. Por quê?

- Você. Isso é culpa de você. Você vai parar de existir. Você já é um pequeno erro. E erros, devem ser apagados. Excluídos do mundo.

Então ela se ajoelhou caindo ao chão e tentou me matar.

- Não.. Por favor... Por favor Não me mate... Não me mate... Por favor... Por favor!


~~~~~~~~~~~~~~~~

Acordo respirando ofegante. De novo o mesmo pesadelo. Penny estava me encarando sério. Muito sério. 

Antes que eu fale algo, Wise apareceu de repente à minha frente. Estava muito perto. 

- O que você..   - Começo sonolenta ainda, mas nem consegui terminar. Wise toca minha testa e o pesadelo, e todos os pesadelos que tive, foram apagados de minha mente. Menos alguns, os quais ele brincou com minha mente. Sim, ainda consigo me lembrar deles. De cada um. 

Sua mão ainda vestida da luva, se afastou. Ele me olhou com aqueles olhos intensos. Wise me dá um selinho, que virá um beijo. Assim que ele se afasta, agradeço:

- Obrigada.  

Ele dá de ombros e se afasta. Seus braços passam por trás de minha cintura, e sua cabeça deita em cima de minha barriga. Ele não coloca peso em cima de mim, só quando ele quer. Assim, acabo sentindo mais sono, meus olhos cansam de estar abertos, e finalmente apago. 








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