𝐴 𝑃𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐷�...

By Srta_Lokidottir

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Morgan Russell, é uma jovem de dezoito anos que vive na pequena cidade Derry Mayne, a cidade assombrada. Seu... More

Personagens
Prólogo
1 - Losers Club
2 - Outra Vez Biblioteca
3 - Primeira Aparição
4 - Não Irrite A Coisa!
5 - Pânico
7 - Vinte Minutos De "Liberdade" .
8 - Pesadelo Sem Fim
9 - Jejum
10 - Floresta
11 - Ilusões E Cookies
12 - Trégua
13 - Revolta Por Poucos Minutos
14 - Obsessão..?
15 - Sonho Perigoso
16 - Grande Surpresa
17 - Happy Birthday To...
18 - Como Tudo Aconteceu.
19 - Momentos Inesperados
20 - Punição
21 - Tentando Uma Chance
22 - Positivo
23 - Flutuar...
24 - Sinais Nada Bons
25 - Filha Igual O Pai
26 - Coisas Estranhas Acontecem
27 - Amar
28 - Fazendo Amigos
29 - "Ajuda"
30 - "Estado De Pânico"
31 - Tartaruga
32 - Vestido De Noiva?
33 - Cinco Dias
34 - Distrair
35 - Último Dia
36 - Não Está Morto...
37 - Um Pedido De Ajuda
38 - "Ele Não Tem Culpa"
39 - 1.460 Dias
40 - Ele Voltou
NÃO É CAPÍTULO
JÁ DISPONÍVEL
Happy New Year!

6 - Poupando A Vida

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By Srta_Lokidottir

3° Dia.

Acordei no susto. Olhei para um lado e para o outro até entender que estava no quarto dele. Eu devo ter apagado na cozinha. Me pergunto se foi ele que me trouxe para cá, mas isso seria óbvio. A melhor pergunta seria o por quê dele ter feito isso.

Ao meu lado, a cama estava funda. Olhei para o lado com cautela, e o vi, dormindo? Só pode... Ele não estava deitado de uma forma normal. Não.
Estava deitado como um gato. Encolhido. Os braços cruzados, e as pernas juntas e estavam embaixo dele. Seu olhar era de poucos amigos. Com as sobrancelhas quase juntas, e a respiração forte.

Me sentei pondo os pés para fora da cama, senti uma dor terrível quando me apoiei no colchão, olhei para meu braço, e estava enfaixado, olho para as costas do mesmo, e estava manchado com meu sangue. Murmurei baixinho num gemido dolorido.

Caminhei até o banheiro e olhei para meu reflexo pelas partes que ainda sobravam do espelho. Fiz minhas necessidades, e olhei para o box. Estava necessitando urgente de um banho. Saí e olhei para ele, suspirei pesado. Será que ele me mataria se o acordasse?

Me aproximei da cama, chamava baixinho seu nome, não o nome real, mas sim..

- Palhaço.  - Sussurrei -  Hey.

Ele só se mexeu. Apoiei um de meus braços na colchão, sentindo o tecido do lençol, na outra mão, senti um tecido diferente. Olhei e vi uma toalha azul. Então ele sabia...

Peguei a toalha, em seguida me tranquei no banheiro e tomei um banho com cuidado para não doer meu braço.

Por fim, coloquei a mesma roupa, e logo saí renovada. Poderia ter sido melhor se fosse água quente, mas era extremamente gelada.

Ele não estava mais lá, percebi pequenas brechas nas madeiras da janela fechada, subi na cama e engatinhei até a mesma que é acima da cama. Olhei pelas brechas e vi o céu azul, já era o outro dia.

Desci e assim que abri a porta, me assustei com ele soltando um grito, o que fez ele gargalhar. Assim que ele parou, me olhou com seu sorriso esticado.

- O que estava fazendo, garota?

-... N-Nada de mais. Só ver se ainda era noite...

- Hum...

Minha cara de dor era visível ainda, ele não pôde deixar de notar e sorriu mais ainda, me pergunto como isso era possível, é claro que ele não é um humano de verdade, então...

Gritei de dor assim que ele puxou meu braço enfaixado com força. Sem mais nem menos, arrancou a faixa e como se fosse um doutor maluco, pôs a examinar meu braço.

- Merda! O que está fazendo?!

- Shh! Cala a boca.    - Ele olhou mais para aquilo, e sorriu doentio -  É! Fiz um belo estrago aqui!   - E começou à rir.

- Me solte seu palhaço do inferno!

- Eieiei! Naquela hora, fiquei com muita raiva de você, eu poderia tê-la matado, só não fiz pois..  - Ele se aproximou de meu ouvido, e sussurrou ali -   Você já sabe o motivo.

- Anh?!

Ele gargalhou me assustando.

- Você confusa deste jeito até que me irrita, mas me faz rir ao mesmo tempo!

- Q-que?

- Ah... Mas j-já V-vai co-começa-çar à ga-ga-gue-gue-guejar?!   - Zombou-me -   Isso é irritante! Já não basta aquele punkzinho gago!    - Se irritou. E algo acendeu em minha mente. E se eu brincar um pouco?

- Bem, prefiro o gago do que o asmático.   - Ele olhou-me sem entender -   Ou.. Do que um palhaço psicótico, assassino, matador de crianças, e que só assusta pra se divertir! Grande coisa!

- Ora, ora... Estava começando a gostar de você, garota! Mas.. Eu odiei a terceira parte de seu comentário idiota.   - Seu olhar tomou um tom sombrio. O que eu queria com aquilo? Realmente, nem eu sei.

- Foi mal. É a força do tédio. E isso é mais forte que eu! Tive que falar!   - Digo soltando uma risada nervosa.

- Pensei que você era um pouco mais interessante. Mas acho que só a carne que puxa a minha atenção.   - Não sei bem... Era uma reclamação ou era ironia? Eu ia rebater, se não fosse por conta da minha barriga roncar.

- Droga...

- Pelo menos se calou. Vem logo.    - Disse e caminhou por aquele corredor que eu odiava. Acredito que será difícil se acostumar à passar por esse corredor -  Seu medo é delicioso!   - Gritou ele.

Mordi o lábio inferior, e me arrastei pela parede, as mãos ainda apareciam, tentando me agarrar de todos os jeitos possíveis, com certeza para me arrastar para a escuridão nas portas. Não posso parar de andar agora, ou vai ser pior...

Era a pior sensação para mim. Será que alguma criança que esse cara matou, já passou por isso? Ou será que elas passam por isso o tempo todo enquanto estão.. Flutuando, como ele fala?

Mal percebi que já não estava mais naquele corredor. Respirei aliviada e comecei a controlar minha respiração, posso se dizer que meu coração sempre fica na mão quando passo por isso.

Eu nunca gostei de lugares escuros. Não aguentava nem ficar em casa, quando a energia faltava. Eu me colocava para chorar todo dia quando isso acontecia. Minha respiração sempre alterava, tive que tomar muitos remédios do coração. Era algo muito ruim, mas era o único jeito. E quando Will invadia meu espaço, ficava muito, muito pior.

Certa vez, eu era muito pequena, minha mãe me levou para um tour em um Aquário. Havia um vidro rachado de um dos aquários, toda vez passávamos por lá, e minha ansiedade me fazia imaginar aquilo se quebrando e sermos afogados... Quando a minha respiração acelerava, todos me olhavam pensando que eu estava passando mal, e estava.

“Um dia você terá que ser mais forte que isso, Morgan! Não pode viver tendo medo de tudo!”

Mamãe sempre me dizia quando eu ainda era de menor. Todo o santo dia, que eu sentia medo, era a mesma frase, e só piorava. Papai com certeza iria entender; ele sofria a mesma coisa, e ele sofre ainda.

- Hey!   - A voz do palhaço me tirou de meus pensamentos. Fui para a cozinha, ali já estava meu café da manhã preparado. Eu me sentei e novamente rezei para que não tenha um veneno ali. Pennywise me assistiu de pé, ele parecia me examinar pelo o olhar. Estava sendo constrangedor e assustador. Com certeza, assustador.

Tentar o ignorar, era algo difícil pois, eu sentia ele ali, e isso só dificultava mais as coisas. Que droga...

Eu nunca gostei de palhaços. Não é que eu tinha medo. Não. Eu só os odiava. Eu já tive um tio que fazia papel de palhaço nas escolas, ele sempre ia na minha, eu o estranhava como se fosse um bebê ou alguma raça de animal, como um cão ou um gato. Eu sabia que eles não eram divertidos para sempre. Meu tio me fez entender isso com meus onze anos de idade.

O mesmo sempre era endividado, brigava muito com minha tia e com os filhos. Fazia esse papel bobo, para ganhar dinheiro, é claro. Ou seja, os palhaços faziam o show na frente do público, caíam sem nem querer cair, o que cair tinha em engraçado? Como escorregar numa maldita casca de banana. Besteira. Mas sempre tinha algo de errado na vida real deles. O circo era só.. Uma coisa para se descontrair? Talvez.

- Então seu novo medo é palhaços? Interessante.    - Novamente, Pennywise me tirou de meus pensamentos. Não o respondi, só respirei fundo. Odiava quando leiam a minha mente, mesmo que isso seje algo novo para mim pois... Esse idiota lê.

Dei de ombros. Queria ficar em paz. Mas dava pra ver que é difícil ficar sozinha nesta casa. Se ele não está aqui, eu vejo o cadáver de Will. Ou escuto uma música irritante de circo ou escuto vozes de crianças pela madrugada. Como este ser consegue viver assim?! Grande coisa que ele não é humano.

...

As horas passaram, eu estava caminhando pela casa, estava cansada já disso. Acabei indo para a parte da frente, onde tem a casa velha. Olhei para a porta e escutei vozes. E vozes conhecidas! Encostei minha cabeça na porta, com meu ouvido encostado na madeira.

“P-precisamos d-de um plano!”  - Era Bill!

“Vamos fazer como antes. É só entrar e  matar a coisa!”  - Voz da Bervely.

“Acho melhor nos prepararmos antes. Matamos uma vez ele! Não sabemos se ele voltou mais forte”  - Até que o Mike tinha razão. Mas, prefiro que eles me salvem logo. Seria um enorme favor!

Estava tão bom ouvir novamente as vozes deles, mas parei de respirar quando vi algo pingar na minha frente. Uma mão subiu na frente de meu corpo. Era ele. Tudo por causa de sua luva e da manga da roupa. A mesma pressionou minha boca, comecei à dar gritos abafados. Fui retirada dali à força. Ele me jogou com tamanha brutalidade no sofá.

- Está me irritando garota.  - Resmungou ele.

- O-o que?!

- Você entendeu!  - Ralhou e estremeci -  É melhor não ir mais para perto daquela porta. Antes que eu faça algo com seus amiguinhos imbecis!

- Hey!   - O repreendi, mas me arrependi rapidamente. Ele avançou e agarrou meu pescoço, senti falta de ar no mesmo momento.

- O que foi?  - Se fez de desentendido -  Se afetou, foi?  - Ele riu. Sua risada fez aparecer um ronronado parecido de um felino. Franzi o cenho e segurei em sua mão, estava me sufocando. Lágrimas caíam já nesta altura do campeonato.

- D- desculpe... Me sol... Solte... Por... Favor...

- Espero que tenha entendido. Eu não sou de ficar poupando vidas deste jeito ridículo!   - Então ele me soltou. Toquei meu pescoço, estava queimando ali. Consegui, aos poucos, amenizar a minha respiração rápida. Sentia meu coração bater com força, fazendo até doer um pouco.

Eu fiquei calada. Isso me deu medo. Muito medo. Ele se afastou, e logo não estava mais ali. Com certeza foi se aliviar um pouco de sua raiva. Queria eu, sair daqui para esfriar a cabeça e afastar este medo.

Fiquei na sala. Ainda sentada. Encolhida. Só queria a minha mãe. Não fazia idéia de como ela estava.
Mesmo com medo, posso dizer que.. Fiquei um pouco aliviada por.. Eles estarem procurando por mim. Mesmo que provavelmente já saibam onde estou. Só espero... Que me tirem logo daqui.





















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