S/n
Desde a viagem a Disney com a Kara,andei pensando em repetir,foi divertido passar esse dia com a Kara e queria ter essa chance novamente.Sabia que não seria fácil convencê-la a me acompanhar por conta do seu dever como heroina,mas precisava tentar.
Consegui convencer o coisa ruim a criar um evento beneficente no morro,já tinha um lugar para leva-lá,claro que ele quis ficar com parte dos lucros,mas,ainda restaria boa parte para as crianças carentes.
Me sentia melhor não mantendo todo o lucro do que conseguíamos,boa parte do que eu ganhava como "salário" eu doava para alguma instituição de caridade,me sentia culpada por não fazê-los mudar completamente seus meios para ganharem dinheiro.
Mensagens on
" Eu,você e muita comida,o que acha? "
" Isso deveria ser uma proposta?😶 - Loirinha 😍"
" Sim,essa sou eu te convidando para comer,no Rio,ouvi dizer que vai acontecer uma espécie de evento beneficente lá,estou disposta a pagar por tudo. "
" Eu não sei.. Vai ter um belo prejuízo na sua conta depois disso.. - Loirinha 😍 "
" Valerá a pena pra ter sua companhia.. 😅 "
" Eu também tenho um grande apetite então não seria certo deixá-la pagar por isso. "
" Tudo bem,eu concordo se dividirmos as dispesas. - Loirinha 😍 "
" Está bem,te pego em algumas horas. "
" Mais eu posso ir voando,literariamente. - Loirinha 😍 "
" Não estraga meu momento,poxa,da última vez você veio me pegar. "
" Certo. - Loirinha 😍 "
" Vejo você em alguns horas.. "
" Ok.❤ - Loirinha 😍 "
Mensagens of
Foi até mais fácil do que pensei,agora só precisava evitar que uma troca de tiro acontecesse e entregasse o momento,era nosso segundo encontro,não que ela soubesse.
Depois de algumas horas ajudando as pessoas com seus problemas diários,cheguei a conclusão de que eles queriam uma babá e não uma heroína.Uma mulher gritou por socorro e quando cheguei lá,ela queria ajuda para abrir uma lata,eu fiquei muito tentada e empurra a lata garganta abaixo.
Porém,mudem de ideia depois que ganhei bolo,eles me travam com uma criança,mas isso tinha suas vantagens também,logo notei que a Kara já deveria ter saído do trabalho,no entanto não a encontrei no seu apartamento.
Presumi que ela ainda deveria está no trabalho,então,fui até a Catco falar com ela,desde o que houve com o James,não voltei a encontra-lo,o mesmo parecia ter medo de mim,isso deveria me fazer sentir mal,mas não,eu até gostei.
— Olá Olsen.
— O que faz aqui?Não deveria está na escola?
— Já sai quase cinco horas,cara. — Lembrei
— Certo,então o que quer?
— Eu vim buscar a Kara,ela ficou até tarde.
— Agora você é sua babá ou o que?Não deveria ser o contrário? — Ele sabia que eu não poderia fazer nada ali,a Kara estava literalmente nos ouvindo,então chutar sua bunda,estava fora de cogitação
— Não que seja da sua conta,eu vim levá-la para sair. — Empurrei seu peito o fazendo recuar — Cara. — Trocamos um olhar irritado
Ele estava prestes a dizer algo novamente,mas foi interropido por a Kara.
— S/n?O que faz aqui? — Entrou entre nós com um olhar preocupado
— Como assim?Eu vim te buscar.
— Ah.. Desculpe,eu perdi a hora. —Arrumou o óculos
— Tudo bem,não tenho pressa.. Vamos,então?
— Claro.. — Virou para o James — Até amanhã James.
— Até..
Saímos de lá até seu apartamento,ela ainda iria se trocar,eu não pretendia avisar para Alex que sairia da cidade,tinha a impressão de que ela não gostaria muito da ideia.Infelizmente a Kara descobriu isso e me fez ligar,para minha supresa,depois que soube a Kara iria junto,ela concordou.
Não demorou muito para chegarmos no morro,fomos voando,seria mais rápido,logo que pousamos,o cheiro de comida chamou a minha atenção,pelo olhar da Kara,não fui a única,estava empolgada para mostrar para ela algumas comidas que adorava e só tinha no Brasil.
— Espero que esteja com fome..
— Sempre estou,você?
— Eu nem comi. — Entendi minha mão pra ela — Pronta pra comer até não aguentar mais?
— Pode apostar que sim.
Algum tempo depois..
Passamos as próximas horas experimentando todo tipo de comida que havia ali,o coisa ruim fez um bom trabalho em organizar tudo,quando falei que levaria a supergirl,ele não pensou duas vezes antes de me garantir que tudo sairia perfeito.
O mesmo já tinha deixado bem claro que prezava por seus amigos importantes,para minha sorte me tornei um deles,não era tola o suficiente para considera-lo um amigo,ele passou a ser um meio para o resultado que queria.
Com sua ajuda,meu objetivo se tornou bem mais fácil,como brinde,ainda poderia está por dentro dos planos de um dos maiores traficantes da região e assim controlar os estragos que ele causaria.
Parecia muito frio falar assim quando pessoas ainda morriam todos os dias,mas,já foi assim antes de eu nascer,certamente ainda seria após minha morte,só me restava minimizar os estragos e ajudar algumas causas nobres no processo.
Kara
A alegria das pessoas ali era algo novo,sem falar na música que estava bem alta,embora estivesse com receio em aceitar ir até ali devido as circunstâncias em que me encontrava,vi que foi uma boa ideia.
As comidas eram surpreendentemente incríveis,o entusiasmo da S/a em me mostrar tudo,foi muito fofo,seus olhos brilhavam intensamente,especialmente quando a pegava me olhando distraída,tudo isso me fez cogitar que talvez estivesse pensando muito.
Ela demonstrava ser muito carinhosa e gostava de está comigo,tentar evitar isso por conta da minha confusão,era egoísmos,embora também me sentisse igualmente empolgada quando estavamos juntas,procurava ser a responsável.
— Experimenta essa coxinha. — Me entregou
— Coxa de frango? — Encarei aquilo confusa,não parecia com a que estava acostumada
— Quase isso,é como uma versão com apenas frango do acarajé,morde,vai gostar.
— Ok. — Mordi — É bom! — Foi uma das coisas mais deliciosas que já experimentei
— Você disse o mesmo de tudo.
— É por que foi tudo muito bom.
— Certo. — Riu,eu adorava o som da sua risada — Que tal um beijinho agora?
— O que? — Senti minhas bochechas esquecerem
— Não estou falando disso,Kara,embora fosse adorar. — Me mostrou alguns doces — São a esses beijinhos que me refiro.
— Oh..
Certo,eu poderia querer as duas opções,isso me fez ver o quão sério meus pensamentos estavam se tornando,temia que Rao fosse me amaldiçoar por ter pensamentos como esses.
Quando ouvi os barulhos a seguir,achei que fosse realmente acontecer.
— São tiros? — Olhei em volta vendo algumas pessoas assustadas
— Não,dessa vez não,são apenas fogos.
— Oh.. Você parece muito calma.
— Vamos dizer apenas que foi um palpite.. _ Olhou pra cima
Passamos mais um tempo observando os fogos,até que uma garotinha esbarrou na S/n,ela parecia não ter mais do que sete anos e estava bem assustada.
— Está tudo bem? — A ajudou levantar
— Sim.. — Susurrou encolhendo as mãos contra o peito
— Você se machucou? — Perguntei em português surpreendendo a S/n — O que?Eu estive curiosa sobre essa língua.
— Não felei nada..
— Não,só estou procurando minha mãe. — Respondeu a garota
— Que tal te ajudarmos. — Sugeri —Não é bom que ande sozinha por aí.
— Eu vou ficar bem.
— Não precisa ter medo,aqui. — Lhe entregou um doce — Não conta pra ninguém,mas,ela é uma heroína, ajudar pessoas é seu trabalho.
— S/n.. — Murmurei preocupada
— Relaxa,loirinha,ela não vai contar pra ninguém,não é?
— Não.. Você tem poderes? — Olhou para mim animada
— Hum..
— Sim,ela tem,eu também,mas não posso fazer o mesmo que ela por conta da minha idade. — Ela murmurou a última parte
— Legal..
— Como se chama?
— Clara.
— Bem,Clara,eu me chamo Kara e essa é a S/n,agora que não somos mais estranhas,o que acha de te ajudarmos a encontra sua mãe?
— Tudo bem. — Segurou minha mão — Eu não vou contra seu segredo pra ninguém.
— Obrigado. — Não pude deixar de sorri
— Nem o da sua namorada.
— Ela não é-
— Tudo bem,a minha mamãe também tem uma. — Sorriu mostrando sua janelinha
— Vamos,temos de encontrar uma mãe perdida. — Fez uma pose de voo — Para o alto e avante.
— S/n,você não está pensando em-
— Relaxa,Kara,só estou brincando.. — Saiu marchando — Vamos andando,a muitos civis na área.
A ajudamos a encontrar sua mãe,a mesma também estava em busca da filha,então não foi muito difícil acha-la,o comentário da garota ainda estava na minha mente.
— Você está muito distante. — Sussurrou próximo ao meu ouvido me assustando
— Eu estava pensando.
— Isso é meio óbvio.. Em que?
— Nada.. — Tentei disfarçar
— Posso segurar sua mão? _ Não muito certa sobre isso,acenei
— Achei que tivesse de te convencer disso.
— Por que?É um gesto comum,os adultos seguraram as mãos das crianças pra que não se percam. — A provoquei
— Está tão engraçadinha você,em.. Já que é assim,vou pedir pra outra pessoa segurar minha mão. — Saiu andando emburrada
— Não exagera,S/a.. — Fui atrás dela — Está parecendo uma criança birrenta.
— É como quer me tratar,então vou agir assim. — Se jogou no chão
" Oh Rao.. Ela não vai. "
— Eu vou dá chilique. — Avisou e começou fingir chorar enquanto esperneava no chão
As pessoas em volta paravam para olhar,foi muito vergonhoso,não sabia onde me esconder ou como reagir.
— S/n,por favor para.. — Pedi em pânico
— Por que deveria?
— Por que.. As pessoas estão olhando.
— Foda-se elas,nunca vou ve-las novamente. — Ótima ideia
— Então,por que estou pedindo?
— E o que ganho nisso? — Ergueu a sobrancelha
— Não sei.. Eu não te arrasto daí pelas orelhas? — Tentei soar seria,eu não faria isso,mas ela só precisava acreditar
— Uau,eu não sabia que tinha isso em você. — Sentou me olhando com um sorriso estranho — Já sei,eu quero um beijo.
— Isso não vai acontecer.
— Na bochecha?
— Ok. — A puxei pela mão
Antes que ela pudesse pensar em algum comentário espertinho sobre o quão fácil eu cedi,beijei sua bochecha.
— Feliz agora?
— Sim,no nosso próximo encontro,vai ter mudado de ideia sobre isso.
— Esse é um encontro?
— Pra mim é,mas ainda não acabou,você não pode vir ao Brasil e não comer um podrão.
— Um o que?
— Você verá. — Pegou minha mão
— Como você quer que eu não te veja como criança,quando age como uma?
— Não precisaria se paresse de me provocar por conta da minha idade,eu posso ser bem infantil quando provocada. — Murmurou — Desculpe,não deveria ter feito isso.
— Só não volte a me assustar assim,por um segundo levei a sério.
— Não vou.. — Acariciou minha mão com o polegar — Preciso provar que posso ser madura para ser levada a sério por você.
— Por que isso importa tanto?
— Por que é meu objetivo,além de te fazer minha esposa.
A sinceridade e simplicidade com qual ela falou aquilo,foi surpreendente,por um segundo quis que pudesse ser verdade,meus momentos com ela passaram a ser meus preferidos,foi então que percebi que estava me deixando levar novamente,isso precisava parar.