White - D. Salvatore 1 (✔)

By PendragonReal

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O caminho estava escuro e frio como de costume, então a luz apareceu e tudo ficou branco e aquecido. - Eu am... More

CAST
EPÍGRAFE
PRÓLOGO
DAMON
CHÁ CURA TUDO
PRIMEIRO DIA DE AULA
MYSTIC GRILL
ÁLBUM
ATAQUE ANIMAL
OLHOS AZUIS
PONTO FRACO
IMPERADOR ANGELICAL
KANG TAEYANG
DESAPARECIDA
VERDADEIRA FACE
FLOR DE CEREJEIRA
HELLO
BOURBON NO CEMITÉRIO
SR. BLUE
O FIO QUE NOS CONECTA
AMIGA VIDENTE
FESTA DOS FUNDADORES
EGOÍSMO
A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM
SABOR DO HALLOWEEN
APAIXONADA?
POR QUÊ?
A DOR ESQUECIDA
TUDO VOLTA...
...AO SEU LUGAR
REBELDIA DESASTROSA
RESGATE (bônus)
UMA DOCE FUGA
HAPPY HOUR VAMPIRICO
LOUCAMENTE APAIXONADA
TODOS OS OLHOS EM MIM
POSSO?
POR CINCO DIAS
ME AQUECER COM VOCÊ
AINDA NÃO SABE MEU NOME
FLIPERAMA
TEMPOS ESTRANHOS
HUMANA
COLISÃO
NUNCA NÃO
FUGITIVA
TUDO POR NÓS
PERDIDA
FERIDA
POEIRA LUNAR

DECEPCIONAR

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By PendragonReal





"Quer que eu lhe escute, mas você nunca ouviu o que tenho a dizer, você não quer saber da minha dor. Deixe-me adivinhar, você deve querer um perdão." - (Let you down) NF

Sua mente estava tão cansada que sentia o frio emocional passar para o seu corpo e fazê-la apertar a jaqueta ainda mais ao seu redor, como se o pudesse sentir fisicamente.

Através da pequena grade na porta, a loira encarou a garrafinha solitária jogada no chão gelado da cela com pesar. Ainda estava cheia de sangue, o que queria dizer que seu pai não havia nem mesmo ficado tentado a tomar um gole, e ele precisava daquilo para sobreviver. Agarrando as grades enferrujadas a garota se escorou na porta e suspirou.

— Você precisa se alimentar, pai. — Sua voz deslizou miserável pelos corredores vazios.

Saudade de uma época onde abraços e sorrisos eram trocados por todo o dia sem pobreza, onde olhos brilhando de emoção a espera de um novo ensinamento transmitido pelo seu pai era o que ela apresentava depois do café da manhã rotinamente. Agora, nem ao menos levantar os olhos em direção à ela ele fazia, no entanto.

Como o mundo podia girar de forma tão rápida? A deixando a mercê da própria sorte de encontrar algo para se agarrar e se manter firme, ou acabaria quebrada junto com tudo o que foi jogado de ponta cabeça bruscamente. Estava prestes a se virar para se afastar daquele lugar deprimente quando a voz rouca pela falta de uso soou de dentro da cela.

— Será melhor pra você se eu morrer, filha. Mais seguro.

Por um momento ela achou que tinha escutado algum ser do mal sussurrar maldades em seu ouvido na esperança de vê-la desistir. Mas, infelizmente, não era aquilo. Nunca tinha ouvido tamanha estupidez.

— O que está dizendo? — Questionou firmemente, apertando seus olhos em direção ao homem que havia a criado sozinho.

Ele sempre tinha demonstrado tanta força, não era atoa que desde muito nova, tinha esse bobo jogo interno de assistir séries de TV à procura do melhor vilão, comparando a força dele com a de seu pai. Como seria se esse cara lutasse contra meu pai? Se perguntava, todavia, em sua imaginação, seu pai sempre ganhava. Porém ali estava ele agora, acabado e desistindo, como se não houvesse nada no mundo para mantê-lo ali. Como se ela não fosse importante o suficiente para ser seu motivo.

— Eu já fiz muitas coisas ruins. — Era como se ele estivesse falando mais para si mesmo do quê para ela. — Foi eu que forcei Damon a completar a transição, por isso ele me odeia. Eu não sou uma pessoa boa quando tomo sangue humano, Aninha. Já está na hora disso tudo acabar.

— Você sabe que eu preciso de você, pai. Não pode desistir assim. Não pode falar como se tratasse apenas de apagar uma luz de uma sala qualquer. Eu preciso de você.

— Está enganada. — Finalmente os olhos umidos de tristeza dele chegaram aos dela. Briana ofegou tentando engolir o choro que sabia estar muito perto. — Você é a pessoa mais forte que eu já conheci, eu criei você, sei que tiraria essa de letra. Você se adapta rapidamente, vai saber viver sem mim, e ainda vai estar segura.

Balançando a cabeça em uma negação desesperada, ela não se importou com as lágrimas pesadas que começaram a descer pelo seu rosto. Apertando as grades frias ainda mais, como se elas fossem um bote salva vidas, a loira soluçou.

— Isso não é justo.

Ela deveria ter escutado Damon, deveria apenas ter subido para o seu quarto e dormido como havia planejado. Sem conseguir continuar olhando para o pai naquele momento, apenas se virou e correu de volta para o andar de cima. Era simples, enquanto ele estivesse com aquela ideia na cabeça, ela não deixaria Damon o tirar dali. E se fosse necessário, arrumaria uma forma de o forçar a se alimentar.

Não importava se estava sendo egoísta, ela precisava de seu pai e não o perderia nem para ele mesmo. 

Entretanto, seu coração perdeu uma batida, quando mais tarde, assim que Damon tinha chegado, decidiu descer novamente para checar seu pai e tudo o que encontrou foi a porta arrancada do batente e a cela vazia. Como ele havia feito aquilo sem que ela percebesse? Estava presa no quarto, mas daria para escutar alguma coisa, certo? Bem, ela não tinha escutado. E agora seu pai estava em algum lugar lá fora com a ideia de morrer ainda presa na cabeça.

Seus olhos arregalaram ainda mais ao notar o pequeno objeto deixado para trás. O anel de seu pai, sem ele o vampiro morreria assim que o sol desse as caras. Aquilo não podia estar acontecendo de verdade, deveria ser um pesadelo.

Depois de noticiar Damon, a procura se iniciou, até mesmo para Elena ela ligou. Procurou a noite toda e seu pai não estava em lugar algum.

Por favor, não. Pediu ao ver o sol prestes a nascer, espere só mais um pouquinho, por favor.

Uma dor, que estranhamente não parecia desconhecida, apertou seu peito e uma bola de ar fechou sua garganta. Por favor. Seu pedido não era pronunciado em voz alta, mas tinha certeza que alguém em algum lugar poderia escutá-la.

Quando, por fim, através das grandes janelas da pensão, viu o sol se levantar e a ausência de seu pai ainda presente, sentou-se na pequena mesa de centro e seu corpo balançou com os soluços atormentados pela dor. Tinha então perdido seu pai?

Sentiu braços apertá-la firmemente e soube tratar-se de Damon, uma vez que ele era o unico ali além dela. Afundou o rosto na camisa do vampiro parado ao seu lado e se deixou chorar. Sentia que não era a única sofrendo ali, o vampiro de cabelos negros como as asas de um corvo podia até dizer a si mesmo que não se importava, mas ele também amava Stefan e nada mudaria aquilo.

— Aninha. — A voz fez seu corpo tensionar e os soluços pararem como se apertado um botão.

Estava tão imersa em sua perda que não havia escutado seu pai chegar junto à Elena. Afastou-se do Salvatore mais velho e sem pensar, de olhos vidrados, correu em direção ao seu pai que sorriu e a recebeu de braços abertos. Ela trancou suas pernas ao redor de seu pai, como quando era apenas uma garotinha, e a ideia de nunca mais soltá-lo passou seriamente pela sua cabeça.

— Como...? Onde...? — Não estava apta nem mesmo para formar uma simples pergunta, todavia, Stefan entendeu onde ela queria chegar, e suspirou a apertando ainda mais.

— Elena me encontrou. Sinto muito, sinto muito, Aninha. Eu não deveria...

Antes que ele pudesse continuar, a loira o soltou e caminhou até a Gilbert  a pegando de surpresa com um abraço repentino. Não tinha ideia se um dia conseguiria deixar de ver Elena como a pessoa que atrapalhou a vida dela, contudo, uma certeza ela tinha, não conseguiria viver em um mundo onde seu pai não existia. Por isso a gratidão encheu seu coração e acabou afastando, momentaneamente, o desgosto.

— Obrigada. — Foi tudo o que sussurrou, para logo se afastar do alcance da morena sem um segundo olhar.

E então, sem dizer ou perguntar mais nada, apenas afastou-se dos três presentes na sala e seguiu em direção ao segundo andar, para o seu quarto. Agora só queria ficar sozinha, estava cansada.

●●○

A rotina, lentamente, foi voltando ao normal, seu pai estava bem, Damon sarcástico como sempre, e na escola todos estavam animados com a montagem dos carros alegóricos para o dia dos fundadores. Contudo havia uma coisa que só estava despencando, a relação de Briana com seu pai.

Não estava realmente despencando, na verdade, ela já tinha desistido. Amava o vampiro e sabia que ele a amava também, mas já estava tão cansada de todas as situações que andavam passando que decidiu apenas evitar, literalmente o evitando. Stefan até tentou duas ou três aproximações, entretanto, ela apenas dava uma desculpa e se afastava.

Era como estar em um mundo paralelo, pensava o vampiro. Aninha andava pra lá e pra cá de ombros baixos, assim como seus olhos, parecia estar sem qualquer energia e nem ao menos se importou com o super recheado bolo de chocolate que ele havia comprado. Ao contrário de antes, que ela costumava passear pra lá e pra cá cantarolando pela pensão sem nem parecer notar que o estava fazendo, agora era raro escutar a voz dela por ali. Até mesmo Damon parecia preocupado.

Por isso, ligou para Elena pra avisar que não poderia sair naquela noite e esperou Briana voltar para casa. Tinha decidido se aproximar e não deixá-la sair enquanto não conversassem sobre o quê estava acontecendo.

A loira estava prestes a passar direto para as escadas, como se não tivesse o visto parado na sala a encarando, porém, irredutível, ele entrou na frente dela e cruzou os braços com sua familiar expressão de preocupado.

— Precisamos conversar, Aninha. — Ele sempre a chamava daquela forma quando estava tentando chegar mais perto. Amansá-la era a palavra passando pela cabeça de Briana. Mas não estava com paciência para aquilo.

— Agora não, pai, preciso de um banho e dormir. O dia foi cheio.

Novamente ela tentou se afastar, todavia Stefan a segurou gentilmente pelo antebraço e a fez voltar a encará-lo.

— Briana.

Ela sabia a razão de estar fugindo de seu pai, a razão pra não querer conversar. O motivo atormentou sua cabeça quando fechou os olhos para tentar dormir, e quando os abriu pela manhã, mas era doloroso demais e sabia que no instante em que falasse em voz alta, só tornaria mais real.

Mas ele estava a forçando a fazer aquilo, já não dava mais para evitar.

Você ia desistir! — Sua firme voz acusadora fez seu pai soltá-la enquanto expandia seus olhos surpreso. 

— Aninha...

Ele sabia do quê ela estava falando, e ver os olhos dela brilhando com a dor que ele mesmo havia causado, fez seu peito apertar até parecer que estava tendo um ataque do coração. Sem nem ao menos perceber, levou a mão ao peito como se pudesse fazer a dor parar.

— Você sabe que toda a minha vida era apenas sobre você, você está enraizado em cada parte de mim, papai, e quando teve a chance desistiu. — Quando sua voz falhou por um instante, ela aproveitou para limpar rispidamente uma gorda lágrima que correu pelo seu rosto. —  E eu sempre tive medo de você acabar desistindo de ser meu pai e me abandonar.

— Ser seu pai não é sobre desistir, Briana, não existe essa posssibilidade. Eu apenas sou seu pai.

— Mas você fez! — Seu grito exasperado fez Stefan finalmente se abandonar em lágrimas. Era como se a frase tivesse ecoado fundo em seu coração. — Você decidiu me abandonar! — Suas palavras mostravam todo o desespero, toda a dor que ela tinha guardado para si mesma, agora ela estava deixando livre para que ele pudesse ver. — Eu desistiria de tudo por você, mas você... você escolheu morrer. E eu estou tão cansada de ser aquela que luta para não te perder, de ser a pessoa malvada. A partir de agora, é minha vez de desistir.

Ele não teve forças para pará-la quando ela deu as costas e voltou a subir para o seu quarto. Sentia que tinha perdido a parte mais importante de sua vida.

Eiiita, pensa num capítulo dramático. Kkkk mas eu ameeeei escrever. Eu disse que amo drama, certo?!

Agora vamos falar de vocês. Gente, eu fiquei apaixonada por vocês nesses últimos dias, sério. Enquanto passeava por esse mundão do wattpad, já vi muitas autoras reclamando de suas leitoras, mas em momento algum eu experimentei esse sentimento. Muito pelo contrário, tanta coisa na minha cabeça, tantas tarefas pra resolver e eu achei que vocês ficariam chateadas por toda essa demora, mas na verdade, me deram força e apoio. É por essa razão que eu decidi que vocês merecem essa maratona. E muito, muuuito obrigada pela paciência.

Não sei se será uma maratona longa, porque como disse, a 1° temporada está perto do final.

Deixa eu avisar pra não esquecer depois: haverá muitos pontos da fic que ficarão em aberto, mas é porque serão fechados só na próxima temporada.

Outro aviso: Essa primeira temporada foi o cafézinho com leite antes da verdadeira bagunça. Kkkk tô até com dó da Briana.

Queria ter começado ontem, mas estava com enxaqueca e sem disposição nenhuma para revisar. Bem, então estamos começando o nosso final hoje.

See u guys!!

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