Cicatrizes - Pjm + Jjk

By Kim_NamHye

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[CONCLUÍDA] Nossas vidas podem ser comparadas com o nosso próprio corpo, mesmo com os momentos bons que vivem... More

Introdução
🎵Playlist🎵
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Bônus: O (Re)Começo
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Fim - Cicatrizes 🩹

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By Kim_NamHye

🥊📷

Não dá, eu só machuco. Puta merda.

Duas semanas jogadas no lixo, duas semanas onde eu acreditei que sim, eu mudei e para melhor, que agora eu seria o melhor pai de todos os tempos.

Tudo ilusão, estragado por causa da minha falta de controle sobre meus próprios atos e sentimentos.

"Eu não precisava tratar o Jimin daquele jeito"; é a frase que mais martela em minha cabeça e faz eu querer chorar tanto, mas tanto. Fui um babaca, um ogro da pior classe ou gênero existente, eu me livraria de mim mesmo se não fosse pela dependência financeira que eles tem sobre mim, sinceramente, já deu.

Não consigo mudar, não tenho salvação e não tenho o meu cigarro para ser o meu "ombro amigo" como sempre, me acalmar e, metaforicamente, falar que tudo irá ficar bem, que amanhã eu deveria acordar e levar o meu filho para escola, depois ir para o treino, buscar o pirralho e descansar ou treinar em casa mais um pouquinho.

Já está óbvio a partir de que momento eu comecei a fumar, era algo tão normal lá e eu já estava me acostumando com o cheiro então pensei em tentar, quem sabe assim eu ficaria mais tranquilo até sair de lá. E ajudou, no início a nicotina trazia o efeito então eu me sentia bem pra caralho, depois eu tentei coisas piores com a ajuda do meu colega de cela/protetor já que ele tinha alguns contatos ao mesmo tempo que não me julgava por usar (mas ele não gostava de usar).

Mas depois que eu fui liberado por provar que tudo foi para me defender, eu tive que deixar as drogas de lado pois me meter com caras do tráfico não é uma das melhores coisas. Meu colega foi preso por isso e disse que me meter nessa traria a probabilidade de eu ser preso novamente ou até morto, coisa que não quero. Então eu continuei apenas no cigarro e estava bem até esses exames denunciarem o estrago que estou provocando em mim mesmo.

Quando eu acordei, minha cabeça faltava explodir de tanta dor, assim como o meu corpo faltava quebrar de tanta fraqueza. Vejo as horas e percebo que já passou da hora de levar o pirralho da escola, assim como falta meia hora para o meu treino.

Eu não gostaria de ir mas sabe, preciso. Esmurrar um saco de pancadas pode me ajudar pra caralho, eu sei que tem um bem aqui no meu quarto mas... Sabe, não é a mesma coisa com a energia do treinador falando: "Isso, mais uma sequência, Jeon".

Ao sair do meu quarto depois de um banho e descer as escadas, percebo que a minha mãe é a única a andar pela casa. Limpando o estofado do sofá com a ajuda do aspirador de pó.

Eu já ia passar reto até a cozinha quando ela me para com a doçura de sua voz mesmo depois de uma noite tão agitada que sei que deve ter passado com o pirralho. Mas não se deixe enganar pela doçura, é que a minha mãe é calma mas eu a conheço muito bem, sei quando está decepcionada.

- Vamos conversar sobre ontem.

- Não temos nada para falar sobre ontem.

- Eu não perguntei, você sabe. - tá aí a origem de minha grosseria, sou cavalo igualzinha ela as vezes. - Jae acordou perguntando de você, perguntando se iria levá-lo para escola pois ele não gostaria disso, Jungkook. Seu filho não quer saber de você.

- Eu imaginava que a qualquer momento aconteceria a merda. - confesso, virando-me para ela enquanto passo a mão em minha testa para limpar o suor.

- Eu sei que alguma coisa aconteceu, então diz para mim o que foi para você ter tratado Jimin daquele jeito, filho? Ele só quer te ajudar, não precisava disso tudo.

- Para de dizer o óbvio, já sei. - me irrito, é inevitável todos esses sentimentos negativos que estou sentindo. - Não tô com cabeça para falar nada, tenho que ir pro treino.

- Você não vai para o treino, está pálido e eu te visitei a noite enquanto dormia, estava soando e quente de tanta febre, além de tremer muito. - ela aponta para o meu rosto e começa a gesticular com as mãos, preocupada.

- Eu já estou sem a porra do meu cigarro, a senhora não vai tirar o meu treino, ok? - e então eu confesso, é sempre despropositalmente mas só assim para eu dizer o que está acontecendo comigo. Diretamente é sempre difícil.

Seu olhar até se acalma, ela percebe que essas são as consequências da saudade que o meu corpo sente então só assente com a cabeça levemente.

- Tem mochi de padaria e barrinha de grãos, coma bem antes de ir pelo menos, ok?

Eu só assinto com a cabeça e faço o que ela pediu, além da maçã de todas as manhãs eu pego dois mochis e a barrinha de grãos, junto com um belo copo de leite puro, sem açúcar ou achocolatado.

Já alimentado, eu saio de casa e caminho com certa pressa até a academia, cheguei uns minutinhos atrasados mas fazer o que, faz parte.

Comecei com o aquecimento, depois alonguei e aí veio o treino definitivo. Tive que fazer sequência de soco, soco, defende, soco de novo, mais uma defesa e por último uma rasteira para o filho da puta saber quem manda. Geralmente ninguém quer fazer dupla comigo nos treinamentos, com medo de eu fazer o mesmo estrago que faço quando estou no ringue mas aqui eu consigo me controlar um pouquinho, até porque nada é na intenção de ganhar ou perder ou é feito até o meu sangue ferver.

Mas que hoje eu usei uma força maior que o normal... Meu amigo, eu usei. Até furei o saco de pancadas com o soco arrebatador que o lancei. Oh, merda.

Ainda bem que esses estragos o Namjoon é quem cobre, namoral.

Eu acabei por almoçar e ficar descansando na academia mesmo, esse espaço está mais para uma área onde temos um ringue pequeno, sacos de pancada, equipamentos tanto de segurança quanto acadêmicos e é, isso. Um quadrado enorme que engloba cada coisinha e pessoa.

Mas o que eu queria fazer era buscar o pirralho, além de conversar com Jimin e pedir desculpas, eu fui um tremendo babaca. Não precisava disso, vey.

Mas agora tá feito e eu tenho que arcar com as consequências, não há o que fazer a não ser chorar de arrependimento e culpa, sem nada para me trazer um alívio se quer. Eu juro que no estado que eu tô, eu fumaria seis maços se eu tivesse dinheiro, ah mas eu o faria com gosto.

Respiro fundo e volto para a próxima rodada de treinos excessivos, dessa vez com mais ódio ainda só de pensar nos minutos milagrosos que eu perdi com o pirralho, o meu filho, o Jae. Puta merda, que porra de pai que eu sou, usei tanta força durante os treinos que ao retirar as luvas encontro meus dedos rasgados e sujos de sangue sob a ferida cicatrizada daquela última luta que eu tive. Reviro os olhos e vou até o banheiro passar uma água, em seguida entra o treinador e se apoia na parede, ao lado da pia onde lavo as mãos.

- Machucou os dedos de novo, Jeon. - nem é surpresa para ele que eu esteja assim, por isso ele fala com tanta tranquilidade. - Teve uma hora que eu disse: pega leve, Jeon.

- Já já sara. - é tudo o que eu falo, secando minhas mãos com a toalha de rosto que estava apoiada em meu ombro e saindo do banheiro, indo direto para minhas coisas que estão no armário.

- Não acha melhor tomar um banho antes de ir? - ele é preocupado comigo também, acho que está na cara de todos que eu sou um perturbado desorientado, eu odeio isso, acabam por me tratar como uma criança.

- Tomo em casa. - curto e grosso como sempre.

- Senhor Kim tinha falado que você iria parar de fumar... É por isso que está assim? - aí meu deus, ninguém quer me deixar em paz?!

- Olha, eu preciso ir para casa e descansar. Semana que vem tô de volta. - é o que eu respondo para não ter que tratar ele tão mal quanto eu tratei Park Jimin.

Não é só Jimin que gosto de se intrometer na vida dos outros, até esse treinador tenta, que saco.

Na verdade... acho que não é intromissão exatamente, é só preocupação, né? Já tenho um bilhão de traumas aí chega algo que fode ainda mais com tudo, quem convive comigo fica preocupado e é normal isso, né?

Mas foda-se, namoral. Nem sei mais o que pensar, tá tudo uma montanha-russa insana em minha mente. Eu só quero esquecer de tudo por alguns minutos que seja, não quero mais sentir falta do que eu conquistei durante essas semanas, burro e idiota, é isso que eu sou.

Chego em casa e descubro que tinha coisas que eu não sentia falta: uma delas era perceber que a minha presença muda o ambiente para pior.

Minha mãe estava na sala com o Jae que desenhava no chão, em frente ao Jimin que sorria todo bobinho. Foi só eu entrar que isso sumiu, Jae me olhou com medo e se escondeu atrás do Park, Jimin ficou quieto e a minha mãe só me deu um oi, como sempre.

É, eu queria que isso nunca mais acontecesse mas não deu. Eu retomei tudo. Quem dera voltar ao tempo, voltar para o exato momento que eu bati na Sunnie, eu teria evitado isso e preferiria a facada em meu peito. Seria menos doloroso do que toda essa merda que estou passando.

Subo rapidamente as escadas e entro em meu quarto, sentindo a vontade enorme de chorar invadir o meu peito antes de chegar em meus olhos. O desespero me domina e eu percebo que sou a pessoa mais fraca desse planeta, talvez do universo, o que contradiz com o meu corpo parrudo.

Eu fico encolhido em minha cama enquanto fico me remoendo por dentro, as lágrimas descem sem parar e acabo até por esquecer de tomar banho, de tão desesperado que me encontro.

Soluços escapam dos meus lábios, percebo que já é tarde quando eu ouço batidas em minha porta da minha mãe me chamando para jantar, coisa que eu não a faço já que não quero ser um puta de um sonso filho da puta na frente do Park, ou do pirralho, ou dos dois.

Me mantenho trancado lá, agora as lágrimas estão secas mas a tremedeira não para, meu suor se acumula no rosto e tudo que eu sinto falta é do meu filho, eu quero o meu cigarro mas eu gostaria mais do Jae comigo, sei lá. Vê-lo medroso foi de fazer o coração doer mais do que tudo.

Olho as horas e já é mais de uma da manhã, por puro desespero e impulso, eu saio do quarto e vou com cuidado para o quarto do meu filho. Abro a porta com mais cuidado ainda e o percebo adormecido em sua cama, dormindo tranquilamente e sozinho. Choro ainda mais e me aproximo, ajoelho em sua frente e descubro que as lágrimas não acabaram pois elas estão aqui, banhando meu rosto novamente.

- Desculpa... - eu peço, baixinho, escondendo a minha cabeça entre os meus braços que estão apoiados sobre o colchão da cama enquanto tento segurar os soluços. - Eu juro que eu te amo, te amo muito, Jae. Perdoa o seu pai, por favor.

E continuo a chorar pra caralho, arrependido de ter o assustado daquele jeito, com certeza ele acreditava que tudo estava mudando para melhor e eu quebrei essas esperanças, porra.

Fungo um pouco e percebo que estou ajoelhado sobre o colchão que Jimin dorme, por coincidência, no mesmo instante eu ouço a voz vindo atrás de mim: - Você tem mania de pedir desculpa enquanto as pessoas dormem, né?

Soou com um humor meio azedo. Eu passo a mão pelo nariz e me levanto sem jeito, tentando não deixar visível o estado que se encontra o infeliz do meu rosto.

- Ok, desculpa. - é tudo o que eu digo, saindo do quarto sem deixá-lo vê o meu rosto e indo para o meu, onde penso que passaria os últimos minutos solitários antes de ir dormir.

Mas não é o que acontece, eu já estava encolhido em minha cama novamente quando percebo a porta se abrir com calma, Jimin entra com todo cuidado e olha para mim, não consigo indentificar muito bem suas expressões por conta do escuro mas ele não parece está bravo e querendo me matar. Parece que, sei lá, tudo ok?

Enfim, ele se aproxima de mim com cuidado, coça a nuca e apalma os bolsos de sua bermuda larga, retirando de lá um... Cigarro?

Mas...

- Toma... - ele me dá, o que me provoca um expressão confusa ao ponto do meu corpo paralisar e eu não pegar o cigarro imediatamente. - Eu abomino cigarro com todas as minhas forças, mas não acho que para sair dele precise parar com tanta brutalidade, melhor que seja aos poucos para o corpo não sofrer, não é?

Eu nem respondo direito, ergo a minha mão certa tremedeira e pego o cigarro, levando até o meu nariz e o cheirando.

É disso que preciso.

Eu ponho entre os meus dedos e pego o esqueiro que sempre está em meu bolso, o acendendo imediatamente e tragando entre os lábios, sentindo uma certa leveza enquanto sopro a fumaça para o lado oposto de Jimin.

Sinceramente, eu não gosto de fumar perto de ninguém. Mas nesse caso, eu não resisto.

- Então é isso, vamos começar aos poucos... - Jimin começa a falar, sentando-se em minha cama com cuidado. - Quantos cigarros você fuma diariamente?

- Uns três, cinco maços... Por aí...

A resposta é sincera mas Jimin começa a ri que nem doido, eu trago mais uma vez entre meus lábios com a expressão séria quando a sua risada morre aos pouquinhos e ele pergunta, ainda com um sorriso: - É brincadeira, né?

Eu nego com a cabeça, com certa vergonha. Jimin deixa o seu sorriso morrer e volta a ficar sério, pedindo desculpa em seguida.

Silêncio, é o que reina entre nós. Ele olha para qualquer outra coisa que não seja eu enquanto morde a ponta do lábio inferior, nervoso. Quando percebo que seu próximo movimento é para pedir licença e sair, eu sou rápido em impedir, perguntando:

- Por que está me ajudando? Fui um filho da puta com você, ontem.

- É, foi. Estou esperando meu pedido de desculpa, sei que foi culpa dessa abstinência maluca que você está sofrendo mas é o mínimo que eu mereço.

- Minha mãe contou? - trago mais uma vez, sempre com calma já que sei que esse é o único cigarro que Jimin me dará.

- Não, eu que pensei melhor e percebi. Minha cabeça não serve só para fofocar em uma folha de jornal se é o que você acha.

- Não, não acho. - eu suspiro, passando a mão sobre a minha testa enquanto encosto a minha coluna na cabeceira. - Não deveria ter falado contigo daquele jeito, eu não acho nada daquelas coisas.

- Não? - sua indagação é surpresa, eu só assinto levemente com a cabeça e continuo antes que a coragem suma.

- Eu gostei que você voltou, é verdade que você me irrita as vezes mas... Sua presença não deixa de ser importante para mim e eu quero que continue assim.

Jimin sorri pequeno, parece até meio aéreo enquanto eu... Bom, minhas bochechas coram levemente e a vontade de apagar a minha existência do mapa é acendida.

- Onde você arrumou cigarro? - eu mudo o foco do assunto, tímido de mais para deixar essa reação continuar se estendendo.

- Yoongi fuma, não desse jeito como você mas é, você sabe. E Tae também não gosta mas respeita já que ele nunca tem cheiro ruim e literalmente é no máximo uma duas vezes na semana, porém não pode achar um cigarro nas coisas dele que se livra, joga no lixo ou sei lá, aí ele me pede pra cuidar de pelo menos um maço só para ele não precisar gastar tanto dinheiro. Acho que não vai fazer falta um cigarro a menos, Taehyung até agradece.

- É... - eu rio, tragando mais uma vez enquanto sentia o meu corpo todo se acalmar aos poucos. - Você não existe, me trata bem depois de tudo que eu provoquei, poh.

- Eu já cometi o erro de dá bola para o que você fala por causa de algo sério uma vez, não vou cometer o mesmo erro de novo. Geralmente é esse o seu jeito de pedir socorro.

- Um jeito bem babaca, até Jaemin não quer saber de mim. - eu suspiro murcho só de lembrar do meu pirralho deitadinho em sua cama. - Eu já previa isso, eu sou um porra de um homem que nem deveria está existindo...

- Não precisa ser tão duro com você. - Jimin se senta na beirada da cama e apoia sua mão em meu joelho já que agora eu estiquei minhas pernas. - Você foi um babaca e Jae está com muito medo agora, mas dá para salvar.

- Para depois eu destruir de novo? Não, obrigado.

- Não vai, essa abstinência te pegou de surpresa e é por isso que você se alterou todo mas agora a gente pode lidar com isso, posso te ajudar se deixar. - Jimin sugere, todo esperançoso como sempre foi, essa foi uma qualidade que sempre admirei nele.

- E como?

- O que antes era três a cinco maços de cigarro agora será apenas um cigarro por dia, vou ficar com o seu maço e eu que te darei, no momento que você quiser porém apenas uma vez ao dia então escolha bem esse momento. Também vamos comprar algum remédio que inibi a vontade de fumar. Até que chegue uma hora que você nem vai querer saber de fumar e não precisaremos mais gastar com os remédios e o maço de toda semana ou mês, sei lá.

- Então você está... Disposto a me tirar desse vício? - eu travo um pouco, confesso que estou surpreso com sua atitude e fico mais ainda quando ele afirmar rapidamente com a cabeça e sorri animado.

- Estou disposto a tudo para te ajudar, relaxa. - e ainda complementa, fazendo um carinho leve em minha coxa, provocando um arrepio que eu nem sei porque aconteceu.

É diferente, saber que tem alguém que está disposta a se meter nessa comigo é surreal. Minha mãe mesmo nem me ajudou com a bebida quando eu também sofri para deixá-la, acho que por medo de piorar do que ajudar mas... Jimin decidiu arriscar de uma vez, a chance de só piorar foi alta mas, mesmo depois de eu trata-lo indignadamente, ele está aqui ao meu lado, como os velhos tempos.

Pelo jeito eu não perdi o meu melhor amigo, pelo jeito Jimin não é tão intrometido como eu pensava e pelo jeito ele não é tão trouxa assim, só tem um coração grande de mais, cacete, esse mundo precisa de mais pessoas como ele.

- Ok. - é tudo o que eu digo, em meio ao misto de sentimentos estranhamente bons que habitam o meu peito.

- Ok. - ele repete com um sorriso que faz eu querer sorri também, porém o que eu faço é por a bituca no cinzeiro, satisfeito. - Que tal a gente ir ao parquinho amanhã, com o Jae? Seria legal, podemos tomar sorvete ou comer besteira. - Jimin prossegue, ele sempre tem algo a dizer.

- Garoto tá com medo de mim, você acha que ele vai aceitar? E outra, estou sem dinheiro até o meu próximo campeonato que ainda nem está marcado. - cruzo os braços em frente ao peito, sem muito ânimo.

- Eu pago e sobre o medo, acho que você voltando a se aproximar como antes sabe, ele volta. Ele sentia muito medo de você antes e não resistiu quando te viu próximo.

- É. - concordo levemente com a cabeça também, inconformado com uma coisa que acabo por soltar em voz alta. - Que saco, fui um filha da puta com você e você está aqui me ajudando, não pode ser.

- Estou esperando o meu pedido de desculpa descente falando nisso, vai, diga. - seu tom é mais liberal, ele fala isso mais para brincar do que porque realmente está esperando por isso mas... Eu tenho algo a falar, algo além do que já falei e nos deixou no constrangimento danado.

- Obrigado por ter se metido na minha vida e por me mostrar que babacas também podem mudar para ser pessoas menos piores, obrigado também por fazer eu sentir um puta de um ciúmes e me aproximar do meu filho.

Jimin fica surpreso, até eu. Seus olhos se arregalam mas, em seguida, ele sorri todo bobo ao ponto das linhas serem formadas. Caraí, que sorriso lindo, vai se fuder!

- Eu esperava um pedido de desculpa... - ele fica todo sem jeito, é a primeira vez que eu o deixo tímido e... gostei, eu gostei disso.

Que... estranho.

Por que provocar bochechas coradas é divertido? Sempre me perguntei isso quando Jimin as trazia, mas agora eu tenho a resposta.

É gostosinho a sensação de que você pode provoca-las, apenas isso. Não sei mais o que há por trás.

- Desculpa também, criatura. Feliz? - o meu humor é péssimo então sai grosseiro, porém eu digo rapidamente, questão de meio segundo. - Brincadeira.

- Idiota. - ele bate em meu ombro e sorri leve, ele se levanta da cama e pega o meu cobertor que estava dobrado no canto. Depois de estica-lo, cobre as minhas pernas. - Vai dormir, descansa. Amanhã já começamos com isso.

- Estou sem dinheiro até meu próximo campeonato... - o lembro novamente, sem graça, até coço a nuca enquanto me conforto na cama.

- Eu roubo esse maço do Yoongi e compro remédio, depois você me devolve o dinheiro se assim se sentir melhor assim, ok? Quanto mais cedo começamos, melhor.

O que eu faço é só concordar com a cabeça, até porque eu quero voltar a ter o que estava tendo com o pirralho, faz só um dia mas é, já doeu pra caralho e a falta está enorme.

- Até amanhã, então, Jungkook!

- Até. - eu aceno com a mão enquanto o percebo se afastar em direção a porta.

Quando ele sai do quarto, o meu peito falta morrer de tão quente. Parece que há um motor e ele está sobrecarregando, já já explode e a única coisa que irá sobrar é meu corpo colapsado e a minha alma voando nas nuvens.

Eu só sei de uma coisa, Jimin acabou de me mostrar que eu realmente não estou sozinho. Que eu tenho com quem contar e desabafar, só falta eu realmente querer isso. Irá demorar, mas não dá para eu dizer nunca.

Pois eu nunca acreditei que alguém seria capaz de não desistir de mim já que até eu estava assim, agora... agora eu acredito fielmente que não estou sozinho, eu... tenho o meu melhor amigo de volta.

É, eu tô felizão.

Continua...

Jungkook é um nenê que finge ser durão, é isso.

Enfim, oi bebês!! Como vcs estão??

Mais um capítulo entregue e espero que estejam gostando, lembrem de votar e dizer oq estão achando hein, ajuda pra krai, sério!! Eu surto, rio, morro de amores e choro (de felicidade) com cada comentário de vcs, me sinto MT amada🤧❤️❤️

Tipo, já estamos com praticamente 2k de visualizações, DUAS MIL!! GNT, foi um dia desses que fiz um especial para agradecer aos 1k e agr estamos indo para os 2k, eu tô mega feliz msm, obgda por todo amor e carinho aaaaaaa fico até sem palavras, nmrl🤩💞💗 juro que irei recompensar dando o meu melhor a cada capítulo que se passa, vcs são dms e merecem a melhor leitura possível, espero conseguir alcança-la.

Mas, enfim, chega de surtos por hj ksksksksks bom, lembrando que tenho uma conta do twitter hein, @NamhyeKim, fiquem a vontade para me seguirem lá pois estou postando algumaS coisinhas da fic, até spoiler vez ou outra, só essa semana que não porque queria lhes dá a surpresa.

Enfim, amo MT vcs, obgda por TD e os espero no próximo capítulo, bjinhos para cada um de vcs😘♥️

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