Ruthless People - Livro 1

By savinzn

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Ruthless People é uma ficção romântica com crime que acontece nos dias modernos de Chicago, seguindo a vida e... More

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Epílogo
Segundo livro

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By savinzn

"Se o desejo de matar e a oportunidade de matar vierem sempre juntos, quem escaparia?"
- Mark Twain

Christopher

— Você destruiu a minha calcinha. — ela sussurrou para mim enquanto colocava os saltos brancos.

Arrumando a minha gravata, eu tentei não sorrir, mas eu não podia evitar.

— Da próxima vez, não use nada e nós não teremos esse problema.

Ela caminhou até mim, lentamente, me olhando com punhais nos olhos, e isso só me fez a querer mais. O que diabos tinha de errado comigo?

— Eu não tenho um problema com isso — disse ela, me olhando. — Eu não sou a única que tem que se sentar durante o jantar pensando que não tenho nada debaixo desse vestido, em como você pode facilmente escorregar sua mão debaixo dele e chegar ate mim. Mas eu acho que vou me sentar na sua frente essa noite.

Ela se afastou tão rápido que eu senti como se tivessem jogado água fria em mim com a perda de seu calor. Isso, e o fato de que todo o sangue no meu corpo estava correndo para outra parte da minha anatomia. Merda.

— Você vai se sentar ao meu lado. — eu exigi enquanto ela caminhava em direção à porta e, meus olhos foram direto para sua bunda.

— Não, eu não vou. Eu preferiria atirar em você, mas já que eu não posso, eu vou te frustar sexualmente. Não rasgue a minha roupa. — ela retrucou, me deixando doendo por ela.

— Cadela, você vai me matar. — eu murmurei, tentando o meu melhor para me acalmar.

No momento em que saímos do escritório, Declan já estava esperando.

— Há quanto tempo você está aí?

— Tempo o suficiente. — Ele sorriu.

— Peço desculpas por ter esperado. Ela me disse que era só sexo. Aquela mulher me assusta e me confunde, tudo ao mesmo tempo. Apenas sexo.

Eu fiz uma careta.

— Tente ser casado com ela. Um minuto ela te beija e no outro ela está com um abridor de cartas em sua garganta.

— Um dia ela vai te matar Christopher, eu juro. — Os olhos de Declan se arregalaram antes que ele começasse a rir.

— Um dia, quem sabe. — eu suspirei.

Sinceramente, eu não tinha certeza se ela gostava de mim por qualquer outra razão além do fato de sermos casados. Eu era "apenas sexo" para ela, e isso não deveria ter me incomodado tanto, mas eu não conseguia afastar a sensação de que ela não ia mudar... Que ela nunca iria se importar.

— Então, eu estou supondo que vocês lidaram com o superintendente? Ou querem que eu faça algo? — perguntou ele quando paramos do lado de fora da porta. Eu podia ver em seus olhos, sua própria sede de sangue.

Declan não era tão assassino como Alfonso e eu. Ele sempre foi, e sempre seria, o homem por trás do computador, onde eu precisava que ele estivesse. Mas quando era policial, Declan queria sangue. Era, afinal, um oficial que tinha matado seus pais. Ele os odiava e o código que eles viviam.

— Se as coisas se complicarem, você pode dar um fim nele pessoalmente, Declan — eu respondi. — Mas, até lá, apenas mantenha um olho em nosso superintendente. Se ele comprar uma casa perto de qualquer coisa Uckermann, me deixe saber.

Ele balançou a cabeça, e o olhar escuro em seus olhos desapareceu no momento que ele entrou na sala de jantar. Ele parou quando percebeu que minha esposa estava sentada ao lado de Coraline.

Ele levantou uma sobrancelha para mim antes de sorrir como se ele já soubesse o motivo. Sem dizer nada, fui até Dulce, beijando-a na bochecha suavemente.

— Boa noite, esposa. — eu disse, tentando ser educado, alto o suficiente para que todos pudessem ouvir.

Eu sabia muito bem o que iria acontecer quando eu me sentasse em frente a ela e à direita do meu pai. Mas eu não me importava.

Lorenzo sempre se senta na ponta da mesa. Me sentei ao lado dele. Minha mãe se sentou no lado oposto e como sempre, eles estavam falando outra língua com os olhos. Eu tentei focar minha atenção em Dulce. Mas, ela parecia perdida em seu próprio pensamento.

— Dul, tem um motivo pelo qual você não está sentada ao lado de Christopher? — perguntou minha mãe gentilmente enquanto eu pegava o meu copo de conhaque.

Dulce franziu a testa.

— Eu juro que ele está tentando me engravidar. Ele não pode ficar com suas mãos para si mesmo, é bem irritante, na verdade.

Eu senti o líquido querer voltar da minha garganta enquanto eu tossia.

Eu olhei para ela. É claro que ela iria trazer sexo na mesa de jantar, claro porra. Ela era a minha Dulce e não dava a mínima para o resto. Ela vivia para me fazer temer pela minha vida, ficar com tesão, ou desconfortável.

— O que há de errado em ficar grávida? — perguntou Olivia, bebendo seu vinho.

— Nada. — disse Dulce, olhando para trás. — Nada de nada, especialmente quando você não faz nada mais do que se embelezar e fazer compras.

Declan chutou meu pé, mas eu não disse nada, simplesmente cortei o meu bife. Não era minha briga, e eu definitivamente não iria tomar um tiro por Olivia.

— Você acha que é melhor do que nós, não é? — disse Olivia bruscamente, fazendo com que Dulce desse risada e eu encha minha boca com carne.

— Barbie, eu sei que eu sou melhor que você — Dulce disse, tomando um gole de vinho. — Todas as minhas roupas são originais e não feitas na China.

Tentei de tudo para não rir, mas eu sorri como um bobo, e pelo canto do olho, eu podia ver meu pai sorrindo também.

— Sua cadela. — Olivia disse se levantando da cadeira.

Olhando para ela, eu encontrei os olhos de Alfonso.

— Controle ela, Alfonso, ou então ela vai precisar de roupas novas. Ninguém chama minha esposa de cadela.

— Talvez você devesse dizer a ela para não atacar a família. — disse Alfonso quando Olivia voltou a se sentar.

— Sim, nós simplesmente não conseguimos defendê-las — eu respondi, sabendo muito bem que isso iria calá-lo. Mas, ele simplesmente se virou para mim.

— Quanto tempo vamos ficar assim Christopher? Tem sido quase duas décadas!

— Quando eu disse que nunca iria te perdoar — eu dei outra mordida. — Eu não quis dizer em dez, vinte, ou até mesmo 80 anos. Partilhamos DNA, nada mais.

— Christopher! — gritou Evelyn.— Eu não tenho certeza do que aconteceu entre vocês dois, mas Poncho está certo. É hora de fazer a pazes.

— Alfonso, você gostaria de dizer a nossa mãe o que aconteceu entre nós? — eu perguntei a ele, esperando. O covarde nunca tinha dito aos nossos pais o que ele tinha feito comigo quando criança. Parte de mim acreditava que Lorenzo sabia, mesmo que ele nunca tinha falado sobre isso.

Alfonso balançou a cabeça lentamente e levantou caminhando até a porta.

— Alfonso. — Dulce disse, chamando ele. — Arrume sua mala. Tenho uma coisa planejada para a semana. Sairemos amanhã depois da missa — disse ela, sem se preocupar em olhar para ele.

Ele saiu rapidamente, fazendo com que Olivia se levantasse também.

— Você está feliz? — perguntou Olivia.

— Bem, amor, você está feliz? — Me virei para Dulce.

— Não. — ela franziu a testa para o meu uso do amor. — Eu ficaria mais feliz se você passasse as ervilhas — disse ela, fingindo não notar Olivia.

Coraline, que manteve a cabeça baixa e a boca fechada o tempo todo, surpreendentemente estendeu a mão e entregou a ela. Olhei para Declan e ele estava olhando para ela, eu conhecia esse olhar. Coraline tinha provavelmente gastado outro cartão de crédito salvando as crianças com fome para preencher o vazio.

— Vocês todos me deixam doente. — Olivia disse.

— Mas você ainda está aqui? — perguntou Dulce, enquanto colocava ervilhas em seu prato.

Olivia saiu, e eu agradeci, eu já estava em uma pequena batalha com a minha mulher, a polícia, e Vance. A última coisa que eu precisava era do drama de Olivia e Alfonso.

— O que vocês dois estão planejando? — perguntou meu pai.

— Acampamento. — disse Dulce e eu ao mesmo tempo.

— Acampamento? — a cabeça de Coraline levantou. Pelo que eu me lembrava ela gostava de ar livre.

— Nenhuma mulher. — eu disse sem pensar, e ela olhou para Dulce.

— Só para aqueles que fazem parte do trabalho, Cora.

Coraline parecia surpresa com o apelido, assim como todos os outros.

— Cora? — ela perguntou.

— Eu ainda estou pensando em um apelido para você. — Dulce sorriu.

— Então, esse acampamento? — Evelyn perguntou, sem saber. Se fosse criminoso, ela não queria saber, mas ela estava interessada.

— Basicamente, isso é um vínculo para os homens, ou isso ou eu mato eles. — Dulce sorriu, o que só fez sua ameaça mais mortal e sexy.

— Acampamento. — Lorenzo repetiu. — Talvez eu devesse-

— Desculpe, Lorenzo, mas esse convite não é para você também. Você é passado, e tanto quanto eu respeito isso e você, meus homens precisam andar para a frente. — meu queixo quase caiu enquanto eu olhava entre Dulce e meu pai, que olhou para ela com fogo nos olhos. Mas ela o encarou profundamente também e Lorenzo balançou a cabeça suspirando.

Ela disse os meus não nossos.

— Quando ela acorda de manhã, o
diabo amaldiçoa. — Declan disse sussurrando pra mim.

Como diabos ela faz isso? Eu podia ouvir as palavras de Orlando, você não vai encontrar uma mulher que precisa ser ensinada. Ele estava certo. Ela poderia governar sem mim. Ela queria governar sem mim. Ela não precisa de mim, e isso me irritou. Ela me irritou, e mais uma vez, por causa dela, eu precisava pensar. Ela confundia a porra das minhas malditas emoções. Eu me senti como um adolescente de novo.

— Bem, então, filha, eu não gostaria de entrar em seu caminho. Afinal de contas, você vai dominar o mundo um dia. — brincou Lorenzo, embora eu tenha certeza que ele acreditava nisso parcialmente.

— Um dia em breve, espero. Eu trabalhei muito duro para isso. — Ela sorriu.

— Sem excesso de trabalho. — Evelyn franziu a testa. — Eu ainda acho que você e Christopher deveriam ter tido uma lua de mel.

— Isso teria sido inútil. Christopher e eu nos casamos para o trabalho. A lua de mel seria perda de tempo. — ela franziu a testa com a ideia disso.

Passando minhas mãos pelo meu cabelo, eu suspirei antes de me levantar da cadeira.

— Não estou me sentindo bem. Boa noite — eu disse a eles, indo embora.

Eu precisava me lembrar que eu era apenas um casamento arranjado para ela.

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