Ruthless People - Livro 1

By savinzn

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Ruthless People é uma ficção romântica com crime que acontece nos dias modernos de Chicago, seguindo a vida e... More

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Epílogo
Segundo livro

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By savinzn

Dulce María

Quando chegamos à recepção, que estava acontecendo na Mansão Uckermann, haviam mais fotógrafos do que Evelyn tinha autorizado. Parecia que meu rosto ia quebrar de tanto sorriso falso.

— Os mandem sair, ou eu vou chamar os atiradores de elite. — eu disse a Christopher.

Ele se inclinou para beijar minha bochecha.

— Eu, de bom grado faria, mas meus pais querem a imprensa.

Eu olhei para ele, apertando seu braço até que ele me puxou para longe das câmeras e se dirigiu para o mar de hóspedes.

Vi Vance e Amory vindo em nossa direção. Amory estava na mesma altura atrofiada que seu pai, apesar de Vance ser bastante robusto, eles compartilharam muitas das mesmas características, cabelos loiros, um queixo forte, e orelhas pequenas.

— Lembre-se, os Valero não sabem que eu assumi pelo meu pai. — eu sussurrei para eu mesma me certificando de que parecesse que eu não era nada mais do que uma noiva animada.

Atrás de Christopher, eu vi Alfonso e Declan se aproximarem de nós. Monte e Fedel estavam perto da entrada focados em mim. Com um olhar, Fedel me deixou saber que Franco e outros três atiradores estavam nas janelas da mansão, esperando.

— Oh, e você deve saber, Vance tentou arranjar um casamento com Amory e eu, anos atrás. — os olhos de Christopher se arregalaram antes de me olhar com raiva

— Sr. e Sra. Uckermann! — disse Vance quando ele chegou até nós. — Parabéns. Devo dizer que foi uma enorme surpresa. Dulce, que jovem mulher fina você se tornou, não é Amory?

— Me desculpe, eu te conheço? — eu perguntei inocentemente, apertando a mão de Christopher, ele precisava ficar calmo.

Amory olhou para mim com desejo, me fazendo querer arrancar seus olhos.

— Este é Vance Valero, amor. O dono da empresa que continua roubando nossos produtos.

Vance me olhou perigosamente, assim como Amory antes de sorrir para mim.

— Eu não quero te deixar com raiva mas seu pai e eu éramos muito próximos. Eu estava esperando falar com ele, mas, parece que ele não veio nesta ocasião alegre.

Eu tentei não vomitar.

— Christopher e eu queríamos nos casar, mas meu pai falou que tinha um novo grande empreendimento na Áustria e que precisava ir. Vou deixá-lo saber que você perguntou por ele.

Os olhos de Amory se arregalaram antes dele sorrir e estender a mão para o meu ombro, mas Christopher tomou seu lugar.

— Senhores, desculpem, mas minha esposa e eu deveríamos estar fazendo as rondas. Por favor, se divirtam.

— Sim, por favor. — eu acrescentei, sorrindo como se eu fosse ingênua.

Quando nos afastamos, Christopher nos puxou para a pista de dança.

— O que diabos está acontecendo na Áustria? Eu sei que é o último lugar que seu pai estaria.

— Calma, porra. Não tem nada acontecendo na Áustria, mas Amory não sabe disso. Ele é um sanguessuga, e eu não tenho nenhuma dúvida de que ele vai estar no próximo avião hoje à noite tentando nos roubar.

Suas mãos passaram pelas minhas costas.

— Você quer que eles pensem que você não sabe de nada.

— É mais fácil matar um cervo se eles acham que você é um coelho, em vez de um lobo. Amory estava tão ocupado olhando para os meus seios, que ele não conseguia nem falar.

— Percebi. Eu deveria matar o filho da puta agora e me salvar do aborrecimento. Ele tem sorte de eu não ter tirado os olhos dele.

A escuridão em sua voz me fez estremecer de prazer.

— Você precisa limpar sua mente e respirar fundo. Vance quer fazer algo maior. Ele quer que nós baixemos a guarda antes dele atacar. Mas, principalmente, ele quer te machucar.

— E como diabos Vance vai me machucar?

— Eu. — eu respondi. — Ele vai querer usar Amory como uma forma de ganhar informações. Amory provavelmente vai flertar comigo e tentar ganhar a minha confiança. Não seria a primeira vez que ele tentou algo com uma mulher casada.

— Você não está fazendo o meu ódio pelo idiota diminuir. — ele parou para me olhar nos olhos

— Valero tem um carregamento de carros vindo em duas semanas para a Itália e Vance ama seus carros.

O idiota estava ficando animado com isso.

— Você roubou as drogas dele, e agora você quer os carros também? Marido, isso é muito cruel.

Ele levantou uma sobrancelha para mim.

— Você tem outras ideias?

— Não. — eu sorri — Mas depois de roubá-los, deveríamos jogá-los no fogo.

— E eu que sou cruel? — ele beijou minha bochecha.

Eu congelei percebendo que tínhamos mais uma vez trabalhado juntos.

— Vamos falar sobre isso mais tarde é hora de cortar o bolo. — eu disse a ele, quando vi Evelyn acenando.

— Sim. Mais tarde. — ele respondeu, olhando para mim com luxúria.

Christopher

Horas depois de cortar o bolo nós saímos escondidos da festa passando despercebido.

Orlando estava em um dos quartos na parte oriental da mansão. O momento em que chegamos, Dulce se sentou ao lado dele. Ele estava respirando através de tubos e máquinas, tudo isso parecia doloroso.

— Ciao, mi dolce bambino (Olá, minha doce menina).

Dulce beijou suas mãos.

— Ciao, mio padre.

— Sei bellissima, Dul. Mi dispiace che non ero abbastanza forte per voi (Você está tão bonita, Dul. Me desculpe não estar forte o suficiente para você).

— Tu sei, e sarai sempre abbastanza forte (Você é, e sempre será forte o suficiente.).

Eu me senti mal por me intrometer no momento deles. Eu não tinha certeza do que eles estavam dizendo, mas parecia ser muito pessoal para eu apenas estar lá. Mas, eu não poderia sair do lado de Dulce.

Orlando me olhou, esperando que eu pegasse sua mão. E quando eu fiz, ele a apertou.

— Buona Sii con lei, Christopher (Seja bom para ela, Christopher). — ele disse para mim antes de virar para Dulce. — Sii buono con lui, Dul. (Seja bom para ele, Dul).

— Lo Faro (Eu vou). — disse ela, e eu repeti, mesmo não entendendo o que ela tinha dito. Quando eu disse, ele beijou ambas as nossas mãos.

Dulce fechou os olhos, respirando fundo e se levantando. Vi quando ela pegou uma agulha na mesa, e percebi o que ela estava prestes a fazer. Ela iria por seu pai para dormir para dar-lhe a paz, e isso iria matá-la todos os dias. Mas, ela ainda iria fazer.

— Eu tenho que fazer isso. — ela sussurrou para mim, enquanto eu tentava puxar a agulha dela.

Balançando a cabeça, eu arranquei a agulha da sua mão.

— Você vai se odiar, e eu prefiro que você me odeie.

Indo na frente dela, eu puxei a tampa com os dentes e fui em direção para o braço dele. Dulce envolveu suas mãos em volta da minha cintura e colocou a cabeça nas minhas costas, para não ver e eu não queria que ela visse isso.

Eu fiz o mais rápido possível e desliguei as máquinas, e me virei para a segurar.

Dulce María

Eu só fiquei nos braços de Christopher, não chorando ou deprimida, mas um pouco aliviada que alguém tinha cumprido o desejo do meu pai. Algo que eu tinha medo de fazer desde que ele me pediu.

Ficamos ali abraçados por Deus sabe quanto tempo antes de Christopher falar.

— Dul, vamos para a cama. — ele sussurrou, e eu assenti.

Ele me pegou no colo, e uma parte de mim queria brigar com ele, mas não agora. Não essa noite. Não na nossa noite. Não na última noite do meu pai. Eu sabia que poderia brigar com ele por um milhão de coisas em breve, mas não nessa noite.

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