Ruthless People - Livro 1

By savinzn

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Ruthless People é uma ficção romântica com crime que acontece nos dias modernos de Chicago, seguindo a vida e... More

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Epílogo
Segundo livro

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By savinzn

"Eu amo mais a velha forma, a maneira
simples do veneno, onde nós também
somos fortes quanto os homens"
- Euripides

Dulce Maria

Depois de horas de missões de resgate e milhões de orações, tentamos encontrar sobreviventes do voo 735. Nossos corações estão com todas as famílias afetadas por esta grande tragédia, que foi causada por uma falha simples e imprevisível do motor. A família Uckermann criou uma instituição de caridade em honra das vítimas e já doou quinze milhões de dólares em nome de Dulce Maria e Christopher, que, como todos sabemos, irão se casar essa noite. O casamento tem sido o assunto da cidade desde que anunciamos a três dias atrás. Aparentemente, o casal estava se vendo em segredo por algum tempo. Os rumores de quem estará participando da festa de casamento são dos senadores norte-americanos no topo da lista...

— Senhora você gostaria que eu desligasse? — Adriana perguntou enquanto ajeitava o meu cabelo.

Tomando um gole do meu vinho, eu balancei a cabeça para ela antes de olhar para o espelho.

— Adriana, eu não quero isso pra cima. — foda-se a tradição, eu gostava do meu cabelo para baixo.

— Você tem certeza? — Evelyn sorriu gentilmente quando entrou no meu quarto.

Amarrando o manto em volta de mim um pouco mais apertado, eu sorri antes de me levantar. Adriana nos deixou sozinhas indo para o closet.

— Eu prefiro ele solto. — eu disse quando Evelyn veio até mim me olhando de cima a baixo, em seguida, balançando a cabeça.

Se aproximando, ela puxou o pino para fora do meu cabelo e deu um passo para trás.

— Bem, você parece ainda mais bonita com ele solto.

— Obrigada, Evelyn.

— Dul, por favor, olhe para mim. — ela disse

E quando eu me virei para olhá-la, a palma da sua mão direita veio em meu rosto tão rápido que eu não consegui nem raciocinar.

Chocada, eu toquei o lado do meu rosto, sem saber se eu estava sonhando ou não.

— Que porra é essa?

Ela nem sequer piscou.

— Então, eu acho que essa é a verdadeira Dulce María Saviñón, a menina que teve a coragem de pisar na minha casa, destruir meu quadro Jackson Pollock, e em seguida, atirar na porra do meu marido.

Agora eu estava começando a ficar com raiva. De pé, eu olhei em seus olhos. Ela tinha me dado um tapa e da próxima vez que ela levantasse o braço para mim, eu iria quebrá-lo.

Antes que ela pudesse falar alguma coisa, Adriana estava atrás dela com uma arma em sua cabeça.

Eu sorri, enxugando os lábios cortados graças a porra do anel dela.

— Evelyn, você deveria saber..

Evelyn não olhou para trás nem mesmo pareceu um pouco assustada.

— Eu fui até você como uma mãe vai a um filho. Se tivesse sido qualquer um dos meus filhos a ter atirado em Lorenzo, eu teria mandado para fora desse mundo tão rápido que você nem sequer saberia que tinha sido eu. Eu posso não andar na mesma linha que você, e nem quero, mas você deve saber que quando se trata do meu marido, eu não hesito em matar qualquer um.

Olha quem tem culhões. Balançando a cabeça para Adriana, ela deu um passo para trás e caminhou até a cama, puxando meu vestido.

— Notável. — eu disse, nem mesmo um pouco ameaçada. Eu estava me divertindo muito com isso. — Lorenzo não era o meu alvo de qualquer maneira, seu filho idiota era.

Ela me olhou mais uma vez antes de sorrir.

— Levei muito tempo para mudar a opinião de Lorenzo sobre as mulheres quando eu o conheci e novamente quando ele soube de você.

O quê?

— Lorenzo descobriu sobre mim no mesmo tempo que Christopher.

— Será? — Evelyn sorriu — Como eu disse, eu posso não seguir o mesmo caminho que você, mas isso não significa que eu não saiba o que acontece nessa família. Tudo que Lorenzo já fez, ele me disse. No momento em que ele soube quem você era, ele acreditava que seria a melhor coisa para o meu filho idiota. Vou te pedir que você continue com essa sua atuação sempre que estiver em público comigo. O que você e Christopher fazem não é da minha conta. Eu só queria ter certeza que você soubesse qual é o seu lugar.

— E qual é? — eu queria arrebentar seu rosto presunçoso.

Ele me fazia lembrar de Christopher, por Deus.

Evelyn tirou uma pequena caixa e colocou sobre a mesa.

— Hoje, você se torna a minha filha. Eu vou te amar, estar com você e, quando necessário, te colocar no seu lugar. Você pode muito bem ter o mundo em suas mãos, mas você ainda é jovem e isso faz de você tão estúpida como o meu filho é às vezes. Eu gosto de você, Dul, por isso espero que da próxima vez você pense bem antes de atirar no meu marido.

Eu não disse nada quando ela olhou para a cama e agarrou meus novos sapatos brancos.

— Christian Louboutin. — ela sorriu e olhou para mim. — Quando formos a Paris na primavera, você, Coraline, Olivia, e eu devemos ir às compras. Você tem um gosto impecável. Bem, vou deixar você se arrumar. As meninas e eu vou voltaremos mais tarde, se você não se importar.

Essa não parecia ser uma pergunta, mas eu assenti de qualquer maneira.

Quando ela saiu, eu sorri enquanto eu terminava o resto do meu vinho. Eu estava começando a gostar de Evelyn.

O meu momento de paz não durou muito tempo porque Christopher entrou no quarto vestido com nada além de calças de pijama como se não tivéssemos um casamento em poucas horas.

— O que há de errado com vocês em bater na porta?

— O que minha mãe queria?

— A melhor pergunta é o que você quer? — eu perguntei a ele, dando um passo à frente.

Ele se elevou sobre mim, e o fato de que eu estava só de calcinha por baixo do roupão não passou despercebido para nenhum de nós.

— Adriana, nos deixe. — ela parou, olhando para mim.

Revirando os olhos, eu balancei a cabeça, ela saiu e no momento em que ela fez, ele me beijou, abrindo meu roupão para que ele pudesse apertar minha bunda. O empurrei para longe, e dei um tapa no seu rosto.

— Só porque nós já fodemos não significa que precisamos saltar um no outro cada vez que nos vemos. — eu disse.

Apesar do fato de que ele estava sexy, eu não queria que ele se acostumasse com a ideia de que meu corpo era seu para fazer qualquer coisa que ele quisesse quando estava com tesão.

— Talvez se nós fizéssemos, você seria mais amável. — eu apenas bufei e me afastei dele inda para a cama

— Uckermann, sério, o que é que você quer? O casamento é daqui a pouco. — eu respondi, colocando meus sapatos.

— Esses sapatos torna tudo difícil não te pegar agora. — disse ele, olhando para minhas pernas. — No entanto, eu vou ter o prazer disso hoje à noite. Eu só queria que você soubesse que Vance e seu filho, Amory, vão estar presentes.

— Você sabe que esse seria um momento perfeito para ele contra-atacar pelo que você fez com o avião. — eu cruzei os braços sobre o peito, e seus olhos foram para os meus seios.

Porra, você poderia pensar que ele não tinha feito sexo a noite toda. Se não fosse pelo chamado de Lorenzo, nós dois ainda estaríamos naquele barco.

— Bem, amor, agora nós trabalhamos em conjunto. Meus planos eram reforçar a segurança e aproveitar a noite, ou tirar um tempo da nossa noite e envenenar o filho da puta aqui mesmo.

Eu fiz uma careta com o pensamento.

— Primeiro, não me chame de amor. Em segundo lugar, quando Vance cair, eu quero que ele assista seu império queimar sabendo que ele foi derrubado. Veneno na sopa parece...

— Muito fácil. — ele concordou — Então, a primeira opção era essa. Estou chocado, Sra. Uckermann, que nós concordamos em algo.

Ele segurou meus seios, e eu agarrei seu pau apertado o suficiente para causar dor.

— Se isso é tudo, querido, eu gostaria de passar minhas últimas horas como uma Saviñón sozinha.

— Cadela.

— Sai logo.

— Eu deveria ter.. — ele parou a si mesmo antes de olhar para mim — Você está linda. Te vejo no altar, e tente não vacilar na água benta.

— Eu não vou, se você não vai. — eu respondi enquanto ele beijava meu ombro.

Ele não disse mais nada e saiu, permitindo que Adriana voltasse. Me sentei novamente, e ela terminou de fazer os cachos no meu cabelo enquanto eu olhava para o meu próprio reflexo.

Seu beijo trouxe de volta todos os seus toques da noite anterior. Ele foi incrível e meu corpo implorava pelo toque dele, eu odiava isso. Ele foi o melhor parceiro que eu já tive, mas eu não queria que ele soubesse disso. Eu também não queria que ele pensasse que só porque ele era uma grande foda, que ele podia me dominar.

Ele disse que me entendia, mas o Chefe dentro de mim me alertou que todos mentem. Pessoas mentem sobre o quanto elas beberam, o quanto eles estavam em dívida, sobre tudo. As pessoas eram mentirosas. Eu pensei que eu era boa em ler mentirosos, no entanto, com Christopher, eu estava perdida. Ele realmente parecia honesto, mas ele era igual a mim, um mentiroso.

— Adriana, o que você acha de Christopher Uckermann?

Ela parou, não sabendo o que dizer.

— Adriana, você pode falar. Eu tenho certeza que você percebeu mais coisa desde que chegamos aqui.

Ela assentiu com a cabeça

— Christopher Uckermann é arrogante, controlador, manipulador, cabeça quente, e atraente e o pior é que ele sabe disso. Ele tem sede de sangue. Ele olha para as pessoas com tanta raiva, é como se ele desejasse que eles se atrapalhassem para que ele possa enfiar uma bala neles. No entanto, quando em que ele olha para você, isso vai embora. Ele se torna o contrário do homem que eu vi há três dias. Ele parecia uma pessoa bastante isolada e solitário. Pelo o que eu descobri, ele era uma criança muito doente, ao ponto de ser aleijado e acrescente isso a sua grande inteligência, isso fez dele um excelente candidato para os valentões do colégio. Ele deixa isso em segredo porque se envergonha disso, visto que ele é um Uckermann. Ele foi internado em um hospital por quase um ano, e a partir daí, foi melhorando.

Eu olhei para ela pelo espelho e levantei a sobrancelha, antes de sorrir. Esse era um dos talentos de Adriana. Ela era uma geradora de perfis. Uma muito boa. Todo mundo esquecia dela, pensando que ela era apenas a minha agente pessoal. No entanto, eu mantinha Belinda perto porque ela era meu segundo par de olhos. Ela via as pessoas como se fossem um livro aberto e poderia coletar informações que ninguém notava. Ela não era fã de sangue, ou violência, e eu não iria forçá-la a ser. Ela provou o seu valor muitas vezes em momentos como esse.

— Então você acha que eu deveria confiar nele.

— Só você sabe. Você é uma melhor juíza de caráter do que eu. Acho que ele quer que você se preocupe com ele, tanto quanto a mãe dele cuida do pai dele. Eu não acho que ele está a fim de te prejudicar. Mas ele ainda é um Uckermann, e os irlandeses são complicados. Ele vai ser o seu marido e você não está lidando bem com isso, minha senhora.

Ela estava certa, eu não sabia como lidar com isso.

— Tem sido três dias longos. — eu suspirei, me levantando e permitindo que o meu robe caísse.

Ela assentiu com a cabeça, pegando meu vestido e o segurando para eu vestir.

— Você está linda. — disse Coraline, radiante quando ela, Olivia, e Evelyn entraram no quarto.

Olivia me olhou com cara feia e eu não ficaria surpresa de que ela já sabia que eu fui a pessoa que colocou uma bala no braço do marido.

— É muito simples. — disse Olivia dedilhando a tatuagem em seu pulso, olhando meu vestido de cima a baixo.

Se eu não estivesse toda de branco e prestes a entrar na casa de Deus, eu teria batido na cara dela.

— Algumas pessoas podem fazer o simples ser elegante.

— Concordo.!— disse Evelyn.

Aparentemente, eu e ela tínhamos chegado a um novo acordo.

— Você deu a ela a pulseira? — perguntou Coraline, embora Evelyn já estivesse caminhando em direção à mesa para pegar a pequena caixa.

Ela abriu e meus olhos se arregalaram levemente. A pulseira era vintage, feita toda de pérolas e um pingente com a letra U embutida nele. Era a partir do início de 1900, pelo menos.

— Algo velho, mas toda a mulher Uckermann usa durante o seu casamento. Foi o presente dado à esposa do primeiro Capo. — ela sorriu e o colocou no meu pulso.

— Obrigada. — eu respondi, e caiu a ficha.

Eu ia me casar hoje.

— Devemos ir. Lorenzo está esperando. — disse Olivia, franzindo a testa e claramente chateada que o momento estava acontecendo entre todos, menos ela. Cadela.

— Lorenzo? — eu perguntei a ela e ela encontrou meu olhar. — Por que Lorenzo está esperando? Onde está o meu pai?

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