Após algum tempo chegamos em frente a enorme casa, tão grande quanto a dos Cooper ou a de Tommy. Arthur foi o primeiro a sair do carro, logo em seguida Tommy, eu e John. Paramos todos em frente ao veículo e observamos o local, nos preparando para entrar.
— É o seguinte, eu quero que lembrem que esses russos são perigosos. - Tommy diz colocando um cigarro na boca. - E malucos, e bebem coisas que ninguém nunca ouviu falar. Eles são muito mais malucos que nós.
— Virou competição agora? Olha que eu sou competitiva em. - Brinquei encarando a casa.
— E hoje, eles vão nos testar. - Acendeu o cigarro.
— Que se fodam. - John deu de ombros.
Começamos então a caminhar em direção a entrada, pelo caminho havia uma fila de oficiais russos, todos eles vestiam roupas de pele e chapéus chamativos. Eles nos encaravam severamente, o que era normal quando se andava com os Shelby's. Afim de provoca-los John os encarava de volta com um sorriso debochado no rosto, e eu não posso negar que por breves momentos fiz o mesmo.
Logo a frente se aproximava a duquesa Tatiana, a mesma vestia um vestido vermelho e como sempre possuía jóias lindas. Afim de nos receber, ela parou em nossa frente e seu olhar era focada em Tommy, o que não me supreendeu nem um pouco.
— Senhor Shelby, bem vindo. - Disse encarando Tommy, com um leve sorriso fechado no rosto. - Gostou do meu carro?
— Acho que me apaixonei por ele. - Tommy respondeu a encarando.
— E eu pelo seu. - Balançou a cabeça positivamente.
— Ótimo. - Tommy fez o mesmo movimento.
— Vejo que trouxe mais uma convidada. - Voltou sua atenção para mim. - Hanna Cooper, é um honra recebe-la aqui. - Sorriu.
— É um prazer vê-la novamente, Catarina. - Retribui o sorriso.
— Desculpe pela recepção, sempre que nós abrimos o cofre, os cossacos ficam de guarda. - Se virou e começou a nos guiar.
Seguimos então para dentro da casa, a duquesa na frente nos guiando, Tommy logo atrás e atrás de Tommy estávamos eu, John e Arthur um ao lado do outro. Assim que entramos Tommy nos explicou sobre um tal protocolo, protocolo esse que tinha como costume uma revista corporal, em busca de alguma tatuagem de um inimigo da família.
— Querem examinar nossa pele? - John perguntou sem jeito.
— Isso é sério? - Falei um tanto nervosa.
— É. - Tommy respondeu.
— Bom, o meu corpo já foi examinado. Só que naquela época eu não entendi o porquê. - Falou olhando para nós. - Agora é a vez de vocês. Então vamos lá, tirem suas roupas.
— Nada disso, não, não, não. - Arthur disse desconfiado.
— Obedeça! - A tia de Tatiana disse.
— Ouviu? Obedece Arthur. - John disse tirando sarro da situação.
Arthur continuou a resistir e quase saiu do cômodo, mas Tommy o parou e começou a sussurrar algo para o mesmo, na língua cigana para que só nós entendessemos. Aquelas pessoas era mesmo loucas de pedras, aquilo era só o começo do show de loucuras que seria aquela noite. O que Tommy disse fez Arthur aceitar, o mesmo voltou e ficou ao lado de John.
— A moça pode ficar aqui, pode ficar apenas com roupas íntimas se quiser. - Tatiana disse apontando para a frente dos dois.
Sem dizer nada é completamente seria eu sai de onde eu estava e fiquei logo a frente de John, aonde Tatiana havia indicado. John e Arthur então começaram a tirar sua roupa, nada confortável com aquilo e achando uma tremenda palhaçada, eu fiquei intacta. Mas assim que olhei para Tommy o mesmo me deu um olhar de incentivo, "vamos Hanna" era isso que ele estava dizendo com o olhar.
— Vamos lá Arthur! - John disse rindo.
— Cala boca John! - Arthur respondeu nervoso.
— Vamos acabar logo com isso. - Revirei os olhos e então comecei a tirar minha roupa.
Retirei meu vestido com calma e o deixei cair no chão, assim que voltei minha atenção para cima dei de cara com John que estava bem em minha frente já nu. Encarei o mesmo tentando não olhar para nada além de seu rosto.
Enquanto isso o mesmo nem fazia questão de fingir, passava seu olhar por todo meu corpo e mordia repetidas vezes seu lábio inferior. Afim de me provocar ele olhava para mim e logo após voltava a me admirar, com um olhar malicioso.
Sem que percebesse deixei meu olhar se desvencilhar e acabei o passando por seu corpo.John mantia suas mãos atrás da cabeça, o que fazia seus braços marcarem bem os músculos e seu peitoral ficar mais definido. A eu amava a força daqueles braços, o jeito firme que eles me seguravam, foi inevitável não ter pensamentos impuros. Assim como também foi inevitável não descer o olhar até seu membro, assim como pensamentos impuros, vieram as lembranças não tão indesejadas.
John continuava a brincar com a cara de Arthur, que agora estava sendo abordado por Tatiana, que com uma desculpa esfarrapada colocou suas mãos no membro de Arthur.
— Aonde eu fui me meter! - Sussurei para mim mesma e olhei para o teto, afim de não olhar para Arthur.
Ela estava descaradamente o masturbando ali mesmo, enquanto falava bem perto de meu rosto. Em todos esses meus anos de vida, eu nunca pensei que veria ao vivo e a cores Arthur sendo masturbado por uma duquesa! Chegava a ser engraçado, mas se eu pudesse sumir dali, eu sumiria sem pensar duas vezes.
Enquanto isso John ainda me encarava, seu membro estava ficando um tanto ereto e ele continuava com aquele olhar provocativo. Olhar esse que era retribuido por mim, enquanto Tatiana de divertia brincando com Arthur, ao lado estávamos em e John a poucos metros de distância em uma batalha, a tensão sexual se fazia parte e estava nítida entre nós.
Tommy então interrompeu batendo palmas e Tatiana se afastou.
— A tradição manda terminar um exame bem sucedido, como esse, com vodka e música. - A mulher disse saindo do cômodo, junto com Tatiana.
— Tudo bem, vocês dois parem agora. - Tommy disse entrando no meio de nós. - Se veste. - Jogou o vestido para mim.
— Porra Tommy, o que foi isso? - John disse rindo com a mão no rosto.
— Muito bem irmãos, parabéns Arthur. - Tommy disse olhando para Arthur sorrindo.
— Já sabem o que temos que fazer. - Avisou. - Não é? Última tarefa do dia, bater papo e ficar pianinho.
Vesti meu vestido e virei de costas para colocar minhas pulseiras que estavam em cima da mesma. Enquanto colocava minhas pulseiras, senti um toque em minha cintura.
— O que...?! - Me virei para trás.
— Shii, ta aberto. - John diz me virando novamente.
O mesmo me vira novamente e sem reação eu permaneço calada, ele então começa a amarrar a parte de atrás de meu vestido. E enquanto isso por breves momentos passava sua mão em minha pele, ao sentir seu toque senti meu corpo se arrepiar por inteiro. Esse era o efeito que John Shelby podia causar em mim, o único homem capaz de me fazer arrepiar apenas com um toque.
Mesmo sentindo tal sentimento, me mantive parada e calada até que ele terminasse. Assim que o mesmo terminou, ele inclina sua cabeça um pouco para o lado afim de me olhar e coloca uma das mãos em minha cintura. No mesmo momento chego para o lado e me afasto, o fazendo soltar uma risada sapeca e morder o lábio inferior.
— O que acha que esta fazendo? - Pergutei nervosa.
— Te ajudando ue, não é Arthur? - Continou a provocar se fazendo de desentendido.
— Sim, claro. - Arthur respondeu segurando o riso.
Revirei os olhos e Tommy soltou uma breve risada vendo a situação. Saímos então daquela sala e fomos para outro cômodo, uma sala de estar eu diria, lá havia várias variedades de bebidas e Tatiana fez o favor se encher nossos copos com as bebidas escolhidas. Até pensei em experimentar uma daquelas bebidas com nomes estranhos, mas eu não arriscaria, e Tommy foi bem claro quando disse para não exagerarmos muito.
— Esta linda hoje Sr.Cooper, sempre se superando a cada evento. - Tatiana me elogiou sorrindo.
— Obrigada duquesa, você também está magnifica hoje. - Retribui o elogio e sorri.
— Você realmente é um talento nato, sua família deve ter muito orgulho, principalmente seu avô. - A tia de Tatiana comentou. - Olha é verdade o que dizem. Atrás de um grande homem, há sempre uma mulher forte!
Ouvi atentamente as palavras a mesma com um sorriso leve no rosto, assim que terminou sua fala um tanto antepassada. Dei de ombros com tranquilidade e levei o cigarro até minha boca, prestes a responde-la.
— Não sei dizer, nunca fiquei atrás de um homem. - Respondi com sorriso de canto no rosto.
No mesmo momento senti a mesma ficar desconfortável com minha resposta a altura, Arthur olhando para o chão segurando o riso e John com um sorriso sapeca no rosto. O assunto logo tomou outro rumo com a ajuda de Tommy, tudo estava bem tranquilo, tranquilo até demais.
Cheguei por um breve momento pensar que seria apenas aquilo, talvez os russos não eram tão insanos assim. Mas mal eu sabia que assim que o sol se posse, a insanidade tomaria conta de verdade...!
[...]
O sol já não era mais visto no céu, e a loucura já estava por toda parte. Bebidas para todos os lados, homens e mulheres para lá e para cá. Prostituas quase nuas por todo canto. Algumas até estavam nuas mesmo, e o mais insano era que relações sexuais em qualquer lugar, na frente de todos, e ninguém nem se importava.
Arthur parecia uma estátua em pé no meio da sala com uma garrafa na mão, implorando por misericórdia para não "pecar" contra sua mulher, eu não o julgava por isso. Com a atenção de todos dispersa, eu entrava e saia do cômodo sem que reparassem.
Ao contrário de Arthur e John, eu preferia a diversão da adrenalina, preferia colher informações sobre o cofre e explorar aquele lugar, eu me sentia viva. Voltei novamente a sala da insanidade e assim que entrei fui abordada por um homem.
— Não vai beber? - Me ofereceu um copo.
— Não obrigada, meu copo esta bem ali. - Apontei para um copo qualquer.
Me afastei um pouco do homem que estava perto demais, o que foi inútil já que o mesmo voltou a se aproximar. Ele então colocou a mão em meu braço, mas não o apertou, assim que senti seu toque o olhei severamente. Mas logo minha atenção foi chamada por outra voz.
— Hanna! Finalmente você voltou, vem volta pra mim. - John gritou do outro lado da sala, me chamando com a mão.
— Eu não sabia que já estava acompanhada. - O homem disse olhando para John.
Vendo que o joguinho de John havia funcionado, assenti com a cabeça e caminhei até John. Parei ao lado do mesmo e coloquei a mão em seu ombro, afim de convencer o homem que ainda estava a olhar.
— Esta com medo de mim Hanna? - John perguntou sorrindo de canto.
— Isso é uma piada? - Respondi sem olhar para o mesmo.
— Porque é isso que parece. - Me puxou para seu colo.
John então me puxou e me fez sentar em seu colo, surpresa me vi sem reação no mesmo momento. Mas me mantive ali, o homem permanecia com seu olhar em nós e eu sabia que tinha que o convencer que estava com John. Os russos são muito possessivos e aquele parecia me querer, quando um deles lhe quer, não há para onde correr.
John se aconchegou na poltrona e encaixou meu quadril perfeitamente em seu ombro. Com uma das mãos em segurando um copo, com a outra John levantou meu vestido até minha coxa e comecei a deslizar seus dedos pela mesma em um movimento delicado de vai e vem com as mãos.
Me arrepiei por completo no mesmo momento, seu toque podia ser tão delicado e as vezes tão bruto, e eu amava isso. Um tanto nervosa segurei sua mão, mas foi em vão.
— Ele ainda está olhando... - Sussurrou em meu ouvido.
Sua voz grossa e rouca ecoou em meus ouvidos, e no mesmo momento eu apertei sua mão que estava em minha coxa. Sem tirar os olhos do homem que nos encarava, John começou a distribuir beijos em meu pescoço. Aquela foi a flechada final, com a cabeça inclinada para o lado, fechei os olhos sentindo seus beijos e mordi meu lábio inferior.
— Ninguém toca no que é meu. - Disse agora deixando selares mais demorados. - Ninguém!
[ Déjá-vu ]
— Hanna, me concede essa dança? - Disse ainda sem tirar o olho de mim.
[...]
— Você me deixa louco... - Sussurra em meu ouvido.
— Eu sou sua e você é meu John Shelby. - Seguro seu rosto e digo com a voz ofegante.
— Eu sou seu e você é minha... - Acaricia minha coxa.
O mesmo me puxa novamente para um beijo e me pega no colo, caímos na cama com seu corpo por cima do meu. John desceu seus beijos por meu corpo e nossos olhos se encontraram novamente. Ele me encarou em silêncio, eu podia sentir sua respiração ofegante, John então aperta minha coxa com um pouco de força e diz.
— E ninguém toca no que é meu! - Me envolve em um beijo rápido e selvagem.
[ Déjá-vu off ]
Sai de meus pensamentos que estavam me levando as alturas, nossa última noite juntos, eu pude revive-la da maneira mais real possível, esses déjá-vus estão se tornado frequentes.Então abri meus olhos, um dos infiltrados de Tommy então fez um sinal e entrou em uma sala ali ao lado, sinal esse que nos chamava para segui-lo. Me levantei no mesmo momento, e um tanto envergonhada não encarei John.
— Tinha que ser logo agora! - Bufou se levantando.
— Vamos logo! - Dei um tapa no peito do mesmo.
— Adoro quando você é assim, marrenta. - Provocou.
— Eu disse para não beber essas bebidas estranhas! - Falei enquanto andava até a sala.
— E eu não bebi. - Riu me seguindo.
Passamos pelas pessoas e entramos disfarçadamente na sala.
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Senhor esse John é tão>>>sem palavras real!
Fulaninhos que me desculpem, mas é meio difícil substituir o lugar de John Shelby, que homem! Que casal!
Voltando a avisar que por conta da escola eu posso demorar um pouco para atualizar!!!⚠️