Cansei de fingir estar bem,
de fugir das lágrimas que me inundam.
Hoje, deixo as águas frias da tristeza correrem
Como a chuva que forma um mar,
deixo que elas transbordem em mim
deixo-me submergir.
Rodeada por estas montanhas,
que parecem se elevar
quando a tristeza volta a surgir,
lembro-me do céu que queria atingir:
chegar ao ponto mais alto
onde ninguém, nem a minha dor
me poderia alcançar.
Hoje, porém, quero apenas ficar neste torpor.
Ser este lago.
Deixar que ele lave as minhas feridas
até elas pararem de sangrar.