18. As Palavras Fogem-me...

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As palavras fogem-me,

como grãos de areias entre os dedos,

quero falar com a voz rouca

e apenas afundo-me no deserto.

O Sol crispa-me a pele,

mas sinto um frio glacial.


Sofro por mim e por quem sofre mais.

Sofro pelos desertos do mundo.

Fixo-me na floresta que quero construir,

mesmo sem palavras,

sigo passo a passo

para longe do deserto.


Construo linha a linha,

aquilo que a vida significa para mim.

Mesmo sendo errado.

Mesmo que os outros não concordem.


Sigo semente a semente,

na minha imaginação,

a cura acontece,

a Natureza floresce

e o mundo rejuvenesce. 

Levada pelo VentoWhere stories live. Discover now