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"Às vezes, uma coisa que parece muito ruim pode ter consequências inesperadamente maravilhosas, acredita? É igualmente verdade dizer que nada acontece por acaso e dizer que só existe o acaso. Graça e desgraça são irmãs siamesas." -Pedro Bial
• Jimin
Estou simplesmente parado olhando para um canto insignificante do quarto, tudo o que eu consigo pensar são nas palavras da médica..."grávido" como isso foi acontecer? Porque tão rápido? Justo agora que eu e meus amigos conseguimos nos estabilizar, pra falar a verdade eu nunca cheguei a cogitar na ideia de ter um filho, acho que não conseguiria dar vida a um serzinho nesse mundo podre de pessoas tóxicas, eu tinha medo, eu tenho medo! To morrendo de medo, o que será de mim senhor? Mãe me desculpa se te decepcionei, me perdoe.
-C..como? -senti meus olhos ardendo prevendo o choro. -como e..eu v..vou..? -comecei a chora. -J..Jin e ag..gora J..Jin?
-Oh Minnie, venha aqui. -Jin me abraçou apertado e chorei mais ainda, eu soluçava, me perguntando o que eu iria fazer da minha vida e desse bebê.
Senti Tae e Lisa vindo me abraçar também.
-Estaremos aqui com você Ji, pode contar com a gente sempre bolinho. -eles falaram e me deixaram um pouco mais aliviado, mas ao saber da notícia ainda não perdi esse medo.
-Doutora....? -Perguntou Jin olhando pra médica.
-Rosé.
-Dra. Rosé, o Jimin está de quanto tempo ?
-Dois meses e quatro semanas. -respondeu olhando sua prancheta.
Meu Deus.
-Eu vou deixar vocês conversando um pouco, se precisaram de mim é só chamar. -deu um pequeno sorriso e saiu do cômodo.
-Jimin como isso aconteceu? -Tae perguntou.
-É sério que eu vou ter que te dar uma aula de como são feito os bebês Kim Taehyung? -Lisa olhou pro Tae.
-Grossa. -ficou fez um bico emburrado, mas logo desmanchou quando olhou pra mim.
-Minnie posso te fazer uma pergunta? -Jin perguntou.
Acenei que sim com a cabeça limpando minhas lágrimas.
-Você está pensando em....
Entendi perfeita o que ele quis dizer com isso.
-Não...a final já está feito e eu não conseguiria, é a única lembrança minha que tenho do... -gelei na hora ao lembrar dele.
-Jeon...? - Jin completou, eu abaixei minha cabeça e comecei a chorar novamente.
Eles me apertaram mais no abraço.
-Pode chorar pequeno. -falaram. E foi a deixa pra intensificar mais ainda o que deixei guardado por um curto tempo, sei que não é a pior coisa que já me aconteceu, e sim uma coisa boa...mas como falei, eu não estava preparado pra isso, não estava preparado psicologicamente para ter um bebê e agora mais ainda que meu filho vai crescer sem o outro pai. O meu Deus porque?
-Co..mo vo..u sus..tenta-lo Jin? S..sozi..nho ain..da? -falei meio embolado por conta do choro.
-Você não vai estar sozinho Jimin, somos seus amigos, iremos ajudar você no que precisar meu bolinho, vamos fazer o que pudermos para sermos os melhores tios desse bolinho número dois. - ele respondeu e eu sorri fraco quando ele disse "bolinho número dois"
-Mu..ito obri..gado, eu nã..o sei o que se..ria de mim sem voc..ês co..migo agora.
-Shh, se acalma agora Ji, vamos cuidar de vocês, pode descansar, estaremos aqui viu. -Tae pegou uma de minhas mãos e olhos nos meus olhos. -Nós nunca deixaremos você, fizemos um pacto lembra? Vai ser sempre a gente pela gente sempre. -ele cruzou nossos dedos mindinhos relembrando do nosso pacto que fizemos em Busan ainda, que agora inclui nossa mais nova amiga. Confesso que saber disso me deixou mais tranquilo, saber que terei sempre ele perto de mim. Agora eu preciso me reerguer, terei que deixar meu medo de lado e encarar ele de frente, o mundo nunca irar mudar, mas sei que farei o possível para mudar o mundo do meu filho ou filha, irei fazer o impossível por ele, mesmo que sozinho já que ele não terá a segunda figura paterna presente.
-Nós por nós pra sempre. -olhei sorrindo pra eles que devolveram imediatamente.
[...]
Depois da noite cheia de emoções de ontem eu tive que dormir no hospital por conta da minha pressão que tinha caído, a médica orientou a passar a noite ali.
Agora estou sentado na maca esperando a Dra Rosé me liberar, preciso tomar um banho, deitar na minha cama e pensar como as coisas vão ser daqui pra frente. Meus amigos foram comer alguma coisa no refeitório do hospital, falei que podiam ir tranquilos, a final, eles passaram a noite inteira do meu lado e tenho certeza do cansaços deles, dormir três pessoas em um único sofá, não tem coluna que aguente. Eu até pedi para os mesmos dormirem em casa mas quem disse que alguém me escuta? Acabaram os três dormindo no mesmo sofá.
Ouvi a maçaneta da porta sendo mexida e logo pude visualizar a moça de cabelos loiros.
-Bom dia Sr Park! -entrou animada.
-Bom dia Doutora. E pode me chamar só de Jimin. - disponibilizei um sorriso educado para a mesma.
-Oh, tudo bem então. -devolveu da mesma formar. -Bom, como está se sentindo hoje Jimin? -perguntou já com sua prancheta em mais é uma caneta.
-Estou me sentindo bem, só com fome.
-Entendo...-falou anotando algo. -Preciso que no próximo mês venha até o hospital para começar-mos o pré-natal tudo bem?
-Tudo bem, mas...doutora posso te fazer uma pergunta?
-Claro Jimin.
-O bebê tá bem? -perguntei envergonhado, ainda é um pouco difícil de digerir tudo o que está acontecendo.
-Está completamente saudável. -sorriu meigo. -se continuar assim você terá um porto tranquilo.
-Entendi...
-Tá tudo bem mesmo? Quer me perguntar mais alguma coisa?
-Não é nada demais. Mas saber dessa notícia que me pegou totalmente desprevenido é um pouco assustador, eu tenho medo de não conseguir sabe? -desabafei.
-Eu te entendo completamente. Comigo também foi a mesma sensação sabia? -fiquei surpreso. -vou te contar uma história, na época eu era muito mais nova que você, tinha em torno de 16 anos quando tudo aconteceu. Conheci uma pessoa que jurou sempre ficar comigo, me prometeu o mundo e eu acreditei, porque eu era ingênua demais... tudo aconteceu durante meu primeiro cio, acabei ficando com ela durante o período pois eu confiava nela plenamente, me entreguei de corpo e alma. Passou-se umas semanas e descobri estar grávida, fiquei desesperada, porque eu tinha 16 anos, aí contei para meu parceiro sobre tudo e...ele me largou, disse que não iria assumir o bebê com a desculpa de ser muito novo e não iria dar conta, me vi sozinha, ainda tinha meus pais que quando souberam me expulsaram de casa, depois tive a certeza, estava definitivamente só e ainda grávida, morei na rua, até pensei em abortar, mas quando cheguei na clínica eu travei, sai de lá correndo chorando desesperadamente, me perguntava como iria cuidar de um bebê morando nas ruas sozinha. Foi aí que me obriguei a amadurecer, me reergui, juntei todas as forças que precisa, entrei em modo sobrevivência por conta do meu filhote que precisa de mim eu era capaz de fazer o que for preciso para manter ele saudável, foi muito difícil achar um trabalho aos 16 anos e grávida, mas achei um bar que me contratou, cozinhava e limpava, com o tempo consegui juntar dinheiro o bastante e aluguei um pequeno apartamento no subúrbio de Seoul. Aí você me pergunta, como eu cheguei até aqui? Nem eu sei -ela riu. -Só tive forças de vontade, consegui ter minha alfinha, nome dela é Jina que significa lindo tesouro, porque ela se tornou meu bem mais precioso nessa vida.
-Porque está me contado isso tudo. -perguntei impressionado com a história contada.
-Porque Jimin, no país que vivemos as pessoas vulgo os alfas se acham superiores a classe dos ômegas, aqui só tem alfistas cretinos que só pensam no próprio nariz, se acham fortes mas não são Jimin, podem ser "fortes" fisicamente-fez aspas com as mãos. -mas são fracos psicologicamente como todo ser humano, classe não define quem somos, te contei isso tudo porque nós ômegas não precisas de alfa nenhum, somos capazes de tudo, até de criar uma criança sozinha, é difícil? Com certeza, mas não impossível, eu me vi em você, mas a diferença é que eu não tinha amigos para estar sempre comigo e você tem, não estar sozinho Jimin, lhe digo que não será fácil mas você é capaz de conseguir, todos nós somos, basta ter força de vontade e acreditar em si mesmo. -ela sorriu. -Se levante e não que ninguém destrua sua força, encare tudo de cabeça erguida e não abaixe a cabeça para nenhum alfa ou pessoa que tentar se rebaixar, você é mais que isso, eu vejo nos seus olhos Jimin.
Aquelas palavras me deu uma força absurda, me sentir com uma coragem de encarar as coisas tudo de frente e irei fazer de tudo, protegerei meu filhote como uma leoa protege sua cria e ninguém mudará isso de mim. Só tenho que agradecer a Dra Rosé, as palavras dela me causaram uma força dentro de mim incrível.
-Muito obrigada Dra Rosé, sem suas palavras acho que me acharia incapaz de seguir isso. -disponibilizei um sorriso para a mesma que me retribuiu logo em seguida.
-Não precisa agradecer querido, porque acha que escolhi essa profissão? Porque quero passar para os ômegas que chegam aqui que nada é impossível é que realmente eles iriam conseguir, apesar das dificuldades e vejo que a maioria consegue outro nem tanto...mas isso forma de aprendizados para a vida de uma forma ou de outra.
-Só que tem mais uma coisa doutora, ele não sabe que vai ser pai, o que tivemos foi só um caso em uma boate e eu nem sei se quero contar, além do mais...eu nem o número dele tenho, só que não vou mentir que sempre ele vem me causar pensamentos sobre nossa noite...-abaixei o olhar.
-Entendo meu querido, mas posso lhe dar um conselho? -perguntou e acenei com a cabeça que sim. -Se não quiser contar agora tudo bem, não vamos julgar os certos e os errados, mas se algum dia tiver uma oportunidade de dizer a ele, diga. Independente da resposta você continuará firme. -me olhou com carinho
-Você tem razão. Acho que nunca vou parar de agradecer a senhora por tudo isso.
-Aa que isso, não sou casada e nem velha, tenho a mesma idade que você Jimin-ssi. -sorriu.
-Ah desculpa. -rir sem graça.
-Não fique envergonhado, tá tudo bem. -piscou pra mim.
A porta foi aberta por meus amigos estabanados.
-Olha só, a poc poc do deserto acordou! -Lisa chegou fazendo graça como sempre.
-Bom dia gente. -rir.
-Bom dia! -disseram em uníssono animado.
-Tá tudo bem com ele e o bebê doutora? -Jin perguntou preocupado.
-Está sim. -sorriu. -Bom Jimin você já pode ir pra casa, mas lembre-se de vir mês que vem, quero acompanhar esse bebezinho de perto. -sorriu meiga.
-Tá certo doutora. -retribuir o sorriso.
[...]
-Gente vou tomar um banho e descansar um pouco. -olhei pra eles que assentiram.
-Ta Ji, se precisar de alguma coisa é só chamar. -Tae sorriu pra mim que logo retribuir.
Fui para quarto que estou dividindo com meu melhor amigo, adentrei no banheiro já começando a tirar minhas vestes foi quando reparei na minha barriga, levei uma de minha mãos até ela um pouco receoso, mas quando toquei sentir algo inexplicável, uma felicidade genuína se brotou ali, reparei no voluminho aparente se eu estiver de lado. Esse serzinho é uma parte minha e do Jeon, pensar sobre isso me causou um sorriso expontâneo e natural.
-Você é tão pequenininho ou pequenininha meu bebê, mas eu sinto algo tão grande e bom por você, não sei se consigo explicar meu filhote. -olhei pra baixo visualizando e acariciando minha barriga. -prometo fazer o possível e o impossível por você, papa promete bebê.
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Ok ok eu to chorando com o Ji meoo😭
O tamanhinho da barriguinha dele está na mídia.
Só lembrando que o Jimin está com 2 meses quase encaminhando para o 3º mês
Espero que tenham gostado❤️
Deixem sua ⭐️ e 💭 o que acharam, aproveita que é de graça ❤️
Se cuidem e bebam água, olha os rins pelo amor KKKK
Beijo da Moon❤️