Mom, I'm gay too『Tradução pt...

נכתב על ידי mixiyuna_

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Os pais de Donghyuck mostram seu desprezo por Mark, o garoto que vive na casa ao lado, por ser homossexual. M... עוד

P R Ó L O G O
U M
D O I S
T R Ê S
Q U A T R O
C I N C O
S E I S
O I T O
N O V E
D E Z
O N Z E
D O Z E
T R E Z E
Q U A T O R Z E
Q U I N Z E

S E T E

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Mark estava fazendo faxina em sua casa, seus pais tinham o mandado fazer isso porque estariam fora no fim de semana com a desculpa de ir visitar amigos. Ele concordou em ficar sozinho, já sabia que Donghyuck apareceria em sua casa de qualquer maneira.

O ruim é que não tinha noticia alguma sobre ele há alguns dias. Ligava e ele não atendia, sequer visualizava as mensagens, que nem mesmo chegavam até ele. Era preocupante, já que Donghyuck não costumava simplesmente ignorá-lo.

Não era como se Mark pudesse ir vê-lo em sua casa também, tinha medo de ir e encontrar a mãe de Donghyuck. Ele preferia evitar ter que vê-la, mas tinha certeza de que o ruivo apareceria mais cedo ou mais tarde.

Com suas luvas de cozinha, cantava uma das músicas que Donghyuck vivia ouvindo, obviamente de seu grupo favorito, e que agora estava grudada em sua mente, enquanto lavava a louça suja. Ele se virou quando ouviu a campainha, grunhiu descontente, estava ocupado, não tinha tempo de abrir a porta.

Tirou as luvas, fechou a torneira e foi até a sala de estar para chegar à porta da frente. Procurou as chaves para poder abri-la, sem perguntar quem era antes — coisa que sua mãe sempre insistia que fizesse —, apenas abriu.

O pai de Donghyuck estava parado do lado de fora de sua casa, com uma expressão calma e gentil. Ele não esperava vê-lo ali, já faziam semanas que não tinha nem um único contato com o mais velho, era estranho que ele aparecesse em sua casa

— Boa tarde, Sr. Lee, em que posso ajudá-lo? — Mark perguntou sendo o mais formal possível, ouvindo uma risada ao fundo — É repentino vê-lo aqui.

Donghyuck estava lá e ele nem havia percebido, quando notou, sua sobrancelha franziu e ele sentiu necessidade de receber explicações.

— Boa tarde, Mark — O sogro cumprimentou — Lamento não ter avisado que estava vindo, mas Donghyuck insistiu que fosse uma surpresa.

— ...Ok — Arredou para o lado, ainda confuso, apontando para o interior de sua casa — Você pode entrar, espere na sala, não tem ninguém — Pediu, esperando os dois entrarem.

O pai de Donghyuck agradeceu indo direto para a sala, mas Mark agarrou seu namorado pelo braço antes que ele pudesse seguir seu pai.

— Hyuck, que merda é essa? Não tô entendendo, o que tá acontecendo? — Mark sussurrou apontando com o queixo em direção à sala de estar, onde o pai de Donghyuck estava.

— Já já você descobre, não fica com medo, bebê — Ele deu um tapinha na bochecha do namorado, sorrindo — Eu não vou te dar spoiler.

— É estranho que você apareça como se nada tivesse acontecido depois de me ignorar...

— Eu quebrei meu telefone, não estava te ignorando — Interrompeu agarrando seu pulso — Por que eu iria te ignorar? Não tem motivo pra isso.

— Hm, tendi, mas depois o senhor vai me dar explicações melhores — Mark decretou indo para a sala.

Os três estavam sentados, em silêncio, esperando que o assunto da conversa começasse. Mark estava ansioso, não entendia nada do que estava acontecendo, podia-se até dizer que estava com medo. Ele olhou para o pai de Donghyuck, passando as mãos pelo pescoço.

— Uh... e então? — Mark perguntou lambendo os lábios — O que houve?

— Bem, Mark, estou aqui para ter aquela nossa conversa que está pendente há uns dez meses — Ele olhou para Mark e então para seu filho, confirmando que o tempo que disse estava correto. Donghyuck acenou com a cabeça.

— Que conversa? — Mark questionou eminentemente intrigado, questionando Donghyuck com os olhos — Desculpe pela incompetência, mas eu realmente não tenho ideia do que vai acontecer agora.

A postura do pai de Donghyuck era séria, com os cotovelos apoiados nas pernas e as mãos juntas enquanto olhava para Mark. Pobre garoto, ele se sentia um tanto intimidado. Pediu ajuda ao namorado, lançando lhe um olhar de desespero, mas o outro apenas deu de ombros e fez um joinha com os polegares.

— Donghyuck é meu único filho, Mark — O mais velho começou, Mark acenou com a cabeça sem deixar transparecer o quão óbvio seu sogro soava — Sei que não sou o melhor pai, mas sempre procuro o que é saudável para ele — Ergueu as sobrancelhas — Gostaria de saber se você é bom para meu filho.

Mark franziu a testa novamente, se esforçando para pensar até que entendeu o que o pai de Donghyuck quis dizer. Agora seus olhos estavam arregalados, seu rosto não era mais tão confuso, apenas pasmo. 

— Quais são suas intenções com Donghyuck, Mark? — A pergunta feita era aquela que ele sempre teve medo de responder.

O moreno teve uma confusão mental, pensando no que diabos havia acontecido durante os poucos dias que Donghyuck não estava dando sinais de vida para ele. Obviamente, ele havia perdido muitos eventos importantes que agora o estavam surpreendendo demais.

Ele nunca imaginou que Donghyuck contaria a seus pais, mas agora lá estava ele, sentado cara a cara com seu sogro, que perguntava sobre suas intenções com Donghyuck. O ruivo havia conversado com seu pai, teve a coragem de fazer isso e Mark estava fodidamente orgulhoso dele.

Ele sorriu de alívio, é claro que ficaria contente ao descobrir que Donghyuck tinha apoio de uma parte da família! Mas agora Mark tinha um problema, às vezes era desajeitado para responder a perguntas tão espontâneas, ele não tinha ideia de que isso iria acontecer, muito menos agora, considerando que há poucos minutos estava lavando a louça enquanto cantarolava uma das músicas preferidas de seu namorado.

O que diria a ele?

— O Mark é trouxa — Foi tirado de seus devaneios pela fala repentina de Donghyuck. Olhou feio para o ruivo. Não negava o que o outro havia dito, mas agora não era hora de fazê-lo de ridículo.

— Não é verdade, fica quieto. Ele perguntou pra mim, não pra você! — Acusou, logo olhando para o pai de Donghyuck e se arrependendo profundamente do que havia dito. O mais velho o olhava com uma sobrancelha erguida, talvez não fosse uma boa ideia tratar Donghyuck daquele  jeito, pelo menos não agora.

— Mark me maltrata, suas intenções são boas, mas ele grita comigo e me insulta, me bate quando eu não faço o que ele quer — Donghyuck continuou tacando lenha na fogueira, seu pai o olhava assustado — Ele ameaça me matar e também é emocionalmente instável.

Mark hesitou, processando a quantidade de besteiras que o namorado havia dito.

— Não é verdade! Juro que não faria isso, nunca! Amo seu filho com todas as minhas forças, seus defeitos e...

O garoto de cabelos laranja interrompeu, demonstrando uma indignação exagerada.

— Que defeitos? Com licença, você se enganou sobre Lee Donghyuck. Eu sou pura perfeição, sem defeitos, querido.

— Donghyuck, comporte-se — Seu pai o repreendeu e ele ficou em silêncio — Eu disse para você ficar em casa.

— Não podia deixar Mark sozinho, ele ia tremer e fazer xixi como um chihuahua assustado assim que te visse na porta — Zombou apontando para seu namorado que o encarava irritado — Desculpem, continuem, vou para o seu quarto — Se levantou do sofá — Pai, vou dormir aqui no Mark hoje — Alertou subindo as escadas.

O pai de Donghyuck pigarreou.

— Ele é sempre assim? — Perguntou a Mark, que balançou a cabeça, assentindo lentamente — Enfim, Mark, acho que você sabe o que eu quero.

— Tenho boas intenções, desde que começamos com... O relacionamento, tive iniciativas saudáveis ​​— Mark disse sério, umedecendo os lábios —, e fico grato que você mostre apoio, principalmente pelo Donghyuck, ele tem o apoio da minha família , mas ele precisava que seus pais fossem as pessoas que o entendessem.

— Você vai entender como a situação é difícil, para mim não há problemas, de verdade, eu nunca negaria a felicidade de Donghyuck — Ele suspirou — Vocês têm todo o meu apoio, quero o melhor para a vida dele.

— Eu sei, você não tem nenhum motivo para se preocupar agora, estou cuidando de Donghyuck há dez meses — Afirmou — Embora eu ainda esteja preocupado, sei que agora nós temos pelo menos o seu consentimento. Mas sobre sua esposa, ela sabe?

—Donghyuck me pediu para não contar, não por enquanto — Respondeu — Ela não tem a mente aberta para aceitar, será difícil obter sua aprovação.

— Estou ciente do desprezo dela por mim. Não diria que é agradável, mas posso conviver com isso — Mark deu de ombros, mais calmo.




(...)




A conversa foi mais longa do que esperavam; conversaram tanto que o tempo voou entre um assunto e outro. Primeiro falaram sobre tudo relacionado ao relacionamento que Mark tinha com Donghyuck e como o mais velho os apoiaria. A partir daí eles aproveitaram para falar sobre vários temas.

O pai de Donghyuck acabou indo embora por volta das sete da noite, e Mark finalmente pôde ir ver o que Donghyuck estava fazendo em seu quarto. Ele não tinha ouvido barulhos durante toda a tarde, então ele duvidava que o ruivo estivesse acordado, Donghyuck sempre era uma bagunça quando estava solto por aí.

Ele subiu as escadas para seu quarto, abrindo cuidadosamente a porta para olhar para sua cama. Lá estava seu pequeno bolinho de cabelos laranja deitado ali com todos os lençóis emaranhados entre suas pernas.

Mark caminhou para ficar de frente para a cama, esticando a mão enquanto se inclinava um pouco para pentear o cabelo do namorado. Sorriu ao vê-lo abrir os olhos levemente avermelhados pelo sono, Donghyuck bocejou sem se preocupar em cobrir a boca.

— Achei que você estava me traindo com meu pai, passou a tarde toda com ele — Disse, esticando os braços, querendo que Mark ficasse entre eles.

— Credo, que horror! Não fala uma coisa dessas, é doentio — Mark reclamou, indo deitar ao lado de Donghyuck para que ele o abraçasse — Conversamos bastante, gostei dele agora que o conheci.

— Ele também gosta de você — Murmurou, esfregando-se contra Mark, apoiando-se em seu peito e passando uma das pernas sobre o namorado, um de seus muitos hábitos.

Mark o abraçou, beijando o topo de sua cabeça lentamente.

— Estou tão orgulhoso de você, falei isso pro seu pai umas cinquenta vezes, estou tão feliz que você pôde contar a ele — Disse Mark acariciando o cabelo de Donghyuck, beijando algumas vezes.

— Não foi tão difícil, ele não é mau, foi gentil e cuidadoso — Sorriu sereno.

— Como foi? Quer dizer, por que você decidiu contar pra ele? — Mark perguntou intrigado, acariciando as costas do namorado.

— Eu estava chorando no meu quarto, tinha brigado com a Nayeon...

— Com a Nayeon? Eu não sabia disso, explique-se — Exigiu olhando para o garoto em seu peito. 

— Porque ela é um pedaço de merda, manipuladora e egoísta do caralho, é por isso que brigamos! — Sibilou, rosnando — Ela tava me chantageando para conseguir um encontro com você.

— Ela não parece que alguém faria isso... — Mark deixou escapar, aborrecido — Ela sabe, né?

— Sim, ela descobriu que eu adoro pecar — Fez uma careta beijando o peito vestido de Mark — Eu falei que não ia conseguir um encontro para ela com você de jeito nenhum, mas aquela cachorra não parava de falar.

— Então ela ameaçou contar para sua família — Adivinhou Mark — Parece horrível.

— Estava com tanta raiva que desliguei quando ela começou a dizer que eu estava apaixonado por você — Continuou aborrecido — Já imaginou estar apaixonado por você?

— O que há de errado em se apaixonar por mim? Eu sou um bom partido, atraente, canadense, você não gosta? — Ele sorriu mexendo as sobrancelhas e mordeu o lábio inferior.

— Sinto muito, mas você não é meu tipo, eu gosto de homens com sardas — Donghyuck riu — O ponto é que eu estava com tanta raiva que queria quebrar a cara dela e, para piorar, ela foi comer na minha casa naquela noite.

— Que merda, imagino que você não foi jantar, certo?

— Claro que não, meu pai me trouxe comida na cama — Disse ele alegremente — Eu contei a ele o que tinha acontecido, fiquei morrendo de medo no começo, mas consegui contar pra ele.

— Estou feliz por você, amor — Envolveu a cintura de Donghyuck para trazê-lo para mais perto de seu corpo — Você quer sair?

— Assim do nada? Já tá escurecendo, pra onde vamos? — Donghyuck se levantou do peito do Mark, para sentar no colo dele.

— Tem muito tempo que a gente não faz isso — Ele fez beicinho, colocando as mãos nas coxas de Donghyuck, olhando para cima — Podíamos subir o quarteirão até aquele parque onde os velhinhos vão se exercitar.

— Devíamos nos exercitar como um casal, aí a gente vai pra academia e depois comemos hambúrgueres.

— Estou bem com o meu físico, não tô afim de ir pra academia hoje, obrigado — Negou Mark, dando tapinhas nas pernas do outro.

— Melhor assim, não tenho dinheiro para pagar uma academia, estou economizando para ir ver meus namorados — Saltou da cadeira — Está frio, tem certeza que quer sair?

— Sair nos faria bem, quase sempre estamos trancados aqui — Afirmou Mark, levantando-se, e ao ver que sua cama estava uma bagunça, começou a arrumá-la — Eu tenho dinheiro, vou te pagar um café.

— Tudo bem, mas você vai ter que me carregar, eu não quero andar — Donghyuck estava procurando por roupas nas gavetas de Mark, encontrando uma cueca que era dele — Ei, isso é meu — Ele murmurou, e agarrou um suéter — Eu vou levar este.

— O que você quiser, acho que é seu também — Disse Mark enquanto ainda arrumava a cama — Tem algumas roupas que não são minhas nas gavetas.

— Eu também tenho roupas suas, então não importa — Donghyuck falou, vestindo o suéter.

Os dois terminaram de se arrumar, contaram o dinheiro juntando até as últimas moedas que encontraram, assim poderiam pelo menos comprar algo para comer.

Donghyuck queria que Mark o carregasse no caminho, mas o canadense se recusou a fazê-lo. Então, eles caminharam de mãos dadas ao longo do quarteirão em busca de uma loja para comer.

— Vamos completar dez meses de namoro, como se sente, sr. Lee? — Donghyuck perguntou balançando sua mão ao lado da de Mark.

— Muito emocionado, estou surpreso que já faz dez meses que estamos juntos, Sr. Lee — Respondeu Mark, puxando a mão de Donghyuck em volta de seus ombros — Como se sente, Sr. Lee?

— Feliz, nunca pensei que encontraria a outra metade da minha laranja — Ele se encostou no ombro de Mark — Foi engraçado ouvir todos dizerem que você geralmente perde o interesse depois dos primeiros meses, mas sinto o amor tão fresco como sempre.

— Eles não entendem a maneira como nos amamos, é diferente e único — Disse Mark sorrindo.

— Amamos de uma forma adorável, de uma forma adoravelmente gay — Brincou ele, abraçando Mark pela cintura.

— Quê?

— Adoravelmente gay — Repetiu ele — Você mora na Coreia há muito tempo, aprenda as palavras.

— Eu entendo, mas você está sempre inventando moda — Reclamou, olhando para ele com a testa franzida — Lembra daquela vez que você falou que a sua batatinha tava "morrida"?

— Aquela batata era verde, não tinha outro jeito de dizer.

— Tá, tá, vamos fingir que isso existe — Disse num tom irônico — Quem sou eu para contrariar Donghyuck, o grande criador da linguagem?

— Você tá me irritando, eu não te amo mais — Donghyuck o soltou, fazendo um beicinho e apressando seu passo — Vai lá com Nayeon, ela com certeza não inventa palavras.

— Mosquito, vem cá — Mark continuou tentando pegá-lo pela mão, só por isso odiava o comprimento incrível das pernas de Donghyuck — Não quero ir com Nayeon, se quero um louco na minha vida, é você.

— Você me chamou de mosquito e louco em menos de um minuto, sua crueldade não tem limites, Mark Lee? — Ele fingiu soluçar — Onde foram aqueles dias que você era super fofo comigo?

— Você me chama de sobrancelha de gaivota e zomba de mim sempre que tem oportunidade. Eu que deveria perguntar onde foram os dias em que você era adorável — Atacou, claramente continuando com a piada — As coisas já não são as mesmas, certo? Você tem outro que trata melhor?

— Eu sou lésbica — Disse Donghyuck, Mark franziu os lábios para não cair na gargalhada.

A eloquência de Donghyuck às vezes era impressionante, ele não entendia, realmente não entendia, de onde o ruivo tirava tanta bobagem.

— Estou namorando sua irmã — Ele continuou, parando de andar, fazendo Mark colidir com seu corpo.

— Se você sai com minha irmã e diz que é lésbica, você é mulher? — Perguntou o moreno franzindo o nariz.

— Sou sim, não percebeu?

— Hm, agora que você falou a sua voz é fina mesmo. Eu deveria ter suspeitado — Mark disse colocando uma mão no queixo.

— Você está insultando a minha voz por acaso, seu merda? — Donghyuck atacou.

— Sua voz é linda — Acrescentou Mark, abraçando Donghyuck por trás, beijando a pele de seu pescoço — Eu tava brincando, bebê.

— Não me chama de bebê que eu me animo e penso que você quer fazer sexo comigo — Donghyuck falou, jogando a cabeça para trás, apoiando-a no corpo do mais velho — Seus pais vão estar em casa quando chegarmos lá?

— Não, por quê? — Mark perguntou fingindo não saber das intenções de Donghyuck.

— Vamos fazer isso — Ele pediu num sussurro — Me faça seu, senão, eu te farei meu.

— Você poderia me fazer seu — Disse Mark, e Donghyuck ergueu uma das sobrancelhas.

— Sério? Você deixaria?

— Eu nunca me opus a você tomar outro lugar — Ele minimizou.

— Você quer que eu te foda, não é? — Donghyuck acusou sorrindo. Mark negou constrangido — Você tá corando, você quer sim.

— Não é que eu queira, eu quero, mas, não, uh... é diferente, só isso, me intriga — Se atrapalhou com as palavras e Donghyuck voltou a rir — Não é engraçado.

— Não tem problema você querer.

— É só que é como se nós tivéssemos papéis na cama, sabe? Não é obrigatório nem nada, a gente pode mudar quantas vezes você quiser ou eu quiser, mas sei lá, eu tô acostumado assim, talvez seja estranho e...

— Você tá se ouvindo? Relaxa, Mork — Ele o parou enquanto ria e olhava para a loja que vendia café e doces, era lá que eles iriam — Se quer que eu te foda, é só falar, eu faço isso sem problemas.

— Hm — Hesitou mordendo o lábio, pensando — Vai ser só uma vez?

— Quer que seja mais vezes? Por mim tudo bem — Donghyuck sorriu sedutoramente.

— Ok, isso tá ficando estranho, vamos falar disso depois — Mark deu fim à conversa, tocando seu rosto, imaginar como seria não tinha sido uma boa ideia, agora suas bochechas queimavam como nunca.




(...)




Ter que trabalhar no turno da tarde a desagradava completamente, principalmente porque não tinha muito movimento, embora ela entendesse isso como algo favorável, já que não teria que esquentar a cabeça com os clientes.

A garota mascava o chiclete enquanto segurava o telefone entre os dedos, passando o polegar pela tela desinteressadamente. Logo seu turno terminaria e ela poderia ir para casa, descansar e ter algumas boas horas de sono.

A porta da loja foi aberta e seus olhos preguiçosos caíram sobre os novos clientes, erguendo uma sobrancelha ao ver de quem se tratava: o famoso Mark Lee entrou com um sorriso idiota nos lábios, digno de uma fotografia de casamento.

Claro que ele não veio sozinho, um menino de cabelo laranja ria ao lado dele, suas mãos estavam entrelaçadas e pareciam um casal fofo saído de um catálogo.

Jisoo olhou para eles da cabeça aos pés, era mais do que óbvio que este era o namorado de Mark de quem tanto falavam, até Nayeon sabia da existência dele. Ela amaria ver o rosto da outra se descobrisse o que estava vendo naquele momento. Era engraçado para ela, a homossexualidade de Mark era muito evidente.

Eles aproximaram-se com uma atitude mais séria, diferente da maneira explosiva com que entraram. O garoto de cabelo laranja e, para ela, pele bonita sussurrou algo para Mark e foi se sentar em uma das mesas.

— Boa noite, gostaria de pedir um café de baunilha e um normal — Disse Mark, franzindo a testa para o cartaz com as diferentes bebidas.

— Algo mais? — Jisoo perguntou anotando tudo no computador.

— Não tem aqueles bolinhos com creme por cima?

— Cupcake? — Ela olhou para ele estranhamente — É isso que você quer dizer?

— Sim, um cupcake! — Mark concordou tirando sua carteira do bolso — Dois, por favor, chocolate e morango.

Jisoo recebeu o dinheiro, deu-lhe o recibo avisando que em poucos minutos levaria sua comida.

Enquanto fazia o pedido de Mark, ela pensou que Nayeon realmente era muito cega, o amor a tinha feito não perceber quem era Mark Lee.

Algum dia se daria conta.

E ela lhe diria: "Eu te avisei"













̷۟꧇ (N/T)  ̷۟꧇

Surpresaaa!!! Olha só quem resolveu aparecer em pleno domingo 😜😜

Essa semana eu tenho muitas provas e trabalhos pra entregar então resolvi postar o capítulo hoje pra vocês não ficarem sem, mas se vcs comentarem bastante, quem sabe eu não me empolgo no sábado e resolvo escrever mais um 🤔🤔🤔 (perdão, não tenho experiência nessa vida de biscoitera mas n custa nada tentar 🤠)

Mais um avizinho, meus chuchus: esse capítulo foi um dos mais difíceis de traduzir por causa de umas coisinhas que eu não achava "certas" de serem ditas...

Como tradutora, eu sempre me esforço para encontrar expressões que tenham o mesmo sentido do original, para que vocês consigam entender e se divertir tanto quanto quem lê em espanhol e muitas vezes até mesmo enfio alguns memes onde não tinha só pra ficar engraçadinho e soar mais brasileiro. Nada que realmente afete a história.

O problema é que, dessa vez, eu não concordei com o que a autora escreveu e espero que vocês entendam as pequenas mudanças que eu fiz. Não digo isso para criticar ela, apenas não queria que um pensamento que eu considero preconceituoso perpetue. Inclusive porque no país dela as coisas podem ser diferentes do que são aqui (principalmente porque acho que fui uma das únicas que leu e estranhou aquelas falas), então não quero ninguém abrindo a fic só pra xingar a moça, hein!!

oof, quanto texto, me deu sede... 🥵

Boa noite e boa semana! 🥰🥰

P.s.: Bebam água, chuchus ❤️

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