Sophia
- Não acredito que eu estou aqui. - Bufei impaciente.
- Você vai adorar, eu te garanto. - Disse Elenna.
- Além disso, não tens nada à perder indo a essa festa. - Disse Mary.
- Isso é o que veremos. - Indaguei outra vez.
- E chegamos. - Elenna disse assim que o carro parou em frente a uma boate.
As pessoas que estavam no lado de fora estavam todas mascaradas. Era real, uma festa de máscaras como eu sempre quiz.
Assim que descemos do carro, Elenna entregou as chaves para um homem que em seguida foi estacionar o carro.
- Vamos entrar? - Perguntou ela.
Nós assentimos e estávamos a nos dirigir à entrada, mas acabamos parando quando dois conhecidos delas surgiram e elas foram até eles. Para eu não ficar só aí ouvindo as conversas delas, então decidi entrar.
Elas só podem estar de brincadeira, pensei, antes de me dirigir à entrada.
Quando passei pela porta que dava acesso à dentro, me deparei com uma escada longa como as dos castelos dos contos de fada. Quando terminei os degraus, meu telemóvel começou a tocar, desviei minha atenção do caminho para retira - lo da bolsa, ainda andando à passos lentos. Constatei que era um número estranho, então desliguei. Naquele mesmo instante senti tombo, eu havia esbarrado em alguém.
- Perdão. - Disse Ele. Um homem alto, moreno de olhos azuis, que usava uma camisa semi desabotoada, estava muito sexy. Com certeza era um deus grego.
Aos poucos segundos que pude observar aquele homem, pude notar algumas semelhanças com o babaca do Brian, mas preferi ignorar achei ser só coisa da minha cabeça.
- Desculpa eu. - Falei tentando gritar por conta do som alto da música. - Sou muito destraida. - Fui modesta.
- Talvez sejamos os dois. Você quer ir sentar junto ao balcão? - Convidou -me.
- Claro. - Falei esitante.
Fomos até junto ao balcão, onde nos sentamos e bebemos shampanhe enquanto conversavamos, até que uma música começou a tocar apologizase, ele estendeu - me a mão me convidando para dançar. Este por alguns segundos, mas acabei topando.
Fomos para o centro da pista. Ele puxou - me para perto dele e começamos a dançar ao som daquele slow. Estávamos próximos o suficiente para que podessemos sentir o cheiro um do outro. Foi assim que eu percebi que nunca havia sentido o cheiro daquele perfume. Aí tive a certeza de que não era o Brian, pois eu conhecia o cheiro de todos os seus perfumes, louco né? Mas sim.
- Adorei o seu perfume. - Disse em meu ouvido, me fazendo corar e voltando a ter dúvida e questionar se de facto ele não era o Brian. A voz era idêntica.
- Também achei o teu agradável. - Retruquei em seu ouvido, tentando disfarçar ao máximo o meu nervosismo.
Fomos nos envolvendo na música e quando dei por mim, ele havia me puxado para mais perto, tão perto que eu poderia ouvir a sua respiração, e com certeza ele também poderia ouvir a minha acelerada. Quase no final da música, fui surpreendida por um beijo. Ele segurava meu rosto levemente entre suas mãos. Quando nossos lábios se tocaram, pude sentir o que nunca havia sentido em um beijo, paixão, desejo e suavidade. Era como se minha mente tivesse sido transportada para outro mundo, a sensação era quase que inesplicável. Nos beijamos por segundos, até que a falta de ar nos obrigou a separarmo - nos.
Fiquei constrangida quando percebi que todos os olhares estavam em nós. A música parou e os aplausos soaram. Todo mundo havia visto aquilo.
- Parece que formamos um par ótimo. - Disse ele, quebrando o gelo que havia se formado entre nós.
Como resposta disfarcei um sorriso.
- Vamos nos sentar? - Perguntou e eu assenti.
Nos sentamos junto ao balcão. Antes que se iniciasse uma conversa, e disse:
- Já volto. - Saiu em direcção a uma mulher, que quando reconheci, todas as minhas suspeitas foram confirmadas. Ele era o Brian. Eu havia beijado o meu chefe.
Ele conversavam e no momento da conversa ele virou para mim, fazendo com Elenna fizesse o mesmo e desse um sorrisinho.
Agora é que ferrou, pensei.
Preciso sair daqui o mais rápido possível.
Me levantei e saí apressadamente em direcção à saída. Tive que diminuir a minha velocidade devido às escadas. Parei por instante pra descansar os saltos para me facilitar na hora de correr escada à baixo, mais antes que eu pudesse segurar confortavelmente os dois em minhas mãos, percebi que o Brian vinha atrás de mim, então me apressei, deixando um pé para trás.
Chamei o primeiro taxi que ví passar e entrei nele logo em seguida.
No caminho fui pensando em como pude não acreditar nos meus instintos que me diziam que aquele era o Brian. Agora estou com vergonha só de pensar na possibilidade de o Brian saber que a mulher que ele beijou está noite sou eu.
Você é uma idiota, Sophia. - Murmurei.
Quando taxi parou diante da minha casa, desci em seguida e paguei pelo serviço. Entrei em casa à uma velocidade estrema, trancado a porta atrás de mim.
Me joguei no sofá pensando em tudo o que aconteceu entre eu e o babaca numa só noite. Era incrível a forma que ele tratava outras mulheres quando não se tratava de mim. Com certeza aquele homem tem algo contra mim, e me irrita não saber o que é.
No entanto, devo admitir que o que aconteceu entre nós não foi tão ruim, senti um frio no estómago e minhas bochechas queimarem só de lembrar o que havia acontecido.
Pare de viajar, Sophia. Ele vai te odiar quando descobrir que aquela mulher és tu, Meu cérebro disse me desmotivando.
O soar da campainha me tirou dos meus devaneios. Me levantei e fui atender a porta, eram as meninas.
- Ulalá, Sophi. - Elenna falou com um sorriso que rasgava seus lábios.
Não falei nada, apenas as deixei entrar. Assim que entraram se sentaram no sofá, aguardando ansiosamente que eu contasse detalhadamente a química que houve entre mim e o Brian.
- Comece, estamos ouvindo. E não se esqueça dos detalhes, são as minhas partes favoritas. - Elenna pronunciou - se ansiosa.
- Vocês não viram tudo? - Disse cruzando os braços.
- Infelizmente não. Estávamos conversando com aqueles caras. - Mery disse se referindo aos tais conhecidos.
- Pois então, nuca saberão.
- A, não, Sophia. - Elenna disse se levantando e indo em minha direcção. - Nos dê esse gostinho, por favor. - Disse num tom suplicante, o que me motivou a cruzar os braços, fazer beicinho e dizer:
- Não. - Falei me dirigindo ao meu quarto.
Ambas me seguiram na tentativa de arrancar alguma coisa de mim.
- Vá lá, conta. - Mary insistiu.
- Eu já disse que não. Agora deixem - me em paz. Quero tomar um banho e me livrar logo desse vestido. - Disse segurando na toalha. - Me ajude a abrir, por favor?
Mary desceu o ziper do meu vestido, mesmo não querendo o fazer.
Entrei na casa de banho e me tranquei nela.
- Se quiserem podem esperar deitadas. - Falei num tom mais alto para que pudessem me ouvir melhor.
Tomei meu banho tranquilamente. Quando terminei saí do banheiro indo direito para o meu quarto. Nesse trajecto pude vê - las afundadas no sofá, já de pijamas a assistir um filme. Ignorei a situação é entrei no meu quarto para me vestir. Coloquei o pijama e fui me juntar à elas.
Elenna queria dizer alguma coisa, mas fui mais rápida.
- Não. Quem sabe contarei amanhã. Agora vamos assistir o filme. - Disse tirando um pouco de pipocas que estavam na tigela em seu colo.
Ficamos a assistir até pegar no sono.
{...}
Acordei com o cheiro de panquecas. Por um instante havia me esquecido que elas haviam passado a noite na minha casa. Constatei que havia dormido mesmo no sofá. Quando me posicionei para me levantar, o meu telemóvel tocou, era o número do hospital. Atendi ao segundo toque.
- Alô! Bom dia. - Disse meio sonolenta.
O homem que falava do outro lado da linha era o médico do meu pai. Ligou pra dizer que o meu pai receberá alta hoje. Agradeci pela chamada e nos despedimos em seguida.
Fui até a cozinha, onde elas estavam me aguardando com um sorrisão no rosto, com certeza ainda esperando que eu conte a cena da noite passada. Desta vez me sentei com elas à mesa e realizei o desejo delas.
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Olá, mis amoree!
O que acharam da versão da Sophia? Não sei vocês, mas eu realmente amei saber que esses dois estão mais perto de acabarem juntos.