Sexta-feira, 7 de maio de 2021. Rio de Janeiro, Brasil.
– Por que o espanto, vocês se conhecem? – Gizelly pergunta alternando o olhar entre Mari e Rafaella.
– O quê? – Mari finalmente volta a olhar nossa amiga – não, não o conheço a boaz- – dou uma tapa discreta em suas costas – quer dizer, a Rafaella, não conheço a Rafaella, só ouvi falar, é um prazer conhecer você, todas vocês, aliás.
"Essa porra dessa Mariana..."
– Um prazer conhecê-la, Mariana – o sorriso de Rafaella é simpático, mas parece ainda mais ao se direcionar a mim. Ou talvez eu esteja alucinando, não sei – Olá, Bianca, que surpresa encontrar você aqui.
– Oi, Rafaella – pelo menos falei igual uma pessoa normal agora – digo o mesmo – direciono meu olhar para Marcela – Oi, Má.
– Que intimidade é essa com minha namorada, anã de jardim? – Gizelly questiona.
– Ela é minha paciente, amor – Marcela é quem responde – hoje foi a nossa primeira consulta, na verdade.
– Acho bom, ein, talarica morre cedo, Bianquinha.
– Palhaça – não seguro a gargalhada.
– Mas vamos sentar que não tenho idade para ficar em pé mais não, gente – Gizelly volta a sentar em seu lugar.
Olho as duas cadeiras vagas, uma ao lado de Manoela e outra ao lado de Rafaella, mas não tenho tempo para escolher, pois Mari praticamente me joga na cadeira ao lado da loira e dá um largo sorriso na direção da mulher.
"Está tudo bem, Bianca, você só está sentada ao lado da doutora gostosona, jantando junto com a sua psicóloga e suas duas melhores amigas, uma inclusive que sabe da maior vergonha da sua vida, e outra mulher que você nunca viu na vida, o que pode dar errado?"
– Bianca? – ouço a voz de Marcela e olho em sua direção – você já conhecia a minha irmã?
– Eu, é, hm...
– Nos conhecemos na clínica – Rafaella responde no meu lugar – acabei cruzando com elas nos corredores e decidi me apresentar para ela.
– Você fica se apresentando para todas as pacientes da sua clínica ou só as que acha bonita? – Manoela pergunta e eu sinto que um buraco pode se abrir no chão a qualquer momento para me levar para o inferno, porque morta de vergonha eu já estou.
– Vamos pedir uma comida né, uma água, uma bebida – pego o cardápio e me escondo por trás dele.
[...]
"Parabéns, guerreira, já aguentou uma hora sem passar nenhuma vergonha, isso vai entrar para o seu livro de recordes pessoal."
Tudo bem que nessa hora que passou eu evitei o máximo possível falar demais, apenas respondia algumas perguntas, fazia alguns comentários pontuais, tentava ignorar a presença da loira ao meu lado para não ter um novo gay panic, e às vezes dava algumas tapas em Mariana para que ela controlasse essa boca enorme dela.
Observo que Mari está presa em uma conversa com a amiga de Gizelly, enquanto ela e Marcela discutem sobre algo que não entendo o que é. Rafaella permanece em silêncio ao meu lado e eu começo a me questionar se devo puxar algum assunto com ela.
"Mas o que eu vou falar com a cardiologista boazuda? Eu não entendo nada de saúde... talvez se eu falar sobre animais, será que ela gosta de gatos? Não, péssima ideia, talvez..."
– Você está bem? – sua voz interrompe minhas divagações – está com uma cara estranha.
– Estava aqui só pensando – falo envergonhada.
– Você vai ficar eternamente com vergonha de mim? – o seu olhar é divertido – sabe que eu já esqueci daquilo, não sabe?
– Vou fingir que acredito nisso só para ver se eu paro de ficar igual um tomate sempre que eu te vejo.
– Acho que não gosto disso, acho que você fica adorável quando está envergonhada – ela realmente disse isso? sinto que meu rosto está esquentando ainda mais, oh céus – não falei.
"Essa mulher está flertando comigo por acaso? Eu sou só uma pobre gay, por favor, vá com calma."
Antes que eu possa pensar em algo para falar, o garçom se aproxima com nossas sobremesas e eu agradeço aos céus por isso.
– Eu estava aqui conversando com a Marcela, nós bem que poderíamos pegar uma balada saindo daqui, né? – Gizelly pergunta e imediatamente eu começo a pensar em alguma desculpa para não ir.
– Eu topo – Manoela e Mari falam quase que de imediato.
– Aí Gigi, essa eu vou passar, trabalhei bastante hoje e preciso descansar um pouquinho.
– Mozão, vamos, vai ser legal – Mari insiste, mas acredito que ela vai ficar muito bem na companhia das outras mulheres.
– Prometo que na próxima eu vou.
– Vou cobrar isso, Bianca, você sempre fura na hora da balada – Gizelly fala enquanto rouba um pedaço do tiramisù de Marcela – amor, como psicóloga dela você deve incentivá-la a sair, já aviso logo.
– Como você vai voltar? Quer que eu te deixe em casa? – Mari pergunta.
– Não precisa, mozão, eu peço um uber – tão responsável e preocupada, nem parece a desastrada que quase meteu a língua nos dentes umas vinte vezes durante o jantar.
– Você sabe que fico preocupada com você andando de uber por aí uma hora dessas.
– Eu posso deixar você em casa – Rafaella fala e eu rapidamente viro em sua direção.
"Espero que eu não tenha parecido a menina do exorcista agora."
– Imagina, Rafa, não precisa se preocupar – sorrio para ela – você não vai não?
– É mais fácil eu ganhar na mega da virada sem apostar do que essa dai ir para uma boate – Manoela é quem responde.
– Verdade, faz três meses que conheci a Marcela e até hoje não consegui convencer esse protótipo de avatar mineiro a ir para uma boate – Gizelly da língua para ela e eu acabo rindo – e além disso, o apartamento da Rafa não é tão longe do seu Bia, então ela pode te levar.
– Não vou aceitar uma recusa – a loira sussurra para mim. E quem sou eu para questionar a autoridade de uma deusa.
[...]
Enquanto eu espero o manobrista trazer o carro de Rafaella, ela se despede de sua irmã e Gizelly, mas não demora para aparecer ao meu lado.
– Vamos? – indica o carro à minha esquerda e antes que eu possa me mover, ela passa na minha frente, abre a porta do carro para mim e faz uma pequena reverência com um sorriso divertido nos lábios – senhorita Andrade.
– Obrigada, senhorita Kalimann – devolvo o sorriso, e no mesmo instante um carro buzina atrás de nós.
"Caralho, deixa a gay aqui ter o momento dela, inferno. Respeita!"
Quando entra no carro, Rafaella liga o som e deixa em uma rádio aleatória e por alguns segundos um silêncio estranho se instala entre nós.
– Acho que vai chover – fala de repente – isso me lembrou de uma coisa.
– O quê?
– Se importa de passarmos em um lugar antes? – definitivamente não – prometo que não é tão longe.
– Sem problemas, meu único compromisso mesmo é assistir alguma comédia romântica quando chegar em casa – dou de ombros.
– Então você gosta de comédia romântica?
– Não é o meu gênero favorito, mas não é de todo mal...
– Qual o seu gênero favorito? Não me diga que é terror?
– Eu tenho cara de quem gosta de filme de terror? – pergunto surpresa.
– Definitivamente não – sua gargalhada ecoa no carro – talvez filmes de ação ou um leve suspense, mas terror não.
– Qual você acha que é o meu gênero favorito então?
– Comédia – responde prontamente.
– Agora estou me sentindo muito previsível – finjo tristeza.
– Você não é previsível, eu apenas te observei e tentei ler o seu jeito.
– E conseguiu?
– Isso nós vamos descobrir com o tempo – sinto o carro parando e só então percebo que uma chuva fina está começando a cair – quer me acompanhar ou prefere ficar?
– Vou com você.
Ao sair, ela anda em direção à uma confeitaria que fica no lado esquerdo e eu percebo que apesar de ser perto da minha casa, eu nunca tinha notado ela ali.
– Nas sextas eu gosto de comprar algum doce e ficar em casa assistindo filmes, minha irmã diz que eu sou uma mulher com alma de noventa anos – acabo rindo do pensamento de Marcela.
– Ultimamente eu não estou tão diferente disso.
– Então hoje é o seu dia de sorte, vamos comprar o melhor bolo do mundo para curtir uma sexta-feira de filmes – fala empolgada.
Rafaella faz o pedido de duas fatias de um bolo chamado "velha infância", e como não poderia deixar de ser, briga comigo porque eu não quero deixar ela pagar.
– A chuva aumentou – comento assim que chegamos na entrada da confeitaria.
– No três a gente corre – ela está falando sério? Eu já não consigo correr em terrenos secos, imagina no asfalto molhado.
– Três – ela grita e eu me assusto.
"O que porra aconteceu com o um e o dois?"
Foi tudo muito rápido, quando dou o impulso para começar a correr, vejo Rafaella erguendo os braços e em seguida indo de encontro ao chão com tudo.
– Rafaella? – corro em sua direção e ela está sentada no asfalto me olhando.
– Machucou? – pergunto e ela começa a rir.
– Não, Bia, eu estou bem – fala entre gargalhadas e eu acabo rindo também.
Também, uma bunda enorme dessas amortece a queda fácil.
– Vem, me deixa te ajudar, você já está ficando toda molhada – estendo a mão para ela, mas acaba sendo uma péssima ideia, pois quase caio por cima dela.
– Quase – ela finalmente fica de pé e corremos para dentro do carro.
Ao chegar no carro, olho em sua direção e ela está com o rosto completamente corado.
– Então foi assim que você se sentiu quando eu te contei que não era psicóloga? – a pergunta me deixa confusa – acho que essa foi a maior vergonha que eu passei na minha vida.
– Ah – seguro minha risada para não a deixar mais constrangida – talvez um pouquinho pior ainda.
Antes que eu pudesse perceber, já estamos paradas em frente ao meu prédio. Conversar com Rafaella foi surpreendentemente fácil, e em momento algum eu senti vontade de ficar só ou de encerrar a conversa, e isso não era comum.
– Acho que agora estamos quites nos nossos micos – ela fala depois de alguns segundos em silêncio.
– Ainda não, digamos que esse foi um mico sete, precisa adicionar um mico três nessa equação para atingir o meu dez.
– Quando eu atingir, posso te convidar para sair comigo?
"Por acaso tinha droga naquela sobremesa e eu estou alucinando ou essa mulher realmente quer me convidar para sair?"
"Se acalma, Bianca, responda de forma decente e surte depois."
– Não é antiético sair com suas pacientes?
– Bom, você não é minha paciente, é paciente da minha irmã – seu sorriso é convencido – ou você tem algum problema cardíaco? Se tiver, tudo bem, posso te indicar outra cardiologista que é tão boa quanto eu.
"Impossível ser boa igual você, minha filha."
– Tudo bem, se atingir o 10, você pode tentar a sorte.
"Isso garota, você é poderosa, se valoriza!" a vozinha na minha cabeça falou, mas logo foi rebatida por outra "até parece, se receber um convite dela para sair vai falar sim em vinte línguas diferentes e ainda sair dando cambalhota de felicidade".
– A gente se encontra por aí, então – Rafaella se aproxima para me abraçar e novamente eu travo.
"Uma vez gay emocionada, sempre gay emocionada."
– Nos vemos por aí – sorrio e saio do carro levando apenas o meu pedaço de torta e meus surtos internos.
Dou uma corridinha até a entrada do meu prédio e acabo tropeçando no meio do caminho, olho para trás e vejo Rafaella ainda parada ali na frente.
"Droga, acabo de atingir 11 pontos no mico".
[...]
Quase duas da manhã e o filme finalmente acabou. Sim, eu tinha assisto "Uma linda mulher" pela milésima vez na minha vida, não tenho culpa desse filme ser perfeito. E por falar em perfeito, lembro do bolo que Rafaella comprou, foi um dos melhores bolos que já comi em minha vida. Tive vontade de agradecer e mais uma vez e dizer o quanto eu gostei, mas percebi que não tinha o número da mulher, e não me considero cara de pau o suficiente para ir atrás das redes sociais dela apenas para isso.
"Ela realmente perguntou se poderia me chamar para sair? Não pode ter sido uma alucinação minha, ou pode? a vozinha predominante em minha cabeça parece animada, mas aquela que eu chamo de voz da razão não demorou para aparecer com o seu discussão preparado há meses "Bianca, existe uma razão para você ter mergulhado no trabalho, não conhecer novas pessoas e acabar se magoando mais uma vez. Não importa se a médica é simpática, maravilhosa, dona de um belíssimo sorriso, extremamente gostosa, cheirosa, e... enfim, não importa, você não precisa sofrer novamente por conhecer uma pessoa e depois ser abandonada, então se mantenha na zona segura."
– Bianca – o grito me faz gritar junto.
– Mariana, caralho, enlouqueceu porra? – coloco a mão no meu peito para saber se meu coração ainda está batendo – filha da puta, está tentando me matar?
– Eu te chamei mil vezes, garota – a morena me olha como se eu fosse louca – você estava ai olhando fixamente para a parede e não estava nem me ouvindo. Está tudo bem?
– Está sim, só estava aqui pensando e acabei me distraindo.
– E então, como foi com a doutora boazuda? – seu sorriso é tão sugestivo que acabo jogando uma almofada em sua direção.
– Foi normal, ué – ela emite um "aham" que só me deixa ainda mais envergonhada – ela me trouxe em segurança e foi tudo bem. E na boate, como foi?
– Foi ótimo, Bi, você deveria ter ido. A Marcela e a Manu são ótimas, me diverti muito com as duas, e a Gi você já deve imaginar, não é? Ficou louca!
Após me dar vários detalhes do resto da noite, Mari se despede e eu decido que também já é hora de dormir, afinal, precisava descansar depois desse dia que mais pareceu ser três em um.
Como solicitado por Marcela, esse final de semana eu tentaria não trabalhar, esse é o primeiro passo para eu voltar a ter controle sobre a minha vida e sobre o meu horário de trabalho.
[...]
Sexta-feira, 21 de maio de 2021. Rio de Janeiro, Brasil
Eu estou um pouco tensa com a consulta de hoje. Na última sexta eu e Marcela entramos no assunto do meu pai, e certamente não foi tão proveitoso assim, já que metade da consulta eu apenas fiquei chorando, mas foi o suficiente para eu começar a entender algumas coisas.
~ flashback on ~
– Bia, nós temos o costume de sempre acreditar que a saída de uma pessoa da nossa vida é culpa nossa. Não somos o suficiente, fizemos algo de errado, não conseguimos fazer a pessoa feliz, mas não é assim que acontece – Marcela fala com paciência – não nascemos com um manual de como encontrar a felicidade, então cada dia da nossa vida é dedicado a buscar isso. Aí entramos em um relacionamento por achar que ele pode nos fazer feliz, fazemos uma nova amizade por achar que aquela pessoa pode trazer felicidade para a nossa vida, e isso pode muito bem funcionar, por dias, meses ou até mesmo a vida inteira, mas aí chega em um ponto onde percebemos que as coisas não encaixa mais, que o que antes nos fazia feliz já não faz mais tanto sentido, e então precisamos deixar isso para trás para procurar uma nova felicidade. E isso não é porque o que nós temos não é bom, é porque não encontramos mais uma maneira de extrair a felicidade disso. Entende o que eu quero dizer?
– Acho que sim.
– Você se culpa por seu pai ter ido embora, mas talvez a partida dele tenha relação com coisas que você nem imagina – seu sorriso é acolhedor – você já perguntou para a sua mãe como era a relação dela com o seu pai? Como ele era em casa, além das poucas lembranças que você tem?
– Não, sempre tive medo de machucar a minha mãe ao trazer esse assunto de volta.
– Talvez seja hora de você conversar com ela sobre isso, vai ser bom para vocês.
~ flashback off ~
No fim, Marcela estava certa. No final de semana eu levei minha mãe para dar uma volta na orla de Copacabana e acabamos tendo a conversa que eu evitei por anos.
Minha mãe me contou que a relação com o meu pai sempre teve os seus altos e baixos, e que apesar de me amar muito, ele nunca desejou de fato ser pai. O seu sonho era viajar o mundo e aproveitar tudo o que fosse possível nele. Ele tentou seguir o que era tradicional e atendeu o desejo da mãe dele de se casar, e apesar dos bons momentos, minha mãe sempre percebia que a felicidade dele não era completa.
"No começo eu odiei ele por ter nos deixado, principalmente por ter deixado você, mas depois eu percebi que ele nunca seria feliz com a gente, e que talvez nós também não seríamos felizes com ele. Ele me deu você, o meu bem mais precioso, e acho que por isso eu não consigo odiá-lo. Ele me deu a minha felicidade e foi atrás da felicidade dele. Não fomos insuficientes, apenas não éramos o que poderia fazer ele realmente feliz. A vida é assim, minha filha, nós sempre vamos ser o suficiente desde que seja para algo ou alguém que realmente nos queira, caso contrário, apenas não faremos parte da mesma equação. Nós não fazíamos parte da equação dele, e no fim eu percebi que ele também não fazia parte da minha, pois a ida dele me deu a chance de conhecer o verdadeiro amor da minha vida, aquele que faz parte da minha equação e que é o suficiente para mim. Não carregue essa culpa, meu amor". Foi o que minha mãe disse.
– Você está tão perdida em seus pensamentos que até me sinto mal em te atrapalhar – a voz de Rafaella me fez pular da cadeira – desculpa te assustar.
– Sem problemas – olho para a loira sentada ao meu lado e sorrio – quanto tempo, senhorita, não vi você na semana passada.
– Então sentiu minha falta na semana passada? – seu sorriso aumenta.
– Não foi isso que eu disse – provoco – mas percebi que não estava aqui.
– Semana passada eu fui para uma conferência em São Paulo, fui na quinta e acabei voltando só ontem – explica – esperando a Marcela?
– Sim, a Flavina disse que ela está terminando de atender um paciente para me atender. E você, não tem nenhum paciente agora?
– Tenho, está sentada ali – aponta discretamente para uma mulher sentada do outro lado da recepção – eu disse a ela que precisava resolver um assunto urgente com você e que já iria atender ela.
– Um assunto urgente para resolver comigo?
– Te dar um oi e saber como você está é algo urgente e que preciso dar a devida importância, senhorita Andrade.
"Alerta pânico, essa mulher definitivamente não existe, não é possível."
– Você é impossível, doutora Kalimann – tenho certeza que o sorriso em meu rosto é enorme.
– Senhorita Andrade – Flavina me chama – a doutora Kalimann já está a sua espera.
– Hora de ir para a outra Kalimann – falo já me levantando.
– Gostaria de te acompanhar até lá, mas infelizmente tenho que ir para a minha consulta – Rafaella suspira e se levanta – espero te ver novamente em breve.
– Também espero – não sei se dou um abraço ou apenas um tchauzinho, mas ela acaba com minhas dúvidas ao se aproximar e me dar um abraço seguido de um beijinho no rosto – Tchau, Rafaella.
– Tchau, Bianca!
Me afasto sorrindo e sigo em direção à sala de Marcela, hora de encarar a outra Kalimann que faz os meus divertidamente entrarem em colapso.
XXXXX
Voltei hoje só para dizer que fiquei feliz com a recepção da fic, ela vai ser inteiramente assim, comédia e boiolice. Já que as autoras decidiram distribuir tombos e sofrimento por ai, eu cuido das minhas rábias.
Vejo vocês na quarta-feira!