XIII. Eu estou aqui!

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Quarta-feira, 04 de agosto de 2021. Rio de Janeiro, Brasil.

Rafaella POV.

R: Estou saindo daqui agora, vou tentar chegar aí o mais rápido possível – falo já pegando minha bolsa e indo em direção a saída do meu consultório.

M: Tudo bem, vou te mandar a localização pelo whatsapp.

Encerro a ligação após me despedir de Mariana e aperto de forma desesperada o botão do elevador.

– Rafaella, respira – Marcela segura meu rosto entre suas mãos e me encara – respira fundo, e me fala o que aconteceu.

– E-eu não sei, a Mari só disse que a Bianca está no hospital e chamando por mim, eu... – inspiro profundamente e as portas do elevador se abrem – eu só preciso chegar logo lá.

– Tudo bem, vamos – ela segura minha mão e me arrasta para dentro dele – não tenho mais nenhuma consulta para hoje, eu vou levar você.

– Obrigada, Má – digo antes do silêncio tomar seu lugar.

O caminho até o hospital permanece silencioso dentro do carro, mas na minha mente o barulho é absurdo. Mil possibilidades sobre o que pode ter acontecido com Bianca me ocorrem, mas pensar sobre isso só faz tudo se tornar ainda pior.

– Rafa – Marcela me chama e só então percebo que o carro está parado – chegamos.

Ainda em silêncio desço do carro e vou até a recepção do hospital procurando por Bianca.

– É só seguir até o final do corredor e virar à esquerda – a mulher informa e eu agradeço antes de seguir a direção indicada.

Ando o mais rápido que posso e Marcela me acompanha.

– Olha a Mari ali – Marcela me puxa em direção a morena que está sentada em um sofá conversando com uma senhora.

– Mari – a chamo e ela fica de pé ao me ver – cadê a Bianca? O que aconteceu?

– Calma, Rafa – ela segura minha mão – a Bianca foi fazer alguns exames e quando retornar para o quarto a médica que está atendendo ela vai nos chamar para explicar melhor – ela se afasta para dar espaço para a senhora que antes estava ao seu lado – essa é a dona Mônica, mãe da Bia.

– É um prazer conhecer a senhora – apesar da preocupação, tendo ser o mais simpática possível com a mulher.

– É um prazer conhecê-la também – Mônica sorri – minha filha fala muito sobre você, é uma pena te conhecer nessas circunstâncias.

– Essa é Marcela, minha irmã e psicóloga da Bianca.

– É um prazer conhecê-la também, Marcela – trocam um aperto de mão – é bom que esteja aqui também, acho que você vai querer conversar com a Bianca depois.

– O que aconteceu com ela? – pergunto aflita.

– Então eu chamei a Bianca para conversar sobre... – Mônica olha para Mariana que acena positivamente – sobre o pai dela.

– Sobre o pai dela? – minha voz sai alta, atraindo alguns olhares – desculpa, digo, o que tem o pai dela?

– Ele voltou para o Rio e está atrás da Bianca – olho em choque para Mariana e só consigo ver preocupação em seus olhos – eu tentei afastar ele, falar que a Bianca não queria contato, mas ele está insistindo nisso, até o endereço dela ele descobriu e disse que iria atrás dela se eu não falasse com ela.

InefávelWhere stories live. Discover now