A Barraca dos Beijos ( Now Un...

carolinalves9

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Any nunca pensou que o seu primeiro beijo resultasse num romance proibido. Conseguiu sair com o rapaz mais gi... Еще

Personagens
Capitilo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6
Capitulo 8

Capitulo 7

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carolinalves9

O RESTANTE DA SEMANA PASSOU RAPIDAMENTE: FICAMOS OCUPADOS tentando compilar uma playlist para a barraca, pintando a placa, reunindo todos os adereços para a decoração e fazendo placas e pôsteres. Para não mencionar as coisas do dia a dia, como a lição de casa.
E eu me esforcei para evitar Josh quando ia à casa Noah.
Ainda estava irritada com ele, e não queria outra discussão como a que tivemos.
A sexta-feira chegou, e eu passei o dia inteiro sem conseguir ficar parada.
Iria assistir a um filme com Cody à noite. Combinei de me encontrar com ele no cinema, às sete. Decidi que tentaria chegar por volta das sete e cinco. Não faz mal deixar um rapaz esperando um pouco, não é?
Voltei para casa e comecei a revirar o armário. Minhas mãos tremiam ligeiramente e minha respiração estava acelerada. Preocupações e dúvidas dominavam a minha mente, mas eu me recusava a lhes dar ouvidos.
Queria usar algo que fosse bonito, mas sem passar a ideia de que estava desesperada. Era somente um filme, então não podia ir elegante demais, também. E, como Cody não era muito mais alto que eu, usar saltos estava fora de cogitação.
Escolhi um jeans cinza. Certo, esse aqui está bom. Já é um progresso.
Mas eu ainda só tinha metade do traje.
Não havia pedido conselhos a nenhuma outra garota; sentia vergonha demais em admitir que nunca havia saído para um encontro com um garoto antes e não sabia o que vestir para ir ao cinema. Claro, eu ia ao cinema com garotos o tempo todo, mas sempre como amigos. Essa ocasião era diferente. Os garotos não se importavam com a minha roupa, mas desta vez... bem, Cody iria reparar.
Eu sabia que estava entrando em pânico por nada, mas não conseguia evitar.
Depois de bastante tempo, decidi que usaria um blusão cor-de-rosa claro com as mangas até o cotovelo. Tinha um aplique de renda mais escuro ao redor do decote, e era um pouco melhor do que uma blusa mais simples.
Completei o conjunto com um colar prateado e algumas pulseiras e decidi que estava satisfeita.
Mas será que eu não deveria vestir algo que valorizasse mais minha silhueta? Aquele suéter não destacava tanto os meus peitos — e, se você tem, por que não exibi-los, não é mesmo? Ou não?
Olhei para o relógio.
Bosta. Eu já devia ter saído há cinco minutos. Iria com o blusão mesmo.
— Tchau! — disse enquanto descia as escadas.
— Divirta-se! — respondeu o meu pai. Brad continuou gritando com o seu videogame. Bati a porta e vi que o carro de Noah já estava me esperando diante da casa.
Dei a volta e sentei-me no banco do passageiro.
— Desculpe — falei, um pouco ofegante. — Mas não é ruim fazê-lo esperar um pouco, não é? — Ri, nervosamente, olhando para ele pelo canto do olho.
Em seguida, soltei um gemido alto. — Josh!!! O que você está fazendo aqui?
— Noah tinha que terminar algumas coisas. O que significa que vou ser o seu chofer.
— Se você tivesse me contado, teria chamado um táxi, ou pedido ao meu pai para me levar. Por que Noah não me mandou uma mensagem avisando?
— Imaginei que ele havia feito isso. — Não.
— Bem, então, não sei. — Josh se virou para me encarar com um olhar crítico.
Eu estava beliscando o meu blusão nervosamente. — Estou bem assim? Não sei se essa peça é casual demais ou coisa do tipo... graças a um certo alguém, nunca fiz isso antes.
Ele sorriu, seco. — Está legal.
— E o meu cabelo?
— Bom? — ele respondeu, sem muita convicção. Josh engatou a marcha do carro e deu de ombros. — Pelo menos você está vestida como uma pessoa normal.
— O que você quer dizer com como uma pessoa normal?
— Normal para você. Afinal, você não está exibindo pele demais nem nada do tipo.
— Uau. Acho que isso foi quase um elogio?
— Na verdade, não. Mas, Gabrielly, se esse cara tentar qualquer coisa... estou falando sério. Qualquer coisa...
— Josh. Ele é um garoto. Eu sou uma garota. Muitas pessoas se beijam na primeira vez que saem juntas, você sabe. Duvido que ele vá tentar fazer com que eu durma com ele no meio do filme. Não é de você que estamos falando.
Josh deu de ombros, com a cara um pouco emburrada. — Eu só estou dizendo...
Ficamos em silêncio por algum tempo.
— Acho que falei mais com você nesta última semana do que durante todo o ano passado — comentei, casualmente.
— Sim. Muito esquisito.
Revirei os olhos. Sim, definitivamente não havia nada entre nós, mesmo que eu ainda sentisse aquela atração por ele. Josh era totalmente indiferente em relação a mim, com exceção daquele comportamento superprotetor. Todo o tempo que desperdicei tendo ele como meu crush...
Mesmo assim, ele era realmente bonito — especialmente com os cabelos caindo sobre os olhos e a luz do painel do carro encobrindo seu rosto daquele jeito.
Você vai sair com outro garoto! Hello-o! Terra chamando Anyyy!
Repreendi a mim mesma mentalmente. — Obrigada pela carona. Você pode parar aqui.
— Tudo bem. Você vai precisar de uma carona de volta para casa?
— Cody disse que me levaria. Se isso não acontecer, ligo para o meu pai ou para o Noah.
— Certo.

Revirei os olhos e saí do carro, caminhando até as portas do cinema.
Olhei ao redor. Nada de Cody. Será que ele havia me dado o cano? Dei uma olhada no saguão do cinema, mas também não estava ali... Onde ele estava?
Minhas palmas começaram a suar um pouco; meu estômago estava tomado por uma multidão de borboletas.
Depois de uns dois minutos mandei uma mensagem para ele, dizendo Estou aqui. Você já entrou?
Pronto. Perfeito. Não parecia ser uma mensagem muito desesperada nem nada do tipo. Mandei e esperei três minutos e meio até a resposta chegar.
Estou quase chegando.
Ah, que maravilha. Agora era eu quem estava esperando. Encostei em um poste na calçada, olhando para o meu celular como se estivesse fazendo alguma coisa. Na verdade, estava somente abrindo e fechando aplicativos aleatórios. Esperava não dar a impressão de que estava tão preocupada e nervosa quanto realmente me sentia.
— Levou um bolo?
Eu quase saltei com o susto, e acertei um tabefe no peito incrivelmente rijo de Josh. — Não me assuste assim! Não, ele está a caminho.
Ele abriu um sorriso irônico. — Achei que você tinha dito que queria deixá- lo esperando.
— Bom, eu...
— Eu lhe disse.
— Josh , vá para casa. Você está me stalkeando?
— Só estou curtindo o show — disse, com o mesmo sorriso irônico. — Parece que esqueceram de você.
— Bem, nem tanto, agora que você está aqui — rebati. — Não pareço mais tão estúpida, não é? Além disso, Cody provavelmente ficou preso no trânsito ou algo do tipo. Não é um problema.
Ele assentiu, sem muita certeza. Ficamos em silêncio por mais um minuto infindável. Eu ficava imaginando se devia começar uma conversa, mas em seguida me lembrava que estava irritada e fechava a boca. Devia estar parecendo um peixe, abrindo e fechando a boca daquele jeito.
O fato de Josh ser incrivelmente atraente não ajudava; ele se apoiou no poste oposto ao meu, observando enquanto eu retorcia nervosamente as mãos.
— Oi!
Eu me virei e sorri, vendo Cody vir em minha direção. — Oi.
Os olhos passaram por mim e viram Josh,que o encarava com a expressão mais gelada que eu já havia visto. Assustadora. Ameaçadora.
Tentei não apertar os dentes. — Já não é hora de você ir embora, Josh?
Ele encarou Cody por um segundo a mais antes de dar de ombros e voltar para o seu carro, indo embora sem dizer mais uma palavra. Um suspiro de alívio escapou pelos meus lábios e relaxei.
— Desculpe, tive que parar para colocar gasolina. As filas estavam horríveis. Desculpe. Vamos entrar — disse Cody, indicando as portas com um movimento de cabeça. Eu sorri e o acompanhei. — Quer pegar algo para comer? Compro os ingressos.
— Claro. Pode ser pipoca salgada?
— Sim, ótimo. — Ele abriu um sorriso, mas, quando me virei para ir até o balcão, imaginei se aquela expressão não tinha sido um pouco forçada. Ah, provavelmente eu só estava imaginando coisas. Enquanto esperava a pipoca, imaginei se devia ter escolhido algo menos... bem, algo que não tivesse a chance de ficar preso entre os dentes. Se acabássemos nos beijando, isso poderia... Suspirei. Eu era incrivelmente inexperiente em relação às dinâmicas da etiqueta dos encontros a dois.
Agradeci ao moço do balcão e voltei até o lugar onde Cody estava esperando, com a cara fechada.
— O que é que Beauchamp estava fazendo ali? — ele perguntou. Oh, então essa era a razão para ele estar com a cara fechada!
— Estava simplesmente... sendo ele— murmurei, balançando negativamente a cabeça.
— Eu não sabia que vocês eram tão próximos.
— Não somos. Noah não pôde me dar uma carona, e por isso Josh... por isso Beauchamp foi me buscar.
— Ah. Certo.
Entramos na sala de cinema e os trailers já estavam passando. Deixei Cody ir na frente e escolher os assentos. Ele foi para as poltronas que ficavam mais ao centro. Não no fundo, onde todos os casais iam ficar se beijando. Eu não sabia se aquilo era uma coisa boa ou não.
— Quer sair para comer alguma coisa depois? — sussurrei, reunindo coragem.
— Eu já jantei, desculpe... eu não sabia... mas... digo, se você... — Ah, não, está tudo bem — eu disse, rapidamente.
— Shhhh! — alguém sibilou por trás de nós.
Revirei os olhos e voltei a me recostar na poltrona. Imaginei se Cody era do tipo cafona e ia usar a "manobra do bocejo", fingindo que ia se espreguiçar e aproveitar para colocar o braço ao meu redor. Ou se iria tomar conta do apoio para o braço para que eu segurasse na sua mão. Ou se iria tentar me beijar.
Até o momento, não sabia se o encontro estava indo bem ou não. Ele havia chegado atrasado, mas tinha sido bastante educado desde que chegou. Cody não havia tentado nada, mas talvez eu estivesse exagerando nas coisas. Será que era somente nos livros e filmes que os rapazes tomavam a iniciativa ou beijavam as garotas logo no primeiro encontro? Talvez ele simplesmente estivesse tão nervoso quanto eu. Provavelmente era isso; ele tinha todo direito de estar nervoso com as ameaças que Josh fazia a qualquer garoto que olhasse para mim, e especialmente se quisesse algo mais.
Aquilo era ridículo. Às vezes, eu odiava Josh.
O FILME TERMINOU E NÓS SAÍMOS. CODY COMEÇOU A PUXAR ASSUNTO — primeiro sobre aquele filme, em seguida sobre os tipos de filme que eu gostava. Ele gostava de filmes de ficção científica e thrillers. Eu preferia filmes de ação ou românticos. Não gostávamos muito dos mesmos tipos de filme.
Não tínhamos gostos muito parecidos na música, também.
Mas ele era legal e uma pessoa fácil de conversar.
Nós simplesmente... não parecíamos ter muita coisa em comum.
Conversamos durante todo o trajeto de volta, e ele parou bem diante da minha calçada. Desafivelei o cinto de segurança, mas não saí do carro. Tentei agir de maneira descontraída, como via nos filmes. (Sempre achei que os filmes eram uma excelente fonte de informação. Foi muita sorte ter assistido Todas Contra John no fim de semana.) — Bem, obrigada, Cody — eu disse, sorrindo. — Me diverti bastante.
— Sim. Devíamos sair mais vezes. Você ainda tem o meu número?
— Bem, eu não o perdi desde o começo da noite. — ri, nervosa, e ele sorriu. Percebi que ele olhava meus lábios e minha pulsação acelerou. Oh, céus. Oh, meu Deus! Ele iria me beijar agora, não é? Oh, meu Deus.
Ele se aproximou. Sim, ele definitivamente ia me beijar.
Meu primeiro beijo. O meu primeiro beijo seria com Cody Kennedy. Ele era legal, fofo e uma pessoa com quem era fácil simpatizar... mas, sinceramente, eu não sentia nada por ele. E se eu acabasse ficando presa no piercing que ele tinha na língua, se ele me desse um beijo daqueles? Não estava pronta para isso, de jeito nenhum. Completamente despreparada. Mas estava acontecendo. Ele estava se aproximando cada vez mais... Meu primeiro beijo!
Recuei.
Virei o rosto e o beijei na bochecha.
Em seguida, saí do carro, antes que pudesse me sentir constrangida demais pelo que havia feito. Sorri e acenei, depois fui até a porta da frente o mais rápido que pude, enquanto tentava dar a impressão de que estava tudo bem.
Entrei em casa, fechei a porta e encostei nela. Soltei um suspiro gigantesco e deslizei até o chão, afundando a cabeça nas mãos.
— Eu sou uma idiota.
Cody provavelmente não me chamaria para sair de novo. Não que estivesse completamente convicta de que eu iria querer sair de novo, mas não conseguiria dizer "não" se me chamasse. Afinal de contas, um único encontro não era o suficiente para conhecê-lo direito, especialmente devido ao meu nervosismo.
Após algum tempo, consegui me arrastar até a cama, ignorando as ligações de Noah pela primeira vez. Não queria lidar com aquilo agora. Queria somente ficar brava comigo mesma por algum tempo por causa do fracasso do meu primeiro encontro.
É exatamente por isso que não vou ficar na barraca do beijo, pensei, dando um sorriso torto.

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