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Jaemin On
A conversa me deixou com dúvidas e meio assustado no começo, quando ele me chamou pra conversar sobre nós dois. Nós dois. Achei que estava insatisfeito, chateado, incomodado com algo ou comigo. Felizmente não era isso, porém me senti meio assim depois, não sei explicar, mas entendo o lado dele de verdade. Entendo que o medo as vezes toma a gente e isso pode atrapalhar muita coisa. Resolvi não pensar muito sobre isso e deixei isso pra lá, nossa relação não mudou nada, continuamos como éramos antes de tudo acontecer
Seis dias se passaram depois da conversa na quinta a noite e já era quarta-feira, tudo corria muito bem, porém eu confesso que sentia saudades de beijar ele e tocar todo seu corpo como se me pertencesse, ele se encaixava tão bem em minhas mãos, parecia ser feito pra mim. Fomos trabalhar hoje de manhã e voltamos agora no fim da tarde. Todos fizeram suas higienes após chegar e jantamos, os meninos ficaram espalhados pela casa e eu vi quando Jeno foi pro quarto. Preciso falar com ele, espero que não tenha ninguém lá também
- Jeno, posso fal... - Falo já entrando no quarto, mas percebo que ele e Renjun estão deitados na cama dele no momento amor, melhor voltar outra hora. Dou meia volta e vou sair do quarto, mas Renjun me impede
- Jaem, fica, eu tava saindo mesmo...preciso hm, falar com o Mark sobre algumas coisas - Fala se desprendendo do abraço do Jeno e sentando na cama entre as pernas dele
- Não precisa hyung, depois eu volto, não queria ter atrapalhado vocês...desculpa mesmo - Ele se levanta e vem até mim
- Vai logo, depois eu volto, sei que faz um tempo que vocês não conversam sozinhos - Ele bate levemente com a mão no meu ombro e sai do quarto sem deixar eu responder nada
- Vem, e sim, você pode falar comigo, deita aqui - Jeno abre os braços e eu deito entre suas perna e sou abraçado pelo peito — Como o Renjun estava — e respiro fundo - Tá, agora você pode falar o que aconteceu
- Quem disse que aconteceu algo? - Eu pergunto já meio sem graça, o desgraçado me conhece muito bem
- Você tá meio quieto desde uns dias, quer falar comigo sem mais ninguém em companhia e tá respirando fundo
- Eu odeio o fato de você me conhecer muito bem, unf...mas você e o Renjun estão bem né?
- Não muda de assunto, Nana...já sei até o que é
- Há uma semana, ele disse para pararmos antes que alguém se machucasse. E eu entendo o lado dele de verdade, porém eu tô com saudades e queria um pouco mais daquilo. Difícil não saber como dizer que gosto dele porque sei que não vou ser correspondido, não quero foder nossa amizade
- Jaem...você já parou para pensar em tudo que rolou entre vocês? Já pensou em perguntar à ele o por quê que alguém se machucaria nisso se ambos estivessem apenas se curtindo?? Eu também tinha medo de dizer meus sentimentos e olha que minha relação com o Renjun não era assim como a de vocês e sei que pra ser teu amigo, a sinceridade deve estar presente em tudo...mas e se ele omitiu uma parte do tudo?
- Eu...não sei o que dizer, eu não pensei sobre nada disso depois que ele pediu para parar, talvez esse tenha sido meu erro. Eu vou pensar em tudo isso, eu sabia que você iria me ajudar...sabe que eu te amo, né Neno? - Jisung entra nessa hora e provavelmente ouve a última parte, pois olha em nossa direção parado no meio do quarto, analisa a cena, olha pra gente e sorri minimamente, pega o carregador e sai do quarto em silêncio
- Vish...sim, eu sei que você me ama, como não me amar? - Ele passa uma mão no cabelo e eu sinceramente não entendi o "vish" que ele soltou e também não vou perguntar, mas a forma que o Ji agiu foi estranha...
- Seu convencido - gargalhamos juntos
- Eu também amo você, Jaem
- Vou dormir que é o melhor que eu faço, obrigada - Deitei na cama para pensar sobre amanhã, espero conseguir entender tudo.
Uns minutos depois o quarto se enche, os meninos estão se ajeitando pra dormir e todos estão deitados em suas respectivas camas quando a luz se apaga, exceto a pessoa que dorme na cama à minha frente. Jisung foi no banheiro antes de apagarem as luzes e não esperaram ele voltar, após alguns minutos a porta do quarto se abre e fecha quase silenciosamente e alguns passos são audíveis pelo corredor da cama. Eu só não esperava que na minha frente aparecesse um Jisung manhoso entrando por debaixo do meu cobertor e me abraçando pela cintura
- Oi hyung...você se importa?
- Você sabe que não, meu bebê
- Obrigada, hm, boa noite Nana
- Boa noite, anjo - Beijo suavemente sua testa e passo meu braço por cima dele, abraçando-o pela cintura. Senti ele meio estranho, porém pode ser coisa da minha cabeça ou sono, hm, espero estar tudo bem com ele
Dormimos, não preciso ficar dizendo que é umas das minhas melhores noites quando isso acontece. Na manhã seguinte acordamos com o despertador, sussurros e risadas maliciosas dos outros meninos, isso também não é novidade pra ninguém.
Acordei e também tentei acordar o Ji, parecia estar num soninho tão gostoso, ele se remexeu um pouco na cama e abriu devagar os olhos inchadinhos, até encontrar meu rosto e sorrir sem mostrar os dentes
- Bom dia - Sussurrei para somente ele ouvir e relaxei meu braço na sua cintura - Você tava dormindo tão gostosinho, tive dó de acordar mais uma vez
- Bom dia, Nana...eu sempre durmo bem com você
- Fofo, bora levantar e ir trabalhar né, os meninos já estão-
- Hunrum, eu ouvi...
Nos arrumamos, fomos todos juntos pra empresa e passamos o dia lá, o novo álbum ta rendendo atividades demais, porém isso é muito bom. No intervalo pra almoço, eu segui com Jeno, Renjun e Mark para uma lanchonete e os meninos foram para do outro lado da rua e iríamos nos encontrar daqui alguns minutos na mesma mesa.
Jeno, Renjun, Mark e eu sentamos na mesa e esperamos os meninos, porém em
seguida só vieram Chenle e Haechan sentar na mesa com a gente
- Jisung disse para começarmos sem ele, ele ficou conversando com o Beomgyu do TXT, da empresa "vizinha". Parece que combinaram de se ver hoje e pegar algo com o outro, não sei - Chenle iniciou, provavelmente por nossas expressões de dúvida e curiosidade e fazendo aspas com as mãos
Eu e Jeno nos entreolhamos, eu levantei a sobrancelha e ele balançou a cabeça negativamente, parecendo que conseguia ler meus olhos e pensamentos e começamos a comer. Mexi a cabeça para esquecer isso, a BigHit/Hybe não fica tão próxima daqui por isso que Chenle enfatizou as aspas, estávamos quase na metade da comida, quando Jisung chegou e sentou-se junto da gente. Comemos normal, em silêncio, e no fim da tarde voltamos para casa.
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Se atentem aos detalhes desse e dos próximos capítulos, nem tudo o que parece ser, é!