Corte de Sombras e Marés

barrowaquiles द्वारा

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Thalassa desde cedo aprendeu a sobreviver sozinha, e isso era uma das suas melhores qualidades. Assim como no... अधिक

dedicatória
disclaimer
parte um
capítulo 01
capítulo 02
capítulo 03
capítulo 04
capítulo 05
capítulo 06
capítulo 07
capítulo 08
capítulo 09
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
capítulo 17
capítulo 18
capítulo 19
capítulo 20
capítulo 21

prólogo

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barrowaquiles द्वारा






Thalassa Makaela era uma rastreadora de relíquias foda pra caralho. Isso era o que ela dizia a si mesma sempre que encontrava um novo artefato em suas aventuras marítimas. De objetos amaldiçoados à simples amuletos, a feérica era capaz de encontrar todos. Ninguém, nem mesmo ela, entendia como a jovem era capaz de encontrar tantos tesouros em suas viagens, alguns acreditavam que ela era uma antiga feiticeira outros tinham suas crenças em que a moça fez um pacto com forças malignas à muito extintas. Todos tolos. A garota apenas sentia, seguia seu instinto e simples assim conseguia encontrava raridades inimagináveis. Dessa vez não foi diferente.

Como capitã do Nostradamus, uma das melhores embarcações de toda Prythian, a jovem tem acesso a lugares remotos e esquecidos pela Mãe. Era fácil a vida no mar para quem não se apegava a origens, uma zona sem leis, sem Grãos-Senhores, literalmente a terra de ninguém.

Estava saindo de Nauril, um pequeno vilarejo portuário ao Sul da Corte Estival, para voltar a Corte Diurna quando sentiu as ondas ondualarem com intensidade questionável, ela sabia o que aquilo significava, olhando para o sul percebeu nuvens armadas prontas para despejar sua ira em forma de chuva sobre os burros que se arriscarião naquela direção. Bem, naquele momento Thalassa era um dos burros.

— Hey Trovard, mudança de planos, nós estamos indo para o sul, pegue o caminho da Tríplice das Nereides, diretamente para o olho da tempestade. — O olhar que recebeu de seu imediato não foi nem um pouco assustado, afinal toda tripulação estava acostumada as ideias mirabolantes da Capitã.

A descarga de adrenalina que apossou-se no corpo esbelto da jovem foi a mais intensa que já havia sentido, como se o que seja lá o que tivesse sob a tempestade à desafiasse a ir em frente e desvendar seus mistérios. Tudo isso só aumentou quando quando a enorme embarcação se encaminhou na direção da galinha dos ovos de ouro. De seu lugar no deque ela conseguia ver que o único ponto escuro no céu era aquele que a atraía, o resto estava brilhando em seu azul-céu típico do verão.

Helion provavelmente iria ficar irado com mais um atraso da garota, mas logo que ela entregasse uma caixa de seu licor favorito, o Sangue de Fursona, ele esqueceria mais esse contratempo e voltaria a falar o quanto sentiu falta dela nos dois meses que passou fora. Era sempre assim, ela se atrasava, ele tentava dar um sermão, ela o bajulava, ele esquecia tudo e começa a perguntar das peripécias da jovem pirata.

Quanto mais perto estava de seu destino mais escuro o céu se tornava mas nenhuma gota d'água caiu das pesadas nuvens, três dias de revezamento no leme depois o Nostradamus estava poucas milhas de distância do grande prêmio. Suas noites haviam sido agitadas na ansiedade de descobrir o que era aquilo que soava tão atraente a ganância da capitã. Makaela já estava vestida em seus trajes de mergulho, um macacão de mangas longas e luvas em delicado couro tiberiano que agia como uma segunda cama de pele com o adicional de sapatilhas feitas especialmente para nadar em grandes profundidades no mar, e isso sem contar do dispositivo que havia mandado fazer junto dos óculos de proteção para ter oxigênio extra embaixo do oceano.

Assim que sentiu a intensidade do puxão aumentar, a moçoila reparou que as nuvens obscuras estavam ficando para trás e o sol de verão se fazia presente novamente. Thalassa se deu conta que tudo era efeito colateral de algum tipo de feitiço de proteção, o que quer que fosse aquela coisa era poderosa o suficiente para afastar os curiosos.

— Eu vou parar por aqui, as águas a frente são profundas demais para ancorar sem riscos, você tem 40 minutos para encontrar seu tesouro antes do seu oxigênio acabar então sugiro que você se apresse fedelha, se sentir que seu ar estar acabando e que não vai conseguir subir a tempo você sabe que deve me contatar imediatamente e eu irei até você, se não me contatar nesse tempo eu irei do mesmo jeito — esse era o temperamento de Trovard, rápido e ríspido, mas isso não significava que o cara não prestasse, se opondo a isso, ele era um dos homens mais honrados  e confiáveis que Makaela já havia conhecido em sua breve existência.

Se sentando sobre a balaustrada reforçada do navio e ajeitando seus óculos juntamente aquele derivado de focinheira que lhe garantiria o ar lá embaixo sobre o rosto, a capitã  do Nostradamus saltou em direção ao seu chamado no mar.

Uma das melhores partes sobre o mergulho era toda beleza indescritível encontrada sob o oceano, a imensidão de verde e azul, as diversas espécies de peixes e criaturas, os corais e a vegetação sortida, graciosidades inominaveiz que ela não tinha tempo para apreciar agora. Nadando cada vez mais fundo, tudo que podia sentir era o cântico do tesouro misterioso que parecia emitir um melodia cantada apenas para ela, passando por diverso espectros das águas marinhas que batiam nela apenas por diversão, Thalassa notou um reflexo cintilando entre montes e montes de algas e posidonias oceânicas, seu maior medo era que seu tempo acabasse antes de chegar ao prêmio final; mas para qualquer fim ela nunca desistia  de um tesouro.

Quando estava perto o suficiente para discernir que o brilho que via era o cabo de uma espada, uma mão com garras afiadas o suficiente para rasgar pele se agarrou ao seu pescoço jogando-a para trás, a dor que sentiu em seu belo pescoço era gritante mas nada maior que sua determinação. Merda, ela havia se esquecido que objetos fatalmente atraentes também são fatalmente protegidos. Tirando da bainha a adaga que havia prendido na coxa antes do mergulho, a jovem encarou as três nereides que agora à cercavam com garras e presas evidentes.

A da esquerda começou a resmungar algo em um idioma desconhecido com uma típica expressão de quem quer dizer 'eu vou te decapitar', e então avançou com tudo na direção da capitã que dessa vez estava preparada. Desviou para o lado a tempo de armar o golpe que pegou infalivelmente a nereide direto no coração, deixando a pobre criatura marinha se engasgando no próprio sangue ela se preparou para a próxima quando percebeu que só havia uma em sua frente.

Tarde demais. Foi tarde demais quando ela percebeu que a nereide desaparecida agora se encontrava atrás dela lhe arranhando as costas ao ponto de rasgar todo tecido de sua roupa reforçada, era demais a dor do pescoço que agora se juntava a das costas esfoladas pelas brutais garras da mulher peixe. Se virou com o resto de sua determinação agarrando-lhe a mão que estava preste a dar mais um golpe e dessa vez  soltou a machadinha que se encontrava em seu quadril, não dando tempo da nereide questionar que aquele era o fim da sua miserável existência, a capitã arrancou a cabeção de seu pescoço deixando apena um cotoco em seu lugar.

Se preparando para o golpe da última delas, Thalassa encarou a mulher percebendo seu medo sobressaindo a pose ameaçadora, não dando tempo ao arrependimento se lançou em direção a jovem atravessando a adaga em seu olho enquanto arrebata a seu estômago com a machadinha já ensanguentada, a última reação da criatura foi arregalar os olhos.

Porra, quanto tempo tinha passado? Não tinha uma ínfima ideia, havia se perdido na contagem. Sem dar mais chances ao azar, a garota recuperou suas armas e se lançou em direção ao cabo da espada que ainda tremeluzia entre as posidonias, ignorando toda dor aumentada em 100 pela água salgada. Cortou toda vegetação que atrapalhava sua busca e quando finalmente a viu o ar lhe faltou,e não ou por conta do oxigênio.

Ela segurou no cabo e sentiu o peso da espada percebendo que ela transbordava magia. Era magnífica, a impressão era de que era perfeitamente equilibrada como se a lâmina estive esperando por uma pirata saqueadora lhe reivindicar desde a criação. Seus minutos estavam acabando, então não havia tempo para desembainhar a espada e apreciá-la mais. Enquanto andava de volta lutando contra dor, a capitã se lembrou de um boate que haviam lhe contado tempos antes.

Uma Grã-Rainha que governou por cinquenta anos certa vez encontrou uma espada mágica usada antes pelos Grãos-Reis Supremos de Prythian e teve a tola esperança que a lâmina se curvaria também a ela. Tolo erro. Quando a lâmina não se submeteu à mulher, sua ira à fez jogá-la no mar se perdendo para sempre. Enquanto seu pensamentos nadavam junto a Thalassa a jovem percebeu que estava cada vez mais difícil nadar, a espada se tornava mais pesada em seu cinto.

Seus braços estavam cansados, seu ar estava começando a faltar e ainda tinha muito o que nadar  pela frente. Valia a pena? Arriscar sua vida por algo que colocaria sua vida em risco, valeria a pena no futuro? Perder todos seus outros tesouros por um?

Questionamentos  não devem ser feitos em situações de vida ou morte, Makaela percebeu isso quando seus olhos pesaram junto a lâmina e tentaram se entregar a escuridão. Era tarde demais, tarde demais para garita se arrepender de sua insaciável ambição, tarde demais para perceber que não se despediu de sua tripulação e definitivamente tarde demais para se lembrar que Trovard iria atrás dela após os 40 minutos acabarem.

Quando sentiu braços musculosos abraçá-la, a jovem Capitã do Nostradamus já tinha se contentado com seu destino.



O Sol batia em sua pele enquanto espelia toda água para fora no chão do dequee. Ela confessava que tinha talento para o drama achando que iria morrer, mas porra, a mulher realmente achou que iria ver o rosto da Mãe. Não era sua culpa que a falta de oxigênio fez ela se esquecer que Trovard iria estar lá por ela. E agora olhando para seu rosto severo, ela sabia que o esporro seria feio.

— Burra, você é uma burra do caralho Thalassa Makaela. Eu falei, me chame caso veja que seu tempo está acabando e você faz o que? Isso mesmo, decide bancar a dramática e morrer agarrada a uma porcaria de uma espada velha — enquanto Trovard berrava e gesticulava para a mulher sendo assistido por toda tripulação, ela se deu conta que não estava com a espada..

— Pelo Caldeirão, cadê ela? Você a trouxe, certo? Por favor não me diga que deixou a espada para trás? — Ela não permitiu que ele terminasse seu monólogo sobre sua irresponsabilidade, interrompendo seu imediato e recebendo um peteleco na orelha por isso.

Não criança tola, nem se eu quisesse poderia ter deixado para trás, já que você se agarrou a espada como se fosse um eunuco agarrado a uma meretriz — puxando o objeto ainda embainhado de trás do corpo e entregando a capitã que pegou a espada, se levantou e correu para sua cabine particular ignorando toda a dor no corpo, o homem logo passou a segui-la.

Após  esperar seu imediato entrar na cabine, a jovem lacrou todas as seis trancas e depositou a espada sobre sua mesa de estudo.

— O que está acontecendo Makaela? — dessa vez o tom de voz de Trovard estava transbordando preocupação enquanto alternava o olhar entre a capitã e a malditamente bela espada que agora estava fora da bainha.

Trovard... Eu... Eu posso estar enganada, mas eu apostaria o Nostradamus e todo os  meus tesouros que essa espada é... é... é Narben. A espada mágica que Amarantha jogou no oceano.

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