Fifty Shades Of Blue • Larry

By hazzcudepilado

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Quando Harry Styles vai à entrevista para ser o secretário do jovem bilionário e CEO Louis Tomlinson, não ima... More

Avisos
Prologue
Chapter One: Perfect Blue
Chapter Two: Hungry
Chapter Three: Dream
Chapter Four: Divine
Chapter Five: Coming Soon
Chapter Six: My Sweet
Chapter Seven: Irresistible
Chapter Eight: Nite Them For Me
Chapter Nine: Yes, sir
Chapter Ten: In Your Voice
Chapter Eleven: Good Sleep Night
Chapter Twelve: Vanilla
Chapter Thirteen: Red Ant
Chapter Fourteen: Titanic
Chapter Fifteen: A Little Bitch
Chapter Sixteen: Because I Can
Chapter Seventeen: Treat You Like A Gentleman
Chapter Eighteen: Mischievous Laugh
Chapter Nineteen: Porcelain Doll
Chapter Twenty: Pissed On Me
Chapter Twenty-one: Bad Dream
Chapter Twenty-Two: Paranoid
Chapter Twenty-Three: You Are Mine
Chapter Twenty-Four: I'II Make Your Heart Smile
Chapter Twenty-Five: Fiery and Scathing
Chapter Twenty-Six: Holy Shit
Chapter Twenty-Seven: Wanna Be Your Victim
Chapter Twenty-Eight: Do Not Touch
Chapter Twenty-Nine: Do You Trust Me, My Sweet?
Chapter Thirty: Hit Again!
Chapter Thirty-One: Can't Help Falling In Love
Chapter Thirty-Three: Virgin In Love
Chapter Thirty-Four: My Boy
Chapter Thirty-Five: Have A Nice Day
Chapter Thirty-Six: Extra
Chapter Thirty-Seven: Like A Screen
Chapter Thirty-Eight: Now You Have Me
Chapter Thirty-Nine: Can You Feel My Heart?
Chapter Forty: Here Comes The Sun
Chapter Forty-One: Gods & Monsters
Chapter Forty-Two: 1437
Chapter Forty-Three: Come on, tighten it tighter
Chapter Forty-Four: Cupcake
Chapter Forty-Five: Make me yours, Louis
Chapter Forty-Six: It's your fault!
Chapter Forty-Seven: Is Yours
Chapter Forty-Eight: Extra
Chapter Forty-Nine: Middle Of The Night
Chapter Fifty: My baby, my baby...
Chapter Fifty-One: Shades Of Cool
Chapter Fifty-Two: I'm Fine
Chapter Fifty-Three: Venerate Her
Chapter Fifty-Four: Idiot
Chapter Fifty-Five: Strong
Chapter Fifty-Six: Il l'aime... c'est tout.
Chapter Fifty-Seven: Mon Petit Ami
Chapter Fifty-Eight: All I Wanted Was You
Chapter Fifty-Nine: Je Te Laisserai Des Mots

Chapter Thirty-Two: Empty Frame

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By hazzcudepilado


N/A: Endo Endo Endo comi o kur de quem tá lendo

Ok, ok, parei rsrss
Apenas não se esqueçam de votar e comentar, por favor! Espero muito que gostem dessa att tão gay que eu quase vomitei arco-íris escrevendo besus

Obs: Leiam ao som da música na multimídia para ter uma melhor experiência :)

×××

Pov. Louis Tomlinson

Lentamente vamos parando de dançar, a música finalizando-se com a voz magnífica que é a de Elvis Presley na frase: For I can't help falling in love with you. E, então, a sala entra em um silêncio absoluto, com apenas o barulho suave da chuva que começava a cair do lado de fora.

Mantenho minha atenção por completo nos seus olhos, que me encaravam de volta carregando um brilho diferente das outras vezes. É um verde tão puro, tão cheio de vida, que chega a um ponto de me deixar desnorteado por portar tantos sentimentos genuínos. Ele é como uma floresta desconhecida, com árvores gigantescas com vários galhos cheios de folhas da cor de um verde vivo, e também há flores... de diversos tipos e tão coloridas como um arco-íris poderia ser. São atrativas em tal grau que pareciam estar clamando por você em sussurros, para que entre e explore cada cantinho que existia naquela selva e satisfaça a sua curiosidade.

E eu... entro. Sem sequer pensar duas vezes, mesmo estando com medo e sem saber o que estou fazendo, ou qual poderia ser a consequência do meu ato... eu entro. Porque, por ele, por Harry, eu faria questão de explorar aquela floresta vasta que existia dentro dos seus olhos com apenas uma lanterna nas mãos.

- Lou... - Sussurra fracamente, logo depois inclinando a cabeça para frente e encostando sua testa contra a minha. Fico em silêncio, olhando para baixo, sabendo que no fundo... Harry entendeu muito bem o que eu quis dizer ao cantar aquela música.

As mãos que estavam nos meus ombros sobem com lentidão até a minha bochecha, deixando cada uma em um lado. Fecho os olhos, me permitindo sentir o carinho afetuoso que recebia dos seus dedos macios. Meu coração estava tão acelerado naquele momento, tão ansioso e... tão calmo. Era confuso, porque é exatamente as duas coisas juntas. Que apenas Harry Styles tinha o poder de me fazer sentir.

- For I can't help falling... - Começa a cantar, baixinho e somente para eu ouvir. - in love with you.

Um arrepio agradável se arrasta por todo meu corpo, dos pés à cabeça, assim que eu o escuto cantar pela primeira vez desde quando nós nos conhecemos. Sua voz é rouca e ligeiramente mais grossa que a minha, e tão harmônica e boa de ouvir como um verdadeiro hino divino seria. Suspiro, sentindo-me afetado como nunca antes.

Naquele momento, exatamente nesse instante, eu me sinto tão... livre. Sem nenhum pensamento ruim perturbando a minha mente, ou o sentimento de culpa, não tinha nada disso ali. Só existia Harry.

Apenas Harry e o paraíso que ele trazia consigo, tão calmo quanto a sua voz.

Abro os olhos, olhando diretamente para a iris verde em minha frente que já estava encarando-me. Puxo sua cintura, trazendo-o com delicadeza para mais perto e colando nossos peitorais. Consigo sentir o vago batimento acelerado do seu coração, que está tão frenético quanto o meu.

Ergo uma das mãos e seguro seu queixo, como sempre faço, e trago seus lábios para mais próximo.

- O que você está fazendo comigo, meu doce? - Sussurro aquela pergunta que sempre ronda minha cabeça quando ele estar por perto.

- Eu acho... - Começa a falar bem baixinho, em seguida levando seus dedos em direção à minha nuca, enfiando-os entre os fios do meu cabelo. - que estou, aos poucos, colorindo a tela branca do quadro vazio que é o seu coração, meu amor.

Lhe entrego um verdadeiro sorriso, com os dentes à amostra e o canto dos meus olhos enrugando-se ao ouvir o jeito que ele me chama. E... simplesmente... o beijo. Toco com os meus lábios nos seus da cor carmesim, tão delicadamente como uma pétala de rosas sobre os meus dedos. Mordo seu lábio inferior com carinho. Ouço-o soltar um baixo gemido de deleite, com esse ato tomando para si uma batida roubada do meu coração. Levo minha mão até o seu pescoço, virando o rosto ligeiramente para o lado direito e peço passagem com a língua, que não demora para me ser concedida.

Exploro sua boca sem pressa, deixando-me ser tomado por aquele sentimento intenso e desconhecido, e totalmente necessitado. Me arrebatando por completo, cada canto do meu corpo. Sinto os dedos de Harry puxando levemente os cabelos da minha nuca, me causando um gemido em resposta enquanto aperto sua cintura com uma das mãos.

Algo havia mudado. Aquele beijo que acontecia bem no meio da minha sala de estar, com nós dois vestindo roupas velhas e confortáveis, com o som da chuva forte como trilha sonora. Eu sentia, eu sinto, que tudo mudou a partir dali.

Me afasto vagamente de Harry, dando um pequeno espaço para que possamos recuperar a respiração, que no momento se encontrava acelerada igualando com o meu batimento cardíaco.

- Isso... - Ele começa. - Isso foi...

- Sim, Hazz. Foi. - Sussurro em reposta, entendendo perfeitamente o que ele queria dizer.

Suspiro baixinho e finalmente abro os olhos, dando-me de cara com a visão de Harry ainda mantendo suas iris verdes por de baixo das pálpebras enquanto inclinava a cabeça na direção da minha mão, que continuava pousada sobre sua bochecha. Lentamente abre os seus olhos, não demorando para me devolver o olhar de um jeito tão intenso quanto.

- Lou... - Murmura, fazendo um breve carinho na minha nuca. Esfrego meu nariz no seu, realmente me permitindo sentir as coisas boas que ele poderia proporcionar.

- Hazz. - Sussurro o seu apelido de volta. Isso o faz sorrir... sempre o faz sorrir.

E então, de repente, os seus olhos verdes arregalam-se assustadoramente devagar, como se estivesse lembrando de alguma coisa muito importante.

- Louis! - Exclama com o tom de voz alto.

- O que? - Franzo o cenho.

- A pizza, Louis! - Grita, girando os calcanhares para sair correndo de forma desesperada até a cozinha, quase caindo de cara no chão no caminho.

Aquilo me fez ter uma sensação estranha no fundo do estômago e para logo depois gargalhar de uma forma incrivelmente espontânea e muito alto. Meu ato faz Harry me olhar por cima do ombro, com os olhinhos brilhando em surpresa e aquele seu sorriso que poderia iluminar o apartamento inteiro. Principalmente a escuridão que habita em mim.

Pisco os olhos um tanto intrigado, respirando fundo para recuperar o fôlego da risada anterior. Em passos lentos vou em direção a cozinha, perdido em pensamentos confusos e curiosos. Encosto-me na parede e cruzo os braços, encarando com atenção os movimentos que meu garoto fazia para tirar a pizza do forno com um cuidado dobrado.

- Oh, Deus! Não queimou! - Fala aliviado e de costas para mim. - Hum... tudo bem, acho que só ficou com a massa um pouco mais torradinha do que o normal.

- Isso para mim não é um problema, meu doce. - Digo com sinceridade.

- Você é realmente uma distração e tanto. - Confessa baixinho. - Eu literalmente esqueci da pizza por um breve momento.

- Assumo a culpa por isso com muito orgulho. - Respondo-o com um pequeno sorriso presunçoso nos lábios. Ele levanta o olhar e ergue uma das sobrancelhas bem cuidadas, desafiando-me em silêncio enquanto deposita a pizza em cima do balcão.

Hum... acho que meu brat acabou de dar sinal de vida.

- Você é tão... tão... - Começa a falar, porém não termina.

- Lindo? - Completo e crispo os lábios para não rir.

- Sim. Não! Quer dizer, sim, mas... Louis! - Resmunga emburrado, fazendo seus lábios avermelhados formarem um biquinho muito fofo.

Rindo baixinho, dou alguns poucos passos até onde ele está parado e fico por trás do seu corpo, quase colando meu torso nas suas costas, e me inclino ligeiramente para cima para deixar minha boca encostando no seu ouvido esquerdo.

- Estou afetando o seu raciocínio, meu doce? - Sussurro a pergunta, raspando meus lábios propositalmente no seu lóbulo. Percebo que os pelos da nuca de Harry arrepiam-se de imediato e então suspira pesadamente. Saber que eu o afeto tanto quanto ele me afeta é... fascinante.

- Vo-você fala como se já não soube disso. - Balbucia baixinho, deixando mais um suspiro escapar ao sentir minha mão indo de encontro com a curva suave da sua cintura e apertar aquela área.

- Gosto de ver isso com os meus próprios olhos. - Sussurro uma última vez, deixando um rápido beijo no seu ombro e me afasto.

Me apoio no balcão, com apenas poucos centímetros de distância de um Harry com bochechas vermelhas. É adorável que, apesar de tudo que já realizamos sexualmente juntos... ele ainda consiga ficar incrivelmente tímido na minha frente.

- Aliás, o que acha de comermos a pizza assistindo algum filme? - Mudo de assunto.

- Isso me parece ótimo, Lou. - Responde ele, dando-me o prazer de olhar o sorriso que fazia as suas duas covinhas adoráveis se afundarem nas bochechas coradas. Sinto uma grande vontade de tocar com o dedo ali, mas me contenho em apenas aprecia-lo como a obra de arte que é.

- Bom. Assim podemos ir para a sala de cinema no segundo andar. - Dou a idéia. Rapidamente atraio seu olhar chocado para o meu rosto.

- Você tem uma sala de cinema? - Pergunta parecendo totalmente surpreso.

- Sim?

- Por que nunca me contou? Eu poderia ter vindo para cá mais vezes, só para fazer você deixar eu assistir as minhas séries favoritas numa telona. - Diz fazendo uma pose exageradamente magoada.

- Oh, Deus, estou sentindo-me tão usado agora... Tipo uma camisinha. - Me permito brincar, e meu ato acaba arrancando um riso gostoso de Harry.

Gosto da sua risada. Eu com certeza poderia faze-lo rir mais vezes.

- Isso foi horrível! - Fala depois de um tempo rindo.

- O importante é que você riu.

Ele me olha mais uma vez, sorrindo para mim e... me deixando orgulhoso por ser o motivo daquele ato.

- Não é uma sala de cinema de verdade, ok? É só uma tela de TV maior do que seria considerado normal e algumas poltronas confortáveis. - Aviso.

- Você fala como se isso fosse pouca coisa. - Murmura.

Harry pega um pequeno pedaço da pizza nas mãos, levando-a para frente de sua boca e então assopra, na esperança de que assim poderia esfria-la ao menos um pouco. Segundos depois chega para mais perto de mim e coloca o pedaço escolhido na frente do meu rosto. Não demora para que o cheiro desejável da pizza tome conta das minhas narinas.

- Prove um pouco. - Fala ansioso para saber se irei gostar ou não.

Abro um pouco a boca para ele me dar o pedaço da pizza, e mastigo devagar e sem expressar nenhuma emoção.

- E então? - Pergunta ao perceber que fiquei em silêncio. - Você gostou? Está bom?

- Humm... - Faço suspense.

- Fale, Louis! - Bate suavemente no meu braço, me fazendo rir.

- Eu amei, meu doce. Está tão delicioso quanto você. - Falo.

- É claro que está. - Empina o nariz e sorri orgulhoso de si mesmo, embora suas bochechas estejam enrubescidas por conta da vergonha. Tão adorável.

- Você realmente é bom com as mãos. - Digo, não deixando de sorrir de um jeito malicioso por conta do duplo sentindo que aquela frase poderia ter. Harry cerra os olhos verdes na minha direção.

- Isso saiu um pouco pornográfico, não acha? - Fala desconfiado e parecendo querer rir, mas se controla. - Afinal, onde estão os pratos?

- No segundo armário de cima. - Aponto o dedo para que o ajude melhor.

Enquanto ele pega os tais pratos, vou até a minha geladeira para ver se encontro algo bom para poder beber enquanto comemos a pizza.

- O que quer beber, Harry? - Pergunto. - Aqui tem Coca-Cola... Fanta Uva... e Pepsi.

Aposto que foi Zayn que mandou comprar todos esses refrigerantes e só agora fui perceber. Ao menos espero que tenha um que Harry goste.

- Fanta Uva, por favor. - Responde.

Pego o sabor que escolheu e uma latinha de Pepsi para mim, e dois canudos de metal que acostumam estar perto dos talheres que ficam ao lado da piá. Sr. Willians sempre diz que eu devo usar canudos desse tipo, para assim não prejudicar nenhuma tartaruguinha que vive no mar.

Não demora para já estarmos subindo as escadas até o segundo andar e na direção da sala de cinema, com os pedaços de pizza em dois pratos e refrigerantes nas mãos. Harry andava um pouco mais à minha frente, e eu aproveito a deixa para passar os olhos na sua bunda ligeiramente marcada na calça de moletom. Molho os lábios com a língua, sorrindo ao perceber um fato um tanto curioso e muito satisfatório no meu ponto de vista.

- Você está mancando. - Murmuro.

- Era de se esperar, não é? - Ele diz todo travesso. - Depois do que fizemos horas atrás... nem mesmo sei como ainda estou andando.

- Ah, pare. Eu sei que você gostou. - Seguro as duas latinhas em uma mão e com a outra uso para desferir um tapa forte e estridente na sua bunda, lhe pegando de surpresa.

- Ai! - Grita pasmo. - Louis!

Ando um pouco mais rápido para fugir quando ele tenta me bater de volta, não deixando de rir da sua carinha indignada. Vou até a penúltima porta do corredor extenso do andar de cima e a destranco, não demorando para abri-la e deixar um pouco do ar gelado daquele local esquivar-se para fora.

- Primeiro as damas. - Sussurro sorrindo, e aponto com a cabeça na direção da entrada para a sala de cinema.

Os cantos dos lábios de Harry sobem delicadamente para cima, dando vida a um sorriso genuíno. Nos seus olhos consigo ver um vislumbre do que poderia ser admiração e... surpresa, talvez. Por que? Acho que ele está um tanto fascinado com como estou agindo hoje, sendo mais aberto e até mesmo um pouco brincalhão, e não aquele homem frio que sequer sorrir que está tão acostumado.

Pensando bem... o motivo de eu sorrir no dia à dia é sempre Harry.

Ele entra na sala de cinema e logo em seguida eu faço o mesmo, para depois fechar a porta.

- Uau. - Exclama impressionado.

A sala não é tão grande, posso dizer que era quase do tamanho do meu quarto no andar de baixo porém um pouco menor. As paredes são acinzentadas e estão sendo vagamente iluminadas por luzes de led da cor roxa no estilo acrílico que são grudadas no teto, o que deixava o ambiente ligeiramente escuro e com um ar até mesmo aconchegante. Havia sofás de cores escuras que formava um U no meio da sala, com três pequenos pufes da cor azul, amarelo e rosa que ficavam na frente. Não posso esquecer da grande telona que tomava conta de boa parte da parede em frente dos sofás. As vezes sou arrastado para cá por Zayn para assistir alguns filmes, jogos de futebol e até mesmo MMA.

- O que achou? - Pergunto suavemente enquanto seguro sua cintura e o guio para que se sente no sofá do meio.

- Eu amei, Louis. - Responde sorrindo e olhando em volta.

- Posso traze-lo aqui mais vezes... se quiser. - Sussurro e pego controle, fazendo de tudo para não olhar em seus olhos naquele momento. Sento-me ao seu lado, deixando nossos braços se encostando um no outro.

- Isso é uma ótima idéia, meu amor. - Diz bem baixinho e com a voz levemente rouca, mais uma vez usando aquele apelido que faz meu batimento cardíaco se acelerar em questão de segundos. Sou surpreendido com um beijo repetino e demorado sobre a minha bochecha direita. Suspiro, tentando de todos os jeitos parar de sorrir. Mas parece que é impossível.

- A gente poderia assistir Hotel Transilvânia, por favor? É o meu desenho favorito. - Pede, apoiando o queixo no meu ombro e me olhando de forma pidona. Hum... assim nem se quisesse eu poderia negar.

- Tudo que você desejar, meu doce. - Respondo, já entrando na Netflix para realizar seu pedido.

- Uhu! - Bate palminhas. Adorável, como sempre.

Enquanto dou play no filme, Harry abre nossas latinhas de refrigerantes uma por uma, para logo depois colocar os canudos de metal e então entrega a Pepsi nas minhas mãos.

- Hazz? - Chamo-o depois de um tempo comendo em silêncio e prestando atenção no começo do filme.

- Pode falar, Lou.

- Você... - Engulo o seco pensando se deveria mesmo pedir aquilo. - Você pode... pode me abraçar?

Harry trás sua total atenção para mim assim que término de falar. Vez ou outra as luzes que vinham da TV iluminavam os detalhes muito bem desenhados do seu rosto, deixando-o tão atraente que parecia ter roubado todo o meu fôlego para si. Ele se aproxima mais um pouco e, sem falar nada, passa o braço esquerdo por cima dos meus ombros e me puxa para ir de encontro com seu corpo. Me aconchego mais nele, me permitindo pousar com a cabeça no vão de seu pescoço e suspirar profundamente, sentindo o vago cheiro do meu próprio perfume na sua pele. Mais uma vez aquele sentimento de estar, finalmente, na minha verdadeira casa toma conta do meu coração acelerado.

- Oh sim, assim está bom. - Murmuro. - Você é quente, meu doce.

- E você é muito cheiroso. - Fala, deixando bem evidente que estava sorrindo.

Ficamos desse jeito por um tempo. Comendo abraçados e em silêncio, assistindo aquele desenho que, a partir de hoje, vai ser algo que só irá me fazer lembrar de Harry Styles todas as vezes que eu o assistir.

- Harry? - Chamo-o mais uma vez, com o tom de voz baixinho.

- Diga.

- Por que dançou com aquele homem? - Pergunto baixinho, quase sem voz, referindo-me a festa de ontem. Ouço-o respirar fundo, apertando meu corpo contra o seu.

- Eu estava com ciúmes. - Sussurra fraco e tão baixo que eu só o escuto por estar perto demais dele. - Com ciúmes do... do Sam tocando você, e tendo toda a sua atenção. E, eu... eu não sei... só queria me distrair daquela sensação tão...

- Tão sufocante. - Completo pensativo e lembrando da sensação que senti. - Então, isso é ciúmes?

- Sim, Lou, isso se chama ciúmes. Por que? - Indaga curioso.

- Senti isso quando o vi dançando com aquele idiota. - Confesso sem ter coragem de olha-lo nos olhos. - Eu não gostei. Não quero mais me sentir daquele jeito, Harry. Me desculpe se acabei fazendo você sentir ciúmes.

Ele fica um tempo em silêncio, talvez divagando sobre o que acabei de lhe falar.

- Está tudo bem... Eu também não gostei. - Sussurra em resposta.

- Quando isso acontecer... podemos falar um para o outro? - Pergunto, esfregando levemente o meu nariz contra a pele do seu pescoço. - Do mesmo jeito que não quero sentir aquele sentimento de novo... eu também não quero que você o sinta.

- É uma boa idéia. Podemos fazer isso, então. - Diz, agora parecendo bem mais alegre do que antes. - Pensando bem... o que você fez com aquele idiota?

- Ross cuidou dele por mim. - Sussurro, deixando um sorriso perverso crescer nos meus lábios.

- Nem vou perguntar o que ele fez.

- O importante é que o idiota aprendeu que não é não.

Sinto-o me apertando em seus braços e logo depois alguns beijinhos sendo depositados contra meu cabelo. Fecho os olhos, deixando aquele sentimento quente e eufórico tomar conta do meu ser por inteiro, de um jeito extraordinário. Isso é bom... muito bom.

- Hum, Lou? - Agora é ele que me chama. Ergo minha cabeça para cima, não demorando para encarar aqueles olhos verdes divinos... donos do meu paraíso particular. - Você é o meu tchan. - Sussurra, fazendo referência ao filme que estamos assistindo.

Suspiro sentindo-me fraco com essa sensação tão intensa que esse sentimento me trás. Sorrindo minimamente, beijo a pontinha do seu nariz e depois encosto minha testa na sua antes de responde-lo com uma certeza sobre algo que nunca pensei que poderia ter um dia.

‐ Você também é o meu tchan, Hazz.

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