New security ❄ Im Jaebum

By yOverthrow

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Nalu Holyn Wright é uma garota mais que astuta. Filha do tão reconhecido prefeito da cidade e ainda no início... More

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By yOverthrow

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Palmas
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As palmas que recebemos no final do expediente foi uma forma carinhosa de demonstrar que havíamos feito um bom trabalho hoje.

E mesmo com sorrisos brilhantes e abraços calorosos, minha mente não conseguia manter-se distraída por muito tempo. Eu ainda tinha um último assunto a resolver.

- Realmente, somos uma boa dupla - Jackson disse, piscando para mim. - É uma pena não namorarmos de verdade. Todos iriam achar a ideia incrível.

Cruzando os braços, falei, sorrindo:

- Sinto lhe dizer, mas você só me traria dor de cabeça como namorado. Então, não. Não sinto como se fosse uma pena, mas uma benção. E que benção.

Ele soltou leve uma gargalhada.

- Fala sério, Nalu. Eu seria o melhor namorado do mundo pra você. Sou bonito, engraçado, gente boa...

- E galinha - completei, sem piedade.

Jackson deu de ombros, divertindo-se com a situação.

- Ponto interessante. Mas ninguém é perfeito.

- As pessoas geralmente tentam.

- Não é divertido assim - falou, mantendo o sorriso. - Foi bom trabalhar com você hoje também, senhorita filha do prefeito. Até a próxima vez.

- Igualmente, senhor garanhão de olho roxo.

- Se cuida, certo? Vê se pega leve naquela balada.

- Eu sei aproveitar e cuidar de mim mesma, relaxa.

- Aham - ele concordou em desdém, olhando para trás, como se tivesse avistado algo interessante.

Seguindo seu olhar, curiosa, encontrei Im Jaebum. Ele estava com a mesma postura de sempre. Arrumado, braços cruzados, corpo reto e atento.

Sempre preparado. Sempre alerta.

E seus olhos mantinham-se fixos em nós.

Fixos em mim.

- Mesmo que não saiba, parece que tem alguém disposto a fazer isso por você, não é mesmo? - ele continuou.

- É exatamente por isso que estou ainda mais animada - falei, sorrindo para o meu segurança antes de voltar minha atenção a Jackson.

- Então... qual é o plano, exatamente? Está pensando em tirar a paciência dele?

- Só um pouquinho - brinquei, fazendo-0 negar com a cabeça.

No passado, todas as péssimas situações a quais me envolvia inocentemente eram pelo mesmo objetivo: irritar todas as pessoas que caminhavam atrás de mim vinte e quatro horas por dia.

Tinha feito isso tantas e tantas vezes, que era fácil deixá-los a um pé de desistir de tudo. Que era fácil fingir ser uma pessoa maldosa.

Quebrar as regras impostas por papai, fugir nas madrugadas, irritá-los de todos os incontáveis jeitos possíveis, vendo-os desistir, um por um...

Era o mesmo com Sean, quando iniciou seu trabalho comigo e todos os outros seguintes. A única diferente é que apenas dois permaneceram ao meu lado de verdade. E um morreu.

Entretanto, agora, mesmo que falasse a Jackson que iria apenas brincar um pouco com meu novo segurança, não era necessariamente num sentido ruim.

Só estava na verdade desejando algumas horas normais com ele.

Apenas algumas danças. Apenas nós dois, sem o trabalho nos rotulando.

Talvez fosse pedir demais?

Era possível.

Levando em consideração o perigo contínuo nos rondando, esse desejo soava até que irresponsável. Egoísta.

- Sinceramente, coitado dele - Jackson murmurou. - Não faz ideia de onde se meteu. Estou indo nessa, Nalu. Não apronta

- O mesmo pra você. Vê se não é preso de novo, não vou gastar meu dinheiro te tirando de lá outra vez.

Rindo, Jackson passou a mão por meu cabelo, bagunçando-o enquanto dizia que que eu estava falando aquilo da boca para fora.

E revirei meus olhos, vendo-o se afastar e acenar levemente com a cabeça para o segurança, quando passou por ele e atravessou a porta, rumo a saída.

Estranhei um pouco o fato dele não ter comentado mais nada sobre Scarlett e Jiyoung, mas também não comentei. Porque isso me traria lembranças de Sunjae e a revolta dentro de mim cresceria a tal ponto, que iria desejar sair correndo para aquela sala apenas para socá-lo várias e várias vezes.

- Por que estavam olhando para mim? - a voz de Jaebum surgiu em minha frente, assustando-me.

Fiquei tão distraída em meus próprios pensamentos que sequer havia notado o mesmo se aproximar.

- Você faz barulho quando anda? - perguntei.

Ele pareceu confuso.

- O quê?

- Estava parado ali na porta há alguns minutos e do nada, apareceu aqui. Não senti sua presença vindo.

- Porque estava com os pensamentos nas nuvens. Não notou? As pessoas estão indo embora. Por acaso está  pensando em ficar aqui sozinha?

- Não sozinha. Eu tenho você pra me fazer companhia à noite toda, sabe? - eu pisquei, sorrindo enquanto olhava ao redor.

- Ainda não respondeu minha pergunta.

- Bem, Jackson estava dizendo que acha você bonito - menti. - Óbvio que concordei.

- Certo, e quer quer eu acredite nisso?

- Por que não acreditaria? Acha que eu mentiria sobre a sua beleza genuína?

Ele deixou escapar um pequeno sorriso.

- Está me provocando.

- Estou - respondi, sorrindo também. - Mas se ele chegasse a perguntar isso algum dia, a resposta ainda seria a mesma.

De repente, o sorriso cresceu.

- As vezes, acho que você não tem noção das coisas que faz - disse num tom amigável.

- Claro que tenho. E gosto de ver você sorrindo, deixa as coisas mais leves.

- Estou trabalhando, Nalu. Sorrir significa demonstrar fraqueza. Não posso deixar minha guarda baixa.

- Tem medo que alguém ataque você, amigão? Se for o caso, pode relaxar, só faço isso entre quatro paredes - eu provoquei.

Queria diminuir um pouco mais o clima estressante que surgiu desde o acidente de Holden. Queria fingir que tudo estava normal. Porém, por mais que tentasse continuar minha vida de sempre, estava nítido que as coisas não iriam se manter assim.

- Você se saiu bem - Jaebum mudou de assunto. - E todos pareceram felizes com o desempenho do casal.

- Você e eu? - questionei, fazendo-o cruzar os braços, enquanto tentava não sorrir.

- Então somos um casal?

- Então não somos um casal?

- Eu ainda não fiz o pedido oficial.

- E por acaso estava pensando em fazer? Quando? - cruzei meus braços também, curiosa.

Estava apaixonada por ele, mas pensar em namorar era assustador. Mesmo sendo eu a pessoa que tocou no assunto.

Jaebum deu um pequeno passo para frente e olhou ao redor. Seu rosto próximo, até que sussurrou:

- Entre quatro paredes, talvez?

Então voltou para trás, sorrindo após arrepiar todos os pelos do meu corpo.

- Não ache que vou esquecer disso.

- Eu sei que não vai.

Ainda sorrindo, lembrei-me de mais cedo. De quando acordei e não o vi mais ao meu lado. Do seu sumiço a manhã toda.

- Não tive tempo de perguntar antes, mas pra onde foi hoje?

- Como assim?

- Você não estava lá quando acordei de manhã. Nem quando desci para tomar café da manhã. Só descobri que estava com Holden porque Tereza me contou. Me trocou por ele? Estou começando a achar que sim, amigão.

- Isso é ciúmes, Nalu Holyn Wright?

- Por causa do meu pai? Eu sei que o físico dele é melhor que o meu, até porque ele faz exercícios, mas eu não tenho ciúmes do meu próprio pai.

- As pernas dele são bonitas mesmo - o segurança falou. Até que continuou: - Mas... eu prefiro as suas.

Senti meu rosto formigar e uma claridade pegar-me desprevenida enquanto pensava em algo digno a altura para responder-lhe de volta. Olhando para o lado, um fotógrafo havia tirado uma foto nossa.

Jaebum começou a se aproximar dele, mas interferi, quando o mesmo pronunciou:

- Desculpe. Deveria ter avisado. Só achei que... não sairia do mesmo jeito caso pedisse.

- O expediente acabou - eu disse, com um sorriso educado nos lábios.

- Eu sei, mas... espera, olhe isso! - ele remexeu em alguns botões da câmera e mostrou a fotografia para nós. - Eu só quis salvar esse momento. Estão vendo? O jeito como estavam se encarando... não quis estragar isso pedindo uma fotografia.

Fiquei um pouco boquiaberta. Porque realmente, a foto havia ficado linda.

Ambos de frente um para o outro, nos encarando como se mesmo em puro silêncio, nossos olhos pudessem se comunicar tranquilamente...

O típico clichê.

Como ninguém falou nada, ele remexeu sua atenção entre mim e o segurança.

- Desculpe. De verdade. Se não agradar vocês, posso apagar e...

- Não - neguei rapidamente. - Não precisa apagar, eu gostei. Gostei tanto, que quero comprar a foto.

- O quê? - o garoto pareceu surpreso.

Vendo-o com mais atenção, notei conhecê-lo. Era um estagiário que Sungjae havia contratado poucos meses atrás.

- É o seu trabalho. Você é fotógrafo, afinal de contas. Tirou uma foto maravilhosa e merece uma recompensa por isso.

Observei meu segurança e sorri. Ele me olhava confuso, então murmurou:

- O que tem em mente?

- Essa é nossa primeira foto juntos, amigão. Não quero simplesmente apagá-la. Porque meu objetivo é aumentar ainda mais isso. Ter mais lembranças com você.

Fiz Jaebum prometer que iríamos tirar outros fotos com o estagiário e passei meu número para ele, pedindo que avisasse quando as fotos fossem reveladas. Mesmo sentindo-se meio envergonhado pelo dinheiro, acabou aceitando, após agradecer várias e várias vezes.

De certa forma, era apenas o mínimo que eu poderia fazer. Mamãe havia me ensinado que nada era de graça e que o esforço dos outros deveria sim, ser valorizado. Então, nada mais justo que agradecer e pagá-lo.

E enquanto estávamos parados ali, um barulho alto de alto caindo no chão chamou nossa atenção. E notei Park Jinyoung num canto pouco afastado, trocando de roupas. Algo de metal tinha escorregado o seu lado.

- Já volto, certo? - falei rapidamente para Jaebum e comecei a caminhar em sua direção.

Se deixasse para depois, era possível que não conseguisse resolver a tempo.

- Ei, preciso falar com você - eu disse, vendo-o abotoar o último botão de sua camisa branca.

Jinyoung acenou, sorrindo ao pegar a lata de energético caída.

- Claro, está tudo bem?

- É sobre a Scarlett.

Inicialmente, meu amigo pareceu calmo, mas foi só o nome dela surgir que sua expressão ficou séria e ele negou com a cabeça.

- Não quero falar sobre ela, Nalu.

- Acha realmente que ela fez aquilo com você?

- Você acha que não?

- Como amiga, eu acredito nela.

- E como namorado eu digo a você que Scarlett me traiu - ele aumentou um pouco o tom de voz, dada pela frustração. A mágoa. - Não só uma vez. Venho estranhado isso há anos, mas sempre deixei passar porque a amava. E pensei que ela também sentisse algo por mim, mesmo que pouco. Pelo visto, eu era apenas uma muleta para disfarçar todas as coisas que ela aprontava e ainda apronta.

- Jinyoung... - comecei a falar, prestes a tirar o celular do bolso com a tal gravação, mas o modelo foi mais rápido e me mostrou algumas fotos.

Todas elas me deixaram um pouco boquiaberta. Principalmente porque não dava pra contestar aquilo.

- Está vendo? - ele indagou. - Ainda acredita nela?

Nas imagens, Scarlett encontrava-se com alguns caras estranhos, sorrindo para eles e sendo amigavéis.

Não era nada muito grave, até que o modelo mostrou-me outras mais sérias. Mãos entrelaçadas, beijos no escuro.

Todos em locais diferentes. Mas reconheci um em especial. Sungjae estava com ela.

Não só isso, havia uma foto antiga de Mark também. Ela tentando beija-lo frente a sua casa e o garoto se afastando, como se negasse.

Então recordei-me de quanto ele estava completamente drogado. De sua voz embriagada me falando que a minha melhor amiga não era o anjo que todos achavam ser, apesar da personalidade amigável.

Ele tinha me avisado.

Mas cobrinmeus olhos e ignorei o óbvio durante tanto tempo porque amava-a e confiava nela. Assim como Jinyoung.

- Mesmo assim, por que ela iria fazer isso com você? Não faz sentido. Você sempre foi uma pessoa incrível pra ela.

Era inacreditável pensar que Scarlett fosse assim. Passamos tantos anos juntas. Vivemos tantas coisas juntas. Se eu, que era apenas amiga, estava chateada, imagine Jinyoung, cujo sempre foi um ótimo namorado e sempre quis acreditar nela.

E pensar que eu estava a um passo de tentar enganá-lo outra vez, com uma simples atitude inocente. E pensar que me submeti a entrar na maldita sala de Sunjae.

Merda. Eu estava puta da vida.

- A Scarlett que conhecemos não é a Scarlett de verdade, Nalu - ele falou com um semblante triste no rosto. - Quer dizer, eu nem sei quem é a Scarlett de verdade. Mas agora, olho para tudo o que vivemos juntos como uma farsa. E quando paro para pensar, me odeio por isso. E odeio ela, porque apesar disso, ainda a amo. Mesmo assim, não posso continuar fingindo que ela não fez essas coisas comigo, Nalu. Não posso fingir que ela não me traiu, ou que ela me ama incondiconalmente. Amor não é assim, em hipótese alguma. Amor não é essa falta de consideração maldita. Por isso, por favor, não me peça para voltar com ela. Nem se Jesus cristo aparecesse na minha frente implorando por algo assim eu aceitaria.

Mordi o lábio inferior, sentindo-me culpada. Na situação atual, Park Jinyoung tinha razão em querer um pouco de paz.

Ele tinha que deixar tudo isso passar.

Toda essa mágoa e dor, eu entendia.

E me sentia uma idiota também.

Porque ainda assim, queria ouvir o lado de Scarlett. Queria dar-lhe uma chance de ouvir sua versão nisso tudo, ao invés de somente julgá-la.

Mas pensar que Sungjae estava certo sobre as coisas que falava dela... apenas a possibilidade fazia meu estômago revirar em desconforto profundo.

- Sinto muito, de verdade - eu falei, porque era a única digna a se dizer no momento.

Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios e ele pegou a mochila apoiada no chão.

- Eu entendo que tenha confiado nela. Eu também confiei. Mas é isso. Nosso fim.

- Soa tão estranho.

- É - confirmou. - Não sei como as coisas vão continuar entre vocês duas e não quero me envolver. Mas... seja cuidadosa, ok?

Acenei, vendo-o se despedir de mim e voltei para perto do segurança outra vez.

Sentia como se todas as máscaras estivessem caindo. E que fosse mais difícil confiar em qualquer pessoa.

- Ela realmente traiu ele - murmurei para Jaebum. - Não é esquisito como as vezes, coisas que você acredita ser real não passam de pura imaginação? Somos tão idiotas.

Não queria julgar, mas aquelas fotos eram auto explicativas. E não dava para contestar.

- O mundo é assim, Nalu. É por isso que precisamos estar sempre atentos com as pessoas que deixamos entrar em nossa vida - ele falou, enquanto andávamos rumo ao elevador.

Quando o mesmo se fechou, o observei por alguns segundos.

- Eu fiz certo, não fiz? - perguntei.

Ele ergueu uma sobrancelha.

- Certo, o quê?

- Deixar você entrar na minha.

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