ilvermorny girl | sirius black

By padfootxxx

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. 𓂃 ILVERMORNY GIRL | a sirius black fanfiction Criada por uma mulher louca e cruel, Rhea di Salles tinha um... More

━━━━ Parte I
Capítulo 1 - O trem e o chapéu seletor
Capítulo 2 - Aluado
Capítulo 3 - A Sala Precisa
Capítulo 4 - A Festa de Boas Vindas
Capítulo 5 - Encarando as Consequências
Capítulo 6 - A Primeira Detenção
Capítulo 7 - Pontas
Capítulo 8 - Lobisomem
Capítulo 9 - O Teste de Quadribol
Capítulo 10 - Detenção em grupo
Capítulo 11 - Senhora das poções
Capítulo 12 - A primeira aula de voo
Capítulo 13 - Manhã de Natal
Capítulo 14 - Hogsmeade - parte 1
Capítulo 15 - Hogsmeade - parte 2
Capítulo 16 - Efeito bombom
Capítulo 17 - Desencanto
Capítulo 18 - Outra de muitas detenções
Capítulo 19 - Precisamos conversar
Capítulo 20 - Querido diário
Capítulo 21 - Angela Cardenas
Capítulo 22 - A melhor festa do ano
Capítulo 23 - Primeiro encontro
Capítulo 24 - Rumores
Capítulo 25 - Duelo
Capítulo 26 - Regulus Black
Capítulo 27 - Semifinal
Capítulo 28 - Surpresa!
Capítulo 29 - O fim do 6º ano
━━━━ Parte II
Capítulo 31 - Sétimo ano
Capítulo 32 - D.C.A.T
Capítulo 33 - Solidão
Capítulo 34 - The Prank
Capítulo 35 - Confissões
Capítulo 36 - Assassina!
Capítulo 37 - 13 de Agosto de 1976
Capítulo 38 - Ordem da Fenix
Capítulo 39 - Encontro triplo
Capítulo 40 - Juntos
Capítulo 41 - Especial 50K
Capítulo 42 - O último pré-recesso
Capítulo 43 - Outros tipos de confissões

Capítulo 30 - O segredo dos di Salles

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By padfootxxx

┏•━•━•━ ◎ ━•━•━•┓
Trinta.

━━━━━━━━━━━━━━━

Cara Rhea,

Estou muitíssimo preocupada com você. O que aconteceu com "vou enviar notícias assim que chegar em casa"? O que eles estão fazendo com você? Se precisar de ajuda e não puder dizer, responda essa carta da maneira que conseguir e escreva "beijos" no final, vou entender o recado e pensar no que fazer. Não vou contar sobre meu verão porque não sou importante agora. Fico esperando notícias suas o mais rápido possível.

Com amor e preocupação,
Angie.

Cara Rhea,

Como está o seu verão? Espero que bom. Angie me disse que não ouviu de você, e eu disse a ela que, às vezes, seu verão está tão bom que nem teve tempo de responder ninguém. Queria poder dizer o mesmo, mas mamãe e papai estão trancados em casa sem poder sair — você sabe, recomendações do Ministério da Magia. Tenho lido O Profeta Diário e a situação não está nada boa para as famílias trouxas. Petúnia está muito assustada com tudo isso e vive descontando em mim, mesmo sabendo que não tenho culpa. Severo tentou passar aqui em casa para me ver, mas pedi que papai dissesse que estou doente porque não quero vê-lo. Se ouvir algo a respeito, fique tranquila porque estou bem. Me mande beijos quando puder.

Com amor,
Lily.

Querida Rhea,

Estou com saudades. Lembra quando disse sobre o jantar? Bem, adivinha só quem é o novo marido de Bellatrix? Rodolfo Lestrange! Se eu precisar aguentar mais um jantar com esse bando de malucos aqui em casa acho que tenho um colapso de nervos. Precisa só ver Bellatrix, está mil vezes pior do que era antes — até Narcisa notou, mas, claro, aposto que ela está feliz porque ficou noiva daquele desmiolado platinado do Lucio Malfoy. Entende o problemão? Bem, fora isso, parece que Walburga sentiu muita saudade de mim e de Regulus, se é que me entende. Regulus vive no quarto e está virando um deles, acho que estou sozinho nessa casa de doidos. Tenho pensado muito a respeito do que me disse no trem. Como está a situação aí na sua casa? Podemos montar um plano juntos se você não estiver bem. Mande notícias.

Com amor,
Sirius

Cara Rhea,

Não quis te assustar com o "com amor" no final da minha última carta. Foi só um modo de dizer. Bom, não é que não quis dizer aquilo, mas você me entendeu. Não responda se não quiser, tanto faz.

Att.,
Sirius.

Caros Sr. e Sra. di Salles,

Aqui quem fala é Sirius Black, isso aí, da antiga e renomada casa dos Black sangue puro. Aposto que Rhea está se saindo como uma traidora do sangue, mas tenho certeza posso convencer ela do contrário se os srs. me deixarem falar com ela. Ouvi dizer que ela está sumida e não responde nenhuma carta, mas aposto que os srs. tem um motivo para impedirem que ela se comunique — imagine só falar com nascidos trouxas! Por favor, peçam a ela para me mandar uma carta e não se esquecer de me mandar beijos.

Atenciosamente,
Sirius O. Black (um sujeito muito puro sangue mesmo).

Caros sr. e sra. di Sales,

Tudo bem, vocês me pegaram. Não sou um Black comum. Quem se importa? Eu que não. Mas sabe o que eu sou? Amigo da família Potter, que, por acaso, é muito amiga de Dumbledore. Então, com todo respeito, eu deixaria Rhea responder as nossas cartas se fosse vocês. Não digam que não avisei.

Falando muito seriamente,
Sirius

Rhea,

Precisamos conversar, descobri coisas que com certeza são de seu interesse. Não posso contar por carta. Você sabe do que se trata. Me responda com urgência.

Att.,
Regulus Black

Rhea,

Eu, Sirius e Bella tivemos uma discussão ontem e mamãe e papai acabaram interferindo. Me desculpe por ter contado sobre você, foi no calor do momento e aposto que ele nem ouviu. De qualquer forma, por favor, ajude meu irmão. Ele saiu de casa, acho que está com os Potter. Precisa convence-lo a voltar, por favor! Ouvi que você não tem respondido suas cartas, mas, se tem qualquer consideração por meu irmão, por favor, faça-o voltar.

Não diga a ele que te contei.

Com estima,
Regulus Black

BATIDAS NA PORTA FIZERAM RHEA ACORDAR DE SEU COCHILO.

Ela se levantou com um pulo, batendo os joelhos na mesa a qual estava sentada e derrubando suco de abóbora em suas anotações. Apressou-se em afastar os pergaminhos, tirando o corpo da mira dos pingos de suco que escorriam pela madeira.

Tergeo — disse a figura que adentrara o porão — Merlim, que bagunça!

Rhea piscou para se situar, perdida no tempo. Não havia janelas no porão, então sequer sabia era dia ou noite. Na realidade, apostava que estava ali por dias a fio, mesmo que parecesse ter passado apenas algumas horas.

— Vou arrumar — prometeu Rhea a avó —, só estava repassando algumas anotações. Veja isso, papai estava idealizando a poção Morto-Vivo!

Celia di Salles debruçou-se sobre a mesa, colocando os óculos fundo de garrafa no rosto.

— Ah sim — concordou ela, rouca —, foi o último projeto do seu pai. Vivia estudando as vagens soporíferas pra criar outra poção. Estava atrás da segunda Ordem de Merlim, o seu pai. Sabe como são esses sonserinos, ambiciosos que só eles.

Rhea sorriu, esfregando os olhos pra afastar o sono.

— Se eu soubesse que meu pai era um sonserino, teria torcido para ter ido pra lá.

Celia sorriu, deixando o óculos pender no pescoço preso pela corrente de esmeraldas. Seus olhos eram tão escuros que mal se viam as pupilas, mas seu sorriso era muito branco conforme esfregava gentilmente as costas da neta.

— E como é que iria saber? — perguntou — Aquela cretina desmiolada... sabe, tentei avisar Adamo, ah, tentei. Disse a ele que os Marquezza não eram a melhor opção para meu filho, disse sim. Mas Adamo só sabia falar sobre Grindelwald naquela época.

Rhea desviou o olhar. Achava que era impossível odiar mais a própria mãe, mas havia sido surpreendida naquele verão.

Aparentemente, tudo na vida de Rhea havia sido uma mentira. Para começar, seu pai nunca havia ido para Ilvermorny — ao contrário do que ela acreditava, que ele era um Pássaro-Trovão como sua mãe e o restante da família materna. Não. Seu pai era um sonserino muito orgulhoso, um dos maiores pocionistas da história. Havia uma estátua de seu pai em uma vila de bruxos no norte da Inglaterra, sua avó havia mostrado fotos. Trabalhara para o St. Mungus antes de receber a Ordem de Merlim e então havia se dedicado totalmente ao preparo de novas poções. Nunca havia pisado na América, morrera antes disso.

Seus avós também não eram o que Rhea acreditava que seriam. Adamo di Salles era um velhinho muito caduco que só se levantava quando extremamente necessário e resmungava mais do que a boca. Um de seus hobbies preferidos era criticar O Profeta Diário e chamar todos os aurores de covardes incompetentes. Segundo ele, teria pegado Voldemort faz tempo se fosse jovem e tivesse mais saúde. Aliás, ninguém odiava Voldemort mais do que Adamo, que nunca perdia a chance de chama-lo de imitação barata de Grindelwald — o seu grande herói — e que jamais chegaria aos pés do que ele foi. Achava Voldemort um desperdício de inteligência, ambição e talento. Vivia xingando todos que comparavam os dois bruxos das trevas, porque, segundo ele, Grindelwald era um grande ativista da causa bruxa, enquanto Voldemort era um bebê resmungão e demasiado mimado. Rhea acreditava que seu avô daria um auror extremamente curioso.

Celia di Salles, por outro lado, era a pessoa mais gentil com quem já convivera. Também era uma grande apoiadora de Grindelwald — afinal, precisava ter um defeito —, mas, paradoxalmente, odiava todo tipo de magia das trevas. Rhea não via muito sentido, mas não quis dizer nada a avó. Celia era grifinória como ela e odiava Antonella talvez ainda mais do que Rhea odiava. Segundo ela, Antonella manchou o nome de sua família na América e os fez parecer loucos. Disse que Antonella era muito burra, também, se pensava que eles não sabiam da existência de Rhea — pelo que Celia pediu desculpas, mas tinham muita idade para ir atrás de Antonella e força-la a apresentar sua filha. Além disso, pensavam que Rhea não queria conhece-los tampouco (o que era uma verdade). A tradição do filho homem era verdade, mas, céus, qual era o problema de uma mulher a mais na família?

— Ela queria que você crescesse desmiolada como ela — xingara Adamo na primeira refeição que tiveram juntos —, tinha pavor de você ter a cabeça no lugar como seu pai e nós.

Depois disso, eles apresentaram o porão da mansão — onde seu pai fazia seus experimentos e estudos — e ficou tão doida que não subia nem para comer. Eram pilhas e pilhas de cadernos e pergaminhos. Seu armário de suprimentos era ainda maior que o de Hogwarts e tinha de tudo um pouco. Tinham até mesmo uma pequena hortinha no jardim dedicado às plantas que seu pai costumava cultivar para seus projetos. Estava inutilizada agora, mas Rhea tinha perguntado a avó se poderiam revive-la e se comprometeu a fazer uma lista de plantas assim que descobrisse quais eram as prioridades de seu pai. Angie iria à loucura.

— Mas agora chega — disse Celia, juntando os pergaminhos espalhados pela mesa em uma pilha —, você precisa comer direito.

Rhea lançou um olhar esperançoso para seu caldeirão.

— Tessa pode trazer comida para mim — rebateu —, estou testando algumas coisas.

Mas Celia tinha o mesmo olhar irredutível que Rhea via no espelho todos os dias.

— Nada disso — respondeu —, vai jantar conosco hoje. E precisa responder as suas cartas! Seus amigos não param de mandar coisa. Um rapaz muito esquisito ameaçou chamar Dumbledore para procurar por você!

Rhea deu um tapa na própria testa.

— Deus! Me esqueci das cartas! — exclamou, desprendendo o robe da cadeira e correndo escada acima. Sua avó deu uma risada soprada antes de pedir para Renna, o outro elfo doméstico da mansão, tirar um pouco do pó lá debaixo. Enrico não deixava que tirassem nada do lugar, por isso ninguém tinha permissão para arrumar o laboratório.

Rhea cumprimentou seu avô — sentado com uma carranca em sua poltrona na sala — e pescou a pilha de cartas do aparador, levando-a até a mesa de centro. Sentiu-se mal por ter preocupado seus amigos.

Respondeu primeiro a de Angie. Contou a ela sobre todas as mentiras de Antonella, sobre seus avós e sobre a horta que planejavam fazer. Pediu dicas para cuidar da terra – Angie era um gênio da Herbologia — e recomendações de livros. Não mandou nenhum beijo, mas deixou claro que enviava amor.

Sentiu-se ainda pior ao ler a carta de Lily. Ela não tinha lido O Profeta Diário — o que lhe despertava um profundo sentimento de egoísmo, porque Rhea estava tão feliz que não queria estragar sua felicidade pensando sobre Voldemort — mas sabia que a situação estava cada vez pior. Sabia, também, que tinha que agir logo sobre isso, o que só piorava o aperto em seu peito. Teria que furar sua bolha cor de rosa uma hora ou outra.

Também não enviou beijos a Lily, mas chamou sua irmã de ignorante e disse coisas ainda piores sobre Severo. Mandou carinho e desejou que tudo ficasse bem, perguntando se tinha algum auror por perto ou se estavam por conta própria. Também disse a Lily para não se preocupar — até ali, aquele era o melhor verão de sua vida e mal podia esperar para fazer novas descobertas sobre poções. Ela sabia que Lily também amava poções e mandou algumas curiosidades sobre as descobertas de Enrico.

Seu coração ficou muito gelado ao ver que tinha duas cartas de Regulus. Já sabendo sobre o que se tratava, preferiu deixa-las para o final, logo deixando seu coração se aquecer de novo ao ver as cartas de Sirius. Ela sentiu uma onda tão forte de felicidade ao lê-las que quis chorar. Não conseguia nem pensar no que a esperava, a vida não podia ser tão boa assim.

Querido Sirius,

Também estou com saudades. Desculpe pela demora para responder as cartas, mas você não vai nem acreditar no verão que estou tendo! Celia e Adamo são dois queridos — acho que a palavra "querido" para Adamo é um pouco forte demais, mas pouco me importo se soar exagerada. A casa é muito linda e me deram o maior quarto da casa! O quarto era do meu pai. Adivinha só? Ele estudou em Hogwarts e vivia brigando com meus avós por não gostar de Grindelwald que nem eles. Enrico realmente odiava a arte das trevas. Além disso, eles nem ligaram que sou menina! Disseram que Antonella inventou muita coisa pra que eu não fosse que nem eles. Estou muito feliz. Não quero fazer planos para o que conversamos no trem, mas ficaria mais do que contente em te ajudar com seus planos pra você ficar feliz também. Sinto muito pelo que está acontecendo, prometo que não demoro mais para te responder. Estamos juntos nessa!

Com amor,
Rhea

Então, com muito enjoo e pesar, ela abriu as cartas de Regulus. Ficou muito mal ao saber que Sirius já tinha saído de casa e sentiu-se culpada por ter demorado tanto para responde-lo. Xingou-se muito
mentalmente e quis chorar mais uma vez. Mesmo assim, preferiu não dizer nada a respeito na carta que mandaria a Sirius, não só porque Regulus pediu, mas também achou que seria melhor respeitar seu momento e deixar que ele mesmo
contasse sobre sua fuga.

Regulus,

O que quis dizer com "ter contado sobre você"? O que contou ao seu irmão? De qualquer forma, não vou pedir que ele volte para casa. Na realidade, fico feliz que ele tenha saído. Você devia fazer o mesmo. Mas, se preferir continuar com isso, deve saber que pretendo começar a organizar aquele jantar aqui em casa em breve. Já falei com meus avós a respeito de receber visitas e tenho a estranha sensação de que eles já esperavam por isso.

Claro que já esperavam, Rhea estava certa de que Dumbledore havia falado com eles.

Venha no jantar. Conversaremos aqui. Não mande cartas sobre isso de novo.

Att.,
Rhea.

Pegando um último pergaminho em branco, Rhea suspirou e apertou os olhos antes de escrever.

Caro Severo,

Nos vemos sexta-feira que vem, às 6 p.m. Traga todos.

Atenciosamente,
Rhea.

Então respirou fundo e despachou sua coruja.

————————————
E aí, gente? Esperavam os di Salles bonzinhos?

Eu amo o pai da Rhea, é o único que não apoiava nenhum tipo de arte das trevas (os avós apoiavam Grindelwald, mas o Enrico sempre foi super contra). A Antonella era uma vaca mesmo.

Espero que estejam gostando.

xoxooo

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