ilvermorny girl | sirius black

By padfootxxx

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. 𓂃 ILVERMORNY GIRL | a sirius black fanfiction Criada por uma mulher louca e cruel, Rhea di Salles tinha um... More

━━━━ Parte I
Capítulo 1 - O trem e o chapéu seletor
Capítulo 2 - Aluado
Capítulo 3 - A Sala Precisa
Capítulo 4 - A Festa de Boas Vindas
Capítulo 5 - Encarando as Consequências
Capítulo 6 - A Primeira Detenção
Capítulo 7 - Pontas
Capítulo 8 - Lobisomem
Capítulo 9 - O Teste de Quadribol
Capítulo 10 - Detenção em grupo
Capítulo 11 - Senhora das poções
Capítulo 12 - A primeira aula de voo
Capítulo 13 - Manhã de Natal
Capítulo 14 - Hogsmeade - parte 1
Capítulo 15 - Hogsmeade - parte 2
Capítulo 16 - Efeito bombom
Capítulo 17 - Desencanto
Capítulo 18 - Outra de muitas detenções
Capítulo 19 - Precisamos conversar
Capítulo 20 - Querido diário
Capítulo 21 - Angela Cardenas
Capítulo 22 - A melhor festa do ano
Capítulo 23 - Primeiro encontro
Capítulo 24 - Rumores
Capítulo 25 - Duelo
Capítulo 26 - Regulus Black
Capítulo 27 - Semifinal
Capítulo 29 - O fim do 6º ano
Capítulo 30 - O segredo dos di Salles
━━━━ Parte II
Capítulo 31 - Sétimo ano
Capítulo 32 - D.C.A.T
Capítulo 33 - Solidão
Capítulo 34 - The Prank
Capítulo 35 - Confissões
Capítulo 36 - Assassina!
Capítulo 37 - 13 de Agosto de 1976
Capítulo 38 - Ordem da Fenix
Capítulo 39 - Encontro triplo
Capítulo 40 - Juntos
Capítulo 41 - Especial 50K
Capítulo 42 - O último pré-recesso
Capítulo 43 - Outros tipos de confissões

Capítulo 28 - Surpresa!

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By padfootxxx


Vinte e oito.

━━━━━━━━━━━━━━━━

DORCAS TINHA APANHADO O POMO.

A arquibancada escarlate estava em festa, inteiramente coberta por fumaça vermelha e dourada. Um enorme leão rugia no centro de uma bandeira esticada sobre os alunos, que a balançavam aos pulos enquanto comemoravam aos berros. James Potter estava no chão, vassoura levantada em triunfo sobre a cabeça e um sorriso de rasgar o rosto. Dorcas estava sob seu braço, segurando orgulhosamente o pomo de ouro.

Rhea apertou os olhos ao saltar para dentro do campo, procurando por Sirius em meio à festa. Era como se tivessem acabado de vencer a taça de quadribol, totalmente caótico. Com o canto do olho, viu Lily correr em direção a James e rodopiar no ar apertada em um forte abraço. Quando James a colocou no chão, Lily estava tão corada que precisou disfarçar e saltar nos braços de Dorcas para parabeniza-la também.

— Procurando alguém? — um corpo surgiu próximo ao seu ouvido, e Rhea abriu um sorriso ao se virar.

— Parabéns! — disse ela, lançando os braços em torno do pescoço de Sirius. Sirius a apertou pela cintura e a levantou no ar. — Duzentos e trinta a cinquenta, huh? Nada mal.

Rhea afundou o rosto nas roupas de Sirius, inalando sabão em pó e suor. Seu corpo ainda estava quente devido à partida e sua respiração soava pesada e acelerada pelo cansaço.

— Derrubei Hendrik, você viu? — perguntou Sirius, seus olhos brilhavam de excitação.

Rhea sorriu.

— Vi James pedir tempo e quase te bater com a vassoura— respondeu, e Sirius deu convencidamente de ombros.

— James deveria ser lufano. Vive pedindo por jogo limpo e reclamando da agressividade.

— Não pode culpar James por brigar com você por ter derrubado alguém do seu próprio time.

Sirius deu de ombros.

— Hendrik me olhou atravessado. James vai entender.

— E aí, pombinhos? — James se aproximou, o rosto totalmente vermelho e os cabelos arrepiados para todos os lados — Festa na Comunal?

— Fatalmente! — rebateu Sirius, passando o braço ao redor dos ombros do melhor amigo — Vou para a Dedos de Mel comprar tranqueiras, e posso trazer algumas cervejas amanteigadas e firewhisky dos Três Vassouras.

James sorriu e tentou se soltar do abraço de Sirius, imediatamente iniciando uma lutinha infantil entre os dois. Rhea quase foi acertada no rosto e recuou.

— Na verdade... — começou ela olhando para Sirius, cuja cabeça espremia-se dentro de uma chave de braço — Tenho uma coisa para você, lembra?

O sorriso malcriado do rosto de James sumiu e ele largou o melhor amigo quase que imediatamente. Sirius se ajeitou, arrumando o uniforme de quadribol no corpo e olhando para Rhea com a boca entreaberta.

— Ah... — sua voz falhou, e Sirius pigarreou — Quer dizer, James, você pode tomar conta disso sozinho, não é?

James, ainda com os olhos castanhos esverdeados arregalados, balançou a cabeça fervorosamente e abriu a boca em uma mistura de espanto e divertimento. Rhea sorriu e começou a andar em direção ao Castelo, olhando sobre o ombro a tempo de ver James fazer um joinha para Sirius e obter um sorriso trambiqueiro como resposta.

— Você vem? — chamou Rhea, e Sirius trotou para alcança-la.

Rhea atravessou o campo, desviando dos alunos extasiados. Foi acertada duas vezes por cotovelos e foi abraçada por um torcedor claramente embriagado vestido como um leão ou um espantalho — o que quer que aquele chapéu fosse. Sirius também precisou parar duas ou três vezes para ser abraçado, algumas garotas nem pareceram notar — ou se importar com — Rhea ao seu lado.

— Então... — falou Sirius, seguindo Rhea pelo gramado após ganhar beijos dos dois lados do rosto de uma garota com forte batom vermelho — Qual é a surpresa?

Rhea arqueou uma sobrancelha em sua direção.

— Uma surpresa.

— Nenhuma dica?

— Você vai gostar.

Sirius mordeu o lábio e sorriu.

— Você vai ter que ser mais específica.

Rhea o olhou de esguelha e empurrou seu braço.

— Tire esse sorriso baixo do rosto — repreendeu ela —, não é nada disso que está pensando.

— Não estava pensando em nada — apressou-se a responder, limpando as marcas de batom de suas bochechas — Mas, vindo de você, acho que seria difícil eu não gostar.

— Estou te levando para uma emboscada com dezenas de Comensais.

— Viu? Eu adorei.

— Ah, cale essa sua boca.

— É sério. — Sirius franziu o rosto e diminuiu o passo — Essa não! Estamos indo para as masmorras, não estamos? Está realmente me levando para uma emboscada.

Rhea parou de andar, virando-se para Sirius ainda atrás dela. Ele fingiu um andar pesaroso e vestiu uma careta como de quem pede por misericórdia, as mãos no peito tapando o coração. Rhea rolou os olhos.

Vem aqui — falou, desenrolando seu cachecol do pescoço e virando Sirius de costas para ela.

— Ahn, Rhea? — chamou, levantando o pano dos olhos enquanto Rhea dava um nó no cachecol atrás de sua cabeça — Eu não quero parecer conservador nem nada, mas geralmente prefiro que me paguem um jantar antes de colocar venda e tudo mais.

— Está bem preso? — perguntou ela, ignorando seu comentário e inclinando-se sobre o ombro do bruxo para ver se o cachecol tapava seus olhos — Dá pra ver alguma coisa?

— Não estou vendo nada. Ai! Quem apertou a minha bunda?

Rhea, que ainda não tinha apertado a bunda de Sirius Black — independente de quantas vezes ele insistisse que ela teria feito — deu um tapa leviano em seu ombro e entrelaçou os braços.

— Me acompanha.

Ele fingiu chorar baixinho.

— É um bom jeito de morrer, sabe. — fungou — Com esse cheirinho de baunilha na cara.

Rhea suspirou.

— Você é sempre assim?

— Atraente? Romântico? Um partidão?

Dramático.

Sirius deu de ombros.

Verdadeiro, eu diria. — corrigiu ele.

Ignorando suas piadas, Rhea guiou Sirius pelos degraus escorregadios da escada de caracol que levava do andar térreo até as masmorras. Agradeceu o perfume de seu cachecol, porque o corredor sombrio cheirava a mofo e umidade, o que entregaria completamente para onde eles estavam indo. Ela conhecia aquele caminho como a palma de sua mão — mesmo se a pessoa vendada fosse ela —, e ficou satisfeita ao usar a chave em seu pescoço para abrir a porta da sala para Sirius entrar. Usara aquelas salas todos os dias pensando em qual seria a reação do garoto quando ela o levasse consigo.

— Continue com os olhos fechados, mesmo depois que eu tirar a venda — Rhea pediu, e esperou uma confirmação para desamarrar seu cachecol e enrola-lo novamente no pescoço. Sirius mantinha os olhos apertados e mordia os lábios para conter um sorriso.

— Masmorras? — perguntou, torcendo o nariz — Credo, Rhea, estamos na Sonserina ou coisa assim?

— Não. — ela respondeu, aproximando-se do rosto de Sirius e segurando seu queixo. — Lembra quando pensou que eu fosse uma lobisomem?

O sorriso de Sirius sumiu lentamente do rosto enquanto ele murmurava algo como um sim. Rhea desceu as mãos para seu peito e brincou com o tecido da gola de seu uniforme.

— Eu pensei que estavam zombando de mim, você e os garotos. Mas aí vocês começaram com aquela história de poção, e insistiram tanto que eu cheguei à conclusão de que devia ser alguma coisa muito importante pra vocês. — Rhea abaixou as mãos e mordeu o lábio, puxando Sirius para perto de um dos caldeirões no fundo da sala — Não sou burra, sabe? Percebi sozinha que você e James obviamente conhecem um lobisomem, e é alguém com quem vocês se preocupam bastante.

— Rhea...

— Espera. — pediu ela — Não quero que me conte quem é, não me importo. Sei que eu disse que são canibais, e...

— Não são.

Ela balançou a cabeça.

— São, são sim. O lobo no homem é. Isso não quer dizer que o homem no lobo seja. Mas é impossível separar homem e lobo durante uma lua cheia, não é? E então eu pensei: é. A não ser que não seja. — Rhea apoiou as mãos na mesa que sustentava seu caldeirão, nervosa com o qual seria a reação do rapaz ao abrir os olhos. — Pensei naquela conversa sobre o Acônito e achei que era melhor estudar e tirar minhas próprias conclusões. — ela coçou as mãos, a lembrança da dorzinha irritante do Acônito passando por sua cabeça — Não é a toa que é chamada de Mata-cão. É muito forte mesmo. Uma dose maior do veneno pode matar até um humano. Uma dose muito fraca não faria nada senão cócegas. Mas aí eu me toquei que, se diluísse o veneno, se enfraquecesse o lobo o suficiente para não enfraquecer o homem, então o homem seria absurdamente mais forte que o lobo nas luas cheias.

Sirius abriu a boca.

— Rhea... Você....

— Demorou um pouquinho — disse, cruzando os braços com receio — e não 'tá pronta, porque, você sabe, não tive como testar. Mas... ah, foi bem divertido fazer. Pode abrir os olhos se quiser.

Sirius foi completamente pego de surpresa. Os olhos azuis pareciam espantados conforme ele
se debruçava na mesa para ter certeza do que via — um líquido cinza-chumbo de cheiro azedo flutuando no fundo do caldeirão. Sirius abriu a boca em um círculo, revezando o olhar entre o caldeirão e Rhea. Rhea estava um pouco afastada, abraçada ao próprio corpo enquanto observava a cena.

— Você fez. — foi tudo o que Sirius conseguiu falar.

Rhea assentiu.

Acho que fiz.

— Eu e James tentamos de tudo. Chegou uma hora que a gente só queria saber se era possível. Queríamos saber se dava... — Sirius balançou a cabeça, os olhos arregalados — Não pensei que você fosse... Ah meu Deus, Rhea, isso aqui é outro nível de poções. Isso aqui é... Como...? Você é... Você... Puta merda. Puta merda, Rhea di Salles.

— Não fique tão animado. Ainda precisa testar.

— Não ficar tão animado? — Sirius perguntou, andando até Rhea sem conseguir desviar o olhar. — Como não vou ficar animado? Você é simplesmente a mulher mais brilhante de todo o mundo bruxo!

Rhea sorriu, ainda um pouco desconfortável. Sirius reparou, segurando gentilmente seus ombros e lançando-lhe um olhar cheio de carinho.

— Rhea, eu não sei nem o que dizer.

— Não é tudo isso que está pensando.

— Nunca ninguém tinha conseguido.

— Ninguém nunca quis conseguir. Quem se importa com a transformação dos lobisomens, Sirius? A grande maioria bruxa não está nem aí. — ela falou. Sabia que era verdade, e sabia que Sirius sabia também. Rhea não tinha preconceito algum. Eram perigosos, claro, mas muito do medo que criavam sobre aquelas criaturas era apenas resultado de anos de discursos elitistas sobre supremacia bruxa. Talvez se os bruxos se importassem mais, se tentassem mais, os lobisomens não seriam tão perigosos assim. Se tivessem criado uma poção que mantivesse o homem acima do lobo nas transformações, talvez o lado humano se sobressairia. E se o lado humano se sobressaísse, qual seria o motivo de temer mais aos lobisomens que aos homens?

Talvez essa fosse a pergunta que ninguém nunca quis fazer.

— Por Merlim, Rhea. — suspirou Sirius, enroscando os dedos nos cabelos da garota — Estou perdido.

— Perdido?

— É. — ele assentiu — Mas ainda estamos indo devagar, não estamos?

Rhea fez que sim. Sirius a imitou.

— Então não posso dizer o porquê.

E lá estava aquela sensação esquisita de novo, aquelas flutuações em seu estômago, a impressão de que seus órgãos estavam em queda livre. Ela foi tomada por um ímpeto de coragem e de auto-consciência.

— Eu também estou. — ela disse.

Sirius piscou seus olhos azuis.

— Está? Perdida?

— Completamente.

— É — ele concordou —, perdidos juntos, então, huh?

— Seria pior se eu estivesse perdida sozinha.

— É. Seria.

Eles se observaram por um tempo. Sirius tinha uma áurea extremamente divertida quando pensava — nem um pouco condizente com ele, contida e séria. Rhea conseguiu ver todo o caos por trás das íris cinzentas e, pela primeira vez, se deu conta de que Sirius estava sofrendo tanto quanto ela. Ele também tinha uma família difícil. Tal como ela e Regulus, também estava na mira de Voldemort e também corria os perigos de dar as costas para ele. Tinham sido criados quase da mesma forma. Compartilhavam quase das mesmas dores e medos. Ambos sabiam mais do que deveriam, entendiam mais do que queriam entender e tinham uma luta a mais para lutar.

Nenhum dos dois sabia o que era amor. Não sabiam como era recebe-lo e não entendiam como deveriam da-lo.

Completamente perdidos.

— Vou conhecer meus avós paternos no verão. — Rhea disparou, pensando que, se não podia ser sincera sobre seus sentimentos, deveria ao menos ser sincera sobre suas ações.

Sirius arqueou as sobrancelhas.

— Aqueles de quem sua mãe a escondia?

Rhea fez que sim.

— Acho que já sabem que sou mulher. Provavelmente vai ser um verão difícil.

— Sinto muito. Acho que vou ter um verão difícil também.

Rhea quis contar o que Regulus lhe dissera — sobre algo esperar por Sirius no verão. Mas ela não tinha informações o suficiente para fazer qualquer coisa além de assusta-lo, fora que Sirius iria querer saber o porquê de Rhea ter conversado com seu irmão. Ela mordeu o lábio e preferiu ficar em silêncio.

— Vou escrever para você durante o verão — continuou ele —, vou sentir saudade de seus comentários espirituosos.

Rhea pensou em seus avós.

— Não sei se vou conseguir responder. Deve ter havido um motivo para Antonella achar que seria razoável me manter longe deles.

Sirius a puxou para perto, e Rhea foi tomada por uma onda de calor no peito ao passar os braços em volta de seu pescoço e abraça-lo. Sentiu o cabelo macio do rapaz fazer cócegas em seu pescoço e fechou os olhos. Ouviu Sirius respirar fundo e rir.

— O que foi?

Sirius não separou o abraço para responder.

— O cheiro. Baunilha, subterrâneo e caldeirão novo. Foi nessa sala, não foi? Na sala do Slughorn, nas masmorras, rodeado de caldeirões novos. Só agora tive certeza. Foi por isso que demorei para perceber.

— Perceber o que?

— Que minha Amortentia era você.

Rhea sorriu e uniu as testas.

— Vamos nos resolver, Black. Você vai ver.

— Vamos. — ele concordou, e depois apontou para a poção de Rhea — Seria muito idiotice minha não me resolver com uma mulher dessas.

Rhea desviou o olhão para o caldeirão.

— Espero que funcione. Vocês vão testar? Eu bebi um pouquinho para ter certeza que não machucaria um humano, e...

— Que história é essa? — Sirius se afastou, franzindo o rosto — Você provou a poção? — Rhea assentiu — Para testar? Testar se não machucaria um humano?

— Ora, de que outro jeito eu teria certeza?

Sirius a olhou de um jeito esquisito, quase assombrado.

— Você é humana.

— Bem observado, Sirius. Foi exatamente por isso que provei.

— Não pode testar uma coisa perigosa dessas em si mesma!

Rhea rolou os olhos.

— Sirius Black me dando sermão sobre assumir riscos? O que é a vida sem algum risco?

Ele arqueou as sobrancelhas.

O que é a vida sem algum risco? — repetiu, então balançou a cabeça — Merlim! Você é maluca.

Rhea sorriu, entregando-lhe um vidrinho.

— Está esperando o que? — ela perguntou — Pegue um pouco, leve pro lobinho misterioso.

Sirius pegou o vidro estendido por Rhea, indo até o caldeirão e afundando o recipiente até que ficasse cheio. Depois, ele levantou a poção no alto e observou o líquido cinzento.

— Isso não parece nada bom.

— Tem baba de lobo aí dentro.

Sirius fez uma careta de nojo e limpou a mão nas vestes.

— Podia ter me avisado antes de eu enfiar os dedos no caldeirão.

Rhea sorriu e observou Sirius guardar o frasco com muito cuidado dentro do bolso.

— É você?

— Eu o que?

— O lobisomem?

Sirius deu risada, estendendo a mão para segurar a de Rhea.

— Não.

Rhea entrelaçou os dedos.

— Eu vou descobrir, você sabe.

— Sei.

— Legal. — rebateu, puxando-o pela mão — Agora podemos ir para a segunda parte da surpresa.

Sirius sorriu.

— Tem mais?

Rhea assentiu, colando os lábios nos dele.

— Essa é a parte que você coloca a venda. — ele sussurrou em seu ouvido. Rhea gargalhou e bateu em seu peito.

— Cale a boca.

Vem calar.

Rhea sorriu. Então se deu conta de que estava feliz. Genuinamente feliz, mesmo ciente de tudo o que esperava por ela dali pra frente. Ciente da guerra e de que não poderia se manter inerte nem se quisesse. Diante de todas as incertezas, de todos os problemas. Estava feliz. Aquilo só poderia significar que a cambalhota de seu estômago e a queda livre de seus órgãos eram coisa boa.

Muito boa.

Silencio!

Não calou pra valer, mas, pela próxima hora, Sirius Black não sentiu falta de falar.

——————————————
Hello!

Só queria dizer que eu fico assustada com a inteligência da Rhea. É canon que a Poção Mata-Cão é muito complexa de fazer — tanto que só o Snape sabia preparar pro Lupin em PdA —, mas a Rhea real é um prodígio em poções depois de tudo que ela passou pra aprender. Ela estuda poções literalmente desde pequenininha e 'tá acostumada com experimentos e com preparo. Fora que o pai dela tem uma Ordem de Merlim por ter criado a poção da memória. Enfim, a gente ainda não sabe se funciona (vão descobrir rsrs) mas só por ter feito alguma coisa eu já fico muito orgulhosa dela.

Espero que estejam gostando! A primeira parte vai ser mais curta do que o previsto, mas to ansiosa pra começar a próxima.

xoxooo

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