Eu decidi deixar o Henry como está, pois a maioria votou no Lucas Till.
"Cara, acorda!" - Hero bate na minha testa após falar.
"Ah?" - perguntei confuso.
"Estava pensando em quê?" - perguntou Sirius.
Na sua irmã.
"Na prova de história" - respondo rápido.
Hero resmunga xingamentos enquanto abre uma latinha de cerveja.
"Aquela professora é uma vadia. Sério, pior que qualquer garota do colégio. Dá encima de mim na cara dura" - diz Sirius.
Encaramos o Reaken, que bebia tranquilamente.
"O que foi idiotas?" - perguntou.
"Cara, ainda não acredito que você pegou aquela professora. A mulher pode ser linda e tudo mais, mas só de escutar aquela voz insuportável... Todo o interesse vai pro ralo" - falo, gruzando os braços.
"Precisa jogar na cara? Eu devia estar com algum problema ok? E parem de falar disso! Peguei essa professora no ano passado, as coisas que aconteceram naquele ano, fica nele e não sai de lá" -
Nessa hora tomamos um susto com um sapato voando na cara do Hero.
"QUE HISTÓRIA É ESSA HERO REAKEN? "
F E R R O U.
A tia Hope está parada na porta do quarto do filho, com uma cara assustadora. O Hero parece aterrorizado, e massagea a cara que foi acertada pelo sapato.
"O que aconteceu?" - pergunta tia Vale, chegando com o tio Kai, Kol, Theo, Klaus e a tia Rebekah.
"Theo, seu filho transou com uma professora. UMA PROFESSORA! Okay, eu já sabia que você fazia essas coisas, mas com uma professora?" - falou irritada. A cara da Hope está muito vermelha.
"Quem é essa mulher?" - disse tia Vale. Ela fala com uma calma que deixa a gente (eu, Sirius e Hero) mais nervosos.
"Professora? Que isso hein" - escuto o Kol falar e dá risada.
"Filho, mais tarde vamos ter uma conversa séria" - diz Theo, para o filho. Meu tio não parece irritado como a esposa, ou com um vislumbre de sangue nos olhos como a Vale. Ele parece só um pai que quer conversar de homem pra homem sobre mulheres.
"Eu não vou perguntar de novo" - falou Vale passando os olhos pela gente, com uma mensagem de : ou vocês falam, ou vão ter um castigo doloroso.
"É melhor falar" - fala Klaus.
O Klaus é o único que não está surpreso com essa conversa toda.
De acordo com os ensinamentos do tio Stiles, isso me leva a deduzir que: o senhor Mikaelson já sabia, ou ele não aparenta estar surpreso pois afinal conhece o neto.
Hero está tão nervoso que não fala nada. A Vale encara o Sirius, o meu amigo engole em seco.
Consigo ver o suor na testa do pequeno, não tão pequeno, Parker.
Quando o olhar mortal de Valentine Parker caiu em mim, eu já falei sem nem perceber.
"Foi a professora de história" - meus amigos me olham.
Vou ter que escutar reclamações deles depois.
Antes que o Hero possa se defender, ou explicar algo. Todos começam a falar ao mesmo tempo.
Tia Vale fala coisas do tipo: "Eu falei Kai! Falei para você me deixar matar aquela mulher naquele dia. Sabia que aquela vaca era uma vadia pedófila. Ah mas eu mato essa lagartixa"
Tio Kai diz: "Você sabia que ela era uma pedófila só porque sorriu para mim? Ai! Não precisa me bater". Valentine tinha dado um tapa bem forte no braço do marido.
Kol no meio da confusão toda, fala: "Que novela! Quando mais preciso do loirinho esquelético, ele está em Hollywood. Cadê a Katherine hein? Depois que casou não vem mais aqui. Mal agradecida, depois de tudo que fizemos por ela! "
Rebekah alterada quase grita com o irmão: "Nik, você precisa seder a sua sala de torturas. Essa vagabunda tem que sofrer por ter se aproveitado do meu sobrinho. Eu mato aquela desgraçada"
Hope quase está de cabelo em pé enquanto grita com o Hero: "NÃO FOI ESSA A EDUCAÇÃO QUE TE DEI. EU VOU ARRANCAR OS ÓRGÃOS DAQUELA APROVEITADORA DE MENORES. E NEM ADIANTA DIZER QUE ELA TE SEDUZIU HERO REAKEN MIKAELSON, TE CONHEÇO MUITO BEM PRA SABER QUE ISSO NÃO ACONTECE COM VOCÊ"
Theo parece desesperado tentando acalmar a esposa: "Hope, amor, fique calma. Deixa para surtar quando for matar a professora. Olha como o nosso filho está, parece que vai morrer a qualquer momento"
Também pensei nisso. O Hero está parecendo que vai morrer, olhos arregalados, pele bem pálida e cara de quem foi para um enterro.
Klaus está com cara de poucos amigos enquanto discute com a irmã: "Rebekah, pare de insistir! Minha sala não é depósito de lixo para receber essa tal professora. Torture ela em outro lugar! Não vou deixar você sujar os meus brinquedos com sangue de barata"
Essas foram as únicas coisas que consegui escutar direito. O resto está tudo embaralhado , pois começaram a gritar uns com os outros. Até o Sirius está discutindo com o Kol.
Aproveito essa confusão para ir no quarto da Luz.
Preciso ver ela. Nem que seja por alguns minutos.
Quase corro para chegar no seu quarto.
Antes que eu bata na porta, ela abre.
"Que gritaria é essa?" - ela pergunta.
Eu demoro para responder, já que fiquei muito tempo olhando para ela.
"Descobriram que o Hero pegou a professora de história" -
"Oh, isso explica o alvoroço. Como foi que descobriram?"- diz.
Entrei no quarto com ela e comecei a explicar. Quando terminei de contar, a Luz dá risada.
Esse é o meu som preferido.
"Me arrependo de não ter matado aquela mulher" - resmunga Luz.
"Mas quase matou" -
Quando o Hero contou para a Luz que trepou com a professora, a Luz pirou.
A primeira coisa que aprendi sobre a familia Mikaelson, todos são ciumentos em um grau sobrenatural.
Lembro que a minha estrela, a Luz, torturou tanto a professora que tivemos que curá-la com sangue de vampiro depois. A mulher quase morre. Lógico que cuidamos de apagar a memória dela.
Luz ainda não queria deixar a gente salvar a professora de história. Deu muito trabalho para tirar a adulta das mãos da adolescente.
"A culpa dela está viva é de vocês!" - acusou.
"Você sabe que sou contra a matar pessoas por coisas assim" - falo abaixando o olhar.
Diferente da Luz e dos meus amigos, não gosto de violência nem de matança. Sei me defender, como lutar e atirar (principalmente estacas de madeira), mas nunca matei alguém e nem pretendo.
Sinto a mão dela levantando o meu queixo.
"Como você pode me amar? Você é tão bom e maravilhoso. Por que Henry? Por que se arrisca em perder a amizade do Sirius, que é como um irmão para você, só por mim?" - perguntou, suspirando.
Tiro a sua mão do meu queixo e a beijo.
Desde que éramos pequenos eu amo essa garota. No início eu pensei que era coisa passageira, mas com o passar dos anos, esse sentimento aumentou cada vez mais.
" No começo, eu me fazia essa pergunta. Por que amo alguém que é impossível para mim? Por que eu arriscaria a minha amizade de anos por um amor? A resposta veio como um tiro certeiro no coração" - falo.
Me aproximo mais dela e olho nos seus olhos.
"Quando se ama alguém, você não se sabe ao certo o que te faz amar. Até você começar a reparar no sorriso, no jeito de andar, no som da risada, na voz, no jeito de olhar, em tudo daquela pessoa. Então acaba percebendo que está apaixonado por tudo o que tem relação com ela. Eu te amo por você ser você. E o motivo de eu arriscar a minha vida estando aqui agora, é porque esse amor me faz fazer loucuras como essa. Pois tenho noção que se o seu irmão, ou o Kol, ou o Kai, até o Klaus, que na minha opinião é o mais assustador, descobrir que estou me envolvendo com você, pode ter certeza que sou um cara morto " - ela dá risada.
"Infelizmente minha familia tem esse probleminha com o ciúmes" - diz.
Concordei, dando risada.
"Sabe Henry, no início eu não queria me envolver com você... Mas depois percebi que em todos os momentos da minha vida você estava lá, me apoiando e ajudando. Quer dizer, só não me apoiava ou ajudava na hora de eu querer matar alguém" - falou rindo.
Sorrio. Fico por trás da Luz, e faço com que ela coloque a cabeça no meu peito. Faço cafuné em seu cabelo.
Fecho os olhos enquanto escuto ela falar.
"Eu amo escutar você tocar piano. Amo quando os seus olhos brilham ao montar em sua moto. Você nunca percebeu, mas quando dá risada, tem mania de mexer no cabelo, eu amo isso. Em resumo das coisas que amo em você: seu jeito de ser, seu caminhar, até seu olhar sarcástico que me irrita as vezes, amo você Henry. Não porque você é fofo e se preocupa comigo, mas sim porque sempre me sinto segura ao seu lado, sinto as famosas borboletas na barriga, sinto que não tenho controle sobre mim " - abro um sorriso enorme.
Quando dei por mim, eu já estava beijando a Luz intensamente.
Luz tira a minha camisa rapidamente.
Fico nervoso com o que pode acontecer daqui pra frente...
Separo a sua boca da minha e analiso ela.
" Você... Tem certeza? Luz eu sou..." - ela me corta.
"Virgem. Eu também sou" - diz, passando o dedo nos meus lábios.
Não demostro, mas estou muito feliz em saber que vou ser o seu primeiro.
"Sua familia pode entrar aqui, ou escutar algo" - falo, encarando a sua boca.
"Tem dois feitiços aqui, um de não deixar nenhum barulho sair daqui, e outro de que ninguém pode entrar sem eu permitir" - sussurra, também olhando para a minha boca.
Nessa tarde, nesse quarto, com a familia biruta da Luz por perto, nós nos perdemos um no outro.
E foi incrível, e repetimos até pegarmos no sono.
[•••]
Acordo assustado com alguém quase arrombando a porta.
"LUZ MIKAELSON, ABRA ESSA PORTA JÁ" - escuto Klaus gritar.
Olhei assustado para Luz, que está igual a mim.
"Vai pela janela. Rápido!" - sussurrou.
Visto minha roupa rápido.
"Nos vemos de noite?" - perguntei, segurando a sua cintura.
"EU VOU ARROMBAR ESSA PORTA" - grita uma voz... Kai.
"Vai vim aqui?" - perguntou, circulando os braços no meu pescoço.
"Vou" - falo, antes de a beijar.
Nosso beijo não foi rápido, ficamos nele até perdemos o fôlego.
Me surpreendo que o Klaus e o Kai ainda conseguiram arrombar a porta.
As vezes esqueço que a garota que eu amo é muito poderosa.
Tento beijar a Luz de novo, mas ela coloca o dedo na minha boca.
"É melhor você ir logo..." - diz.
Sorrio para ela e pulo da sua janela.
Quase tomo uma queda, quase.
Vejo ela me dar tchau pela janela. Pisco um olho para mesma. Depois que ela foi abrir a porta do seu quarto, eu saio correndo até a minha moto.
"Deveria olhar se alguém está por perto quando for pular a janela da minha irmã. Isso é muito clichê" - disse Lucca.
O nerd está sentado na grama, lendo um livro que parece ser de terror, pois tem um homem com a cabeça cortada e várias facas em seu corpo.
Me arrepio.
Garoto estranho.
Lucca fecha o livro e fica me encarando, sem mexer um músculo.
Acho que está analisando o que vou falar, ou fazer.
E tá aí o motivo de eu não ser tão próximo do cara, ele parece um Serial Killer tirado de um filme, onde tem uma mensagem: história real.
"Vai contar para alguém? " - digo, depois de alguns segundos.
Ele tomba a cabeça pro lado e sorri.
"Talvez... Seria interessante ver a sua morte. Nada pessoal, mas não nego uma oportunidade como essas" - falou, como se estivesse com pesar por ter que falar algo.
Arregalei os olhos.
Lucca gargalha.
"É brincadeira. Primeiro que já sei desse rolo de vocês a muito tempo, não faz sentido eu querer falar sobre isso agora. Segundo não tenho tempo no momento para assistir a sua morte. Terceiro, a Luz me mataria se algo te acontecesse por minha causa. E quarto, minha mãe iria ficar irritada com a situação, e de uma coisa eu sei, irritar Valentine Parker é uma coisa que ninguém deseja " - disse.
Solto o ar que eu nem sabia que prendia.
" Obrigado cara " - falei.
" Disponha. Posso te achar patético, entretanto não quero ir em seu enterro" - levanto as minhas sobrancelhas e faço uma careta.
Como eu disse, ele é esquisito.
Aceno para ele e monto logo na minha moto.
Que familia louca.