Riddle encarava atentamente estrelinha se lambuzar com o seu sorvete de uma combinação diferente do qual ele desgostara, enquanto o mesmo tomava seu sorvete de limão com baunilha, ela estava em seu mundinho ao passar sua linguinha pequena pela extensão da massa de sorvete com vontade, Riddle se sentia um pervertido pelo pensamento que se apossara de sua mente naquele segundo, mas, ele prontamente os desvia, não...ela era...boa demais para ser como as outras que passavam pela sua vida.
Os lábios estavam sujos nos cantinhos e Riddle pega um guardanapo rosa do montinho localizado no centro da mesinha verde claro, passa o paninho no rosto bonito de Hope com cautela para não a machucar com o seu jeito bruto de ser, ela o encarava nos olhos com um sorriso nos lábios...um sorriso travesso de quem iria aprontar, no segundo seguinte o sorvete de Hope passa levinho na ponta do nariz do garoto que a encara abismado, ela passara o sorvete em seu rosto...Merlin, essa bruxinha vai me enlouquecer, ele pensava ao encarar a pequena figura meiga em sua frente...uma danadinha, isso sim.
- Você está parecendo um gatinho, Tom - ela ria para o garoto, ele a olhava rir, era tão...fantástico.
Riddle limpa o seu nariz e se volta para o seu lugar em silêncio.
- Você não gostou do meu gatinho? - ela o pergunta baixinho e envergonhada, achando a idéia idiota, ele era um garoto sério, obviamente não iria gostar das brincadeiras de Hope.
- Eu...eu gostei do seu gatinho, me deixou bonitinho - ele diz mais baixo que ela, merda, por que ele tinha que querer a agradar? Que tipo de feiticeira seria Hope Peverell para faze-lo dizer tamanha tosquice? Ele se perguntava ao olhar ela lamber seus dedos pequenos e lambuzados como uma criança, merda, ela é tão...preciosa, ele pensava ao encarar a mulher sorrir feliz para o seu sorvete, ela se irritava com compras de roupas, mas, amava tomar sorvete...outra anotação mental de Riddle, Hope Peverell é o oposto mais gracioso de todas as damas da sociedade da época.
- Vamos para casa, Tom? - ela o questiona ao terminar de comer seu sorvete.
- Vamos - ele paga pelas massas na sorveteria e eles aparatam para a mansão Peverell.
- Tom, muito obrigada por me acompanhar - ela o agradece ao adentrar a casa tirando seu chapéu e seu casaco, assim como o garoto - está livre para fazer o que quiser, o jantar é as 20h, pode ser? - ela o questiona sorrindo.
- Sim, sem problemas, senhorita Hope - ele diz vendo a mulher subir pelas imensas escadas e sumir de sua visão.
Riddle respira fundo e decide ir para o seu novo quarto, onde ele se permite cair na cama e pensar em estrelinha, ah como era bonita a pequena estrelinha, ele suspira ao ver algo se incomodar em suas calças...oh que deselegante, ele pensa ao desviar seus pensamentos da jovem mulher que dormia no quarto em frente, a verdade é que Riddle pensava no que a jovem mulher estava fazendo neste momento.
Hope estava concentrada em não gritar de medo pelo rato que se encontrava em seu quarto, ela sem perceber mandava avadas pelo vento e ela nunca sequer tinha lançado uma e agora pelas suas contas já havia mandado mais de cinco.
Ela estava em cima da sua mesa e pra piorar com apenas um roupão fino de seda que mostrava exatamente o contorno do seu corpo e dos seus seios, os seus cabelos longos negros estavam molhados e pingando no roupão pelo banho relaxante de segundos atrás.
Hope não queria chama-lo, se sentia uma tola por ter medo de ratos, ela não conseguia nem ao menos dizer um feitiço para tentar pegar o rato nojento, quando mais uma vez ele passa em sua frente se demorando em sair dalí, ele a estava encarando em desafio, ela pensa e imediatamente ela sente o medo a atingir e:
- TOM, TOM, POR FAVOR - ela grita assustada pelo garoto que no mesmo instante saí correndo da banheira do seu quarto com a toalha na cintura e a varinha na mão, quase caíndo no corredor por estar todo molhado.
Ele abre a porta do quarto dela já dizendo o primeiro feitiço que seu cérebro consegue lembrar ao pensar em estrelinha em perigo:
- Avada...