Amigos Con Derechos

Por autoragoldie

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"- Calma lá, quem está te pedindo algo sério? Fiquei sem reação por alguns segundos. - Se você gostou, qual... Más

Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Epílogo
Nota Final

Capítulo 26

299 30 187
Por autoragoldie

"Siento
Que no te he dejado de pensar
Desde ese momento
Que contigo estaría bien
Que tus ojos son perfectos yPienso
Que ya es hora de empezar
Algo en serio
Y creo que nada me impide
Decirte que estaría bienBesarnos una vez y otra vez
Hacer el amor por siempre, una y otra vez
Tocarnos una vez y otra vez
Sentir tu piel junto a la mía una vez"
(Una Y Otra Vez – Manuel Medrano)

– Me envolvi tanto com esse caso, você nem imagina.

Comentei, minutos depois, já no carro de Cristián, enquanto o rádio tocava uma música de bachata, como aquelas que o goleiro sempre ouvia. Nesse momento percebi que, de alguma forma, senti falta disso.

– Eu imagino sim – Ele sorriu – O que você fez por esse garotinho foi muito especial. O que você faz pelos seus pacientes, num geral... É surpreendente. Sério!

– Ah, obrigada! – Comentei, observando a paisagem por fora da janela, que passava rápido por nós à medida que Cristián nos guiava pela cidade – O meu jeito de lidar com a medicina é cansativo, eu confesso. Seria mais fácil me blindar e não me envolver, mas eu não consigo. Não consigo ver o paciente como um número ou como a própria doença, sabe? Ele tem uma família, tem uma história. Não dá para desistir assim tão fácil do amor da vida de alguém. E quando o resultado do esforço é positivo como foi hoje com Mateo, eu sinto que valeu à pena.

Suspirei.

– Eu só vou precisar de um mês de férias para compensar o tumulto que foi essa última semana. Mas faria tudo de novo!

Comentei em tom de brincadeira e o goleiro me olhou com ar surpreso.

– O que foi?

Perguntei, percebendo a mudança de fisionomia.

– Não, é que... eu... sobre isso...

Ele gaguejou por alguns segundos e agora já era eu quem o estava olhando com surpresa.

– O que foi?

Questionei mais uma vez.

– Terei uma pausa no calendário de jogos na próxima semana. Aluguei uma casa em Marbella, que é minha praia favorita, porque já faz algum tempo que Sofia está me pedindo para ir à praia e ela estará comigo nesta data – O jogador explicou, sem olhar muito para mim, parecendo tenso quanto a qual seria minha reação – Por que você não vem com a gente?

Engoli em seco quando ele terminou de falar, tentando processar o que acabara de ouvir.

– Eu sei, Cari, que da última vez que conversamos você ainda estava chateada comigo. E você estava coberta de razão. – Ele tomou a palavra novamente, ao perceber que não me manifestei – Mas eu queria uma oportunidade de me desculpar. De tentar de novo, de um jeito diferente, se você quiser.

Cristián pareceu tomar coragem para dizer essas palavras olhando diretamente para mim:

– Nós podemos ir devagar, como se fosse a primeira vez. Passos lentos na parte rasa, até chegar mais fundo. No seu tempo.

O jogador disse, em um sorriso tímido.

– Desculpe – Ele riu – Eu nem sei se é o que você quer, mas... Se você puder, e quiser ir, é só me dizer. Tudo bem?

– Tudo bem – Respondi, com um sorriso amarelo e o coração errando as batidas, dentro do peito. Estava nervosa, um pouco envergonhada e, ao mesmo tempo, de alguma forma, um tanto tentada a aceitar o convite.  – A gente se fala.

– Sofia vai ficar muito feliz se você for. E eu também! – Castillo disse, sorrindo e destravando a porta para que eu descesse do carro – A gente se fala!

– Tchau!

Acenei timidamente, caminhando em direção ao meu prédio e o goleiro acelerou pela rua logo que passei pelo portão.

– Eu acho que você deveria ir, Cari. Quando foi a última vez que você tirou férias? Deve ter um crédito de meses, com o hospital.

Mandy disse, quando contei a ela.

– Bom... Conseguir folga não vai mesmo ser um problema. – Concordei, rindo, tentando buscar na memória a última vez que deixei de trabalhar por qualquer que fosse o motivo.

– Então? Aproveita a oportunidade. Se todo mundo merece uma segunda chance... Acho que pode ser o momento ideal de permitir que Castillo tenha a dele.

Ela falou e eu assenti.

Eu sabia que, com esse convite, Cristián esperava ouvir mais do que apenas "vou à praia com você." E, sobre essa parte da resposta, eu ainda estava buscando um jeito de dizer a ele que topava, sem parecer muito entregue. Não queria que, no fundo, ele pensasse que isso me faria esquecer tudo e ficar totalmente em suas mãos. Parecer vulnerável era um dos meus maiores medos.

– E, além do mais, se por acaso o clima não estiver muito bom entre vocês, tem a criança... Dá para se envolver nas brincadeiras com ela e se distrair. – Ela dizia, com tanta certeza que acabei rindo – Sem contar que você precisa de uma praia, garota. Veja essa pele, branca como a de um vampiro. Cristián está lhe fazendo um favor.

Eu ri e disse, logo após me recompor:

– Certo, amiga. Tudo bem! Já entendi que você quer que eu vá.

– E você? O que quer?

Ela perguntou.

– Quero ir também!

Respondi, em tom envergonhado, me rendendo a confessar a vontade que sentia por dentro.

Dizem que o tempo é um bom curandeiro e eu tinha que concordar.

Quando ouvi todas aquelas coisas que Cristián disse sobre mim ao pensar que eu não o ouvia, pensei que jamais voltaria a olhá-lo sem desprezo outra vez. Porém, o tempo passou e esse sentimento amenizou. Ele me pareceu arrependido de verdade.

Sem contar que, com a doação de brinquedos para o hospital e ao tratamento de Mateo, Cristián tocou em um ponto fraco meu e me peguei pensando inúmeras vezes que, alguém que se dispõe a isso, não pode ser uma pessoa ruim. E, de fato, eu não conseguia ver maldade em Cristián. Nem sequer em uma parte de si.

Se essa pessoa me dizia tão fervorosamente que nunca quis me machucar e que se sentia tão mal assim por tê-lo feito, eu não conseguia negar a ela a chance de se redimir.

Resolvi aceitar o convite. Sem expectativas, somente o coração aberto.

Combinamos data e horário de nos encontrarmos e, entre a semana que separou a data do convite da data da viagem, não conversamos sobre nada além dos detalhes como previsão do tempo e organização de malas. Como grandes amigos à espera de um evento importante.

Pedi autorização e deixei tudo avisado no hospital. Como eu imaginava, não foi difícil conseguir os dias de folga aos quais eu tinha direito.

Dormi mal como uma criança ansiosa pela viagem do dia seguinte, mas, mais ainda por tudo o que ela envolvia. Eu não podia evitar sentir muito medo de me envolver com Cristián e acabar me decepcionando, de novo, ou pior. Esse parecia ser o desfecho padrão de sempre, na minha cabeça.

– Papai, ela está ali!

Sofia foi a primeira a me ver, parada ao lado do totem de check-in do aeroporto de Barajas, que atende a capital espanhola.

Abri os braços e um sorriso bem grande, me abaixando na altura da pequena, para que ela corresse até mim, me recebendo com um abraço.

– Tudo certo com o check-in?

Perguntei. Já tinha feito o meu e faltava pouco para a hora do nosso embarque.

– Tudo certo! Resolvi tudo pelo celular.

Cris sorriu, de orelha a orelha, vendo o apego da filha comigo.

Caminhamos juntos até o portão de embarque e nos entretemos com jogos de mão até que finalmente pudéssemos embarcar para as próximas 4h que nos separavam de Málaga, a primeira parada antes de irmos à linda cidade de Marbella, na Costa del Sol.

– Quer vestir seu casaco?

Cris perguntou a Sofia, algum tempo de vôo depois.

A garotinha quis se sentar na poltrona do meio, entre seu pai e eu – que fiquei do lado da janela – e quase não tive a oportunidade de conversar com Cristián, sentado na poltrona do corredor.

O ar condicionado estava bem frio e ela assistia a um desenho infantil no próprio iPad.

– Aqui está.

Ele disse, logo que ela assentiu, pegando o agasalho em sua mochila de mão.

Pouco tempo depois, enquanto a pequena ainda se aconchegava no casaco, ouvimos a comissária de bordo solicitar a atenção dos passageiros:

– Atenção, senhores passageiros, gostaríamos de solicitar auxílio médico. Caso haja algum médico voluntário à bordo, pedimos a gentileza de se apresentar a algum membro de nossa tripulação. – a comissária disse, duas vezes, e por fim agradeceu – Obrigada.

– Oh! – Sofia exprimiu surpresa, cobrindo a boca com uma das mãos – Cari, você é médica!

– Sim, querida. Vou até lá ver do que precisam!

Respondi, desabotoando meu cinto de segurança e me levantando.

– O que houve?

Cristián perguntou, percebendo a movimentação, tirando os fones de ouvido através dos quais assistia algum dos filmes disponíveis na tela do avião.

– Solicitaram auxílio médico. Alguém deve ter passado mal!

Respondi, sem precisar de muito esforço para me locomover até o corredor porque as poltronas que Cristián escolheu tinham um bônus de espaço conforto para as pernas.

– Espero que não seja o piloto!

Cristián comentou, em ar descontraído, apesar da possibilidade ser tensa de verdade.

– Com licença, eu sou médica. Ouvi que solicitaram ajuda!

Falei ao primeiro comissário que vi.

– Sim. Temos um passageiro inconsciente. Por favor, me acompanhe.

Ele respondeu, parecendo aliviado por eu ter me prontificado a ajudar.

Preenchi alguns documentos de identificação e caminhamos juntos até a parte de trás da aeronave, muito mais longe das poltronas super-confortáveis de Cris, onde avistei um passageiro deitado no chão e uma acompanhante muito tensa e nervosa ao lado.

– Temos ajuda médica!

O comissário anunciou.

– Eu só não tenho nenhum material aqui – Avisei, de antemão, verificando imediatamente com minhas mãos se o passageiro tinha batimentos cardíacos. Caso contrário, teria que iniciar uma reanimação imediatamente. Por sorte, não era o caso. Eu conseguia sentir sua pulsação – Vocês tem algo como um estetoscópio e um aferidor de pressão?

Pedi, para descartar outras causas mais sérias.

– Sim, doutora. Aqui estão.

Uma outra comissária disse, me entregando uma maleta cheia de itens de uso emergencial. Peguei o aferidor de pressão, o estetoscópio e também um oxímetro para verificar os sinais vitais.

Aferi a pressão e ouvi os batimentos, logo detectando a anormalidade. É relativamente comum que algumas pessoas tenham um quadro chamado de síncope vasovagal em aviões, porque – ainda que o ar seja pressurizado lá dentro – a diferença de pressão externa e interna pode causar uma queda súbita da pressão arterial, resultando em um desmaio.

Prestei todo o auxilio, com exames físicos para descartar causas secundárias; posicionei as pernas do senhor em relevo para estabilizar o fluxo sanguíneo e, assim, em pouco tempo, ele recuperou a consciência e a tensão no lugar diminuiu. A tendência agora era que ele continuasse estável até o desembarque em Málaga, mas me coloquei à disposição para ser solicitada novamente no caso de alguma intercorrência.

Voltei à minha poltrona, onde Cristián e Sofia me esperavam com olhar apreensivo.

– O que era?

Cristián perguntou, logo que voltei.

– Um passageiro se sentiu mal e desmaiou. Fui até lá para garantir que não era algo mais sério e ajudá-lo a melhorar.

Expliquei, me sentando de volta no mesmo lugar.

– Por que ele desmaiou?

Sofia quis saber, parecendo curiosa e assustada.

– O coração dele estava batendo muito devagarinho. – Contei, da forma mais infantil que pude – Mas fiz alguns truques para ele voltar a bater mais rápido, não se preocupe. Ele está bem agora.

– Papai,

Sofia chamou, algum tempo depois de ouvir minha resposta e ficar parada refletindo.

– Diga, meu amor.

– A tia Carina também é um super-herói da vida real, como os bombeiros – Sofi exclamou – ela salva as pessoas.

Ela dizia, com uma seriedade adorável.

– Sim, filha! Ela é. – Cristián respondeu, sorrindo para a filha e me explicando o comentário logo em seguida: – Lemos um livro no outro dia sobre os heróis e heroínas da vida real. Acho que alguém entendeu o conceito direitinho.

O goleiro finalizou, piscando um dos olhos e sorrindo mais uma vez.

Desembarcamos em Málaga pouco depois do meio-dia e um carro alugado já estava à disposição de Cristián para irmos até nossa cidade destino. Eu não entendia muito bem como as coisas funcionavam com o jogador, mas a mim parecia que, de certa forma, as coisas estavam sempre prontas esperando por ele.

Almoçamos na estrada e de lá seguimos para Marbella, onde passaríamos o tempo de descanso.

A casa – bem menor que aquela na qual o goleiro vivia, mas, ao mesmo tempo muito maior do que as casas de tamanho tradicional – era toda construída no estilo coastal, com madeiras e peças de alvenaria em tons claros de bege, mobiliário de palha envelhecida e estofados que variavam suas estampas e a paleta de cores entre o branco, o nude e o azul. Muitos detalhes remetiam ao visual praiano com conchas, peixes e remos na decoração. Para completar, o "quintal" da habitação era literalmente forrado pela areia da praia, de forma que estávamos mais perto do mar do que da rua. O som das ondas, indo e vindo lentamente, e a vista da praia tranquila – quase deserta – até fazia parecer que a casa não se localizava em uma das cidades litorâneas mais conhecidas pela badalada vida noturna.

– Quer ajuda para levar isso lá para cima?

Cristián perguntou, quanto à minha mala.

– Eu consigo. Obrigada!

Agradeci, subindo atrás dele, que também levava sua mala e a de Sofia nas mãos.

– Cari, aqui em cima são três quartos, mas eu disse que poderiam arrumar só dois. Assim, durmo com Sofia na suíte principal e você pode ficar à vontade na outra.

O goleiro explicou, quanto à divisão dos quartos.

– Perfeito. Vou guardar minhas coisas lá.

Adentrei o quarto que Cristián indicou e guardei minhas coisas. Troquei minha roupa de viagem por um biquíni e vesti por cima uma saída de praia com chinelos, uma vez que a programação seguinte envolvia ir à praia.

– Tudo certo? – Cristián disse, algum tempo depois, batendo na porta do quarto, que já estava aberta. – Por que vocês não vão descendo e eu preparo uns petiscos para levar e comermos quando der fome?

O goleiro sugeriu e eu mal tive tempo de dizer "tudo bem" antes de ser puxada pela mão por Sofia, que vestia um delicado roupão de banho com estampa de unicórnios e não poderia se importar menos com o fato de que o pai não iria ao mar conosco agora.

Deixamos as peças de roupa e nossos chinelos pelo caminho, correndo de mãos dadas até o mar, onde mergulhamos de uma só vez.

Passamos longos minutos entre as ondas, Sofia ditando as brincadeiras e eu seguindo e me divertindo, como se tivesse sua idade.

Cristián adentrou o mar sem que notássemos e, numa brincadeira, ainda submerso na água, agarrou nossos calcanhares. Eu e Sofia gritamos de susto, até que em um segundo ele se levantou, rindo, e com as mãos acima da cabeça, posicionadas como a nadadeira dorsal de um tubarão:

– Ataque de tubarão!

Ele gritou, rindo e perseguindo a pequena, que gargalhava enquanto tentava se proteger subindo em meu colo.

Já não faltava muito até o entardecer, mas o clima seguiu leve até o fim do dia. Depois das brincadeiras no mar, fomos para a areia; comemos alguns dos petiscos preparados por Cris, construímos castelos e caudas de sereia e – quando o mar se agitou e a temperatura externa baixou – decidimos que era hora de entrar.

– Quem tem alguma sugestão para o jantar?

Cristián perguntou, quando nos reunimos de novo na sala de televisão, depois de cada um tomar seu banho.

– Marshmallows, papai! Para assarmos na fogueira, como da última vez. – Sofia pediu, parecendo se lembrar. – Você se lembrou de pedir ao tio Iván para deixar marshmallows, né?

– Sim, Sofi. – Ele riu, me explicando em seguida – Iván é o proprietário da casa, ele nos aluga o lugar já com a despensa recheada de tudo o que pedimos – E voltou a falar com a filha: – Mas marshmallows não são jantar. O que comeremos antes?

– Pizza?

Tomei a liberdade de sugerir.

Para mim, noites praianas sempre combinam com pizza. Havaiana, de preferência.

– Para mim está ótimo. E para você, Sofi?

– Perfeito!

A menininha exclamou.

– Certo. Então vou fazer o pedido e, enquanto a pizza não chega, preparo a fogueira para os seus marshmallows.

O jogador disse.

Apesar de termos ficado apenas algumas horas expostos ao sol – uma vez que chegamos à tarde e o dia logo escureceu – Cristián e Sofia já tinham as bochechas levemente avermelhadas, com um charme praiano todo especial.

– Naquele armário ali fica guardado um edredom bem grande – Cristián pediu, ainda preparando a fogueira – Você pode pega-lo e levar até lá para forrar a areia? Eu levo o restante das coisas.

Fui até o armário onde ele apontou, e tirei de lá um edredom que provavelmente fora feito para cobrir uma cama de casal. Caminhei com Sofia até a área externa e forramos a areia diante da fogueira feita por Cristián.

Ficamos ali, apenas desfrutando do calor do fogo, até que a pizza chegou e Cristián foi busca-la.

Me ofereci para ajudar, mas ele não aceitou e, pouco tempo depois, voltou trazendo a caixa da pizza em uma mão e equilibrando na outra: uma garrafa de vinho, duas taças, um suco de caixinha para Sofia, e o pacote de marshmallows com espetos para assar.

– Aproveitei para escolher um vinho. Espero que ele harmonize com... bom... claras em neve e açúcar.

O goleiro brincou. Eu ri de volta.

Posicionamos a caixa de pizza e nos sentamos mais atrás, deixando Sofia livre na parte da frente para assar seus marshmallows. Ela mal comeu uma fatia de pizza antes de dizer que estava satisfeita e que queria sua sobremesa.

Eu e Cristián, porém, continuamos a comer pizza e beber vinho, à medida que a noite ia caindo mais e mais.

Quando se cansou de comer seus merengues assados, Sofia se aconchegou entre as pernas do pai e acabou adormecendo.

– Filha?!

Cris chamou, alguns minutos depois, quando finalmente percebemos.

– Papai vai te levar pra cama. Ok?

Ele disse, se movimentando para ficar de pé e pegar a pequena nos braços.

Comecei a reunir as coisas, pensando em me levantar e entrar com o goleiro, mas ele disse; já de pé, segurando a filha que agora dormia com a cabeça recostada em seu ombro:

– Não precisa entrar. Eu volto já!

– Tudo bem deixá-la sozinha?

Perguntei, preocupada.

– Sim, a casa está trancada e estamos no quintal. Não se preocupe – Ele disse, seguro de que não havia problema – E ela está exausta, vai dormir como uma pedra.

– Se você diz...

Assenti então, voltando a colocar as coisas sobre o edredom.

– Espere aqui que volto num instante.

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