Capítulo 02

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"¿Me darías el derecho
A medir tu sensatez?
Poner en juego tu cuerpo
Si te parece prudente
Esta propuesta indecente"
(Propuesta Indecente - Romeo Santos)

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Deixei que os beijos que ele sabiamente distribuía pelo meu pescoço me guiassem a uma direção completamente oposta da que eu tinha em mente minutos antes. Permiti que ele tocasse a barra da blusa que eu vestia, num claro gesto de reconhecimento, e me permiti sentir. Os beijos, os carinhos, a delicadeza do toque que em tudo contrastava com o corpo másculo, repleto de tatuagens – as quais eu ainda não havia tido tempo de observar com calma.

Virei o pescoço na direção contrária a que ele buscava, apenas para facilitar o acesso ao que ele tanto desejava, e pude sentir a pele ser sugada e prendida entre os dentes. Deixei que ele adentrasse as mãos pela roupa, investindo em carícias por ali, ao mesmo tempo que em seu próprio corpo investia contra o meu, me pressionando na parede e me prendendo ali de mais formas do que eu era capaz de entender.

Senti quando ele me ergueu, segurando meu corpo nos braços ao mesmo tempo em que tentava invadir, sem muito sucesso, o decote do largo moletom que ele próprio tinha me emprestado. Estava confusa, tentando me entregar completamente as sensações que a boca dele, somada ao toque firme na minha coxa,  provocavam; mas sem conseguir interromper o diálogo interno na minha mente me questionando o que estava acontecendo ali e todos os riscos envolvidos. A pressão causada pelos pensamentos fez com que eu afastasse o peitoral de Cristián sutilmente com a mão, sentindo meu rosto corar.

– O que houve, Carina?

O goleiro questionou, a boca avermelhada pelo excesso de trabalho imposto ao meu pescoço.

– Isso é tão... Não sei, estranho.

Respondi, arfando entre uma palavra e outra, tentando recuperar minha respiração.

– Alguém já te disse que você fica gostosa para um carajo vestida com roupa masculina e o cabelo molhado? Por Dios, eres la visión del paraíso.

Ele tentou desviar o assunto, tentando trazer o clima de segundos antes de volta, totalmente disposto a mais uma rodada do que quer que tenha acontecido na madrugada anterior. Cristián era perigoso, no sentido mais delicioso da palavra. Aquele tipo que te faz perder a lucidez, num caminho sem volta.

– Você diz isso para todas ou só para aquelas com que você pretende transar na cozinha?

Brinquei, silenciando as vozes que me mandavam recuar.

– Funcionou?

Ele rebateu, gargalhando deliciosamente.

– Você vai ter que descobrir.

E eu não precisei repetir duas vezes. No minuto seguinte eu já estava sendo colocada em cima da bancada da cozinha, ao mesmo tempo em que, sem nem perceber, já tirava a parte de cima do moletom, que quando foi ao chão, levou consigo a caneca de café que eu tomava um tempo antes.

Olhei para baixo, assustada com o barulho e preocupada por ter quebrado algo na casa do goleiro – eu não teria condições de ressarcir nada, se preciso fosse – onde tudo parecia custar os olhos da cara.

– Desculpa.

Pedi, num susto.

– Ei, tranquila... ¡no pasa nada! – Ele disse, para me tranquilizar, gentilmente trazendo meu rosto de volta para si – Cuido disso depois. Vem cá!

Senti Castillo me encarar vorazmente e permiti deixar a sensação de ser desejada consumir minha pele.

Afastei o tronco do dele, apenas para me apoiar contra a pedra fria da superfície onde fui colocada, ao mesmo tempo que jogava a cabeça para trás, e deixava que ele dedicasse toda a sua atenção ao meu colo, agora completamente desnudo. Grunhi no exato instante em que sua boca entrou em contato com o bico do meu seio, deixando-o ainda mais intumescido.

Amigos Con DerechosWhere stories live. Discover now