Amigos Con Derechos

Af autoragoldie

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"- Calma lá, quem está te pedindo algo sério? Fiquei sem reação por alguns segundos. - Se você gostou, qual... Mere

Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Epílogo
Nota Final

Capítulo 10

251 26 76
Af autoragoldie

"Sé que es mentir decirte que no me gustas
Si quieres la verdad, el amor me asusta
Y aunque me quede callada
Y aunque te baje la mirada
Sé que por dentro soy tan feliz
cuando tú me buscas
...
Si tu me sigues hablando
Vas a hacer que me enamore"
(Flores – Tini)

– Oh meu Deus, não acredito!

Eu disse, me aproximando do homem que avistei de longe sentado em uma das cadeiras da cafeteria do shopping.

Cristián se vestia do que quase podia ser considerado um disfarce: o boné de alguma grife famosa cobria seus cabelos, enquanto uma jaqueta jeans que tinha uma gola alta, cobria praticamente metade de seu rosto.

A fama paga bem, mas tem seu preço também. Para mim, que não abro mão da minha própria liberdade, ter que ir ao shopping vestindo um disfarce para ter alguns minutos de paz me parecia um preço bem caro.

Observando-o de longe, tão bem escondido, até me questionei como pude ter tanta certeza que era ele antes de abordá-lo. Talvez tenham sido os olhos, que, mesmo distraídos na tela do celular que ele manuseava, ainda eram os olhos de Cristián e eu os reconheceria a quilômetros de distância.

– Cari! – Ele exclamou, depois do pequeno susto por ter sido reconhecido e um leve delay até me reconhecer. – Como você está?

– Tudo bem! E você? Como foi de viagem?

Perguntei, me lembrando que em uma troca de mensagens recentes ele havia adiantado que teria uma semana movimentada pelos jogos fora e que não estaria na cidade até quinta-feira, que era justamente o dia em questão.

– Acabei de chegar, acredita? Tenho uma reunião com meu empresário e ele sugeriu que fosse aqui, então vim. E você? O que faz aqui?

As cafeterias do shopping sempre me parecem o lugar ideal para pessoas de negócios se encontrarem e abrirem seus laptops para conversarem sobre questões empresariais enquanto desfrutam de um delicioso café. Era uma pena que, em geral, minhas reuniões referentes a trabalho acontecessem dentro de salas do hospital.

– É uma boa pergunta! – Eu ri. O que eu fazia no shopping mais chique da cidade quando só olhar para as vitrines das lojas dali já estourava meu limite do cartão? – Quebrei meu oftalmoscópio em uma consulta e precisava de um novo. Tenho crédito na loja de equipamentos médicos daqui, por isso eu vim! Amo o café desta cafeteria, então sempre que venho, faço essa parada obrigatória antes de ir embora.

Expliquei, mostrando a sacola na qual coloquei o oftalmoscópio que comprei, junto de uma lanterna clínica que, bom, eu não precisava, mas estava na promoção e eu pensei "ah, por que não?"

– É realmente um ótimo café! Entra aí, falta um pouco até meu empresário chegar... Eu cheguei bem cedo.

Cristián ofereceu e eu pensei mais uma vez "ah, por que não?" antes de aceitar.

– Hum.. Tudo bem! O que você pediu?

Perguntei, adentrando a cafeteria e me assentando no lugar à frente de Cristián, que provavelmente estava reservado para o empresário, mas que seria meu até que ele chegasse.

– Um Caramel Macchiato.

Ele respondeu, chegando mais perto para apontar para a bebida específica no cardápio que eu observava.

Uma curiosidade sobre Cristián é que ele está sempre cheiroso. Algo em mim sempre se questionava se mesmo dentro de campo com todo aquele suor ele conseguia se manter cheiroso assim, porque não houve sequer um momento em que não me surpreendi positivamente pelo perfume que exalava dele.

– É o meu favorito! Vou pedir um também.

Comentei, rindo da coincidência. Cristián fez sinal para que um dos garçons se aproximasse e passei a ele meu pedido:

– Boa tarde! Gostaria de um Caramel Macchiato com duplo expresso, por favor. E uma água com gás.

Falei e o atendente se retirou, após anotar meu pedido.

– Onde você estava essa semana?

Perguntei, colocando a sacola de compras e minha bolsa de mão nos ombros da poltrona onde estava sentada.

– Jogamos em Bilbao e depois em Sevilha.

Ele disse, parecendo meio atônito. Antes que eu pudesse falar algo, fomos interrompidos por outro garçom, que colocou os pedidos à frente de Cristián, anunciando-os:

– Aqui está um Caramel Macchiato com duplo expresso e uma água com gás.

– Acho que na verdade esse é o meu pedido. Mas, ué.. Como chegou tão rápido?

Questionei e o garçom ficou um pouco confuso.

– Na verdade esse é meu mesmo, porque pedi primeiro.

Cris explicou, rindo.

– Pedimos exatamente a mesma coisa? Sem saber?

Perguntei, surpresa. O goleiro assentiu e o garçom riu junto conosco, dizendo antes de se retirar:

– Não sei não, hein? Essa coincidência me parece uma coisa de destino!

Eu e Cristián continuamos rindo da situação, enquanto tentávamos disfarçar o desconforto pelo comentário.

– Fica bem melhor com dois shots de expresso, não é?

Ele brincou, erguendo a xícara antes de provar a bebida pela primeira vez.

Eu assenti, logo buscando um assunto para evitar um silêncio constrangedor:

– Como está a Sofia?

– Sofi está bem! Nos falamos sempre por vídeo-chamada.

O jogador respondeu.

– Quando vocês vão se ver?

Perguntei a primeira coisa que me veio à mente para manter um assunto descontraído, mas logo vi a expressão risonha de Cristián se tornar uma face apática e, sem saber muito bem como me explicar, ele disse:

– Seria no final dessa semana, mas... Sofri uma punição pela última vez que ela esteve comigo e perdi o direito da visita dela essa semana.

– Uma punição? O que foi que você fez? – Perguntei, assustada, sem perceber que estava soando um pouco julgadora. Na minha cabeça, um motivo justificável para um pai ser impedido de visitar a própria filha tinha que ser algo muito grave, o que não parecia o caso, até porque... – A última vez que você esteve com ela não foi justamente no dia que ela passou a noite lá em casa? O que você pode ter feito de tão grave se ela ficou tão pouco tempo com voc... – De repente uma ideia me passou pela cabeça e eu perguntei, extremamente preocupada – Oh não! Não me diga que sua punição foi pelo arranhão que ela levou do meu gato. Foi?

– Bom, na verdade é um pouco por isso, sim. Mas não se preocupe, Cari, não é culpa sua. Veronica sempre procura motivos para que eu seja punido... Eu já esperava por essa.

Ele comentou, ainda envergonhado. Eu não conseguia acreditar.

– Bom, tudo bem, mas não é para isso que deveria servir um juiz? Para que as decisões sejam justas? Eu nunca ouvi falar sobre punições em forma de privação de visitas, isso não faz nenhum sentido! O que seu advogado acha disso?

Eu perguntei e Cris apenas respondeu, parecendo desesperançoso:

– É uma causa perdida, Cari! Meu advogado mesmo disse que preciso aceitar que as crianças são das mães e que os juízes consideram isso.

– Ele disse o quê?

Perguntei, tão indignada a ponto de assustar Cristián. Me parecia inconcebível que um advogado tivesse mesmo dito isso ao seu cliente e ainda mais inconcebível que mesmo sendo um ótimo pai, o jogador fosse prejudicado nas batalhas judiciais que enfrentava pela filha simplesmente por ter um advogado fraco e desinformado a ponto de soltar um comentário como esse.

– Olha, acho que sei uma forma de te ajudar.

Falei, depois de ponderar muito bem e ser vencida por uma voz no meu subconsciente que dizia "O que você tem a perder? Já está envolvida na história dos pés até a cabeça mesmo..."

– Aqui está um Caramel Macchiato com duplo expresso e uma água com gás.

O garçom que me atendeu nos interrompeu, servindo meu café.

– Obrigada!

Eu disse, pegando a xícara.

– Me ajudar? Como?

Cristián perguntou, curioso, tomando os últimos goles de seu café enquanto eu tomava os primeiros goles do meu.

– Preciso fazer uma ligação. Espera!

Respondi, deixando o goleiro visivelmente curioso.

Digitei os números no celular e me levantei para finalizar a ligação, explicando o caso de forma resumida e pedindo por ajuda à única pessoa que tive certeza que poderia intervir nessa situação.

– Cris?! – Chamei, me aproximando novamente do jogador. – Vai fazer algo depois daqui? Quero te levar para conhecer uma pessoa que pode te ajudar!

Falei.

– Não tenho nada programado. Podemos ir!

Cristián respondeu, ainda sem entender, ou talvez sem acreditar que eu pudesse realmente conhecer alguém capaz de ajudá-lo.

– Não vai terminar seu café?

Ele ofereceu, algum tempo depois.

A adrenalina do momento foi o suficiente para me deixar com as pernas inquietas embaixo da mesa, então decidi que consumir ainda mais cafeína não seria uma boa ideia.

– Na verdade... Não! Você quer?

Ofereci a xícara ao jogador, que a pegou e tomou o que sobrou da bebida em um só gole, questionando em seguida se eu sempre deixava o café interminado:

Siempre dejas su café a medias?

– Hum... Não sei?! Deixo?

– Sim. Ou, pelo menos, sempre que está comigo... – Ele riu – Quando ficou presa no jardim e te fiz café para aquecer, até pensei que tinha feito muito forte ou muito fraco, porque você mal o tocou. – Cristián comentou, timidamente – Mas depois eu tomei o resto e me pareceu tudo bem, então não entendi.

Eu ri da preocupação.

– Não é sua culpa! – Comentei, ainda rindo – Eu preciso medir o quanto de cafeína consumo fora do hospital, porque... bem, é mais ou menos à base de café que vivo lá dentro. Então isso acontece. Mas é bom saber que não desperdiço quando você está por perto.

Falei, sorrindo e arrancando dele um sorrisinho.

– Cris?!

Ouvimos uma voz se aproximar chamando o jogador.

– Olá, Bauti. Venha cá! Essa é a Carina, uma amiga. Estávamos conversando enquanto você não chegava.

Cristián disse, quando o homem parou ao lado da mesa.

Estendi a mão para cumprimentá-lo enquanto o jogador finalizava as apresentações:

– Esse é meu empresário, Bautista.

– Prazer! Já estou de saída, vou deixar vocês à vontade. – Falei, me levantando. – Você me avisa quando acabar? Estarei por aqui.

Pedi e Cris assentiu, confirmando.

Depois de gastar tempo literalmente apenas olhando as vitrines e caminhando pelo shopping, Cristián avisou que já estava a caminho do estacionamento. De onde seguiu meu carro até o destino ao qual combinamos que eu o levaria.

Chegamos à pequena mas confortável casa, que eu conhecia tão bem. Eu sabia que o anfitrião fazia questão de ser avisado com bastante antecedência ao receber visitas, mas esse caso era urgente e eu não pude evitar. Tinha certeza que ele entenderia.

– Quem mora aqui?

Cristián perguntou, parecendo meio desconfiado.

– Você logo vai saber!

Respondi, guardando o segredo pelos últimos minutos.

– Perlita!

Eric exclamou ao me ver, me recebendo com um abraço apertado.

– Cris, esse é Eric, meu irmão. E esse é Pablo, seu esposo. – Eu disse, apontando para os dois rapazes parados à nossa frente, finalmente revelando a Cristián quem eu o havia levado para conhecer. Em seguida completei: – Meninos, esse é Cristián! O amigo de quem falei com vocês.

– Como vão?!

Cristián apertou as mãos dos dois e eles retribuíram.

– Vamos entrar! – Pablo disse, abrindo passagem – Aqui dentro podemos conversar com mais calma.

– Claro, com licença.

O goleiro disse, adentrando a casa logo depois de mim.

Caminhamos até a sala de estar e fomos convidados a nos sentar nas poltronas em volta de uma pequena mesa de centro.

– Certo, Perlita, como posso ajudar? Você não foi muito clara no telefone.

Meu irmão perguntou, me chamando mais uma vez pelo apelido que me dera anda na infância e que, de tão único, fazia muito tempo que eu não ouvia.

Desde que nasci, Eric me descrevia para as pessoas como a "pequena pérola" da casa, a filha favorita dos nossos pais. Daí o apelido, "perlita".

Eu não podia negar que adorava meu título e também os benefícios que vem junto com o fato de ser a pedra preciosa da família.

– Cristián, Eric é advogado e trabalha com direito familiar. – Expliquei, primeiro ao Cris, antes de explicar a situação diretamente ao meu irmão – Sou suspeita para dizer, mas ele é muito bom no que faz! Queria que você desse uma chance para ele avaliar sua situação e talvez te ajudar com a questão da restrição de visitas a Sofia, ou até com a questão da guarda em si.

– Claro! Podemos tentar sim. Se você acha que há algo que possamos fazer...

Cristián prontamente concordou, com um traço de esperança surgindo em seu rosto.

– E em que exatamente eu poderia ajudar?

Eric reforçou que fazia pouca ideia sobre a situação, então logo Cristián começou a explicar toda a história, desde o começo.

– Bom, eu preciso de algumas informações a mais sobre o caso para poder falar com propriedade, mas acredito que possamos recorrer sobre esse pedido de suspensão das visitas. Seu advogado não sugeriu isso? É um procedimento padrão.

Eric disse, parecendo meio confuso.

– Hum... Não.

Cris respondeu, torcendo a boca.

– Você recebeu uma intimação judicial sobre isso, certo? Por acaso tem uma cópia aí que eu possa dar uma olhada?

Meu irmão perguntou.

Eu, médica, e Pablo, chefe de cozinha, permanecemos no local apenas a fim de dar apoio moral aos rapazes. Afinal, nenhum de nós dois entendia uma palavra sequer do vocabulário jurídico que Eric dominava e que Cristián parecia entender tão bem.

– Na verdade, tenho sim. Espera um momento!

Cristián respondeu, se esforçando para puxar o celular para fora do bolso da calça. Em alguns segundos acessou sua caixa de e-mail e localizou o arquivo em questão, entregando o aparelho para que Eric conferisse.

– Cristián... O que ela alega aqui, é que a criança não está em segurança quando está sob seus cuidados e que você tem delegado sua função a terceiros, que não tem proximidade com a criança. – Ele disse, analisando o documento – Mas, pelo que a Carina me adiantou, esse foi um fato isolado, não foi? E ela não era uma desconhecida para a criança também.

– Sim, é verdade. Mas em que isso muda?

Cris parecia confuso.

– Bom, é motivo suficiente para se recorrer. Você pode justificar e provar que a criança é sim bem cuidada e que essa situação foi um incidente.

Meu irmão explicou.

– Daí será feito um novo julgamento. E acho bem improvável que não atendam o pedido de reconsideração. Se deixar em minhas mãos, é uma causa ganha, modéstia a parte.

O advogado completou, ainda parecendo descrente no conteúdo dos documentos que via pelo celular.

– E, enquanto esse recurso não for aprovado, ele segue afastado da filha, Eri? Quanto tempo você acha que demora?

– Sim. Até o recurso ser julgado, sim. Mas o tempo de espera é relativo. Podemos fazer o pedido de uma tutela de urgência, exigir que vocês mantenham contato virtual ou telefônico até que se conclua o processo. Ou mesmo que, durante esse período, você faça as visitas na casa da mãe da criança ou em outro local na presença de um adulto da confiança dos dois. São muitas as opções, me surpreende o seu advogado pessoal não ter considerado isso antes.

Eric explicou, didaticamente.

– Esse advogado é mesmo de sua confiança, Cris?

Perguntei.

– Bom, agora eu já não sei...

Cristián comentou,  parecendo decepcionado.

– Um advogado tem que ser alguém de sua confiança. Que esteja disposto a lutar pelas suas causas contigo! – Eric argumentou, antes de oferecer: – Mas nunca é tarde demais. Se precisar de auxílio ou até mesmo quiser que eu tome a frente dessa situação à partir de agora, estou à disposição! Carina pode te passar meu contato e nos falamos!

– Certo! Obrigado. Vou pensar sobre isso – O jogador comentou, ainda com ar de chateação – Mas também não quero ser muito incisivo em uma batalha judicial agora, porque o que menos quero é prejudicar minha filha. Por piores que sejam os erros da Veronica, para Sofia ela é apenas sua mãe. Não quero que ela nos veja como rivais, você entende?

– Perfeitamente. – Eric concordou – É por isso que todas as decisões que tomamos na advocacia familiar, colocam as crianças como prioridade. O contato paterno na infância é tão importante quanto o materno. Afastar vocês dois sem um motivo relevante é prejudicar o desenvolvimento dela da mesma forma.

– Justo! Sendo assim, eu entro em contato com você em breve. Pegarei o número com a Carina. Muito obrigado pela atenção.

O jogador disse, se levantando e apertando a mão de Eric mais uma vez, em despedida. Fez o mesmo com Pablo e, antes de se despedir de mim, perguntou:

– Você vai ficar?

– Hum... Acho que sim. Faz tempo que não vejo esses dois! Muito assunto para colocar em dia.

Respondi, tentando aliviar o clima pesado.

– Só mesmo assim para eu receber uma visita dessa médica tão ocupada!

Eric brincou, ao lado de Pablo, alguns passos atrás de nós.

– Está certa! – Cristián abriu um sorriso ladino e logo disse, para mim, num tom um pouco mais melancólico: – Obrigado, Cari, por ter me trazido aqui.

– Você vai ficar bem?

Perguntei, preocupada pela mudança na expressão facial.

– Sim! É muito para processar, mas vou ficar bem. Obrigado!  – Cristián sorriu timidamente e em seguida beijou meu rosto, com carinho, se despedindo. – Obrigado de novo, pessoal! Falo com você de novo mais tarde, Eric.

– Fico aguardando!

Meu irmão respondeu.

Acompanhei o goleiro até a porta e logo que ele passou, eu a fechei e me virei para trás indo em direção ao meu irmão, que me olhava boquiaberto parecendo muito surpreso:

– Quando é que a senhorita ia me contar que estava namorando um jogador da seleção?

Ele disse.

– Eric! Eu não estou namorando o Cristián, que ideia! – Falei. – Somos amigos. E eu também não sabia que ele era jogador de futebol quando o conheci.

Expliquei, sem mentir. Éramos mesmo amigos, eu apenas omiti a parte dos direitos inclusos no pacote.

– Amizade colorida, né? Sei como é... Estou casado com a minha há 3 anos!

Eric atacou mais uma vez, rindo para Pablo, que riu de volta.

– Eric!!!– Repreendi – Você está me deixando constrangida. Se continuar, vou embora.

Falei sério dessa vez, para que ele parasse.

– O papai vai pirar quando souber que você está com um jogador do Atlético!

– Eric, se você contar algo ao papai eu degolo você. Eu não estou com ninguém.

Falei.

Mesmo Eric tendo 30 anos e eu 26, nossas discussões sempre envolviam algumas das frases que usávamos quando éramos crianças.

– Ei, ei, parem com isso! – Pablo interferiu, agindo como uma pessoa madura. – Por que vocês não vem até a cozinha para experimentar o Tiramisú que preparei?

– Nossa, tá aí algo mais interessante do que ameaçar Eric de morte.

Falei, percebendo que não havia comido nada na cafeteria do shopping e que meu estômago rugia.

Eu e os meninos passamos o resto da tarde rindo juntos e conversando. Fazia mesmo muito tempo que não nos víamos e esse encontro foi mais do que especial! Cristián me proporcionava ótimos momentos até mesmo quando já não estava mais presente.

Fortsæt med at læse

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📝erros ortográficos📝 ⚠️nao escrevo hot vc imagina o seu( nao sei escrever)⚠️ completa✔concluida✅