Contos Wangxian: para ler ant...

De eusoumarimari

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⚠️🔞 Doses homeopáticas de WangXian para deixar seu sono melhor. Ilustrações são todas por mim mesma :) Mai multe

O Coelho
Variações
Ideia de Jerico
Velhos Amigos
Limpeza
Xuanyu e Wuxian
Aposta com o Rei (parte 1)
Aposta com o Rei (parte 2 - final)
É proibido fazer barulho nos Recantos da Nuvem
Todo dia é um ótimo dia para visitas
Confissão
Tons de Vermelho e Preto - 1
Tons de Branco e Preto - 2
Wangxian em Hogwarts
Renda Branca
As punições do clã Lan são para todos
Criminal (AU)
Aluno Transferido (AU)
O Cabelo de Wangji (AU)
A Troca
Concerto (AU)
Verdade ou desafio? - 1 (AU)
Verdade ou Desafio? - 2 As regras da família Lan (AU)
Chuva de flores no Píer Lótus
Beijo de Verão (AU)
Estes veneráveis ficaram famosos
Aula de Dança (AU)
Breves verdades Wangxian que aquecem o coração
Wangji e o clube noturno - parte 01 (AU)
Wangji e o clube noturno - parte 02 (AU)
Wangji e o clube noturno - parte 03 (AU)
Wangji e o clube noturno - final (AU)

O Jantar Já Será Servido (AU)

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De eusoumarimari

N/A: Natal está quase chegando e parece que os Wangxian estão se preparando para a ceia ♥ Esse é um conto que foi escrito pela avlwangxian, mas com personagens autorais meus. Então eu pedi autorização pra ela para adaptá-lo e transformar em um conto Wangxian. Para quem ainda não conferiu as histórias dela, recomendo demais! E mais uma vez obrigada por ceder tempo e trabalho para escrever um conto tão delicioso!

Quando o jovem desceu do táxi, algumas pessoas viraram a cabeça para olhar. Talvez pelo rosto belíssimo, pelo cabelo incrivelmente longo e brilhante dançando com o vento do inverno, ou talvez pelas roupas elegantes que lhe davam um ar de opulência, desde o sobretudo preto até o anel incrustado de diamantes pendendo de seu pescoço em uma corrente prateada. Era, sem dúvida, uma figura digna de roubar a atenção e o fôlego de quem o olhasse. Ele retirou, em seguida, uma mala de rodinhas vermelha de dentro do veículo, e saiu puxando-a pela rua. Ninguém entendeu, mas também não tiveram coragem de comentar, apenas observando enquanto aquele homem arrebatador se afastava, deixando um rastro delicioso de perfume amadeirado.

Ninguém fazia ideia de que a mala que Wei Wuxian levava estava completamente vazia, mas ele achou que andar daquele jeito, como se desfilasse em uma enorme passarela, lhe daria um ar de celebridade chegando de uma viagem, e aquilo o divertia muito. Por um instante se permitiu fantasiar todo tipo de coisa que poderia passar pela cabeça das pessoas que perdiam o tempo olhando-o enquanto passava, e reprimiu a vontade de rir. Era o tipo de coisa que faria Lan Wangji balançar a cabeça e sorrir suavemente quando chegasse em casa e lhe contasse. Era um tipo de sorriso discreto que fazia calor se espalhar da ponta de seu nariz até os dedos dos pés, lhe dando duas vontades distintas, que batalhavam uma com a outra: subir em seu colo e se aninhar como um gatinho, ou subir em seu colo e despi-lo. A segunda opção geralmente vencia. Wuxian constatou isso com um falso suspiro pesaroso, mas então seus lábios involuntariamente voltaram a mostrar um sorriso malicioso, que deixava as pessoas se perguntando que tipo de piada suja ele ouvira.

Não demorou a chegar ao aconchegante sobrado onde os dos dois moravam. Antes de entrar, bateu em seus ombros para tirar a neve que havia se acumulado ali e retirou as longas botas de couro. Os dias se tornavam mais frios, as roupas, mais pesadas, e aquela brisa gelada o descabelava com cada vez mais frequência. Mas, em casa, Wuxian teria um abraço quente e a lareira acesa esperando-o.

Um cheiro incrível o atingiu, enquanto pendurava seu casaco, guiando-o para a cozinha. Recostando-se no portal, parou e ficou admirando as costas esculpidas de seu amado, marcadas por um suéter branco de caxemira. Os cabelos longos e escuros estavam presos num coque baixo e impecável. E então admirou longamente seu traseiro tão bem marcado naquela calça molinha de veludo cinza claro que ele adorava usar quando esfriava.

Com passos leves, sem fazer barulho, Wei Wuxian se aproximou, pousando as mãos nos ombros do outro, e deixando-as descer lentamente por suas costas. Lan Wangji sorriu por sobre o ombro, tentando voltar a se concentrar na comida que preparava, deixando o amado continuar sua exploração. Aquelas mãos atrevidas desceram pelos ombros, passando pela cintura e quadris, até pararem na curva suave e redonda coberta pelo veludo, e ninguém teria sido capaz de impedi-lo de apertar ali com vontade.

- Ah, como eu amo o inverno. - Comentou baixo, quase falando mais para si mesmo.

-Sem vergonha. -Wangji falou, contendo uma risada.

Este, então, parou por um momento e se virou, ficando de frente para o recém chegado, se curvando para pousar um beijo rápido em seus lábios. Pelo menos era esse seu plano, mas Wuxian queria mais, sua mão segurando o queixo do maior, transformando o que seria um selinho em um beijo sôfrego, finalizado com uma mordida em seu lábio inferior. Mas, antes que Wangji recuperasse o fôlego para continuar, o outro apenas lhe deu uma piscadela e se afastou. Era incrível como Wei Wuxian ainda mexia tanto com ele, mesmo depois de tantos anos juntos. Uma mera provocação já lhe deixava arrepiado até o último fio de cabelo.

- Hm... Xie Lian ligou. - Wangji comentou, antes que Wuxian tivesse se afastado totalmente. Isso atraiu sua atenção, fazendo-o retornar.

- Ah, sim! Ontem estávamos conversando por mensagem e eu o convidei. Disse até que poderia trazer aquele demônio do Hua Cheng para virem jantar conosco na véspera de Natal.

- Sim, ele me contou. Huan-gege também confirmou que virá com Jiang Cheng. - Wangji suspirou, parecendo cansado. Isso porque realmente era exaustivo só de pensar em passar uma ceia inteira com Wei Wuxian, Hua Cheng e Jiang Cheng brigando por absolutamente tudo e sempre competindo pra ver quem era o melhor ou o mais rápido... - Hm, e creio que Shen Qingqiu e Luo também passarão a véspera conosco... Shen perguntou sobre nossos planos e eu comentei sobre o jantar. Ele pareceu se animar.

Wuxian deu pulinhos de alegria ao ouvir isso, pois significava que seus melhores amigos estariam todos reunidos e poderiam fazer todo tipo de brincadeira envolvendo bebida alcoólica para constranger uns aos outros o máximo que pudessem. Claro que custaria ouvir alguns sermões de seu irmão Jiang Cheng e fingir que não queria sair no soco por cinco minutos sem perder a amizade com Hua Cheng, mas pelo menos teriam Luo Binghe bêbado para animar a atmosfera do jantar e Lan Huan sempre ajudava a lavar a louça depois! Infelizmente, só faltaria Jiang Yanli, mas ela pediu mil desculpas porque prometera passar o Natal com o marido e o filho na casa de sua sogra.

Da última vez que se reuniram assim, riram até suas barrigas doerem com as serenatas desafinadas de Binghe e suas declarações de amor escandalosas em público para o recatado Shen Qingqiu. Aquele era um casal bastante peculiar e que à primeira vista jamais poderia dar certo, pois eram como água e vinho, além de que havia boatos de que Binghe era péssimo de cama - aparentemente o próprio deixou isso escapar em um de seus momentos emocionados e regados a álcool. Hua Cheng adorava provocá-lo com essa informação excessivamente íntima e ver Shen corando intensamente e Xie Lian tentando desesperadamente mudar de assunto era hilário demais.

Pensar no relacionamento alheio só fazia o amor de Wuxian por Wangji aumentar, porque além do companheirismo, equilíbrio e sexo fenomenal, aquele era o cara mais incrível que ele conhecia e eles eram compatíveis em absolutamente tudo. E por falar em sexo fenomenal...

Seus olhos voltaram para a cintura estreita de Wangji, sua língua percorrendo os lábios ao mesmo tempo. Ele tinha algumas ideias para aquela noite. Ou talvez nem esperasse, e a tarde dos dois se tornasse ainda mais interessante.

Embora curioso, Lan Wangji não foi descobrir o que seu amado estava fazendo durante o tempo em que preparou o almoço. Estava acostumado com a criatividade do outro, que se manifestava de todas as formas possíveis, e a qualquer momento. Era uma personalidade exuberante, intensamente brilhante, e não raro ele se pegava apenas admirando, apenas se deslumbrando novamente com Wuxian, fosse o sorriso atrevido, o toque e as provocações ousadas, a doçura em momentos de carinho. No fundo, desde a primeira vez que colocara os olhos nele, muitos anos antes, foi isso que aconteceu: ele ficou deslumbrado e absolutamente apaixonado.

Os dois comeram o delicioso Hot Pot caseiro e conversaram sobre amenidades, ou melhor, Wei Wuxian contou sobre cada detalhe que achou interessante desde que saiu de casa naquela manhã, decidido a comprar uma mala pelo simples fato de que achou que, já que havia três malas, e eles eram em dois, era necessário mais uma mala, para ficar mais bonito e harmonioso. Wangji ouviu sobre a florista, que tinha uma nova variedade de flores em seu cesto e que cheiravam muito bem, sobre uma menina que estava segurando um urso de pelúcia maior que ela mesma enquanto passeava com sua mãe, e também sobre o quanto Wuxian achou que aquelas três garotas que ele viu pareceram bonitas, usando cores vibrantes, mesmo que a maioria das pessoas já tivesse se rendido aos tons frios e monótonos do inverno. Era assim que seu namorado era: uma explosão de cores e impressões e sensações em sua vida. E ele, Wangji, estava mais do que feliz em olhá-lo ao longo de tudo isso.

Depois que comeram, cada um foi para um lado. Esse era um aspecto ambos valorizavam demais: a liberdade de poder ter seu próprio espaço, e enquanto Wuxian sabia que Wangji era uma alma antiga, que necessitava de seu período de tranquilidade, de ler um livro, de apreciar a paisagem, de ouvir sua música, este dava todo o distanciamento que a mente inquieta de Wei Wuxian exigia, fosse deixando-o por horas rabiscando em sketchbooks, vivendo em seu próprio mundo ou saindo por aí sem rumo, apenas olhando tudo, fotografando, experimentando cada coisa nova que surgia, ou apenas... respirando. Quando Wangji havia perguntado sobre os lugares aos quais ia para meditar, esta havia sido essa a resposta do namorado: que ele não só meditava, ele respirava e se afastava de tudo e todos para colocar seu caos interior em ordem.

Eles se entendiam. Em sua diferença contrastante, eles se complementavam. Eram pessoas completas por si só, mas juntos eram sempre melhores.

-Wangji? - A voz de Wuxian chamou do quarto, e como se aquele tom manhoso estivesse diretamente conectado com um ponto específico dentro de seu ser, ele largou tudo e foi até lá.

Ao abrir a porta, descobriu que o cômodo estava mergulhado na penumbra, apenas as chamas da lareira servindo como iluminação. E em frente ao fogo, deitado no grosso e felpudo tapete branco estava Wuxian. A única coisa posta em seu corpo eram algemas nos pulsos, que ele mantinha erguidos bem acima da cabeça. O resto de seu corpo estava bem exposto, sendo iluminado num lindo tom dourado graças às labaredas. Um sorriso provocador estava em seu rosto, que, não fosse por esse pequeno detalhe, pareceria angelical. Talvez fosse exatamente isso que ele era: um anjo, mas um dos caídos.

Wangji ignorou todo o turbilhão de sensações e emoções que ver o outro daquele jeito lhe despertava, e apenas retirou seu suéter, ficando com uma fina camisa branca e simples, que o jovem apenas deixou posta, enquanto enrolava as mangas até os cotovelos. Todo o tempo Wuxian esperava, em silêncio, observando como se fosse a coisa mais interessante do mundo. E ainda assim, Lan Wangji não voltou a olhá-lo quando abriu uma das gavetas da cômoda ao lado da cama, e de lá retirou um par de luvas. Era preto, de um couro macio, e fez a respiração do menor acelerar.

A maneira que aquelas luvas foram vestidas foi quase obscena: lentamente, com os dedos percorrendo o couro, como um amante acariciando o corpo do amado. Era uma promessa silenciosa para o que estava por vir, e ambos sabiam disso.

Wangji então voltou para onde Wuxian o esperava, ajoelhando-se, e ele bem poderia estar se ajoelhando para adorar algum deus esquecido e pagão, um deus de pecado e prazer, pela maneira como o outro se retorceu, separando as coxas e entreabrindo os lábios. E quando o maior colocou uma das mãos enluvadas no pescoço do outro, apertando-o firmemente, o arfar que este emitiu foi de puro prazer. Wuxian amava ser amarrado e enforcado.

- Ahhh, Wangji... - O nome foi suspirado, impregnado de luxúria.

Mas, antes que pudesse dizer qualquer coisa, o maior segurou seu queixo, fazendo com que se olhassem nos olhos, e disse na voz mais terna e tranquila do mundo.

- Você se esqueceu? A partir de agora você me chama de senhor. - E com uma força que ele exibia apenas nesses momentos, puxou o outro para seu colo, deixando-o de bruços.

Wei Wuxian mal teve tempo de responder 'Sim, Senhor!' Antes que aquela grande mão descesse, deixando uma marca vermelha em sua bunda e lhe arrancasse um gemido de prazer e dor. Era isso que ele queria - que Wangji clamasse sua dominância e fizesse o que bem entendesse com seu corpo e alma. Ele seria sua sobremesa.

As pálpebras de Wuxian pareciam incrivelmente pesadas, e foi só o deslizar suave de algo macio por sua testa que o fez se esforçar para abrir os olhos.

- Você acordou. - Wangji sorriu, lhe beijando brevemente, antes de continuar com seus cuidados.

Não havia maneira de que o outro conseguisse se mover, fosse por todas as marcas que cobriam sua pele, algumas vermelhas, outras arroxeando, ou por todo o relaxamento que o envolvia como um cobertor grosso e macio. Era começo de inverno, mas ele estava quente e aconchegado enquanto seu amado cuidava dele com todo o carinho do mundo.

- Er gege, eu... - Ele começou, mas sua voz também estava sonolenta demais, quase não dava para entender suas palavras.

O maior aproximou o rosto do seu, olhando-o atentamente, mas Wuxian não conseguiu encontrar em si energia para continuar. Mas não fez diferença, pois aquelas mãos responsáveis por deixá-lo nesse estado - bem, não só as mãos, é claro -, agora lhe afagavam o rosto com devoção. Aquela tranquilidade e gentileza inabaláveis ainda estavam ali, nos olhos dourados, nas sobrancelhas desenhadas, nos cabelos negros agora soltos, nos lábios rosados. Wuxian não conseguia falar, mas conseguia pensar, conseguia sentir. E isso, como sempre, era o suficiente para Wangji.

- Eu sei... - este respondeu. - Amo você, quero você. - E lhe beijou a testa da maneira mais casta. - Lembre-se que não quero ninguém além de você... não pode ser ninguém além de você.

E aquela parte secreta e vulnerável dentro de Wei Wuxian, a parte que o fazia ter medo de não ser bom o suficiente para o outro, que às vezes ficava surpresa por ter encontrado a pessoa que mais lhe fazia feliz, que mais parecia certa para ele, essa parte cruel que o fazia sentir medo de um dia perdê-lo, de ser abandonado... todos esses pensamentos evaporaram mais uma vez, porque nada que eles lhe dissessem o faria duvidar de Wangji. E se ele disse que o amava e desejava, então isso bastava.

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Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.