𝐝𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐬, 𝐞𝐦𝐨ç𝐨𝐞𝐬 𝐞𝐦𝐛𝐚𝐫𝐚𝐜𝐚𝐝𝐚𝐬

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── Você vai me agradecer no futuro sua mal agradecida, você não tem maturidade pra ser mãe, viu o que aconteceu por seu pai te dar liberdade? Engravidou com dezessete anos Alinna, você me envergonha garota, a tua sorte é que ninguém sabe dessa criança se não seria pior ── eu escuto passos e então silêncio por toda a casa, ela não tinha esse direito, não tinha.

── EU VOU TE ACHAR TARA SOPHIE, NEM QUE PARA ISSO EU TENHA QUE DAR A VOLTA AO MUNDO, MAS NINGUÉM VAI ME SEPARAR DE VOCÊ EU JURO ── eu berrei com todo o resto de força que eu tinha antes de cair no chão e chorar até apagar de vez. * 

Eu chorava baixinho sentada ao lado da cama, com os joelhos dobrados perto dos seios, e as mãos na cabeça, péssimo momento pra memórias virem à tona, péssimo momento.

* ── Você tem certeza Agatha que viu ela com a minha filha na Flórida? ── a angústia que eu tinha na minha voz era tremenda, depois de quase dois meses eu iria encontrar a minha filha.

── Sim Ally, o Carter e o Alaric a viram ontem andando na praça com ela no carrinho de bebê, pelo que descobri ela finge que ela é filha dela, e acabaram de se mudar. ── não sabia ao certo o que sentir, medo, raiva, saudade, tristeza por não ter visto os primeiros dias de vida da minha filha por causa dos meus pais.

── Me manda o endereço por favor, eu irei atrás deles agora mesmo e se for preciso a polícia vai junto, eu não me importo. ── certo, a raiva estava de fato predominando os sentimentos.

── Eu acabei de te mandar, se cuida por favor e traz nossa menininha de volta pra casa amiga ── Agatha era de fato a melhor amiga que o universo poderia me mandar.

── Eu vou trazer, e pode anotar o que eu estou te falando eles dois vão pagar muito caro pelo que fizeram comigo, e quero ver quem vai ser o homem que vai me segurar antes de avançar naquela que um dia eu chamei de mãe, Agatha. ── rosno baixinho e logo depois desligo o telefone que estava conectado pelo bluetooth do carro.

Segui dirigindo até parar em frente à uma sinaleira onde meu celular tocou e eu tremi de raiva quando vi que era Ângela na ligação. *

Suspiro frustrada por não conseguir ajeitar meus pensamentos que estavam me machucando.

*── Olá querida, como está? Fiquei sabendo que descobriu algumas coisas sobre a família nos últimos dias ── sim era deboche na voz dela, Ângela e Paul não eram meus pais de verdade, o fato de eles terem me criado ainda era um total escuro até agora, descobri que venho de uma linhagem poderosa das bruxas de Salem, e por isso tenho visões e consigo levitar as coisas, e era por isso que eles me tinham com eles, eu via o que iria acontecer antes mesmo deles fazerem algo, era uma vantagem pra eles me ter ao lado, mas não contaram com o fato de eu acabar engravidado e desistindo de ajudá-los nas tramoias deles, para viver a minha vida ao lado do homem que amava e construir uma família.

𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐂𝐓 𝐒𝐎𝐔𝐋𝐌𝐀𝐓𝐄𝐒   ||  𝒋𝒂𝒔𝒑𝒆𝒓 𝒉𝒂𝒍𝒆Where stories live. Discover now