O Eclipse - ᴋᴀɢᴇʜɪɴᴀ

Eclipse

 Muita gente conhece as nossas queridas lendas, mas muitas consideram isso apenas estórias inventadas para contar as nossas crianças. Eu não posso falar muita das outras lendas, mas eu sei que uma, em especifica, é real, a lenda do Sol e Lua. Essa será a história que contarei aqui, a história de almas gêmeas que levavam o nome de Shoyo Hinata (Sol) e Tobio Kageyama (Lua).

Na primeira vez que o nosso Solzinho se encontrou com Lua, eles já se apaixonaram, foi o que nós chamamos de amor a primeira vista. Viviam suas vidas juntos, eles eram considerados inseparáveis. Todos sabiam do amor que eles nutriam entre si, todos sabiam que eles se amavam. Sabiam que o namoro deles provavelmente duraria uma eternidade.

O único problema era: a Terra ainda não existia. Assim que Deus criou o nosso querido planeta, ficou decidido que o Sol cuidaria da luz do dia e Lua, da luz da noite, sendo assim foram obrigados a ficarem separados.

Uma tristeza enorme consumiu os dois pois sabiam que eles nunca mais poderiam se ver. Eles sentiam falta um do outro. Queriam sentir o toque, o calor um do outro; Queriam ter as conversas longas que duravam horas; Queriam viver o romance que antes tinham. Apenas restavam lembranças do relacionamento, lembranças que eram inesquecíveis.

Lua estava ficando cada vez mais amargurada mesmo com a luz que Deus havia lhe dado, sentia falta do companheiro, saber que ele estava tão "perto" de seu amado e não podia ficar com ele, o machucava.

Sol por sua vez recebeu o título de Astro Rei, porém isso não o fez feliz, mesmo com todo o brilho que transmitia ele sabia que estava incompleto, sabia que queria ser amado e queria amar.

Deus então, vendo suas duas fontes de luz tristes, convocou uma reunião e explicou-lhes: "Vocês não devem ficar tristes, ambos agora já possuem um brilho próprio. Você Lua, iluminará as noites frias e quentes, encantará os namorados. Quanto a você Sol, será o mais importante dos astros, iluminará a terra durante o dia, fornecendo calor aos seres vivos. "

A Lua, sabendo de seu destino ficou mais triste ainda, não aceitava que teria que ficar longe de seu amor.

Já o nosso querido Sol decidiu que não poderia se abalar, tinha que cumprir a missão que o Senhor havia destinado, mesmo ainda amando muito seu companheiro.

Porém, ao ver a tristeza de seu amor, resolvu conversar com Deus. Explicou que Lua era mais frágil e que ele e que não suportaria a solidão. Deus então, com sua imensa bondade, criou as estrelas para fazer companhia a ele.

Lua, mesmo agradecido atitude pela de seu Sol, não ficara contente, ele não queria qualquer companhia, ele queria a companhia daquele que ele ama. Mas ele tinha que se contentar com o que tinha, mesmo não sendo quem ele queria, as estrelas ainda eram uma boa companhia e sempre cuidavam dele quando estava triste.

E assim eles viviam, separados. O Sol, sempre escondendo sua tristeza dos demais e irradiando um brilho imenso para os seres vivos presentes no planeta. Já Lua, não escondia sua infelicidade, mesmo com todo o brilho que Deus o deu, ele irradiava apenas uma parcela de luz, apenas o que aparece com sua imensa amargura.

Dizem que a ordem de Deus era que Lua Deveria sempre estar cheia e luminosa, mas ele não conseguia fazer isso, sua mágoa era muito grande. Quando sentia felicidade os habitantes da Terra podiam ter a visão de uma lua cheia e brilhante, mas quando a tristeza atingia, era minguante e mal podiam ver o satélite natural.

Os dois continuaram sua vida. O solitário porém forte. Lua acompanhada de suas estrelas, mas fraco.

Para a felicidade de nossos pombinhos, Deus havia decidido que nenhum amor seria impossível, nem mesmo o amor entre o Sol e Lua ... então ele criou o fenômeno que nós conhecemos de eclipse, que é quando eles podem ficar juntos. Esse encontro acontece, mais ou menos, duas vezes em 365 dias (1 ano).