|CORA|
Eu sou alguém lidando com as consequências de ser filha de pais que não me queriam, levo a vida sempre fugindo do que possa respingar em mim por conta deles.
Então o universo deu um jeito de eu conhecer você, logo você, este ser intenso, orgu...
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Deixei Cora ir, ela é adulta e independente, como ela bem me disse. Então por que não paro de pensar no perigo que ela possa estar correndo?
Porque esse é o meu trabalho!
Porque você se importa!
Minha mente me dá as opções. Seguro com mais força a mesa, enquanto encaro o computador desligado. Pedi a ajuda da Miranda e o cara que distribuiu balas na cafeteria, não passa de um ladrãozinho de galinhas.
Numa escala de perigo, ele é o 1!
É o que me deixa intrigado, por que alguém tão insignificante, atiraria em Cora?
Quando o assunto são os Foster, tudo vira essa incógnita gigante. Mas é claro que as táticas suicidas da Cora não me saem da cabeça, não é possível que ela não se preocupe com sua própria vida.
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Estou trabalhando em meu escritório (finalmente), quando Sila, uma das membras da minha equipe, me avisa que tenho uma ligação Foster.
Eu esperava que fosse Cora, mas quando atendo:
— Sim, Foster?
— Como vai tudo, Evans?
Ignoro sua pergunta.
— Direto ao ponto, senhor, odeio rodeios.
— Certo- Ele diz— Estou abortando o requesito de segurança para minha filha.
Quê?!
Mantenho a voz profissional quando digo:
— Por quê?
— Decisão minha!
Franzo o cenho.
— Achei que a prioridade fosse proteger sua filha.
