Dinner invitation

Começar do início
                                    

— Sério? — mal posso conter minha animação. Ele assente.

— Sério, não são tão difíceis quanto parecem. — a boca rosada ostenta um belo sorriso e preciso me controlar para não beijá-la agora mesmo. Não sei se conseguiria parar facilmente.

— Você é incrível, sabia? E muito, muito inteligente! — deixo um beijo leve em sua bochecha, surpresa pela perspicácia em driblar meus próprios pensamentos. — Lamar comentou sobre as vezes que o ajudou em física. Disse que as notas dele seriam horríveis se não fosse por você.

— Não é para tanto, Any. — ele cora, parecendo tímido pelos elogios.

— Ah, é sim. Você é um verdadeiro anjo, Josh! — levo minha mão à sua nuca, acariciando-a. Nossos olhares se encontram e certo brilho se acende nas orbes azuis. — É isso, você é o meu anjo!

Prendo a respiração ao vê-lo se aproximar lentamente e segurar meu queixo com suavidade, usando apenas o polegar e o indicador. Temo que o menor movimento estrague o clima e ele se afaste. Para a minha alegria — e para o alívio dos meus pulmões, devo dizer —, Josh logo anula qualquer distância entre nossos rostos, dando-me um selinho demorado.

— Sim, seu anjo. — ele sussurra de volta, beijando-me novamente em seguida.

Incapaz de me contentar com o simples toque entre nossos lábios, tento aprofundar o beijo lentamente. O garoto ao meu lado corresponde aos movimentos e vai um pouco mais além, fazendo com que nossas línguas se encontrem. Em meu peito, o coração bate feito louco, não só por nosso contato, mas também por Josh não ter me contrariado segundos atrás. Mesmo figurativamente falando, ele admitiu ser meu. Ele quer ser meu. Se ele ao menos soubesse o quanto suas palavras me afetam...

— Acho melhor entrarmos. — o loiro murmura, afastando-se minimamente para fitar meu rosto.

— Ah, não! — choramingo. — Prefiro mil vezes passar o restante do dia aqui, com você, do que ouvindo a professora de história falar sobre guerras e mais guerras.

— Acredite, minha linda, eu também prefiro. — diz, segurando minha mão enquanto exibe um meio sorriso. — Mas precisamos mesmo ir. Além do risco de sermos vistos pelo inspetor, o segundo sinal toca em pouquíssimos minutos e, quando acontecer... — recebo mais um selinho. — precisamos estar em nossas respectivas salas. — ele sussurra.

Mordo o lábio inferior e fecho os olhos, também sorrindo. Quando volto a abri-los, Josh ainda me observa. Seu olhar parece... apaixonado. É impossível não sorrir ainda mais. Será que eu também o olho assim?

— Tudo bem, não queremos problemas. Vamos logo! — me afasto por completo, ficando de pé em seguida. — Quando pode me ajudar com os exercícios? — pergunto, vendo-o também se levantar.

— Quando achar melhor. Basta dizer. — damos início ao caminho de volta ao interior da escola.

— Que tal hoje? — sugiro, a fim de que tenhamos mais tempo juntos. O que acabamos de passar não foi suficiente, tanto que ainda nem nos despedimos e já sinto sua falta.

— Por mim, tudo bem. Onde nos encontramos?

— Na minha casa. Você pode ir comigo depois daqui e ficar para jantar. — eu o observo. — Assim aprendo o máximo possível e ainda teremos mais tempo juntos.

— Jantar? Com o seu pai? — ele questiona, parecendo surpreso.

— Sim. — assinto. — Algum problema?

— Não, eu só não quero incomodar. Talvez ele não goste que eu apareça assim, sem avisar.

— Relaxa, ele gosta de você. Vai ficar feliz em te ver, eu garanto. — sorrio, tocando nossos ombros. — E então? Te encontro na saída? — tento. Josh passa a mão pelos cabelos e suspira.

Touching Paradise • BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora