Who Would Think That Love? • Noah Urrea

Chapter 1

01 de Setembro de 2019
Paris, França, Europa

Sentada no banco de madeira que se encontrava na varanda do meu quarto e observando o parque em frente á minha casa imagino como vai ser a minha vida de agora em diante. Sem dúvida que estou a embarcar numa das melhores experiências da minha vida.

O meu nome é Brooke Smith, tenho 18 anos e terminei este ano a escola, muitas pessoas mal acabam o secundário têm o sonho de ir para uma universidade, mas sinceramente nunca me interessou. Moro na França mais precisamente Paris, apesar de ter nascido em Portugal ou seja tenho dupla nacionalidade. 

Amanhã embarcarei para Los Angeles com o objetivo de fazer as audições para entrar num grupo global. Não tendo ainda muitas informações sobre o projeto mas consiste num grupo com várias pessoas de países diferentes. Serão alguns dias de ensaios para no fim serem escolhidos integrantes e assim viajar o mundo afim de levar cultura para todos os países. Sei que isso implica ficar longe de quem amo, da minha família e dos meus amigos mas sem dúvida que se eu conseguir vai ser um grande aprendizado na minha vida.

Desço as escadas da minha casa e vejo a minha mãe a andar de um lado para o outro.

- Eu não sei como é que consegues estar tão pacífica, vais embora amanhã de madrugada e nem tens as malas todas feitas. Não te podes esquecer de nada. - a minha mãe diz enquanto leva as minhas roupas dobradas para o meu quarto.

- Mãe, daqui a uma semana estou de volta, não vou embora para sempre. - eu digo enquanto a sigo para terminar de arrumar o que falta.

Depois de ouvir os milhares conselhos e prevenções que tenho que ter acabamos de fazer as malas que vou levar. Cada vez mais estou consciente que é amanhã. Não podia estar mais ansiosa.

02 de Setembro de 2019.
  Paris, França, Europa

Levanto-me da minha cama e olho para o relógio são cinco da manhã, mal dormi está noite devido á animação. Finalmente é hoje, só queria piscar e estar em Los Angeles mas ainda tenho um voo de onze horas e meia.

Visto umas leggings pretas e um moletom do Harry Potter e calços os meus adidas.

Desço as escadas e vejo a minha mãe a acabar de preparar o meu café da manhã.

- Despacha-te Brooke já estás atrasada, temos dez minutos para sair de casa a não ser que queira perder o voo e olha que eu não me importo. - a minha mãe resmunga. Apesar de estar feliz por eu estar a realizar um sonho também está reticente por deixar a sua filha mais velha sair de casa.

- Ainda temos tempo não te preocupes, quem devia estar nervosa era eu. - digo enquanto mastigo.

- Não se fala de boca cheia Brooke, acaba de comer que eu vou buscar as tuas malas.

Ouço uns passos a descer as escadas vendo a minha irmã a coçar os olhos e a caminhar até mim.

- Então joaninha já estás acordada? - eu digo enquanto ela se senta no meu colo.

- Eu não quero que vás mana. - ela diz com a voz de choro. Sem dúvida que a minha irmã é a pessoa mais importante da minha vida. Sempre pedi uma irmãzinha e aos 14 anos recebi este pequeno monstrinho.

- Eu volto rápido, vais ver que nem vais dar pelo tempo passar. A mãe vai te levar a passear e vais te divertir muito sem mim. Vai ser tão rápido que nem vais ter tempo de ter saudades minhas. - eu afirmo enquanto a Beatrice se aninha mais em mim.

- Prometes de dedinho? - ela diz enquanto mostra o seu mindinho para eu apertar.

- Prometo.

Já no aeroporto, tinha feito o Check In e despachado as duas malas.

- Tens a certeza que não te esqueças de nada Brooke? Trouxeste o carregador, roupa suficiente? Meu deus e os com... - a minha mãe começa e eu interrompo-a.

- Calma, eu levo tudo, para além do mais é só uma semana e se faltar alguma coisa também existem lojas lá. - eu tento acalma-la.

- Prometes que me ligas todos os dias? - a minha mãe diz enquanto me abraça.

- Eu prometo que vou tentar, não te preocupes - eu digo.

- Faz boa viagem e liga me mal chegues. - a minha mãe diz e eu assinto.

Caminho até ao portão de embarque e depois de esperar nas filas entro no avião, infelizmente não fiquei na janela mas por sorte não havia ninguém no meio.

Foram as onze horas mais longas da minha vida mas chego finalmente a LA. Saio do avião e olho para o meu relógio são 19:15, mas pelos meus cálculos são 11:15 em LA.

Fico um bom tempo á espera das minhas malas e quando as encontro ando desajeita pelo peso delas até á saída.

Ao fundo vejo um senhor com o meu nome escrito numa placa e já havia várias pessoas de vários países.
Fomos numa van até ao hotel e dão-nos a chave dos quartos com a informação de estarmos ás 14:00 no estúdio. Não conheci muita gente no caminho para cá, mas simpatizei com uma mexicana chamada Joalin.

Depois de entrar no meu quarto pouso as malas em cima de um sofá e abro-as. Um facto curioso meu é que sempre odiei desfazer malas porque nunca tinha paciência para as arrumar no final, assim só vou tirando o que vou precisando.

Depois de mandar uma mensagem para a minha mãe a avisar que cheguei, respondo a alguns amigos e separo uma roupa caminhando até ao banheiro para tomar um duche rápido.

Tendo em conta que vamos ensaiar visto uns calções pretos e um top justo branco.
Ainda pensei em tirar um cochilo de uma hora mas achei melhor não com receio de adormecer ou acordar com mais sono ainda.

Depois de ter atualizado as minhas redes sociais e de falar com o meu grupo de amigos já eram horas de ir para o estúdio. Estava meio reticente e nervosa mas era agora que ia começar a melhor fase da minha vida.