Mulher no Poder (Em Revisão)

067

-Eu vou sentir falta das minhas garotas.

Eu seguro o rosto de Dante e o encaro nos olhos.

-Volte para mim, bem e seguro - ordeno - Ou eu mato você e Silas quando os encontrar.

Dante ri da minha ameaça.

-Eu prometo - ele diz e me beija novamente. Ele sabe como me convencer.

***

Saímos do chalé, e vamos para a casa principal.

Não é surpresa em ver a família inteira reunida para o café da manhã.

-Mama - grita Gigi e corre em nossa direção - Papa.

-Gigi - diz Dante a pega no colo.

Gigi abraça Dante.

-Eu ia fazer uma surpresa pra vocês - diz Gigi - Levar café da manhã.

Sorrio para minha filha.

-Outro dia, meu bem - digo e a beijo no rosto.

Eu ainda fico sem acreditar no quanto ela cresceu.

- Papa vai precisar viajar - diz Dante a Gigi enquanto os dois se sentam a mesa para comer. Me sento ao lado deles.

-Por quê? - questiona Gigi confusa.

-Papa Silas precisa da minha ajuda - ele explica.

Gigi acena.

-Vai trazer meu presente de Natal quando voltar?

Dante e eu rimos.

-Claro que sim - garante Dante - Aposto que papai Silas vai comprar um também.

Gigi bate palmas animada.

Dante e eu nos encaramos. Se Silas estiver bem...

-Quem vai viajar? - pergunta nonna quando chega.

-Silas precisa da ajuda de Dante - explico - Mais tarde explicamos, nonna.

Minha avó acena e anda para seu lugar a mesa. Ela não insiste no assunto, porque há crianças presentes.

***

-O que aconteceu? - questiona nonna quando estamos em sua sala.

As crianças estão brincando lá fora, Gigi está brincando com os primos, enquanto minha tia supervisiona todos.

- Serena me ligou dizendo que Silas tinha uma viagem de negócios, mas que já faz uma semana que ele deveria ter retornado - explica Dante- Ela me informou que Silas estava com problemas de conflitos com um grupo local, ela teme que algo aconteceu com ele, nonna.

Minha avó nos encara em silêncio, pensativa.

-As coisas estão tensas em "Madinat Almafia" - diz nonna - Tanto os italianos, quanto os russos ficaram enfraquecidos depois que você foi embora, Melanie.

Aceno, mas não comento nada. Nonna está decepcionada comigo desde que desisti da máfia italiana.

-Bem... - ela diz por fim - Vá ajudar seu irmão, ele precisa.

Dante acena.

-Boa sorte.

-Obrigado, nonna - diz Dante.

***

Eu o observo fazer as malas. Ele vai pegar um jatinho particular, cortesia da máfia russa.

-Pare de me encarar - ele diz.

-Não consigo evitar - digo - Desde que nos casamos, nunca ficamos um dia separado, eu tenho medo.

-Medo de quê?

-De que as coisas mudem - sussurro.

-Eu não sou Silas - ele diz e se ajoelha em frente a mim - Você não é a mesma Melanie.

-Eu sei - digo e coloco minhas mãos em seus ombros.

Dante me encara seriamente.

-Você se arrepende?

-De quê? - pergunto confusa.

-De ter me escolhido, de ter ficado comigo?

Acaricio seu rosto gentilmente.

-Nunca - o asseguro - Eu te disse antes, eu escolhi você porque eu te amo. Eu e Silas, nós simplesmente não éramos certos, porque se fosse certo, eu e ele teríamos lutado por isso.

Dante me beija apaixonadamente, eu correspondo.

- Obrigado - ele diz.

- Pelo quê?

- Por todo seu amor, por ter me amado todos esses anos.

Eu o empurro de brincadeira.

-Pare de fazer disso uma despedida cafona - o repreendo - Estaremos juntos no Natal.

-Sim - concorda Dante e sorri para mim.

***

Acompanhei Dante até o aeroporto. O carro nos leva até uma pista privada, onde está o jatinho que o irá levar.

- Lembre-se do que me prometeu - murmuro.

- Eu lembrarei.

Seguro sua mão.

- E lembre-se que você foi o primeiro a perguntar se eu estava bem quando eu era casada com Silas - sussurro.

- Assim como o primeiro a machucar você - ele rebate - Não vamos comentar sobre o passado.

- Não me faça reviver o passado - rebato de volta.

- Se quiser que eu fique, é só me pedir - ele diz.

- Eu não posso pedir isso - sussurro - Silas é seu irmão.

O piloto acena para Dante. Está na hora.

Nos olhamos.

- Até o Natal, Mel - ele beija minha bochecha e sorri para mim de forma carinhosa.

É o que mais me encanta em Dante, não importa o quanto brigamos, pensamos diferentes e magoamos um ao outro nesses anos, ele ainda passa por cima de todos os desentendimentos e sorri para mim.

- Não esqueça o presente da nossa filha - digo.

- Eu não vou esquecer o presente da Gigi - ele promete - Até mais.

- Até - digo e sorrio.

Volte para mim, por favor, Dante. Eu já perdi tanto, não posso perder você também. 

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