- Violet! - gritou, me abraçando. - Como foi de viagem? Entra! Deixe que eu pego suas malas. - Ainda bem que minha tia Layla se ofereceu, não queria fazer esforço, as coisas da casa eram simples por dentro, como a maioria das casas, menos a minha.
- Desculpe por deixar esperando lá fora, não sabia que horas você ia chegar, A Marry e o Gregory estão lá em cima em seus quartos, seu tio saiu e volta em um instante. - disse ela. Eu estava ansiosa para ver meus primos, pois marcamos a infância juntos.
- Não se preocupe, tia Layla, vou lá dar um oi para eles! - Assentiu e voltou para a cozinha. Passei no corredor até o último quarto; minha memória era pouca, mas me lembrava algumas coisas. Girei a maçaneta e rapidamente abri. Marry soltou um grito e assim que fisgou os olhos em mim, correu me abraçando, quase me levou ao chão.
- Você está aqui mesmo! - falou ela saltando de felicidade. Ela abriu outra porta que parecia do quarto do Gregory e a mesma reação.
- Piquetucha! - Eu odiava aquele maldito apelido que Gregory deu à mim; ele me abraçou firme e reparei que nem parecia o mesmo de antes.
- O que você fez para ficar tão forte? - ele riu, acariciando a cabeça.
- Gostou, Violet? - debochou, fazendo força com os músculos.
- Ai! Não é para tanto, foi só um elogio, está bem! - Ele riu junto a mim, gostei de ter visto meus primos feios.
- Vamos até o celeiro! Sabe andar a cavalo? - perguntou Marry, me empurrando até a saída.
- Você acha que eu não sei andar a cavalo?- Ela riu e Gregory bufou.
- Disse a da alta realeza! - disse Gregory, parecendo ficar bem longe, havia muitos cavalos correndo por dentro da cerca, pareciam ter algumas pessoas do lado do celeiro e Marry percebeu isso.
- Aquele é o Tyler? - O nome chamou a atenção, mas não sabia que tinha mais pessoas por aqui e pensei que haveria apenas nós.
- Parece ser ele mesmo. - respondeu Gregory, Assim que chegamos perto do celeiro, o rapaz de ombros largos se aproximou. Ele me olhou e depois sorriu para Marry, e levou Gregory até a cerca. Marry me puxou pelo braço e me levou para dentro do celeiro, onde os cavalos faziam barulho. Rapidamente ela pegou a sela e a colocou sobre o cavalo. Alguém me cutucou por trás e ao me virar, recebi um abraço de surpresa de meu tio Cedric. Assim que percebi que era ele, o abracei também.
- O que vocês estão fazendo aqui? - perguntou, me colocando no chão.
- Pai? - ela sorriu sem reação.
- Você sabe que Violet não gosta desse lugar! Por que ainda traz ela aqui? - o sorriso de Marry logo desapareceu.
- Eu que pedi, tio! - disse eu. Ele suspirou. Eu nem queria estar naquele lugar, mas fiz a generosidade de ir, e minha mãe ainda diz que não sou generosa.
- Marry, não é hora de cavalgar. Deixe o Bob no lugar. - disse tio Cedric, e saiu. O sorriso de Marry desapareceu e voltamos para casa.
Depois que anoiteceu, eu e Marry voltamos para casa. Eu estava no banheiro quando a água fria bateu em meu corpo. Havia me esquecido de que não havia água quente. Ri em desespero e tentei sair rápido do banheiro, estava me tremendo e batendo os dentes, o campo fazia muito frio.
Para não demorar muito, saí correndo para colocar uma roupa quente e confortável. Marry riu de mim e me mandou colocar uma roupa bonita. Não sabia por que, mas apenas o fiz. Ainda bem que lavei meu cabelo antes de sair de casa; caso contrário, ficaria um mês sem lavá-lo. Estava revirando as coisas de Marry, e a porta quase voou para longe de tão forte, havia uma mulher paralisada em frente a mim e sorriu.
- Quem é você? - perguntou ela.
- Ah, desculpe! Prazer, Violet Stewart, prima de Marry e Gregory. - estendi a mão e ela apertou sem delongas.
- Meu nome é Emma, Emma Potter! Melhor amiga de Marry. - ela sorriu.
- Emma Potter? Filha de Harry Potter? - ela deu risada alta.
- Você é uma graça! - Marry saiu do banheiro já vestida, e olhou para nós rindo.
- Ainda não acredito que temos que ir até a árvore de cajueiro - Emma concordou, e eu me sentei na beirada da cama.
- Para quê? - perguntei curiosa.
- Gregory disse que queria que todo mundo fosse! - disse Emma. Será que é algum tipo de celebração?
Não sabia o que era, mas segui elas até lá, que ficava por trás da casa do tio Cedric. De longe, vi algumas lanternas perto da árvore e havia três ou mais pessoas. Quando nos aproximamos, um rapaz riu e gritou.
- Emma, esse seu cabelo é demais! - disse o rapaz, rindo sozinho e batendo no ombro do outro. O cabelo de Emma era lindo, e por causa do tom esverdeado, ele fazia piadas sobre isso.
- Violet, acho que você já conhece Emma - disse Gregory, apontando para ela.
- Esses são Tyler e Brian, rapazes, sejam legais com a Violet. Ela vai passar algumas semanas aqui. - Gregory sabia que eu não ia com a cara de ninguém, mas mesmo assim me apresentou para seus amigos.
- Violet? Esse seu cabe... - diz Brian.
- Se você ousar falar ou fazer graça comigo, vai perder os dentes! - falei, interrompendo Brian, que riu. Brian era daqueles garotos chatos e atraentes, com seus olhos verdes. Pelo seu jeito, tudo indicava que ele tinha uma personalidade horripilante.
- Calma! Eu só ia dizer que ele era lindo. - disse ele.
- Bom mesmo! E... Eu sei! - ri de sua cara, e Marry me olhou com as sobrancelhas erguidas.
[...]
Eu estava deitada olhando para o teto do quarto de Marry e não conseguia dormir. Bufava de raiva com aquele colchão duro como pedra. Meu colchão era mil vezes melhor; sacudi Marry para acordá-la.
- O que foi? - resmungou ela.
- Seu colchão é duro demais! Não tem um mais macio? - perguntei em tom baixo.
- O do quarto de Gregory... - saí da cama dela com o lençol em minha mão até o quarto de Gregory e entrei. Sacudi Gregory, e ele gemeu.
- Gregory, posso dormir com você? O colchão de Marry é duríssimo! - ele respondeu apenas "hmm" e me deitei ao seu lado. Quando me deitei, afundei levemente no colchão, era macio demais.
Voltei ao quarto de Marry e dormi em uma poltrona, que era pequena, porém perfeita, nem macia demais e nem dura demais. Fechei os olhos e cai no sono.
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Magenta♕ •+18•
RomanceViolet Stewart é uma garota mimada que sempre teve tudo o que queria. Até que seus pais decidiram mandá-la para a fazenda dos tios. No início ela odiou a ideia de ter que ir, mas um novo acontecimento virou sua vida de cabeça para baixo. Com o tempo...
