Magenta♕ •+18•

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No dia sete de junho, o pior dia da minha vida, meus pais me mandaram para o sítio do meu tio Cedric. Eu odiava aquele lugar. Não por causa de meu tio, mas porque eu detestava lama e sujeira; aquele lugar me dava calafrios. Enfim, tive que ir, pois minha mãe considerava que eu era muito mimada e queria que eu fosse mais generosa. Eu sabia que era assim, mas fazer o quê? Se meu ego é tão impressionante. Estava em meu quarto, enquanto Calie estava arrumando minhas roupas. Tive que comprar roupas para levar, pois as minhas roupinhas iriam sujar e talvez nem prestassem mais para mim. Então, comprei as mais simples da loja. Uma mala para as roupas e outra para os acessórios, além de uma bolsa de mão para documentos e meu precioso celular. Tomara que meu tio tenha um quarto de hóspede para mim. Não quero ficar em quarto de ninguém.

Pelo menos eu iria rever meus primos, mas por outro lado, nem devia ter muita gente por lá, apenas Gregory e Marry.

- Com licença, Violet, sua mãe está esperando a senhorita na cozinha. - anunciou Carl, indicando que minha mãe me chamava. Dei um sinal com a mão para que ele saísse da minha porta e me levantei para verificar se estava tudo em ordem nas malas.

- Falta o secador! - disse para Calie e saí até a cozinha. Eu sabia que minha mãe só queria se livrar de mim por um tempo, para ela e meu pai viajarem para o exterior.

Desci a escada e ouvi uma rápida conversa de minha mãe em seu telefone, sentei-me à mesa e esperei ela terminar. Meu pai chegou, me deu alguns beijos na testa e sussurrou:
- O que ela tanto conversa nesse celular dela? Respondi em tom debochado:
- Deve ser com o meu tio! - e ela me olhou de relance.

Peguei um pedaço de torta, de ameixa com mirtilo, uma das minhas preferidas. O cozinheiro fazia as melhores comidas em casa. Isso, com certeza, vou sentir falta. Minha mãe se sentou à mesa e me olhou de forma séria.

- Está pronta? É melhor que se comporte. Eu não mandarei ninguém te buscar antes das férias acabarem! - Disse ela, saindo da mesa. Deixei meu prato em cima da mesa e voltei até meu quarto. Carl e Calie levavam para fora as malas maiores. Peguei a bolsa de mão e saí atrás deles. O motorista já estava dentro do carro e nem abriu a porta, ele sabia que eu odiava isso. Meu pai abriu a porta para mim e entramos no carro. Acenaram e saíram.

[...]

Depois de algumas horas vendo mato e árvores, chegamos a uma casa e o motorista parou. Suspirei derrotada. Tinha como voltar atrás, mas eu não podia. Saí rapidamente do veículo até a frente da casa. Não era tão luxuosa, mas era bonitinha. O motorista deixou as malas na porta e ninguém ainda estava fora para me ver. Seria a casa errada? Sem delongas, o carro saiu me deixando plantada fora da casa. Não havia campainha, por isso resolvi bater na porta.

- Ai!- resmunguei de dor, machucando meus dedos delicados naquela porta de madeira barata. A porta se abriu e lá estava minha tia Layla; ela arregalou os olhos ao me ver.