― Olha, é especulação nossa. Eu acho que ela pode tá encantada por ele, afinal, ele é gato e sabe tratar uma mulher, mas pode ser coisa de adolescente! Ela tava namorando o tal Lucas até pouco tempo atrás.

― Tomara. Pois se ela estiver gostando pra valer dele e ele não corresponder, afinal ele corre de compromisso e paixão, ela pode sofrer muito.

― Tá, vamos voltar pra festa.

Passei o resto da festa prestando atenção na Nina com o Carlos. Ele como sempre a mimando, e ela toda derretida. Ela sequer deu atenção à madrinha que veio diretamente de Nova Iorque só pra festa dela. Ela pareceu ignorar totalmente a Jéssica.

Voltamos para a mansão e o Carlos dizia estar morto de cansaço.

― Quando as mídias ficam prontas? - perguntou ele.

― Deram um prazo rápido, quinze dias - respondi.

― Olha que legal.

― Por que?

― Eu queria uma foto se tiver, de nós dois dançando. Vi que tiraram muitas e eu queria uma assim.

― Tá, quando chegar o álbum eu te chamo e você escolhe.

― Certo, eu vou pra casa, tô mortinho e muito cansado.

― Tio Ca, você vai dirigir assim, não é perigoso?

― Fazer o que, princesa?

― Dorme aqui. Ele pode, né pai? Ele pode dormir na suíte que sempre ficou, assim não corre o risco de sofrer um acidente se cochilar ao volante!

― Claro. Dorme aqui, Carlos.

― Olha, eu vou aceitar, pois realmente tô muito cansado. Boa noite pra vocês, vou dormir. Bom noite minha princesa! - ele deu um beijo na testa dela e subiu.

Ela subiu logo em seguida e eu também, sabia que se ela puxou a mim, não ia perder a chance de ficar perto do amado. Fui me aproximando da suíte dele e de ouvidos atentos.

― Princesinha, me deixa tomar um banho? Eu tô realmente morto! Acho que nunca dancei tanto na minha vida!

― Eu poderia te fazer uma massagem. Sempre faço no papai quando a mamãe não tá e quando ele tá muito cansado. Quando ela tá, ela faz a massagem no lobo.

Ele começou a rir.

― Nina, você tem cada uma... Você não tem que tomar banho e descansar também, hein princesa?

― Tenho, mas posso fazer isso rápido e venho massagear você!

― Olha, estou tão cansado que posso acabar aceitando.

― Tá, vou tomar banho e volto. Tome um banho bem devagar e relaxante.

― Pode apostar! - ele sorriu ― Esse chuveiro do seu pai é maravilhoso.

― Ok, já, já eu volto.

Eu corri pro quarto dela, era o mais próximo, entrei e aguardei ela.

― Mãe?

― Tava com o seu tio?

― Tadinho, tá tão cansado!

― Claro, você fez ele de príncipe e fez o coitado dançar a noite toda! O Carlos não tem mais vinte anos - falei aquilo para ver a reação dela.

― Sim, não tem. E quem liga? Ele tá muito bem. Só tá cansado, pois realmente abusei dele, fiz ele dançar muito. Não queria as mães das minhas amigas no pé dele. Viu como elas babavam por ele?

― Vi.

— Acho que minhas fotos vão ficar lindas! Escolhi o melhor príncipe que poderia ter. O mais lindo - ela caminhou pra mim ― Mãe pode abrir o vestido? Vou tomar um banho.

― O Carlos já foi dormir? - abri o zíper do vestido.

― Não. Foi tomar banho, eu vou fazer uma massagem nele, depois que eu terminar o meu banho.

― Nina, você massageando um homem, sozinha... seu pai não vai gostar.

― Mãe, que maldade! Não é qualquer homem, é o tio Ca. E sempre faço isso com o papai. Além do mais, eu preciso me desculpar por deixar ele assim. Então faço uma massagem e ele relaxa.

― Sei.

Sai do quarto dela e fui para o meu, passei pelo quarto do Samuel e ele estava dormindo profundamente.

― Chapeuzinho - Eduardo me abraçou pelas costas só de toalha quando entrei no quarto e tava tirando os brincos ―, vamos tomar uma ducha juntinhos, hein amor? - ele já foi abrindo o meu vestido.

― Tranca a porta, gostoso! - assim que meu vestido chegou ao chão, o Eduardo me pegou pela mão, me levando para o banheiro.

Naquela noite, transamos até a exaustão. Mesmo estando cansados, conseguimos dar algumas. Depois, deitei no peito do meu marido e conversamos um pouco.

― A Nina cresceu... é difícil olhar ela e saber que em breve fará dezoito, vinte ... poderá casar, me dar netos - ele falava acariciando meus cabelos.

― Já pensou, se ela se apaixona como eu... por um homem mais velho? - perguntei, especulando o Eduardo.

― Eu prefiro que não. Mas não mandamos no coração de ninguém.

― Bom, o Lucas era três anos mais velho que ela... e se o próximo for tipo... vinte anos a mais?

― O Lucas pode ser mais velho três anos, mas só no tamanho, pois na mente é um total bocó! Amor, você e eu éramos maiores de idade. Uma coisa bem diferente da nossa filha, ela tem só quinze anos, é menor e se, algum homem de trinta e cinco anos se apaixonar por ela, eu mando prender.

― Não digo agora, Eduardo, digo... o próximo, quando ela estiver com dezoito ou dezenove.

― Eu prefiro não pensar nisso.

― Se ao menos ela se apaixonasse por alguém que a trate como... sei lá... o Carlos por exemplo, como ele a trata. Eu ficaria feliz, pois sei que o cara faria ela feliz.

― Carlos, só existe um... e é padrinho dela. Então ela achar alguém como ele tá difícil.

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora