E então, tudo ficou escuro, apenas o choro de Seth era ouvida e uma gargalhada sinistra ao mesmo tempo. Aos poucos, uma luz surgiu, chamando a atenção do Stark. A passos largos, o engenheiro correu em direção a essa luz, e quando finalmente chegou no fim. Sentiu seu peito afundar em tristeza e aflição, seus olhos marejaram, enquanto sua respiração ficou descompensada.

Um caixão pequeno estava presente, onde havia um corpo de uma criança. Os cabelos castanhos dele, estavam perfeitamente ajeitados, seu corpo coberto com um terno preto, o deixando lindo. Seus olhos estavam fechados, como se ele estivesse em um sono profundo. Mas o que o fez, se desmanchar, foi perceber que o peito do menino não se movimentava.

Levando a mão hesitante, até a face do filho, Tony pode sentir a pele gelada. E logo os lábios do menino começaram a ficar roxos, enquanto sua pele, cada vez mais pálida. O Stark soltou um berro sofrido, quando manchas de sangue começaram a infiltrar a roupa do menino e a face. Pegando o filho no colo, o homem chorava e implorava freneticamente para ter o filho de volta, mas em vez de ganhar o filho sorrindo, o corpo do menino, começava a esfarelar, passando entre os dedos do pai.

As lágrimas rolavam desesperadamente na face do homem, enquanto ele estava caído no chão, abraçando a si mesmo. Olhando para a frente, Tony pode ver um corredor cinza, com algumas portas. O Stark reconheceria aquele lugar, mesmo se estivesse com os olhos fechados. Era um dos corredores do MIT.

Se levantando, o homem caminha em direção para uma mulher, que encarava alguma coisa na - sua frente. Parando ao lado da mulher, ele logo reconheceu ela... Era mais uma das milhares de pessoas que o culpava de tudo, todos os desastres que esse mundo já havia enfrentado. Até hoje, ele se lembra de como aquelas palavras que ela falou, cortaram ele por dentro. Principalmente, porque era tudo verdade...

- Dizem que existe uma correlação, entre generosidade e culpa. – a voz dela, preencheu aquele corredor, que estava começando a ficar pequeno – Mas se tem dinheiro, deve fazer acontecer. Não é?

- Por que? Por que está me torturando? – a voz do Stark saiu embargada e quebrada, ele não queria mais isso, primeiro o seus pais? Depois Seth? Agora era quem?

- Trabalho no departamento do Estado, Recursos Humanos. – Tony negava com a cabeça, enquanto ouvia a mulher falar – Eu sei que é chato, mas fez com que meu filho, fosse criado.

- Por favor, pare... – o olhar do gênio estava quebrado, ele não aguentaria mais.

- O que ele se tornou? Trouxe orgulho pra mim... – a mulher empurra uma foto para ele, Tony não queria ver, porém a imagem se alastrou na sua mente, do garoto sorrindo – O nome dele era Charles Spencer, você matou ele!

- Por favor...

- Em Sokovia! Não que isso possa interessar voce! – a mulher acusava Tony, com um olhar de julgamento – Você acha que luta por nós? Você só luta por você mesmo! Quem vai vingar o meu filho, Stark? Ele está morto, e a culpa é sua!

Logo vários julgamentos que ele carregou durante sua vida inteira, começaram a surgir. "Você é um monstro, Stark!" , "Está tentando redimir, depois de matar tantas pessoas, Stark!" , "Você o matou!" , "Você só luta por si só!" , "Você é assassino!" , " Tony Stark, o Mercador da Morte!". Tantas frases ecoando da sua mente, o fazendo se sentir tão vulnerável, tão monstro...

Ele não queria... ele nunca quis isso! E como se as frases em si só, não fosse horrível o suficiente. Imagens de pessoas o julgando, o condenado, por ter feito algo errado, começaram a surgir. Seu pai, o julgando sempre que via, Steve e basicamente todos os vingadores, o julgando... O olhar falando, o que a boca simplesmente não falava... Wanda e Pietro, o culpando pela a morte dos pais, o chamando de assassino... e ainda existia as milhares de pessoas, que ele arriscava a droga da vida, para salvar, o culpando.

The Son of Stark!Where stories live. Discover now