CAPÍTULO XVI

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— Sim - engoli a seco.

— Eu também.

— O QUÊ?

— Eu me toco, tio Ca. Se eu enfiar o dedo, como as mulheres fazem nos vídeos, eu perco a virgindade?

— Pergunte para a Clara, mas creio que sim.

— Eu li que fazer isso é até saudável.

— Hummm, você faz isso há muito tempo? - Deus, eu queria mesmo era um buraco para me enfiar. Eu sabia que ela não seria um bebê pra sempre, mas eu não conseguia ver que ela estava crescendo e seu corpo estava com hormônios loucos.

— Não, tem algumas semanas.

— O... Lucas... já tentou algo além de beijo e tocar no seu seio?

— Já apertou a minha bunda e beijou meu pescoço... e...

— E? - o medo percorreu toda minha espinha.

— Ele... ele... nada!

— Nina, você não vai mentir pra mim. Eu tô tentando ter uma conversa aberta contigo, confie em mim.

— Tenho medo de você tentar bater nele.

— Ai, Jesus! O que esse moleque fez?

— Tá vendo? Você já tá nervoso.

— Tá, eu prometo que não mato ele. No máximo, dou uns tapas - já falei com os dentes serrados e tentando não surtar.

— Ele pegou minha mão e colocou no... lá.

— Ele fez você tocar ele? Por cima da roupa, né? - oh meu Deus, faz ela dizer que sim...

— Não... dentro da cueca.

— EU MATO ESSE MOLEQUE! - Meu Deus, a coisa tava indo de mal a pior. Minha princesa estava crescendo, cheia de questionamentos e com a mente bem pervertida para a idade e agora, achou um garoto com fogo na pele, pra não dizer outra coisa... Isso não acabaria bem.

— Tio Ca, você prometeu...

— Nina, você não deveria ter feito isso!

— Mas eu não fiz. A gente tava se beijando e ele colocou minha mão dentro da cueca dele, colocou a mão dele no meu seio e eu bati nele.

— Bateu? Foi pouco... deveria ter matado ele... Ah moleque suicida desgraçado!

Levantei e passei as mãos nos cabelos e comecei a andar de um lado para o outro. Se eu realmente visse aquele moleque na minha frente, eu matava.

— Tio Ca, você não vai contar isso para os meus pais, né?

— Você ainda vai ficar namorando esse menino, Nina? Ele não tá respeitando você!

— A gente quase não se vê... Nos vemos muito pouco. Ele disse que eu gosto mais de você que dele. E na hora, eu fiquei com raiva, bati nele, eu disse que amava você mil vezes mais que ele, mas ele tá certo, tio Ca.

— Certo, como? - me sentei novamente.

— Eu gosto dele, mas... gosto de beijar ele... dele dizer que sou bonita, que beijo bem e que gosta de mim. Mas quando é pra fazer carinho, eu prefiro o seu carinho, eu gosto de conversar com você. Parece que mesmo você sendo mais velho, eu prefiro conversar contigo, gostamos praticamente das mesmas coisas, nos divertimos sem muita coisa e quando tô com ele, só quero beijar na boca, mais nada.

— Você sente... desejo? Tipo... desejo íntimo, de algo mais?

— Não, às vezes quando ele me beija e coloca a língua na minha boca, eu sinto um frio na barriga e depois parece queimar. Quando eu beijei o João, não senti isso. Isso é desejo ou paixão?

Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt