- Quantos anos o senhor tinha?

- Tinha seis anos. – Tony sorri fraco – Já doce, eu sempre adorei o bolo de cenoura com cobertura de chocolate, que Ana fazia... Era o meu favorito.

- Ana parecia ser uma mulher bem incrível... – Peter comenta, pegando com a forma que havia retirado do forno, e colocando a massa dentro da mesma.

- May é bem parecida na personalidade com Ana, acho que foi por causa disso, que eu consegui fazer amizade com sua tia rápido. – Peter sorri, enquanto pegava uma vasilha de vidro, para começar a arrumar o Ratatouille.

Os dois Stark's apenas se encararam alguns segundos, ambos com um sorriso na face. Desviando os olhos, Peter desliga o fogão e começa a fazer a montagem do seu prato francês, enquanto Tony alegava que iria pegar o champanhe para gelar. O pequeno Stark deixou um sorriso verdadeiro surgir na sua face, enquanto ele trabalhava.

Tony estava cada vez bem mais aberto para Peter, contando de vez em quando sobre Jarvis e Ana, e até mesmo sobre sua avó paterna, Maria. Peter lamentava profundamente, em nunca ter chegado a conhecer a mesma, mas sempre que ouvia uma coisa dela, sentia que estava mais perto dela, como se ela estivesse presente ali.

Peter sabia muito bem, que Tony ter se aberto daquela forma, tão livremente era algo grandíssimo. E que o elo de confiança entre ambos estava se fortalecendo, quer dizer, ele poderia ter pedido a qualquer outra pessoa para ajudar a cozinhar – se bem, que Peter tinha serias dúvidas se o alimento iria sair comestível - mas, ele preferiu a ajuda do filho. E isso era maravilhoso e extraordinário.

Peter sentia cada vez mais próximo do pai, e cada vez mais pronto em finalmente concluir aquele elo de pai e filho. Sorrindo torto, Peter olhou para frente, apenas para encontrar o pai carregando uma garrafa de champanhe. Tony, olhou para o filho com as sobrancelhas franzidas, e um sorriso divertido na face.

Colocando a garrafa no refrigerador, Tony se apoia na geladeira, enquanto observava o mestre da cozinha, preparar delicadamente o prato. O gênio nao brincou, quando disse que estava fascinado com a destreza de Peter, era incrível em como o garoto tinha uma facilidade, em mexer nas coisas, algo que Tony nao tinha com certeza.

Quer dizer, a primeira vez que ele tentou cozinhar para Pepper, não deu muito certo. Ele tinha ficado mais de três horas na cozinha, apenas para queimar tudo e servir algo nada comestível – e olha que ele havia resolvido fazer omelete. Já a segunda, além de queimar o macarrão – e quase o andar todo -, novamente o alimento não estava comestível.

Cruzando os braços, Tony logo percebeu que agora ele tinha mais uma missão a cumprir, e sem fracasso. Era aprender a cozinhar, nem que seja pelo menos um ovo, porque daí sim, Tony Stark vai poder dizer que sabe lidar com quase tudo. E ele até já sabia quem seria o seu professor... Com esse pensamento, o Stark deixou um sorriso irônico brincar em seus lábios, seu próprio filho sendo professor de culinário, não tinha como ser mais engraçado.

Ouvindo a risada, Peter desviou os olhos do que fazia, para o pai. Encarando míseros segundos, o menino resolve ignorar a ação do mais velho, que provavelmente estava viajando no mundo da lua, e se concentrar na montagem. Os seus dedos já sabiam perfeitamente a montagem do prato, uma rodela de berinjela, abobrinha, pimentão... Então ele não se preocupou nisso, apenas, começou a refletir sobre outras coisas, como que esse seria a última sexta feira, sem a maioria dos Vingadores.

- Pronto! – Peter exclama, pegando o alumínio e cobrindo o mesmo, e logo caminhando até o forno, e depositando a tigela no interior do mesmo – Agora só falta ver a sobremesa, e fazer o caldo...

- Hey, você acha que temos que usar alguma roupa formal? – Peter forma uma careta pensativa, enquanto triturava as frutas.

- Acho que não usando pijama ou armadura, já é o suficiente. – o pequeno cozinheiro responde, agora levando os ingredientes necessários para a panela – Senhor Stark, o senhor já programou o frigerador?

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