"Me preocupei com você de uma forma que eu nunca imaginei que poderia me preocupar. Me pegava pensando em você todos os dias, e me sentia aliviado quando acordava e via você ao meu lado, dormindo nos meus braços. Nos últimos anos desde que a Aleisha morreu, eu tenho sonhado com a cena do corpo morto dela sendo achado por mim. Mas com o passar do tempo que eu fui me aproximando de você, acabei por sonhar com você. Não era mais aAleisha quem eu encontrava morta, Ju. Era você, e isso me desesperava demais."

"Então todas as vezes que eu te pegava sussurrando o meu nome em desespero enquanto você dormia" afirmei e ele apenas confirmou as minhas palavras, perdendo um pouco do rosado de suas bochechas.

"Quando você estava agarrada com o meu irmão, eu simplesmente fui andando para qualquer lado da cidade, e quando me dei conta, estava sentado em cima do túmulo dela. Uma amiga da Aleisha estava lá, desolada e toda chorosa, simplesmente a agarrei com a sua imagem na minha cabeça, Jules. Eu cheguei a gemer o seu nome." Fui capaz de me impressionar a medida que as palavras de Vinnie saiam, ele realmente foi capaz de gemer o meu nome enquanto transava com outra garota."Eu jamais pensei em te magoar, Ju, você tem sido extremamente importante na minha vida nos últimos meses, e eu tenho quase certeza que você foi capaz de substituir a Aleisha."

"Eu não quero ser uma substituta, esse termo não parece se encaixar com o que nós costumávamos ter." Revoguei e dei os ombros, deixando que ele se aproximasse de mim.

"Tem razão, você não é uma substituta. Você é alguém melhor, a única que conseguiu consertar o que havia de errado em mim." Em um único passo ele se aproximou de mim, colocando as mãos no meu pescoço e acariciando-o com seus polegares.

"Não se pode consertar as pessoas, a não ser que elas estejam realmente quebradas." Minha voz saiu como um sussurro, umedeci meus lábios ao encarar os de Vinnie, que estavam totalmente avermelhados.

"Talvez eu realmente estivesse quebrado." Dito isso ele não hesitou em colar seus lábios nos meus, da forma mais calma e suave que poderia fazer. Beijar Vinnie sempre foi algo que eu amava fazer, a forma como nossas bocas se encaixam e nossas línguas se movimentam parece ser incrivelmente mágica, como se por um mísero segundo nada ao nosso redor existisse. Senti uma grande falta de sentir o gelado do metal de seu piercing raspando nos meus lábios,e naquele momento foi como se tudo estivesse a voltar à tona. E, sem duvidar de coisa alguma, eu tinha uma certeza absoluta de que ninguém poderia me causar a mesma sensação que os lábios dele.

As mãos de Vinnie logo desceram do meu pescoço para a minha cintura, ele as seguravas para não ir até a minha bunda, o que certamente eu não me importaria que acontecesse. Pequenos beijos e mordiscadas foram distribuídos pelo meu maxilar até a minha clavícula, eu movimentava as minhas mãos na nuca dele como acostumei em fazer, enquanto as minhas pernas tentava subir nas dele, e precisei da ajuda das mãos de Vinnie para poder enrolá-las ao redor de sua cintura.

Vinnie nos levou mais para trás, e encostou meu corpo em uma das mesas laterais, esfregando suas mãos nas minhas coxas com desejo. Nossas bocas voltaram a se encontrar, desta vez com uma agressividade muito maior e um enorme desejo a dominar. Logo minhas mãos já se encontravam dentro da camiseta dele,e eu tentava me segurar para não arrancar as roupas dele e deixar que ele fizesse aquilo do que senti mais falta no último mês.

"Vinnie" eu gemi entre os beijos, e acabei por separar nossas bocas por um momento, apenas para conseguir me comunicar sem gemidos incluídos. "Durante esse último mês, você transou com alguém?"

"Não" ele murmurou e abaixou a cabeça, subindo suas mãos até o meu rosto e acariciando as minhas bochechas. "Eu não conseguiria, as australianas são muito bonitas, mas nenhuma delas é você." Ele suspirou, voltando a dar beijos molhados e chupar o meu pescoço de leve. "Enquanto a você? Transou com alguém?"

"Também não." Neguei, tendo os imensos olhos castanhos na minha frente, aqueles malditos olhos castanhos. "Eu odeio isso" resmunguei, causando uma certa dúvida em Vinnie.

"Isso o que?" Questionou ele, pressionando seus lábios um contra o outro, aquele malditos lábios.

"Seus olhos, seus lábios, tudo. Você. Eu te odeio, Vinnie." Mesmo estando séria ao falar, um sorriso rasgou nos lábios do loiro, e antes de responder qualquer coisas, ele apenas fez questão de tirar sua camiseta, em seguida tirando o meu casaco e a blusa de lã que estava por baixo.

"Sendo assim, eu também te odeio, odeio demais." Uma risada saiu abafada do loiro e logo nossos corpos voltaram a se chocar, nossa quantidade de roupas foi diminuindo aos poucos, e quando me dei conta, eu estava apenas com as minhas roupas íntimas, tal como Vinnie.

Antes que pudéssemos continuar a fazer mais coisas, o som da porta a ser aberta fez com que nós dois entrássemos em desespero. A psicóloga responsável pelo grupo entrou na sala e arregalou seus olhos ao ver a nossa cena bem na sua frente, Vinnie e eu nos apressávamos para voltar a entrar em nossas roupas, sem fazer questão de disfarçar os rosto avermelhados e os lábios com os cantos arroxados.

"Desculpe por isso." Eu falei para a psicóloga, que apenas assentiu, ainda assustada com a situação passada. "É melhor eu ir embora." Acabei por concluir, da forma mais ansiosa.

"Espere, você é a Jules, não é? Você não pode ir, precisa falar com os meus pacientes sobre como superou o seu grande problema com o vício." Ela não deixou que eu saísse, antes que eu pudesse responder meu corpo foi puxado para trás por Vinnie, que também me impedia de ir.

"Você me perdoou, Ju?" Ele perguntou, voltei a me virar para a psicóloga, tendo uma resposta dupla para ambas as perguntas.

"Diga para os seus pacientes que todos precisamos de um vício, seja ele bom ou ruim. Não se pode superar um vício, apenas substituí-lo por outro. Eu continuou sendo viciada" afirmei, virando para o lado e deixando que os olhos castanhos de Vinnie encontrassem-se com os meus. "Uma vez viciada, sempre viciada."




No Epílogo eu coloco o link do grupo sz

𝑶𝒃𝒔𝒆𝒔𝒔𝒊𝒐𝒏 | Vinnie HackerWhere stories live. Discover now