Capítulo Um

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Quebrar um braço para assertar dominância.


É possível se matar mesmo já estando morto? Porque Harry realmente preferia morrer do que encenar aquela fanfic ridícula.

Ele deve ter jogado pedra na cruz, pior, ele deve ter sido um dos caras que crucificou Jesus ou o filho da puta do Judas pra ter um karma tão ruim nessa vida. 

— "Por esse motivo, eu irei lhe mostrar a verdade sobre todos aqueles que você confiou."

Oh, ótimo, hora do flashback em que transformamos o que o foi o mais próximo de uma família para Harry em vilões, uau, muito original, irei até bater palmas.

Bem, se você é antigo no mundo das fanfics tomarry, já sabe muito bem o que aconteceu. Um breve resumo:

Dumbledore é um filho da puta que o criou como um porco para o abate, Hermione e Rony eram pagos para ser seus amigos, Molly também era paga para ser bom para ele, Gina o drogava com poção do amor, eles lhe roubaram blábláblá, o mesmo jazz de sempre.

Pelo o que ele vasculhou das memórias do Harry original, ele estava na primeira noite lua de mel com Gina. A ruiva alegou uma dor de cabeça e eles foram dormir mais cedo. Não precisava ser um gênio para saber o que aconteceu depois.

Harry não sentiu absolutamente nada vendo todo aquele show de péssima qualidade, ele sabia que era apenas uma fanfic idiota.

— " (Muito legal e tal… posso ir pra casa agora?) Eu… eu não acredito… morte, eu quero vingança." — Harry não ficou surpreso em perceber que mais uma vez suas palavras reais foram censuradas e substituídas pelo roteiro original.

— "Como quiser, mestre. Entre nesse trem e voltará a idade de dez anos, no dia da chegada da carta de Hogwarts, vá para Gringotes e faça um teste de herança." — A morte o guiou para o trem, eles estavam em King Cross, a propósito, esqueci de mencionar isso. Bem, não é relevante.

— " (Vai se foder) Obrigado, Morte."

O trem partiu momentos depois. Harry se sentiu sonolento novamente e quando ele acordou, encarou o teto do armário debaixo da escada e uma mensagem a frente dos seus olhos.

[Ensinar uma lição aos Dursdley]

Claro, a vingança clássica. 

O que seria dessa vez? Quebrar um braço para assertar dominância e distribuir regras?

— "E se eu não quiser?" — Bem, dessa vez foi realmente uma surpresa ele poder falar em voz alta. Por um momento, Harry pensou que estivesse ouvindo errado.

[punição nível 2/10 por falhar com o roteiro]

— "E que punição seria essa?" — Harry queria saber o quão ruim seria se ele quebrasse algumas regras. Porque, bem, poderia ser útil no futuro.

[duas horas de dor, como se todos os ossos do seu corpo estivessem sendo quebrados]

Sentiu um arrepio subir pelas suas costas. Quer saber? Ele estava mais do que disposto a ensinar uma lição aos Dursdley agora, bem que queria descontar sua raiva por aquela fanfic de merda em algo, ou melhor alguém.

Enquanto Harry não pudesse espancar o próprio karma ou o escritor daquela fanfic, ele teria que se contentar com os "tios" (ele não leu o suficiente para saber se ainda era o filho dos Potter ou não) do original.

Não tinha nenhum motivo para bancar o bonzinho em um mundo fictício. Nada daquilo era real, apenas os devaneios de alguém.

Moral é apenas um conceito para manter a ordem e tudo que Harry menos quer agora é ordem. Ele queimaria aquele mundo inteiro e depois se jogaria nas chamas se pudesse.

HushWhere stories live. Discover now