•×01ו

1.2K 77 70
                                    

Zapata

Um ano, um ano havia se passado desde a catástrofe na Times Square. De lá para cá, nossas vidas nunca mais foram as mesmas: Weller ficou destruído com a morte de Jane, se mudou para a Califórnia e tenta sobreviver a cada dia para que Bethany não cresça sem o pai. Rich começou a sua longa busca, ao redor do mundo, pela máquina que faz ouro. Eu apenas estive vivendo um dia de cada vez, afinal minha vida não era mais apenas eu, eu tinha minha filha e precisava cuidar dela, e é isso que eu tenho feito. Já Patterson, ninguém sabe sobre ela, ninguém sabe onde ela foi ou o que ela está fazendo. Após prendermos Ivy e termos feito o funeral de Jane, ela sumiu do mapa, não disse nada a ninguém, apenas sumiu.

Quando vi Jane desmaiando na Times, eu desconfiei que isso poderia acontecer. Eu sabia quão mal Weller ficaria, ou o quanto sentiríamos a falta dela, mas sabia mais ainda o quanto a Patterson se sentiria mal por achar que falhou com a Jane e com o Weller. Ela queria ter a certeza de que havia feito tudo que podia para que Jane se curasse e no fim o zip a derrotou. Mas não havia sido culpa dela, Jane resolveu se sacrificar, salvar a todos nós. Weller nos explicou tudo, contou o que a médica havia dito para a Jane em relação ao antídoto e porque ela não tinha sido curada totalmente, mas nem isso fez Patterson parar de se sentir mal e culpada.

A ida dela me deixou mal, qual é? Patterson é minha melhor amiga e ela sequer me contou que estava indo embora. Ela sequer quis desabafar comigo antes de tomar qualquer decisão. A partida dela, junto com todas as lembranças que Nova York me traz, fez com que eu aceitasse uma proposta de emprego, que Allison sugeriu, sem pensar duas vezes

Arrumei minha mala e fui morar no Colorado, tive um novo começo e trabalho como detetive particular.

Quando Elena nasceu foi um dos momentos mais lindos, mas também mais tristes, para mim. Desde o início, eu imaginei que passaria por isso sozinha. Reade não estava ao meu lado. Só que, depois de tudo que passamos no bunker, a forma como ficaram sabendo sobre a gravidez, eu achei que teria Patterson ao meu lado quando chegasse a hora, mas ela também não estava lá. Allison havia se oferecido para ficar comigo quando chegasse a hora, mas minha filha nasceu no dia de uma apresentação de Beth e eu não ia deixar que Allie perdesse isso, não depois do ano terrível que todos tivemos, então ela só ficou sabendo sobre o nascimento dois dias depois, quando eu estava voltando para casa.

— Hey, chiquita, hoje está um lindo dia, não acha? — A pego do berço e recebo um sorriso quase banguela dela. — Acho que podemos aproveitar que você acordou cedo para irmos ao parque. — Troco sua fralda e visto apenas um body, já que o clima está quente.

Sigo para a cozinha com Elena, a coloco no carrinho e lhe entrego o seu bichinho de pelúcia favorito. Começo a picar as frutas para o café da manhã dela, enquanto a água para o meu café esquenta.

O coala de Elena cai e ela começa a resmungar, como já terminei com suas frutas, eu decido alimentá-la logo.

[. . .]

Estendo a toalha de piquenique na grama do parque, organizo as coisas e coloco Elena apoiada na almofada. É nossa pequena tradição vir aqui aos sábados, às vezes, Weller ou Allie trazem Bethany e ficamos conversando, outras vezes venho sozinha com ela e aproveitamos. Elena ama ficar observando as crianças e os cachorros. Estou distraída observando meu bem mais precioso, até que um cachorro muito conhecido se aproximou de nós e então eu começo a acariciá-la, é a cachorra de Weller e de Bethany. Os dois se aproximam logo após Lily.

— Hey, achei que você estava em Nova York. — O cachorro lambe o rosto de Elena e ela começa a gargalhar. Bethany e Weller se sentam com a gente e Bethany limpa o rosto dela.

Hope [Zapatterson]Où les histoires vivent. Découvrez maintenant